Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

O nome da música e uma foto do Willy Gonser, no México em 1970

O companheiro Luiz Carlos Alves nos dá mais uma canja do seu conhecimento e nos socorreu quanto ao nome da música cantada pela Clara Nunes, ontem, no Lulio, em Guadalajara, e contou uma história que vale ser repassada aos senhores:

“Chico,

A música se chama “Canto das Três Raças”, de Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte (deste aí ninguém se lembra, mas é assim mesmo quando um grande nome se sobrejuja ao outro, até mesmo pela grande produção musical, como neste caso).

Já vivi uma experiência assim, na Alemanha, em 76, indo de Frankfurt para Munique, quando viajava de carro com a minha amiga Neumar de Kannel e não me lembrava de toda uma música do Gonzaguinha. Fiquei com aquilo na cabeça por 15 dias. A música, que quase virou uma tortura, era “Com a perna no mundo”.

Resolvi, então, para seu deleite, anexar o “Canto”, retirada da minha modesta discoteca.

Caso você tenha feito amizade no bar e queira oferece-la em vídeo, no You Tube há vários exemplares da Clara com o “Canto”, até em uma turnê no Japão.

Clara Nunes – Canto das Três Raças

Paulo César foi marido da Clara, você sabe. Assim com o foi o enorme Adelzon Alves, que me faz uma falta danada com aquele antigo programa dele na Rádio Globo, AM, Rio, a partir da meia-noite.

Pronto, Chico!. Vá para a rua!. Quero rever Guadalajara pelos seus olhos.

Abraço do

LUIZ CARLOS ALVES”

Por falar no Luiz, há mais dias ele enviou dicas, informações, lembranças e uma ótima foto dele aqui no México, 1970, em Guanajuato, inclusive junto com o Willy Gonser, na época na Rádio Nacional do Rio.

Confira:

“Recomendo uma cidade que jamais você esquecerá: Guanajuato, na qual estive com Édson Rodrigues, grande locutor, cobrindo os amistosos na região, antes de seguirmos para Guadalajara.

Foi lá que a seleção brasileira se preparou para a Copa de 70.

Este é apenas um dos detalhes, pois a cidade é histórica, incomum, tem ruas subterrâneas, antes leitos de riachos e corredores de minas (de prata, principalmente), o famoso Callejon Del Beso, um bequinho, parecendo rua, no qual os casais se beijavam de um lado ao outro de suas casas, tal a proximidade de seus balcões ou varandas.

Só indo pra ver a terra natal do maior pintor mexicano, Diego Rivera, e desde 1987 Patrimônio da Humanidade.

E tem vários museus e casas de cultura. Um deles é referência e museu imperdível, o das múmias, 111 delas, se não me engano.

Guanajuato é a capital do Estado do mesmo nome e que inclui Leon, sua maior cidade – a terra dos sapatos no México entre outras indústrias, e onde dois anos depois me encontrei com Hilda Furacão e Paulinho Valentin (essa é outra história, de uma viagem feita com o Galo, em 72).

Leon abrigou em 70 o Peru, timaço de Didi. Fui lá entrevistá-lo, se não me engano com o Juarez Soares. Ou teria sido com o Denys Menezes, outro grande amigo e enorme figura? Velha cabeça, ajuda, pô!

Creio que a nova carretera – estava em construção em 70 – te leva de Guadalajara até lá em três horas, cerca de 300 quilômetros.

LUIZCARLOS

Em 70 aluguei um Ford Falcon azul claro metálico, zerinho, e fui pelos caminhos alternativos. Uma epopeia com cenas de filme mexicano, com gente dormindo a sesta na porta das casas e casebres, galinhas e roupas no varal e sombreros mil. Inesquecível. Édson “Balançou a Roseira” Rodrigues te contará outras mais.

Achei uma foto do potente Falcon. Willy Gonser está nela. Foi lá que firmei minha amizade com ele. Mantenho a admiração por este grande narrador. Não me lembro o nome do outro jornalista. Creio que era de O Globo, um cara super alegre como a própria foto mostra.”

Luiz Carlos Alves”

SIGA CHICO MAIA NO TWITTER:

http://www.twitter.com/chicomaiablog


» Comentar

Comentários:
2