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Chegou a cavalaria

Não eram sete horas aqui em Copenhague quando um barulho infernal de cirenes acordou a todos os hóspedes do hotel onde estou e possivelmente de todos os moradores da região central da cidade, que fica a 5 km do centro de convenções Bella Center, e a 11 km do aeroporto internacional da capital dinamarquesa.

Nesta manhã gelada e chuvosa, vi pessoas olhando pelas janelas, curiosass em saber o que estava acontecendo, assim como eu. Por um momento esqueci-me do contexto no qual estamos inseridos aqui. Liguei a televisão e compreendi tudo: lá estava ele, Barack Obama, deescendo do One Force One, sendo recebido pelas mais importantes autoridades presentes, sob um esquema de segurança que eu jamais tinha visto de perto. Ontem mesmo ruas é quarteirões já estavam fechados, e até a vizinha Suécia sofria consequências, já que o tráfego de carros, trens, ônibus e barcos foi totalmente alterado.

Alguém já disse que “carisma é quando alguém chega e enche o templo”, pois Obama apareceu e tomou conta de tudo. Na entrada do Bella Center, uma fila indiana o aplaude, junto com a mulher, Michelle. Muitos delegados do COI, que vão votar daqui a pouco, estão na fila, emocionados, boqueabertos por estarem tão perto do homem que está investido do maior poder do mundo na atualidade.

Lembrei-me agora dos filmes da tomada do Oeste pelos norte-americanos, quando os índios estavam prestes a acabar com os “homens brancos”, e a cavalaria chegava.

Se o Rio de Janeiro levar essa, teremos que aplaudir demais, a Lula, Nuzman e cia.


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Comentários:
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  • Frederico Dantas disse:

    cirenes, curiosass, deescendo, é quateirões, boqueabertos… escreveu isso numa pressa danada, hein, Chico?
    Abraços…

  • Eujácio disse:

    Chico, lendo seu blog, num pequeno espaço você tocou num assunto, que considero uma grande “ferida”, pra não dizer “câncer”. Por culpa e irresponsabilidade de nossos homens públicos, no Brasil, não houve a “marcha para o oeste”, que, bem planejada, trouxe muitas riquezas para os EUA.
    Isso provocou esse inchaço populacional na faixa litorânea brasileira e o poder público não consegue oferecer condições dígnas, (educação, saúde, saneamento básico, segurança…) ao cidadão.
    Outro dia assistimos a um bate-boca, do mais baixo nível possível – entre um ministro e um governador, sobre isso. Um quer produzir, oferecer empregos etc, o outro pensa como os ambientalistas, conserva a natureza e a populção desempregada. O setor produtivo do Brasil é péssimo devido esse pensamento. Entendo que podemos produzir e reciclar ao mesmo tempo, reduzindo o impacto ambiental.
    Os EUA tentam impedir que o Brasil produza, porque sabem o manancial de riquezas que possuimos. Lá eles exploram tudo que gera riqueza, enriquece seu PIB . Tentam inibir nossa produção com a desculpa de que somos o pulmão do mundo. E lá é o que? Se toda merda que surge no mundo vem de lá. Só me falta Chi-cago ou Boston, vencer para ser sede das olimpíadas de 2016… Abs.

  • Alisson Sol disse:

    Gostaria muito, mas acho difícil aplaudir a candidatura do Rio de Janeiro.

    Os gastos estimados pelo comitê pela candidatura de Chicago são U$48.2 milhões. Os gastos estimados com a candidatura do Rio de Janeiro são R$130 milhões, o que seriam (no mínimo) U$65 milhões. O problema é todas as notícias indicam que a candidatura do Rio é a menos transparente, e a que possui maior percentual de dinheiro público (fonte).

    O que desanima não é a possibilidade de corrupção, pois isto existe em todo lugar. O que desamina é a certeza de impunidade. Ou talvez eu não tenha procurado direito, e alguém possa indicar uma referência: alguém já foi punido pelos excessos no Pan 2007?