Blog do Chico Maia

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Momentos finais de 2010 – Com Dom João VII e Dona Maria III

Agora me despeço dos senhores,

desejando um ótimo 2011 a todos e que continuemos juntos em mais um ano.

Agradeço pelas visitas e troca de ideias em 2010 e desculpem as minhas falhas.

Aproveito para convidar para o reveillon em Conceição e mais ainda para a Festa do Rosário, amanhã, uma das mais tradicionais e emocionantes do Brasil.

Esta edição, muito especial, porque os Reis festeiros são o João Bosco e Maria Bethânia, o casal que promove o Projeto Matriz e tantas outras atividades culturais que engrandecem a cidade e o nosso Estado.

São os nossos Dom João VII e Maria III.ROSARIO


Momentos finais de 2010 – VI

Demorou, mas finalmente cheguei a Conceição, que apesar das ruas esburacadas e prédios históricos mal cuidados, continua imperdível

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O do meio é o famoso João Chiabi Duarte, colaborador permanente do blog, um dos maiores zoadores dos atleticanos, apesar de estar sempre em minoria, como mostra a foto. À esquerda o Cecé, que perde amigos não perde piadas, e a direita o professor Carlinhos Rajão, que fundou junto com a filha Laura, a torcida JucaGalo, em homenagem ao Juquinha da Serra do Cipó.

O local é o bar da Lili, principal ponto de encontro dos conceiçonenses e visitantes que procuram boa comida, cerveja gelada e gente boa de prosa.

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João Duarte é bom de argumentos e não costuma perder discussões. Tem uma das colunas mais lidas do site Cruzeiro.Org

Ao fundo, o professor Ronaldo Rajão, diretor da Faculdade de Direito do Serro, Secretário Geral da PUC-MG, na mesma mesa tradicionalmente ocupada pelo seu saudoso pai, o médico e também professor Domingos Santiago, que infelizmente não está mais entre nós.

Daqui a pouco chega o Promotor Francisco Santiago, um dos orgulhos do Ministério Público de Minas, dirigente influente do América, que vai honrar Conceição com a sua presença neste reveillon. É irmão do Dr. Domingos Santiago e também do grande jornalista, torcedor do América, Miguel Santiago.

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E o João continua discursando, sobre futebol, política  e contando casos da turma dos tempos de escola em Conceição.

Executivo da Arcellor Mital, mora em Vitória-ES, mas em 2020, estará aposentado, vai voltar a morar aqui e será eleito prefeito, para o bem de Conceição do Mato Dentro e região.

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Momentos finais de 2010 – V

Uma passagem pelo Serro, terra do gente boa Delcio Tolentino, grande americano, cujo telefone da fazenda estava fora de área

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Momentos finais de 2010 – IV

Ainda em Milho Verde, vista da varanda do fundo do Armazém da Rita, o Lageado, onde ficam dezenas de cachoeirasDSC08593

Reportagens de jornais e revistas de turismo que já indicaram Milho Verde e o Bar da Rita como lugares de Minas que valem a pena

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Outra fachada interna do bar

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Outra figura de destaque de Milho Verde, Marco Antônio (Marquinho Delega), cozinheiro de primeira.

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Momentos finais de 2010 – III

De São Gonçalo, chegando a Milho Verde, a apenas 7 Km de distância

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O famoso bar da Rita mudou de lugar. Agora fica logo na chegada de Milho Verde, chegando de São Gonçalo

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A professora e agitadora cultural Rita sempre com bons eventos no Armazém

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O Armazém por dentro

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Momentos finais de 2010 – II

Da janela da Pousada Capistrana, em Diamantina

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Um dos trechos mais interessantes da Estrada Real, entre Diamantina e São Gonçalo do Rio das PedrasDSC08572

São Gonçalo, distrito do Serro, espetacular

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Em frente a essa Praça, a venda do Ademil, bar/mercearia mais famoso de São Gonçalo. Ademil e seus filhos sempre de bem com a vida.

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Para não desagradar aos filhos e aos clientes o Ademil jura que não torce para nenhum time. Mas os pôsteres no salão de sinuca o denunciam

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Momentos finais de 2010 – I

Antes de vir por essas bandas de Minas, escrevi que poderia sumir por uns dias aqui do blog porque internet não fácil em qualquer lugar. Alguém discordou, mas não deu outra. Saí de Diamantina na crença que em São Gonçalo ou Milho Verde seria possível postar alguma coisa.

Nada feito! Meu modem é da Vivo e lá, só Oi, que é o celular que uso. Ou seja: eu podia falar, mas escrever, não.

Para chegar em Conceição do Mato Dentro foi uma luta.

A MG-010, que liga o Serro até aqui, está cada dia pior e no período de chuvas, quase impossível rodar nestes 60 Km, sujo aslfalto não chega nunca. Uma sacanagem com a população regional, principalmente agora com o movimento de louco de caminhões e máquinas pesadas da Anglo Ferrous, a mineradora que adquiriu as minas do Eike Batista aqui.

Inacreditável!

Fiquei 3 horas parado em dois trechos, onde ônibus e automóveis atolavam e tinha que ser rebocados.

Reboque feito por máquina da AGR, uma empreiteira que trabalha na construção das mineradoras da Anglo. Não vi nenhuma máquina do DER, que deveria estar dando manutenção na MG-010.

A viagem de Milho Verde até Conceição, que normalmente faço em duas horas ou menos, durou seis, dessa vez.

Mas, está bom demais da conta e vida que segue.

Conceição continua ótima, graças à população sempre acolhedora e aos velhos amigos que veem de longe para rever os parentes, e outros que continuam morando aqui.

Mas a cidade está mal cuidada em função das permanentes guerras políticas. Ruas esburacadas e o patrimônio arquitetônico colonial caindo, precisando de socorro urgente, que não vem porque os políticos locais estão empenhados em suas brigas pessoais pelo poder.

Lamentável.

Em Milho Verde ouvi um casal turista do Rio de Janeiro dizendo que a maior decepção que eles tiveram até agora na viagem que estão fazendo por esta região, foi Conceição.

Tive que engolir, porque realmente, a nossa belíssima terra nunca esteve tão largada!

Nasci em Sete Lagoas, mas sou Cidadão Honorário daqui há quase 30 anos, e gosto de Conceição igual a Sete Lagoas.

Este casal do Rio ouviu falar que o culpado pela situação de Conceição é o “filho do ex-Ministro Zé Aparecido”, que teria usado a cidade politicamente e depois a abandonou à própria sorte.

Pedi licença para entrar na conversa e falei alguma coisa sobre esta situação, mas não teve jeito: o Zé Fernando está levando a fama negativa, e injusta, porque ele foi um bom prefeito. Tem culpa no “conjunto da obra”, igual às demais lideranças políticas atuais, que não se unem pelo bem da cidade.

Vida que segue!

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Ônibus da Viação Serro atolados na MG-010, pouco antes do trevo para Dom Joaquim, a caminho de Conceição.

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Cinco quilômetros depois, novo atoleiro e a necessidade de se rebocar carros, ônibus e caminhões.

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Minha vez de ser rebocado


Nada mais ridículo: agora, qualquer um pode ganhar medalha da São Silvestre

Hoje é dia de torcer pelo conterrâneo Frank Caldeira, que tentará conquistar pela segunda vez a corrida mais famosa do Brasil.

Mas a organização da prova resolveu dar uma esculhambada na premiação e agora, ao invés de entregar medalhas somente aos que completam a prova, entrega a dita cuja logo que o inscrito retira o seu kit.

Coisas do Brasil.

Sobre isso, veja que belo artigo do especialista em São Silvestre, Rodolfo Lucena, na Folha de S. Paulo, do dia 23:

“Ao entregar medalha antes da prova, organizadores mostram insensibilidade”

RODOLFO LUCENA
EDITOR DE TEC E DO BLOG +CORRIDA

A São Silvestre, mais importante corrida de rua do Brasil, símbolo da dificuldade, do denodo e do heroísmo que costumam ser associados ao pedestrianismo, corre o risco de virar um exemplo do mal afamado jeitinho brasileiro (se é que isso existe).
Os organizadores do evento decidiram entregar a medalha de participação antes da prova, junto com o kit do corredor, que inclui camiseta, número de peito e chip de cronometragem. A medida, segundo a organização, foi tomada por causa de problemas de logística e para facilitar a dispersão dos participantes depois da prova.
De qualquer modo, provocou indignação em grande número de corredores, que usaram as redes sociais para reclamar. “Ri-dí-cu-lo”, disse uma tuiteira. “Palhaçada”, comentou outro. Houve ainda quem usasse de seu saber jurídico para decretar que a medida é ilegal, imoral e, ainda por cima, engordativa.
Talvez. Acima de tudo, porém, a decisão revela falta de sensibilidade e desconhecimento do espírito que anima os corredores de rua.
Ninguém corre para ganhar a medalha. Corre-se para enfrentar problemas, demonstrar valor, desafiar os próprios limites, autoconhecimento, ganhar uma aposta ou simplesmente se divertir.
A medalha não é um prêmio, pois esse é a própria corrida, mas um símbolo de esforço despendido, trabalho realizado, dever cumprido.
A regra era clara: só ganha medalha quem correu metro por metro no asfalto fumegante, queimou as panturrilhas na Consolação, suou as pitangas no Minhocão e botou os bofes para fora subindo a Brigadeiro. Só quem vai até o fim leva o ouro.
Com a nova moda da São Silvestre, basta ter pago a inscrição (de R$ 85 a R$ 95 para as vagas comuns, conforme a data da inscrição) para obter o troféu. Se não quiser, o sujeito não precisa nem aparecer na largada, na avenida Paulista, no dia 31.
É verdade que isso pode agradar a alguns. Mas será que os milhares que completarão os 15 km terão de, na festa da firma ou da família, na virada do ano, ouvir a pergunta: você fez a São Silvestre ou comprou a medalha?
Pode ser que tudo mude no ano que vem. Pelo que diz a organização, até o tradicional circuito poderá ser modificado. A grande questão é: o corredor será ouvido?


Mineiro Adriano Sacchetto na seleção brasileira de triatlon

Semana passada li que o mineiro Adriano Sacchetto, de Belo Horizonte, foi convocado para a seleção brasileira de triathlon. Trata-se do mineiro melhor ranqueado neste esporte no Brasil.

Eu o conheci no voo para Lisboa. Ele estava indo para um período de treinamentos na cidade portuguesa de Rio Maior, que possui um dos centros de especialização mais modernos do mundo.

Sacchetto e mais 11 atletas brasileiros disputam de 6 a 7 vagas, para novo período de preparação em janeiro.

É o atual Campeão Mineiro e uma das apostas de Minas para as Olimpíadas de 2012 e 2016.

Também está na disputa por uma das três vagas para a disputa do Pan-Americano em Guadalajara em 2011.

Tem uma história muito interessante, de sacrifício para os treinos diários em Belo Horizonte, abstenção às diversões e foco só em medalhas.

O Triathlon que vem crescendo muito no Brasil, inclusive acabou de ser aprovado um projeto da Confederação da modalidade que aumenta em 50% o seu orçamento. A única que conseguiu isso para 2011, em função dos resultados obtidos no ranking olímpico mundial. Hoje, são nove atletas brasileiros entre os 100 melhores do mundo. Até 2009 eram apenas dois.

Também em Minas este esporte vem crescendo e há alguns projetos para 2011. Foi criada uma Associação com o objetivo de promover competições no Estado visando agregar valor, buscando maior divulgação e reconhecimento dos atletas.

ADRIANO1Adriano Sacchetto, primeiro à direita, numa prova em Budapeste. É um dos nove brasileiros entre os 100 melhores do ranking olímpico mundial


Do jeito que o Coronel quer

* Eu não queria nem entrar neste assunto dos títulos unificados pela CBF, mas os leitores cobram, e não tem jeito de não comentar. Fico com a opinião insuspeita do Tostão, que disse, dentre outras coisas: “Não dou a essa mudança nenhuma importância… Sinto-me campeão do Brasil desde 1966, quando o Cruzeiro ganhou a Taça Brasil, já que era o mais importante título nacional… Só vai mudar o nome… Vivemos em um mundo simbólico, com preocupação excessiva em dar nomes a tudo… A unificação dos títulos não aumenta os méritos de quem foi campeão da Taça Brasil e do Robertão… Não serei mais reconhecido por me tornar também artilheiro do Campeonato Brasileiro, já que fui o maior goleador do Robertão de 1970, com 12 gols… as histórias são diferentes. Cada uma teve seu charme… Em 1966, eu já festejei bastante como campeão do Brasil…”

 

Interesses políticos

 

Trata-se de mais uma questão política como a maioria das situações que envolvem o jogo do poder no Brasil, em qualquer área. Crimes maiores são cometidos constantemente contra a nossa história, sem que ninguém levante a voz para evitar, devido ao jogo das conveniências e do “salve-se quem puder”, que impera no país. Poucos anos atrás agrediram a história da nossa Independência ao trocarem o nome do Aeroporto Internacional de Salvador, que era 2 de julho e passou a ter o nome do filho do ex-coronel da política baiana, Antônio Carlos Magalhães.

 

O 2 de julho

 

A data de 2 de julho é para a Bahia, mais importante que o 7 de setembro, pois foi neste dia, em 1824, que os baianos botaram para correr os últimos militares portugueses que tentavam restaurar o poder da corte de Portugal sobre o Brasil. Ao contrário do que aprendemos nas escolas fora da Bahia, a Independência promovida por Dom Pedro I não foi na base do acordo puro e simples com Portugal. Houve guerra em todo o país, morreram milhares de brasileiros e portugueses, e em algumas regiões, especialmente no Norte e Nordeste, a carnificina foi maior. Com destaque para a Bahia.

 

Nem aí

 

Se mexem com uma data histórica e importante como essa para o país, no futebol é que podem fazer qualquer coisa, ainda mais num setor onde um Ricardo Teixeira faz o que quer, sem ser incomodado por ninguém. Dentro e fora das quatro linhas, age de acordo com os interesses dele e fim de papo.

 

Genéricos

 

Para citar apenas dois exemplos do absurdo que essa unificação representa: o Santos para ser “hexa” jogou 43 partidas, contra 192 do São Paulo para também ser campeão seis vezes.

O Internacional, único campeão brasileiro invicto, jogou 23 vezes, em 1979. Foi igualado ao Palmeiras, invicto na Taça Brasil de 1960 em quatro jogos, com o Santos e com o Cruzeiro, campeão em 1966, com oito jogos.

 

Credibilidade

 

Tudo isso faz lembrar o Odorico Paraguaçu na novela e no filme “O Bem Amado” que criava comendas por atacado para agradar aos seus aliados. No dia da homologação, Pelé e o presidente do Santos, saíram da cerimônia com seis medalhas e seis troféus pendurados no pescoço e agarrados no corpo.

Essa falta de credibilidade é que faz com que o futebol brasileiro não seja levado a sério pelas redes de TV da Europa. O Boca Juniors, da Argentina, é mais conhecido no exterior do que qualquer clube brasileiro.

* Minha coluna de quarta-feira, 29, no Super Notícia