Blog do Chico Maia

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Um prazer danado!

Estou muito empolgado com este blog, especialmente pelo retorno que tenho dos leitores de todos os cantos do mundo e de todas as tendências clubísticas. Um atleticano radical ligou puto da vida porque publiquei uma mensagem da Máfia Azul reagindo às gozações alvinegras. Um americano fez comentário gozando as torcidas do Galo e do Cruzeiro, dizendo que elas só vão na boa e quando há promoções de preços de ingressos. Levou o troco na hora, de um ofendido que respondeu: a torcida de vocês vai numa Kombi e numa ambulância atrás! Um outro respondeu dizendo que América para ele é o país do Obama! Agora acabei de abrir o comentário de um atleticano respondendo a um colega jornalista cruzeirense que fez um desabafo neste espaço sobre a derrota para o Estudiantes. Coisa de poeta! Não sei se é, porém, o Fernando Mendanha, nos brindou com o seu texto, que os senhores vão ler agora:

“Prezado amigo cruzeirense,

Confesso que fiquei chocado com o que vi na noite da última quarta-feira. No início, tudo era festa. O grito que se ouvia do outro lado da lagoa fez me lembrar, mesmo que de longe, o caldeirão com sua massa favorita em dias de grande banquete.

Até os estrondosos foguetes que rasgavam o silêncio dos céus soavam (quase) tão altos quanto o mais bravo dos cacarejos em dia de festa. Tamanha algazarra que não passara de 90 minutos. E cá, eu ainda estava, ciscando de um lado para o outro, pensativamente em apenas um fato: o que teria acontecido com ele?

Bom, meu caro amigo cruzeirense. Peço-lhe até desculpas por adentrar em um campo que, confesso, não é das minhas especialidades. Mas é que preciso dar asas aos pensamentos que me intrigam.

Primeiramente, digo-lhe algo com a maior sinceridade. Às vezes, é preciso reconhecer a derrota, pois, talvez, tu vivas cheio de vaidade, mas na realidade, não foi o grande campeão. É inegável que nos gramados de Minas Gerais tens páginas heróicas e imortais…

Mas, oh, vizinho, vizinho querido! Não desta vez. Fostes combatido e abatido foi vencido, justamente por não ter jogado com muita raça e amor. Por não ter vibrado mais com alegria pras vitórias.

Oh, vizinho, vizinho querido! Mesmo com o seu grande nome na cidade, saiba que para vencer, vencer, vencer – que és o nosso grande ideal – era preciso honrar o nome de Minas no cenário desportivo mundial.

Lutar, lutar, lutar, meu nobre azul, com toda a sua raça pra vencer, mesmo que uma vez até morrer, fostes o detalhe ausente que transformara o bonito e colorido azul dessa quarta num triste fim de noite meio preto e branco.

Contudo, bola pra frente, amigo, e não fique triste. Já que, por aqui, as coisas vão muito bem, obrigado. Hoje, abrindo cada vez mais espaço frente à concorrência, se Deus quiser, quem sabe refaço suas batalhas, seus desejos e seus sonhos pela América no ano que vem.

E aí sim (até com a sua torcida), talvez voltemos a ser o campeão dos campeões e o orgulho do esporte nacional.

Melhoras,

Ass.: O vizinho do terreiro ao lado”

* O texto é do Fernando Medanha, mas foi enviado pelo João Luiz Pena.


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