Blog do Chico Maia

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Eleição no Galo

Esta é a minha coluna de hoje, no O tempo.

O que penso sobre o processo sucessório no Atlético que está rolando. Eleição dia 14 de dezembro:

O Cruzeiro tem tradição de ótimo nível em suas questões políticas internas. Passado o processo eleitoral, quem perde o pleito deixa os eleitos conduzirem os destinos do clube. Graças a isso, tornou-se uma das maiores forças do futebol Sul-Americano, enquanto seus maiores rivais paravam no tempo, se engalfinhando em brigas internas que só os jogaram para baixo.

Foi preciso o América cair para a segunda-divisão estadual e ir parar na terceira nacional, para que suas lideranças criassem juízo e se unissem para evitar o fim do clube, e retornar à Série A do Brasileiro.

O Atlético parece que também aprendeu a lição. Quando todos imaginavam que com Alexandre Kalil presidente, a turbulência política fosse tomar conta do clube, está ocorrendo exatamente o contrário. Se tem uma coisa que ele próprio não pode reclamar é da oposição alvinegra, que em nenhum momento do seu mandato criou qualquer problema ou fez qualquer onda.

Hoje, nem parece que teremos eleição presidencial no Galo dentro de 40 dias, apesar de três candidaturas postas: Desembargador Irmar Ferreira Campos; engenheiro Frederico Peçanha Couto e Kalil, à reeleição.

Força

Mesmo com o Atlético lutando contra o rebaixamento, nenhuma ofensa, nenhum golpe baixo ou cenas que eram tão comuns nas disputas eleitorais dentro do Atlético. Em fins dos anos 1970 o saudoso Marum Patrus teve que usar o seu poder de Delegado de Polícia Civil para serenar os ânimos e evitar uma tragédia, numa eleição como sempre explosiva na sede de Lourdes.

No grito

Dr. Marum acabara de assumir a presidência do Conselho Deliberativo no lugar do também saudoso médico Francisco Neves, que fora forçado a renunciar momentos antes, por uma das chapas. O bate-boca estava incontrolável, prestes a se tornar briga de braço, quando o Delegado socou a mesa e gritou que exigia respeito.

Silêncio

Ao ver o revólver do Delegado Marum sobre a mesa, os brigões se contiveram e fizeram silêncio. Os trabalhos prosseguiram normalmente, sem mais nenhum tumulto. Marum Patrus era um grande apaziguador de contendas no Atlético, nunca teve fama de violento nem na sua profissão, mas neste dia teve que apelar. Tornou-se um termômetro da política atleticana.

Apoio

Hoje, seu filho Marcelo Patrus, é um dos articuladores respeitados da política alvinegra e integra uma das alas que têm mais votos, a do ex-presidente Ricardo Guimarães. E anteontem, eles, junto com Dedé (Vila Olímpica), Geraldo Leite (Labareda) e outras lideranças de peso estiveram em Lourdes, manifestando apoio à reeleição de Alexandre Kalil, que continua com seu grupo unido.

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O câncer de Lula, Dilma, José Alencar e a saúde pública do Brasil

Faço minhas as palavras do Elio Gaspari, em sua coluna de ontem, na Folha de S. Paulo, sobre a situação do Lula:

“ELIO GASPARI”

Lula, o câncer, o SUS e o Sírio


O Brasil de Nosso Guia está a 33 quilômetros da “perfeição no tratamento de saúde”


AS PESSOAS que estão reclamando porque Lula não foi tratar seu câncer no SUS dividem-se em dois grupos: um foi atrás da piada fácil, e ruim; o outro, movido a ódio, quer que ele se ferre.

Na rede pública de saúde, em 1971, Lula perdeu a primeira mulher e um filho. Em 1998, o metalúrgico tornou-se candidato à Presidência da República e pegou pesado: “Eu não sei se o Fernando Henrique ou algum governador confiaria na saúde pública para se tratar”. Nessa época acusava o governo de desossar o SUS, estimulando a migração para os planos privados.

Quando Lula chegou ao Planalto, havia 31,2 milhões de brasileiros no mercado de planos particulares. Ao deixá-lo, essa clientela era de 45,6 milhões, e ele não tocava mais no assunto.
Em 2010, Lula inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS no Recife dizendo que “ela está tão bem localizada, tão bem estruturada, que dá até vontade de ficar doente para ser atendido”. Horas depois, teve uma crise de hipertensão e internou-se num hospital privado.

Lula percorreu todo o arco da malversação do debate da saúde pública. Foi de vítima a denunciante, passou da denúncia à marquetagem oficialista e acabou aninhado no Sírio-Libanês, um dos melhores e mais caros hospitais do país.

Melhor para ele. (No andar do SUS, uma pessoa que teve dor de ouvido e sentiu algo esquisito na garganta leva uns 30 dias para ser examinada corretamente, outros 76, na média, para começar um tratamento quimioterápico, 113 dias se precisar de radioterapia. No andar de Lula, é possível chegar-se ao diagnóstico numa sexta e à químio, na segunda. A conta fica em algo como R$ 50 mil.)

Lula, Dilma Rousseff e José Alencar trataram seus tumores no Sírio. Lá, Dilma recebeu uma droga que não era oferecida à patuleia do SUS. Deve-se a ela a inclusão do rituximab na lista de medicamentos da saúde pública.
Os companheiros descobriram as virtudes da medicina privada, mas, em nove anos de poder, pouco fizeram pelos pacientes da rede pública. Melhoraram o acesso aos diagnósticos, mas os tratamentos continuam arruinados.

Fora isso, alteraram o nome do Instituto Nacional do Câncer, acrescentando-lhe uma homenagem a José Alencar, que lá nunca pôs os pés. Depois de oito anos: 1 em cada 5 pacientes de câncer dos planos de saúde era mandado para a rede pública. Já o tucanato, tendo criado em São Paulo um centro de excelência, o Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira, por pouco não entregou 25% dos seus leitos à privataria. (A iniciativa, do governador Geraldo Alckmin, foi derrubada pelo Judiciário paulista.)
A luta de José Alencar contra “o insidioso mal” serviu para retirar o estigma da doença. Se o câncer de Lula servir para responsabilizar burocratas que compram mamógrafos e não os desencaixotam (as comissões vêm por fora) e médicos que não comparecem ao local de trabalho, as filas do SUS poderão diminuir. Poderá servir também para acabar com a política de duplas portas, pelas quais os clientes de planos privados têm atendimento expedito nos hospitais públicos.

Lula soube cuidar de si. Delirou ao tratar da saúde dos outros quando, em 2006, disse que “o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde”. Está precisamente a 33 quilômetros, a distância entre seu apartamento de São Bernardo e o Sírio.

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Fila para compra de ingressos dobra quarteirões

É de assustar a fila para a compra de ingressos para Atlético e Grêmio, sábado, na Arena do Jacaré.

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Passando o feriado em Sete Lagoas, parei o carro para fotografar e mostrar aos senhores como estava a 30 minutos o movimento nas imediações das Avenidas Antônio Olinto, Lassance Cunha e Rua Randolfo Simões, perto do posto de venda do Posto Santa Helena.

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Sem tumulto e com muita paciência, as pessoas vã0 chegando e se juntando

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Mesmo de muletas, o atleticano enfrenta a fila.

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Crianças, adultos e muita gente uniformizada. Parece que o jogo é hoje.

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E imaginar que o time briga é para não ser rebaixado e que essa fila é apenas de setelagoanos e pessoas da região.

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O jogo é sábado à noite.

FILA

Imagine se essa torcida tivesse um time confiável!

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José Trajano está deixando o comando do ESPN

Depois de leituras de ontem e hoje, dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, edições impressas, separei algumas reportagens que achei mais interessantes e repasso aos senhores.

As porradas do Globo no América por ter levado o jogo contra o Corinthians para Uberlândia e ter cedido 75% dos ingressos ao clube paulista, deixei pra lá.

Lamento a saída do José Trajano do comando do ESPN:

Folha:

“televisão” – Outro Canal
KEILA JIMENE

Osso Foi em clima de emoção que os funcionários da ESPN Brasil receberam na sexta-feira, em um almoço, a notícia de que José Trajano deixará suas funções executivas no canal, que serão ocupadas por João Palomino.

Osso 2 À coluna, Trajano ironizou a choradeira dizendo que “ninguém morreu e que continuará tudo igual”.

Osso 3 Trajano disse que não vai para a Fox Sports, que está chegando ao Brasil, e que deixou o comando da ESPN porque “perdeu o foco do que gosta de fazer para cuidar de coisas burocráticas”.

* O império continua andando apertado com a concorrência.

Folha:

Globo deve repetir pior audiência de sua história

A Globo deve repetir em outubro a pior audiência de sua história. Na soma dos 30 dias do mês (sem incluir dia 31), a emissora registrou média/dia (das 7h à meia-noite) de 15,5 pontos, a mesma registrada em abril, o mês mais difícil para a rede até hoje.
Em setembro, a Globo marcou média de 16,6 pontos, perdendo quase 7% de sua audiência em outubro. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.
A faixa em que a rede mais perdeu público foi a nobre: uma queda de 10%.
O canal marcou em setembro, das 18h à meia-noite, média de 28 pontos. Em outubro, marcou 25,3 pontos na faixa. Boa parte dessa queda tem a ver com o Pan de Guadalajara. Exclusividade da Record, a competição teve a transmissão de muitas provas na faixa nobre.
A Globo também perdeu público no horário com as novas novelas “A Vida da Gente” e “Aquele Beijo”, que ainda não engrenaram.
A Record, que incomodou a líder em alguns momentos, esperava crescer mais com 140 horas de Pan no ar. Marcou em outubro 7,3 pontos, ante 7,1 pontos de setembro.
Quem mais cresceu no mês foi o SBT, que passou de 5,8 pontos (setembro) para 6,2 pontos. Um aumento de 7%. O total de televisores ligados em outubro permaneceu o mesmo de setembro: 42%.

* Folha sobre os caras de pau do COB:

Com R$ 1 bilhão em 4 anos, COB diz que ainda falta recurso

PAN Entidade, beneficiada pelas leis Piva e de incentivo, solicita mais apoio das prefeituras

MARCEL MERGUIZO
MARIANA LAJOLO
ENVIADOS ESPECIAIS A GUADALAJARA

O Comitê Olímpico Brasileiro quer mais apoio das prefeituras para o esporte. A entidade ainda não conseguiu espalhar o projeto do Time Rio para outras cidades.
“Esperamos que apareçam outras prefeituras que queiram investir em projetos como esse”, afirmou Marcus Vinícius Freire, superintendente-executivo do COB.
Ele disse que a Lei Piva ainda é o principal financiador do esporte olímpico e que a lei de incentivo precisa ser mais bem aproveitada.
De 2007 até o Pan do México, foi injetado cerca de R$ 1 bilhão no esporte brasileiro por meio das duas leis que usam verba pública para o fomento do COB, das confederações e de outros projetos.
“Há também muitas estatais e apoio de empresas privadas. É um conjunto que se complementa. Espero que as prefeituras se somem a nós nesse orçamento total. É preciso mais recurso para dar mais estrutura”, completou.
Anteontem, no balanço do desempenho do Brasil no Pan, o superintendente-executivo da entidade ressaltou o resultado dos atletas do Time Rio, tocado em parceria com a prefeitura carioca.
Dos nove competidores que integram o projeto, oito ganharam medalhas no Pan.
Kaio Márcio foi bronze nos 200 m borboleta, Rosângela Santos ganhou os 100 m rasos e o 4 x 100 m, Júlio Almeida levou dois bronzes no tiro, e Diego Hypólito, três ouros (dois individuais).
Na vela, Ricardo Winicki, o Bimba, foi o primeiro na RS:X, Cesar Castro, bronze nos saltos ornamentais, Rafaela Silva levou a prata no judô, e Nivalter Santos foi prata na canoagem e garantiu a vaga para Londres-12.
Natália Falavigna, do taekwondo, não medalhou.
O projeto do comitê foi lançado em fevereiro do ano passado. E, desde o lançamento, o COB já falava em levá-lo para outras cidades do país.
Até o fim de 2012, a Prefeitura do Rio repassará R$ 12 milhões para até 13 atletas de sete modalidades olímpicas.
Os valores dos patrocínios individuais não foram divulgados, mas o valor varia de acordo com as conquistas. Um medalhista olímpico receberá uma quantia diferente da de um campeão pan-americano, por exemplo.

* Uma ótima notícia, também na Folha:

Paraplégico que recebeu injeção de células-tronco caminha 100 m

Oficial da PM da Bahia também tem melhor controle intestinal

O major Maurício Borges Ribeiro se exercita com andador

GRACILIANO ROCHA
DE SÃO PAULO

Nove anos depois do acidente que o deixou paraplégico, o major da Polícia Militar da Bahia Maurício Borges Ribeiro, 47, voltou a andar graças a uma injeção experimental de células-tronco na região da medula.
Amparado por um andador, o policial tem conseguido caminhar até 100 metros por dia. O tratamento pioneiro está sendo desenvolvido por cientistas do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador, e da Fiocruz.
Em março, médicos retiraram células da bacia do paciente e, um mês depois, reinjetaram-nas na região lombar da coluna do policial.
Os movimentos estão retornando gradualmente. O formigamento nas pernas foi o primeiro sintoma da melhora. Depois, houve aumento do controle da bexiga e do esfíncter. O tratamento é complementado pela fisioterapia.
Ribeiro deu os primeiros passos em julho, cerca de 90 dias após a cirurgia.
“Estou reaprendendo a olhar para a frente quando ando. Não sei se vou andar de muleta ou arrastando uma perna, mas um dia vou conseguir sair da cadeira de rodas, que é uma prisão”, disse o paciente.
“No começo não podia nem ficar sentado que eu caía. Melhoro um pouco a cada dia, mas tenho de seguir à risca o tratamento e fortalecer a musculatura porque, se eu cair ou fraturar alguma coisa, o tratamento para.”

MAJORBAIANO
O diretor de pesquisa do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, Luiz Fernando Lima Reis, afirma que é preciso cautela na expectativa. “É muito promissor, mas ainda precisamos entender muito bem a biologia dessas células”, disse.

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Um Ministro cubano para o Esporte brasileiro

Essa disputa entre as Redes Globo e Record pelos direitos das transmissões esportivas é excelente para todo mundo: o público que passa a ter mais opções; o mercado de trabalho que gera mais oportunidades e para instituições e atletas que passam a negociar melhor os seus contratos.

Mas poderia ser melhor ainda para o Brasil se o comportamento editorial das TVs fosse diferente. Pelo que vi a Record só quis jogar para cima, como faz a Globo em suas transmissões exclusivas. Não critica nem cobra dos dirigentes e muito menos das autoridades públicas, induzido ao telespectador e outros veículos de comunicação a pensar que estamos muito bem, que tudo são flores.

No balanço final do Pan, estão tentando nos fazer acreditar que evoluimos muito, porque nos “consolidamos”  como terceira força das Américas!

Que palhaçada é essa? Tivemos performance inferior à do Rio, quatro anos atrás, com menos medalhas de ouro, 48, e menos medalhas no quadro geral, 141; contra 52 e 157 do Rio’2007.

Nesse escândalo do Ministério do Esporte foi divulgado que o governo distribuiu de 2005 para cá, R$ 20 bilhões para as tais ONGs, que deveriam ter sido investidos na formação de atletas.

Ora, aonde foi parar este dinheiro? Quantos atletas foram beneficiados e qual a evolução de cada modalidade esportiva proporcionada por essa fortuna?

O maratonista medalha de ouro, Salonei Silva, 28 anos, foi lixeiro até 2009, e só conseguiu se tornar atleta pelo seu esforço pessoal e coincidência do destino. Se dependesse de verba do Ministério do Esporte estaria catando seu lixo em Penápolis-SP até hoje.

Além do atletismo, os outros esportes que deram medalhas de ouro ao Brasil foram os de quase sempre, acrescentado a ginástica agora: vôlei, natação e judô, patrocinados pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobras, outras estatais e empresas privadas.

Cadê os bilhões do Ministério do Esporte?

SALONEIWashington Alves/Inovafoto/COB

E como explicar Cuba, que permanece firme no segundo lugar e a cada ano com menos dinheiro para investir no esporte?

O ideal seria a presidente Dilma importar um Ministro do Esporte de Cuba.

Custaria muito mais barato e o resultado prático seria infinitamente maior.

Mas não vi a Record questionando essas coisas; muito pelo contrário. Vi foi um ufanismo danado, falando em “amor à pátria”, “suor pelo Brasil” e outras lorotices.

Até Romário, que não tem papas na língua, disse coisas semelhantes na decisão do futebol feminino.

Mas, assim como a Globo e demais grandes veículos de comunicação, fica difícil criticar, já que os patrocinadores principais, normalmente são as estatais e outras instâncias do governo.

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Para entender a briga pela audiência e os novos rumos da TV no Brasil

Muita gente está estranhando o novo jeito de apresentação dos porgramas jornalísticos da Globo, do esporte principalmente.

Palavreado mais pobre, piadas de gosto duvidoso, superficialidade, enfim, mais popular, totalmente diferente do “Padrão Global” que prevaleceu até o primeiro semestre deste ano.

Nos tempos atuais, Dadá Maravilha faria o maior sucesso lá, e não duvidem se já já ele não for contratado novamente, já que não é fácil ser engraçado sem ser vulgar; e mudar de estilo não é fácil.

Tem gente lá que não está conseguindo cativar o público antigo da emissora e nem ao povão, que é o novo alvo principal da emissora dos Marinho.

Veja essas reportagens dos meses de julho e maio deste ano, publicadas pela Folha de São Paulo.

No dia 12 de julho, ela publicou números de audiência que explicam essas mudanças.

E, mais embaixo, uma aula de mídia contemporânea, do diretor-geral da Globo, no dia 9 de maio, onde ele antecipava o que iria acontecer e detalhava os motivos:

* “televisão”

OUTRO CANAL

KEILA JIMENEZ –


Audiência da Globo cai 24% em todo o país

Apesar da boa fase no horário nobre, a Globo encerrou o primeiro semestre do ano perdendo público no país.
Segundo PNT (Painel Nacional de Televisão) do Ibope, a Globo marcou, de janeiro a junho de 2006, média/ dia de 23,3 pontos. No primeiro semestre deste ano, registrou 17,6 pontos: queda de 24%. Cada ponto equivale a 185 mil domicílios no Brasil.
O SBT, que marcou no primeiro semestre de 2006 média de 7,4 pontos, caiu para 5,6 pontos em 2011. Também perdeu 24% de seu público. A Record passou de 5 pontos (2006) para 7,2 (2011). Cresceu 44%. Band e Rede TV! seguem com a mesma média.

———————————–

* Octávio Florisbal: Globo recolhe a bolinha de papel?

09/05/2011

“Globo muda programação para atender a nova classe C”

No embalo do crescimento econômico recente do País e das projeções

otimistas para os próximos anos, a Rede Globo aprofundou um processo

de modificações em sua programação para atender a uma nova clientela:

a emergente classe C.

As mudanças afetam as áreas de novelas, os programas de humor e o

jornalismo. E objetivam deixar a programação mais popular. A nova

classe C, na visão da emissora, quer se ver retratada nas telas.

Diferentes pesquisas têm sido encomendadas pela emissora para tentar

entender as mudanças ocorridas no perfil socioeconômico da população.

“São pesquisas para nossa reflexão interna, para orientar a área de

criação e de jornalismo”, conta Octavio Floribal, diretor-geral da

Globo.

O executivo observa que as classes C, D e E continuam formando 80% do

total da população, mas a mobilidade social ocorrida em função do

crescimento da renda e do emprego alterou as características deste

universo. “Estes 80% das classes C, D e E têm uma vida própria, com

características próprias. Nós precisamos atendê-los”, diz Florisbal.

OCTAVIO

Na Globo desde 1982, o executivo foi diretor de marketing e

superintendente comercial até assumir, em 2002, a direção-geral da

emissora em substituição a Marluce Dias. Paulistano, 71 anos, mora há

décadas no Rio de Janeiro, mas mantém um escritório na sede da

emissora em São Paulo, onde recebeu o UOL na última sexta-feira (06).

Abaixo, trechos da entrevista:

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

No passado, a classe C seguia muito os padrões das classes A e B. Ela

morava na periferia de São Paulo e do Rio e tinha a aspiração de vir

para um bairro de classe média, queria ter mais ou menos as mesmas

coisas que uma família de classe média. Eram seguidores.

O camarada mora no Tatuapé, mas não quer vir morar nos Jardins. Quer

morar lá, quer ser reconhecido pela comunidade dele, ele tem os

valores e hábitos dele.

Houve uma mudança de comportamento e de valores para estas pessoas.

Acabamos de fazer uma pesquisa muito interessante de classe C que

mostra isso. Há aquelas pessoas que migraram da classe D para a classe

C e estão vivenciando um novo momento. Estão muito felizes, mas têm

muito receio de voltar, de perder o que conquistaram. Estão investindo

nos filhos, para que eles dêem um novo salto.

Há outros, a maioria, que estão muito felizes com a posição que

ascenderam, mas não querem mudar. O camarada mora no Tatuapé, mas não

quer vir morar nos Jardins. Quer morar lá, quer ser reconhecido pela

comunidade dele, ele tem os valores e hábitos dele. Ele não quer se

vestir como se veste o pessoal daqui.

NOVO FOCO

Isso também muda os hábitos de consumo de mídia. No passado, você não

tinha que se preocupar tanto. “Estou fazendo uma televisão para todos,

mas com foco em classe média”. Hoje, não. Atenção. Eu tenho que fazer

para todos. Aquela divisão de que 80% do público é das classes C, D e

E continua, mas eles têm mais presença, mais opinião. Eles ascenderam.

Têm um jeito próprio de ser.

Você tem que atendê-los melhor. Eles têm que estar mais bem

representados e identificados na dramaturgia, no jornalismo. Antes,

você fazia uma coisa mais geral. Hoje, não. A gente tem que ir,

principalmente nos telejornais locais, ao encontro deles. Eles têm que

ver a sua realidade retratada nos telejornais. Eles querem ter uma

linguagem mais simples, para entender melhor.

NOVELAS NOVAS

Em dramaturgia, se você voltar 20 anos, você tinha alguns

estereótipos. A novela estava centrada nos Jardins, em São Paulo, ou

na zona sul do Rio e tinha um núcleo, aquele núcleo alegre, de classe

C, na periferia. Hoje, não. A gente começa a ver essas histórias

trafegando mais na periferia. A próxima novela, do Aguinaldo Silva,

“Fina Estampa”, vai se passar na periferia. A novela que virá depois,

do João Emanoel Carneiro, vai ser centrada na Baixada Fluminense.

Então, você vê este tipo de preocupação.

“Tapas e Beijos”, escrito pelo Claudio Paiva, é uma situação clara

para você atender classe média, classe média baixa. São duas

balconistas de uma loja de noivas, que você encontra aqui, na rua São

Caetano, ou na avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma coisa popular.

É uma outra pegada. Por quê? Porque é isso que eles querem.

A Patrícia Kogut (“O Globo”) fez uma crônica sobre “Insensato Coração”

muito interessante sobre os personagens Raul (Antonio Fagundes) e

Heidi (Rosi Campos). É quase uma ação de responsabilidade social.

Ambas são pessoas simples, batalhadoras, mas que têm valores muito

fortes. E eles tentam passar isso para os filhos o tempo todo. Você

tende a ficar um pouco mais popular, sim, mas sem perder qualidade.

NOVOS PROJETOS NO JORNALISMO

No jornalismo é a mesma coisa. Tanto em São Paulo quanto no Rio

estamos procurando nos telejornais locais fazer uma coisa mais

coloquial, uma linguagem mais familiar, mais informal, no jeito de

colocar e de se vestir. Não é só um apresentador, são vários. Tem a

redação móvel, que vai nas periferias e faz de lá. Nos telejornais

nacionais você também tem que cuidar bem para não colocar em excesso

certos temas que não atendem tanto.

E agora nós instituímos “os parceiros do jornalismo”. Nas comunidades

que a gente elege, há um representante selecionado para ser nosso

repórter lá. Ela recebe uma camerazinha simples e retrata o dia a dia

lá. Um incêndio, um buraco na rua. Se a matéria é selecionada, entra

no telejornal local. No Rio, são oito duplas, em oito comunidades

diferentes. Em São Paulo, deve chegar no começo do segundo semestre.

AUDIÊNCIA EM QUEDA AOS SÁBADOS

Veja um dado interessante que retrata a ascensão desta classe popular.

Antes, como eles tinham menos renda, o único meio de entretenimento

deles era a televisão. Hoje, nos fins de semana, eles saem mais de

casa. De segunda a quinta, às 21hs, que é o pico, o total de TVs

ligadas está em 68%. No sábado, isso cai para 52%. É um monte de gente

que desligou. Por que desligou? Porque saiu de casa. Essa queda sempre

houve, mas está mais acentuada. Porque as pessoas estão com mais

dinheiro para sair de casa.

A gente tem que fazer televisão para todos. O “Jornal Nacional” é

bastante abrangente, mas se você vê o “Jornal da Globo”, ele está

atendendo mais classe AB e um pouco de C1. Você vai no “Bom Dia

Brasil”, idem. Por faixas horárias, você pode fazer mais isso. Você

tem que ter um balanceamento para não perder classe AB.

Esta discussão está presente na Rede Globo. E todos nós estamos, de

uma maneira geral, aprendendo. Todas as redes de TV, os outros meios.

TELEVISÃO VERSUS INTERNET

Temos na Globo um conjunto de grupos, por temas, que a gente considera

estratégicos. Essa semana, um dos grupos que se apresentou,

justamente, trata de TV digital. Novas oportunidades nesta área.

Há uma oferta crescente de oportunidades de você ver vídeo de

diferentes maneiras. No táxi, no ônibus, no metrô, no avião, no

celular, tablets. Estas experiências novas são, realmente, desafios.

Para tranquilidade da gente, para não ficarmos muito assustados, nos

Estados Unidos, a Nielsen tem um painel chamado de “Três Telas”, com

uma amostra de quem assiste televisão na TV, no computador e no

celular. Apesar de toda a oferta, consumo de televisão por família é

de 35 horas por semana “real time” mais três horas gravado. Vídeos na

internet dão menos de meia hora por semana. E vídeos no celular dão

seis minutos.

Apesar desta grande quantidade de opções, o grosso, 90% ou mais, ainda

está na televisão. Quanto tempo esta concentração vai durar, não sei.

Vai depender muito da nossa capacidade de ter conteúdos atraentes. No

Brasil esses números são muito parecidos. Aqui temos uma média de 39

horas por semana. E vídeos na internet dão vinte e poucos minutos. Não

medimos ainda celular.

AUDIÊNCIA EM QUEDA

A média histórica de aparelhos ligados no Brasil, das 7h à 0h, é de

40% a 45%. Isso é permanente, não muda. Em 2010, foi de 43%. Há 30

anos, esses 44% correspondiam praticamente só à TV aberta. Com a

introdução das novas mídias, isso mudou. Há 20 anos, havia 1 milhão de

domicílios com TV paga, que não era nada. Hoje são 10 milhões. No

passado, TV paga, que a gente chama de “outros canais”, representava

1% dos aparelhos ligados, hoje é 6%. O que a gente chama de “outros

aparelhos”, VHS, videogame, DVD, Blu-Ray, antigamente não existia,

hoje representa 3%.

Aqueles 44% continuam. Mas o que era só da TV aberta, hoje não é mais.

A TV aberta tem 35%, e tem 8% ou 9% que é uma composição de “outros

canais” e “outros aparelhos”. De fato, hoje tem uma disputa que não

havia. A TV aberta perdeu um pouco de participação para “outros

canais” e “outros aparelhos”. Isso é inquestionável.

Dentro das redes, na TV aberta, a Globo tinha 21% em 1997, hoje ela

tem 17%, 18%. Antes, SBT e Record, somados, davam 13%. Hoje, somados,

dão os mesmos 13%. Tivemos uma pequena perda. Mas o que nós perdemos

não foi para eles. Eles mantiveram, não conquistaram da gente, nós

perdemos alguma coisa para “outros canais” e “outros aparelhos”.

Excluindo China e Índia, o Brasil é o país de maior audiência de TV

aberta. No conjunto, no mundo, a audiência de TV aberta tem se

mantido. Ela tem uma tendência, pequena, de queda nos países

desenvolvidos, mas os BRICs (Brasil, Rússia, India e China) compensam.

Na soma global, a audiência de TV aberta está até subindo. Segundo um

estudo da Deloitte, em termos de verba publicitária, em 2008, o

investimento total em TV (aberta e fechada) representou 38% do total.

Este ano vai ser 41% e ano que vem 42%. Está crescendo. Internet daqui

a algum tempo será a segunda mídia. Hoje ainda é jornal e revista.

A CONCORRÊNCIA DA RECORD

No passado, nosso concorrente era o SBT. O Washington Olivetto, muito

criativo, criou aquele slogan: “Líder absoluto da vice-liderança”. Era

um tipo de postura. A Record tem uma postura mais agressiva: “A

caminho da liderança”. É interessante porque, ao mesmo tempo em que

pode incomodar, é um grande desafio. É uma maneira de ficar mais

atento, mais acordado.

É uma postura que te obriga a estar mais atento. Você é mais

desafiado. A disputa pelo telespectador é absolutamente democrática.

Com o controle remoto, a pessoa muda, não paga nada por isso, ela fica

mais aqui ou menos ali se a emissora atende melhor ou não. É uma luta

permanente, de minuto a minuto. Não é como em outros setores. Você

troca de automóvel a cada dois anos.

Hoje há mais disputa. A Record tem mais recursos financeiros para

brigar por audiência do que tinha o SBT.

Nunca nos acomodamos. É uma preocupação permanente. Batalhamos todos

os dias. Um ponto de audiência é muita coisa. Um ponto de audiência,

nacional, num total de 55 milhões de domicílios, são 550 mil

domicílios, 1 milhão de pessoas. Um por cento da verba publicitária de

TV, de um total de R$ 16 bilhões, é R$ 160 milhões. Um por cento é

muita coisa. Tem que batalhar muito.

O movimento da audiência nestes anos todos pode ter sido pequeno, mas

não em quantidade de pessoas. A população cresceu, o número de

aparelhos por lar cresceu. Hoje, 10% de audiência atinge muito mais

pessoas do que 10% há 30 anos. Quando você olha para o anunciante, ele

tem interesse pela audiência, é claro, mas também pelo total de

pessoas. Por isso, a TV aberta continua tendo essa preferência.

FUTURO FAVORÁVEL

A economia nos BRICs tem uma tendência de crescimento muito forte nos

próximos anos. Acho que o Brasil está numa posição muito favorável de

crescimento, consolidação. E isso certamente vai arrastar o mercado

publicitário brasileiro. Há alguns anos, ele não estava nem entre os

dez maiores. Este ano, já vai ser o sexto, ocupando o lugar da França.

Mais três ou quatro anos, vai ser o quinto, passando a Inglaterra.

Depois, a tarefa é mais inglória: passar Alemanha, Japão, China e

Estados Unidos.

Tem uma verba crescente de marketing, publicidade, comunicação que vai

irrigar muito todos os meios de comunicação. Vai ter para todo mundo.

Nós vamos viver um período muito bom. Temos um modelo brasileiro de

publicidade muito interessante, que todos apoiamos.

Entendo que a TV aberta num arco de tempo de dez anos vai continuar

como líder. A nossa aposta é que a internet será a segunda maior

mídia, em participação, daqui a dez anos. Ela vem crescendo de maneira

exponencial. Hoje ela representa 5%. Já passou cinema, outdoor, rádio.

Está se aproximando muito de revistas, que é 7%. Jornal aqui é 13%.

Com o plano brasileiro de banda larga, com mais renda para as pessoas,

a internet tem realmente uma expectativa de crescimento exponencial,

como tem tido.

Vai ser muito bom para todos. Quem é que vai prevalecer? Em cada meio,

vão prevalecer aqueles que oferecerem melhor conteúdo. No fundo, no

futuro, a distribuição vai ser um commodity, vai chegar para todo

mundo. O que vai fazer a diferença é o conteúdo, a qualidade do

conteúdo, a sua pertinência.”

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E assim caminha o esporte brasileiro!

Veja este artigo do jornalista Ricardo Noblat sobre a patifaria e safadeza que imperam na política brasileira.

Envolve o nosso tema principal, o esporte, e vale a pena ler.

Li no O Globo, de ontem, e saiu também no Hoje em Dia:

* “Deixem Aldo em paz

Difícil dizer qual foi o momento de mais brilhante cinismo que marcou a entrevista coletiva concedida na última sexta-feira por Renato Rabelo, presidente do Partido Comunista do Brasil (PC do B).

Terá sido aquele onde ele garantiu que Aldo Rebelo, seu correligionário e novo ministro do Esporte, escolherá livremente com quem irá trabalhar?

Ou terá sido o momento seguinte quando Renato citou Nádia Campeão, ex-secretária de Esporte de São Paulo e ex-presidente do PC do B no Estado?

Renato admitiu que Nádia está cotada para a Secretaria Executiva do ministério do Esporte, embora “não seja uma indicação do partido”. Como é mesmo, Renato?

Cinismo puro!

Em 2002, ao se eleger presidente da República e decidir que o Esporte caberia ao PC do B, Lula pediu ao partido que sugerisse o nome do ministro. Por partido entenda-se Renato. Ninguém ali o contesta.

Renato tentou emplacar Nádia Campeão. Lula preferiu Agnelo Queiroz, deputado federal pelo PC do B de Brasília.

Então Renato empurrou goela abaixo de Agnelo os nomes de Orlando Silva para secretário Nacional de Esporte e de Ricardo Leyser Gonçalves para secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento.

Foi o primeiro emprego da vida de Orlando, que pelo PC do B presidira a União Nacional dos Estudantes entre 1995 e 1997.

Orlando e Ricardo serviram ao partido no ministério como uma espécie de tutores de Agnelo. Vigiavam seus passos. E confrontavam atos que poderiam desagradar ao partido.

Em certa ocasião, Agnelo aceitou convite para assistir no exterior a uma competição de natação. O autor do convite era um dirigente esportivo do Rio.

Os tutores de Agnelo se opuseram. Alegaram que a aceitação do convite fortaleceria seu autor, empenhado em que o Rio sediasse os Jogos Pan Americanos de 2007. E para o PC do B, o melhor seria que o Pan fosse disputado em São Paulo. Ali o partido concentra seus maiores interesses.

O ministro viajou mesmo assim.

Os dois viviam no gabinete de Agnelo. Não se anunciavam antes de entrar, simplesmente giravam a maçaneta da porta e entravam.

Uma vez, irritado, Agnelo foi visto saindo do seu gabinete com as mãos na cabeça para desabar diante de secretárias perplexas: “Tirem esses dois da minha sala. Não agüento mais”.

Vexame!

O posto de Orlando só lhe dava direito a dispor de carro oficial para se deslocar dentro da Esplanada dos Ministérios.

Pois bem: ele visitava a namorada que morava na Asa Norte dizendo que usara o carro em viagem ao Setor Hospitalar Norte. Para ir ao aeroporto, anotava que usara o carro em viagem ao Setor de Carga. Há um dossiê a esse respeito.

Apontado como o homem-forte dos Jogos Pan Americanos, Ricardo acabou condenado pelo Tribunal de Contas da União a devolver aos cofres públicos mais de R$ 18 milhões. Foi acusado de superfaturamento e de pagamentos indevidos.

Nem por isso deixou o ministério. Mais do que Dilma, Lula tolerava desvios de conduta.

Quem deixou o ministério foi Agnelo, candidato ao governo do Distrito Federal e depois ao Senado. O PC do B abandonou-o.

Agnelo quis voltar a ser ministro no segundo governo de Lula – o partido preferiu Orlando. Mas escalou o advogado Ronald Freitas, um dos sete membros do seu secretariado, para monitorar o novo ministro.

Agora, quem haverá pelo PC do B de controlar de perto ou à distância o desempenho de Aldo Rebelo?

Dele se diz – e com razão – que é um político experiente e respeitado por seus pares. Foi presidente da Câmara dos Deputados e ministro das Relações Institucionais de Lula. Até a oposição (leia-se: Aécio Neves e José Serra, ambos do PSDB) gosta dele.

Seria razoável que o PC do B o deixasse em paz. Deixará?

Aldo é tido como um quadro disciplinado. Os comunistas se referem a ele como “um quadro orgânico”.

No ano passado, Aldo pediu socorro à direção do partido quando temeu não se reeleger devido à quantidade de dinheiro gasto para eleger deputado Gustavo Petta, cunhado de Orlando.

O PC do B espera que ele retribua a ajuda que recebeu.

Força, Lula!NOBLAT

* http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/10/31/deixem-aldo-em-paz-414084.asp

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A Enciclopédia do Rádio precisa de mais informações sobre o Giovane Goulart e outros radialistas

Com o maior prazer,

recebi este e-mail da Sônia Pessoa, grande amiga, ex-colega de escola de jornalismo na antiga Fafi-BH, hoje UNI.

Jornalista brilhante, professora idem, está ajudando a escrever a Enciclopédia do Rádio Mineiro, um projeto muito legal da Nair Prata e Maria Cláudia Santos.

Ela está precisando de informações sobre o saudoso Giovane Goulart, infelizmente morto em um acidente de carro no dia 16 de março de 2004.

Ano passado, tive a honra de publicar aqui no blog, uma homenagem do Mário Marra a ele. Foram colegas na Globo/CBN.

Inclusive com uma foto deles, junto com o então comentarista da casa, Régis Souto, hoje Secretário de Comunicação da Prefeitura de Belo Horizonte.

Primeiro, segue o e-mail da Sônia Pessoa, cuja solicitação serve para outros radialistas de Minas. Depois, a republicação do texto do Mário Marra e a foto:

“Olá, Chico, tudo bem? Quanto tempo…

Estou participando do projeto da Enciclopédia do Rádio Esportivo Mineiro, uma pesquisa que deverá culminar na publicação de um livro que contará a história do esporte radiofônico em nosso Estado. A coordenação é da Maria Cláudia Santos e da Nair Prata. Acho que vc já está sabendo…

Vamos contar essa história pelos profissionais que a construíram. Assim, os verbetes serão formados pelos nomes das pessoas que já trabalharam ou ainda trabalham com esporte no rádio de Minas Gerais.

Sou responsável pelo verbete Giovane Goulart e vi no seu blog um texto sobre ele. Você tem email ou contato de algum familiar?
Poderia me ajudar dando uma declaração sobre o trabalho do Giovane ou me ajudando a preencher os campos abaixo? Se puder ficarei super agradecida. Obrigada, um bj
Nome completo
Nome profissional
Data de nascimento
Local de nascimento
Emissoras nas quais trabalhou (e cidades onde estão localizadas)
Por que ingressou no Rádio Esportivo? Por acaso? Sonho? Influência Familiar? Oportunidade profissional? Paixão pelo rádio? Paixão pelo esporte? Favor explicar os motivos.
Destaques da sua trajetória profissional no rádio esportivo
Algo que eu não tenha perguntado e que você considera importante sobre a sua participação no rádio esportivo

Preciso também de uma foto escaneada em alta resolução, de preferência em um momento profissional no rádio.”

—————————————————————————

GOULART

Da esquerda para a direita, Régis Souto, Mário Marra e Giovane Goulart

* “O dia 16 de março de 2004 era um dia normal de trabalho.
Almocei pensando no jogo entre Brasiliense e Atlético pela Copa do Brasil.
Lá pelas 15h meu telefone tocou. Vi que era o amigo Marcelo Gomes e logo pensei uma saudação mais brincalhona, só que Marcelinho parecia estar chorando.
Travei. Ele custou, mas falou. Pediu para que eu avisasse alguns amigos e eram muitos os amigos do Amigão.
Liguei para o Dr. Paulo Henrique Rodrigues, médico que iniciara o tratamento para um problema sério de audição que Giovane tinha.
Liguei para o Domênico Bhering, assessor do Atlético, que rapidamente falou que ia solicitar a realização do minuto de silêncio em homenagem ao Giovane.
Comecei a lembrar das situações que vivemos juntos e não consegui lembrar de nada negativo.
Tímido, correto, observador e dono de um enorme sorriso aberto.
As lágrimas começaram a descer quando lembrei que ele estava louco de saudade do filho. Giovane aproveitou um espaço de folga na tabela do Cruzeiro (clube que ele cobria em 2004) e foi para Três Pontas. Na bagagem dele estavam alguns presentes para o filho e ele sorria ao falar que ia rever o garoto.
Saudades.
Pensei em dividir com vocês um momento que passamos juntos.
Era a festa de final de ano das Rádios Globo e CBN.
Eu, Régis Souto e Giovane Goulart batíamos mais um papo. Comemorávamos a vida, algo que o Amigão gostava muito de fazer.”

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Vistas grossas ao erro a favor do Corinthians e as chances dos Mineiros

Sobre a vitória que deu ao Corinthians a liderança do Brasileiro, interessante como a maioria dos colegas da imprensa nem fala sobre a falta sobre o goleiro do Avaí.

A conversa ficou em torno da entrada ou não da bola, que neste caso, nem merece discussão, pois entrou claramente.

Aqui, fico com a opinião do Wagner Ávila, de Diamantina, que escreveu: o Cruzeiro não deverá cair, por causa da fragilidade dos concorrentes que estão abaixo dele, que não aparentam ter forças para ultrapassá-lo.

A campanha no returno é muito ruim, realmente preocupante. O time é Montillo, que sozinho, não dá conta de conquistar as vitórias necessárias.

Fabrício é reforço, e caso volte e não se machuque mais, a situação tende a clarear.

Concordo com os lamentos dos americanos quanto ao jogo contra o Corinthians ser em Uberlândia, porém, a essa altura dos acontecimentos, o negócio é salvar o 13º do time, e ser realista, pensando em 2012.

E que use o Campeonato Mineiro para lançar seus jovens jogadores, de ótimo potencial, mas que não podem ser vistos como solução sendo jogados às feras de cara em um Brasileiro.

Atlético e Cruzeiro deveriam pensar da mesma forma, pois não terão outra saída para enfrentar o poderio financeiro de paulistas e cariocas a partir do ano que vem. Aliás, a maioria deles já está gastando parte antecipada desse dinheirão a mais que receberão dos direitos de transmissão da Rede Globo.

O Atlético ainda não está salvo do rebaixamento, porém é evidente a evolução da campanha no returno: conquistou 15 no turno, ganhando dos concorrentes dele na luta contra a degola. No returno já somou 21, vencendo Santos, Fluminense, Palmeiras…

Créditos a Cuca que pediu a contratação de Carlos César, Pierre e Triguinho. Chegaram, jogaram logo de cara e estão dando retorno.

Efetivou Bernard como titular e deu moral a Berola, escalando-o como titular. Se aguenta apenas 45 minutos, que ajude o time a resolver logo o jogo com o seu gás e boas jogadas no primeiro tempo.

Também deu moral a Daniel Carvalho, que está correspondendo.DUKEPara concluir, o Duke, de hoje, no Super Notícia, sempre bom demais da conta!

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A música do Ivan Lins e a comparação com os nossos times

“Desesperar jamais
Aprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo

Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada! Nada! Nada de esquecer

No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer Valer o dito popular
Desesperar jamais
Cutucou por baixo, o de cima cai
Desesperar jamais
Cutucou com jeito, não levanta mais”

Essa é uma das músicas mais conhecidas do Ivan Lins e serve para o nosso futebol nos tempos atuais.

Dessa vitória do Atlético sobre o Palmeiras, observações que julgo pertinentes:

– Bernard marcava gols belíssimos, inacreditáveis, pelo Democrata Jacaré. De pé direito, pé esquerdo, de cabeça, de perto, de longe, à meia distância, enfim de todo jeito.

Com a camisa do Atlético não está conseguindo. Pode ser uma questão de tempo. Tomara! Porque merece e quando isso começar a acontecer, estará entre os grandes nomes do futebol brasileiro.

– Vencendo por 2 a 0 com dois jogadores a mais, um time não pode levar sufoco como o Galo levou no fim do jogo contra o Palmeiras.

A caixa de mensagens de todo jornalista que cobre esportes nesta fase dos mineiros se parece com um pedaço do Muro das Lamentações, com direito à ira e muitos impropérios da maioria, contra os dirigentes, principalmente.

Não adianta nenhuma caça a bruxas neste momento. Todos nós e os próprios dirigentes sabemos dos erros, muitos inclusive repetidos de 2009.

Urgente é sair da enrascada com o que se tem. Não há como contratar outros jogadores, pois o prazo se esgotou, nem mexer em comissões técnicas.

As mancadas e o futuro devem ser deixados para depois de 4 de dezembro, quando termina o Brasileiro, e tomara, com nossos três na Série A.

Nos dias antes da derrota para o Botafogo o Cruzeiro tentou reeditar a fórmula do ano passado, quando chamou a torcida, fez treino aberto e motivou a todos.

Foi a arrancada para o vice-campeonato. Mas, em 2010, o time tinha Jonathan, Gil, Henrique, Caçapa, Fabrício inteiro, Kléber, Thiago Ribeiro e Gilberto.

Assim como o Atlético, que negociou jogadores importantes, depois do Mineiro deste ano, como Obina e Tardelli, o Cruzeiro se fragilizou para o atual Campeonato.

Mas a esperança de recuperação e permanência na Série A passa mesmo por essa mobilização. Para evitar o pior, um mutirão que envolva a todos e muita torcida para que os jogadores façam a parte deles dentro das quatro linhas. O rebaixamento só machuca as instituições e seus torcedores já que os atletas e comissões técnicas vão cuidar de suas vidas em outras freguesias.

A seleção brasileira já não exerce o fascínio de outros tempos sobre o público, mas não é de se estranhar. À exceção de Kaká, quantos torcedores sabem quem são os jogadores convocados por Mano Menezes?

Até os mineiros têm dificuldade em se lembrar do goleiro Diego e do atacante Dudu (ex-Atlético e Cruzeiro).

Kleber, centroavante, nem conseguiu ser titular do Galo.

Ainda sobre o Pan,

a imprensa europeia não deu a menor bola para a competição que terminou ontem em Guadalajara. Nenhum jornalista do velho mundo apareceu para cobrir o evento no México. Das américas, o México teve o maior número de credenciados por jornais e portais de internet: 325, seguido pelo Brasil com 140, Estados Unidos 70, Argentina 62, Colômbia 50 e Ch

O Vasco ganhou a Copa do Brasil e tem grandes chances de ser campeão do Brasileiro e Sul-Americana, com três mineiros renegados: Eder Luiz que alternava bons e maus momentos no Galo; Diego Souza que se cansou de ser reserva do Renan Oliveira (Ave Dorival Jr.!) e Bernardo, que teve todas as chances no Cruzeiro, mas não tinha, em BH, o comportamento extra-campo que tem no Rio.

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