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Fracasso técnico, de público e arrecadação do Mineiro, e falta de visão da maioria dos dirigentes

Ótima reportagem do Thiago Madureira, no Superesportes de sexta-feira, sobre o fracasso de público e arrecadação do Campeonato Mineiro, que continua atual, mesmo com a rodada do fim de semana.

Lamentável foram as explicações e justificativas dos dirigentes ouvidos, à exceção do Olímpio Naves, do América, que foi sensato e apresentou a melhor idéia para que a situação mude.

O presidente da FMF, Paulo Schettino foi o mais infeliz em sua fala. Diz que a culpa é a falta de estádios em Belo Horizonte, como se este fracasso fosse apenas este ano ou ano passado.

Disse também que a Federação está em dificuldades financeiras por causa das pequenas rendas dos jogos, como se a entidade tivesse bilheteria como única fonte de arrecadação. E as muitas e caras taxas cobradas de todos os clubes, de todas as divisões em todas as categorias?

Os demais dirigentes falam que a falta de dinheiro impede contratações de vulto. Ora, ora, se fossem dirigentes de clubes da Série do Brasileiro, vá lá, mas clubes do porte do Villa Nova, Tupi e demais, têm falar é em fabricação de jogadores em casa, revelar talentos e ganhar dinheiro com eles. E aí sim, depois de chegar à prateleira de cima, nacional, falar em adquirir jogadores de maior peso.

Deveriam é reclamar e agir contra a Lei Pelé, que complicou a vida dos clubes de formação, e presenteou aos empresários, que hoje mandam no futebol.

Veja a reportagem na íntegra:

* “Arquibancadas vazias: público de todos os jogos do Estadual não encheria o Mineirão”

Maior público do Campeonato Mineiro é de apenas 4.825 pagantes no jogo entre Cruzeiro e Guarani; dois jogos do América receberam menos de 500 pagantes

Thiago Madureira – Superesportes

PUBLICOMINEIROSolitário: torcedor assiste a vitória do América sobre a Caldense, na Arena do Jacaré

O mais tradicional campeonato de futebol do estado parece ser também o menos atraente para o torcedor. Mesmo no início, o Campeonato Mineiro, que está na 98ª edição, não empolga. Somado o público das 18 partidas realizadas, apenas 41.692 pessoas compareceram aos estádios (média de 2.316 por jogo) – número insuficiente para encher o Mineirão, cuja capacidade será de 64.500.

Em razão disso, a arrecadação com bilheteria também encolhe. Nas três rodadas disputadas, as equipes recolheram um total de R$ 608.836 (média de R$ 33.824 por partida). Pouco maior do que um único jogo do Campeonato Carioca, a semifinal da Taça Guanabara entre Vasco e Flamengo, no Engenhão, com renda de R$ 590.240.

Ouvido pelo Superesportes, o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Paulo Schettino, credita o afastamento do torcedor em função da ausência de um estádio em Belo Horizonte.

“O grande problema é a falta de uma arena na capital. Por mais que Sete Lagoas seja uma cidade próxima de BH e receptiva, lá não é a casa de Cruzeiro e Atlético”, avalia Schettino, desconsiderando os baixos números registrados também pelos clubes do interior. Apenas uma partida das equipes interioranas registrou público superior a três mil pagantes: na primeira rodada, derrota do Democrata-GV, em Valadares, para o América (3.627).

Questionado sobre uma nova forma de promover o torneio, Schettino elenca antigas estratégias que não saíram do papel: “Pensamos em deixar o campeonato mais atrativo resgatando as famosas rodadas duplas. Já tentei fazer, mas é muito difícil. Os clubes não aceitam. Outra ideia é realizar preliminares com jogos da base ou de clubes amadores. As equipes também recusam porque piora o estado do gramado”.

DRPAULOSchettino revela que teve de pedir empréstimo para pagar as contas da FMF

As arquibancadas vazias afetaram diretamente os cofres da FMF. “Como o rendimento com bilheteria caiu drasticamente depois que o Mineirão entrou em reforma, estamos com dificuldades financeiras, já que parte significativa de nossa renda vem de uma cota fixa dos jogos dos clubes do estado que temos direito”, relata o presidente da entidade. “Tivemos, inclusive, que pegar um empréstimo bancário para pagar o 13º salário dos funcionários da FMF”, revela.

A vitória do Guarani sobre o Cruzeiro, por 1 a 0, na Arena do Jacaré, em partida válida pela segunda rodada, obteve o maior público do campeonato: 4.825 pagantes. Além desse jogo, apenas a partida entre Atlético e Boa (4.419), na estreia do Estadual, superou a marca dos 4 mil.

Os dois confrontos com menor público tiveram o América em campo. Como mandante, o Coelho recebeu apenas 439 torcedores na vitória sobre a Caldense na Arena do Jacaré, em jogo válido pela segunda rodada. E na terceira rodada, nessa quarta-feira, no Farião, como visitante, contra o Nacional, com 309 pagantes.

Considerando anormal a ínfima presença do torcedor nos estádios mesmo em início de campeonato, Olímpio Naves, integrante do conselho administrativo do América, propõe que a fórmula seja alterada para se ter um campeonato revigorado. “Está claro que é preciso fazer adequações. Da forma como está será prejuízo técnico e financeiro permanecer por muito tempo. Acredito que a melhor forma é realizar um campeonato mineiro regionalizado, aproveitando as rivalidades locais. Depois, os melhores e os clubes da capital se enfrentariam em uma fase final. Dessa forma, o público vai ter mais estímulo para ir a campo”, sugere – embora não tenha feito de forma oficial à FMF.

Interior

A queda nas arrecadações das bilheterias prejudica em maior intensidade os clubes com menor poder financeiro. Em função disso e acrescido a ineficácia de outras fontes de renda, alguns dirigentes acreditam que a disparidade entre os grandes e pequenos do estádo deve crescer. Para o vice-diretor de futebol do Villa Nova, Nélio Aurélio de Souza, há um efeito cascata que atinge as finanças dos clubes.

“Existe um privilégio descomunal da televisão para com os grandes clubes. Enquanto Cruzeiro e Atlético recebem algo entorno de R$ 6 milhões, a gente (times do interior) consegue apenas R$ 300 mil. Com esse dinheiro não dá para contratar nenhum jogador de destaque que faça com que o torcedor saia de casa e gaste seu dinheiro com ingresso”, afirma o dirigente do Leão do Bonfim, que acredita em um futuro pouco promissor aos pequenos: “Se não houver um socorro financeiro, será difícil qualquer clube do interior de Minas Gerais conquistar um Campeonato Mineiro. Isso sem falar nos torneios nacionais, no qual a diferença financeira com os paulistas é muito grande”, completa.

Outro cartola que faz coro a esse discurso é o presidente do Tupi, Áureo Fortuna. Segundo ele, o Campeonato Mineiro só será atraente a partir do momento em que os clubes do interior conseguirem montar times que façam sombra aos da capital.

“Precisamos de mais recursos. Nós pagamos tudo: passagens, hospedagens, árbitros… Sobra pouco para contratar bons jogadores e pagar salários condizentes com os inflacionados valores de mercado. É preciso valorizar o interior para que o Campeonato Mineiro se valorize como um todo”, frisa o presidente do Galo Carijó. 

Campeonato Mineiro
1ª rodada 2ª rodada 3ª rodada
Cruzeiro x Nacional
Público: 3.120
Renda: R$ 82.600Atlético x Boa
Público: 4419
Renda: R$ 74.310

Uberaba x América-TO
Público: 2.232
Renda:R$ 26.420

Guarani x Villa Nova
Público: 1.631
Renda:R$ 27.795

Democrata x América
Público: 3.627
Renda: R$ 39.250

Caldense x Tupi
Público: 2.832
Renda: R$ 31.155

América x Caldense
Público: 439
Renda: R$ 6.890Boa x Democrata
Público:1.305
Renda: R$ 10.630

Tupi x Nacional
Público: 2.221
Renda: R$ 18.612,50

Villa Nova x Uberaba
Público: 1.522
Renda: R$ 11.990

América-TO x Atlético
Público: 2.875
Renda: R$ 35.450

Cruzeiro x Guarani
Público:4.825
Renda: R$ 85.033,25

Villa Nova x América-TO
Público: 1.339
Renda: R$ 9.895Atlético x Caldense
Público: 3.752
Renda: R$ 72.990

Uberaba x Democrata

Público: 1.879
Renda: R$ 22.080

Boa x Guarani
Público: 1.442
Renda: R$ 15.035

Cruzeiro x Tupi
Público: 1.923
Renda: R$ 33.540,25

Nacional x América
Público: 309
Renda: R$ 5.160

* http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/interior/2012/02/24/noticia_interior,210151/arquibancadas-vazias-publico-de-todos-os-jogos-do-estadual-nao-encheria-o-mineirao.shtml#.T0jd8RbD3sE.twitter


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Comentários:
19
  • Wellington Cunha disse:

    Chico , nossos “brilhantes dirigentes” não entenderam que se não prestar conforto, segurança e um bom espetáculo , o torcedor não voltará ao estádio de futebol. Hoje temos outras opções de lazer , além da TV que transmite uma gama de jogos pelo mundo afora .

  • Márcio Amorim disse:

    Caro Chico!
    Permita-me fazer algumas observações:
    1 – Essa foto do torcedor solitário, apenas por questão de justiça, foi publicada, se não me engano, no jornal O Tempo por ocasião do jogo do Jacarezinho contra o Vila Nova e não no jogo do América contra a Caldense. Eu estava lá e tenho certeza de que não sou eu na foto.

    2 – O América já fez três jogos, sendo os três no interior. Um em Valadares com um público razoável, outro em Sete Lagoas e um terceiro na “boïte” Farião às 22 horas (terminou depois da meia-noite).

    3 – Vai fazer o próximo em Sete Lagoas, depois do BB….B, às 22 horas, que terminará, com certeza, depois da meia-noite.

    4 – Ficou 18 dias sem jogar e agora vai jogar 7 jogos em 20 dias.
    Estou mostrando o lado do América porque me interessa. Com certeza, a dificuldade é a mesma para atleticanos e cruzeirenses.

    Não podemos tomar como sendo apenas culpa do desinteresse dos torcedores, quando está evidente que este fracasso é falta de competência de dirigentes e da Federação. Reúnem-se todos os anos para a homologação da cópia do fracasso do ano anterior.

    Os mais pacatos são os dirigentes do América que aceitam este horário em estádio distante de casa. Fica sem verba da televisão, jogando neste horário indecente, para atender interesses dela, já que a sua verba, comparada à de Atlético ou Cruzeiro é ridícula.

    Por que eles, que recebem mais, não se submetem a esta imoralidade? Simplesmente porque se impõem.

    Recebem mais da TV e ainda têm bilheteria razoável porque não jogam depois do BB…B, distante de BH. O América não recebe nada e nem tem bilheteria, por aceitar estas imposições desumanas.

    Voltar de Sete Lagoas depois de meia-noite em dias úteis, com tv aberta e cerveja nos bares? Tem de ser ruim da cabeça.

    O que diminuiria um pouco o fracasso, que se avizinha novamente, seria parar com essa bobagem de quem é “dono do Independência” e inaugurá-lo para todo mundo logo (sem seleção, pelo amor de Deus!). l

    Para finalizar, este jogo com o Vila deveria ser mando de campo do Vila, porque se não me falha a memória, ida e volta a Nova Lima são 22 kilômetros, só para o América, ao contrário de jogar em Sete Lagoas que são 320 kilômetros. 160 para cada um dos times e para cada louco que se aventura na estrada.

    Se burrice doesse…

  • Cesar disse:

    Audísio,

    O Lélio está com esse comportamento desde que o Danilinho foi contratado, será que ele queria que o Atlético contratasse o Messi. O Danilinho quando jogou pelo Atlético era ídolo da Torcida, foi muito bem portanto merecia mais respeito. Realmente sua atitude é absurdamente irresponsável.

    Ele pegou no pé do Lima desde que ele voltou para o Atlético, alegando que o zagueiro se negou a jogar a segunda divisão e foi embora, mas na realidade quem foi embora foi o Cáceres, o Lima jogou a 2ª DIVISÃO inteira como titular só foi vendido em agosto do ano seguinte quando lançaram e Leandro Almeida, o Cara alem de arrogante vive no meio do futebol e levou quase dois anos para descobrir que estava mal informado, não teve a dignida nem de um pedido de desculpas ao jogador.

  • bessas disse:

    1ºCampeonato que todo mundo já sabe o que vai dar na final;
    2º Quando o jogo é em “casa” você tem de viajar 140 KM ida e volta, as vezes com jogos as 22 hs;
    3º Com Ingresso a R$20,00, as despesas totais ficam em média R$60,00 por jogo.E Qual é o atrativo mesmo?
    4º Quando é no interior os estádios(Farião, Castor Cifuentes , Mamudão e Nasry Matar)não tem nenhuma condição de receber uma mulher, uma criança, um idoso.

    Ps detalhe diante de tudo isso ainda tem transmissão em TV aberta.

  • Andrey M Lage disse:

    audisio

    Otima Linha de raciocinio essa sua hein? me responda uma coisa o continuação da Liga sul minas , seria mais rentavel para “Cruzeiro e Atletico Mg” ou para o “Futebol Mineiro” ?

    Concerteza Cruzeiro e Atletico Ganhariam muito mais se a liga sulminas existisse ate hoje, mas esse ganho seria para todos o times de Minas?

    Se a copa sulminas ainda existisse, os times dos interior, sem cruzeiro e atletico disputando o mineiro , estariam mais fortes do que estão Hoje em dia? Eles teriam mais visibilidade do que tem hoje em dia?

    A vantagens economicas da Liga sulminas iriam benefeciar todos os Times Mineiros?

    Então por favor para de falar besteira, se a liga sulminas existisse hoje em dia, os times dos Interior estariam muito mais fracos do que estão nesse momento!

  • Alisson Sol disse:

    O pessoal quer culpar as falhas do Campeonato Mineiro na ausência da Sul-Minas. E antes da existência da Sul-Minas, fracassava por que? A Copa Sul-Minas existiu por 3 anos, e vai ser desculpa por uns 30 anos. E pior: não melhorava em nada o nível das equipes em nada!

    O América-MG foi campeão da Sul-Minas em 2000, e o Cruzeiro vice. O América-MG terminou o Brasileiro em 23o, e o Cruzeiro em 3o. Já em 2001, o Cruzeiro foi campeão da Sul-Minas, e o Atlético-MG terminou em 3o. No Brasileiro, o Cruzeiro ficou em 21o, e o Atlético-MG em 4o lugar. Já em 2002, o Cruzeiro foi novamente campeão da Sul-Minas, e o Atlético-MG ficou novamente em 3o. No Brasileiro, o Cruzeiro ficou em 9o. lugar, e o Atlético-MG em 8o.

    Ou seja: há pouca ou nenhuma correlação entre a Copa Sul-Minas e o desempenho dos clubes no Campeonato Brasileiro. As pessoas que falam isto só se esqueceram de olhar os fatos. Mas isto, para quem acompanha futebol, já é esperado…

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    O interesse pelo futebol vem diminuindo a cada dia mais.

    Aqui em MG a qualidade do “espetáculo” não anima muita gente.

    Os pseudo-dirigentes estão mais preocupados com a rivalidade regional e interesses pessoais, do que com o fortalecimento do futebol em MG.

    O que acaba movendo isso tudo mesmo, é a nossa paixão. O pior, é que esses pseudo-dirigentes sabem disso e abusam da nossa paciência…

  • Frederico Santos disse:

    Saudações Galera!

    Acho que com um pouquinho de boa vontade dos nossos dirigentes, é possível viabilizar o campeonato mineiro sem os grandes da capital e voltar com o torneio Sul-Minas.

    Poderiam fazer do campeonato mineiro, gaucho, catarinense e paranaense, uma espécie de divisão de acesso para a Sul-Minas. Como?

    Suponhamos uma Sul-Minas com 5 clubes de cada estado, divididos 2 em grupos (A e B), com metade de cada estado em um grupo(na verdade não seria a metade, seria 2 em um grupo e 3 em outro). Primeira fase pontos corridos, truno único(no ano seguinte inverte-se os mandos, como é feito hoje no mineiro), classificando 4 de cada lado p/ fase de mata-mata 1ºA x 4ºB, e assim por diante até a final. O campeão ganha uma quantia generosa em dinheiro, fora os direitos de imagens da tv, ppv e etc, que teria um valor muito maior do que o do campeonato mineiro, pois as forças que ali estarão, terão um poder de negociação com a tv muito maior.

    Nesta formula o campeão jogaria apenas 15 vezes, hoje no mineiro joga-se 15 vezes. a diferença é que, nossos times testariam suas forças contra Grêmio, Inter, Coritiba, Figueirense, Avaí, Criciúma, Atletico-PR, Paraná e nossos clássicos. Com isso, nós teriamos a exata noção do quanto cada equipe se preparou para a temporada.

    Descenço: O pior time de cada estado seria “rebaixado” para o campeonato estadual.

    Campeonato Rural:

    junta-se o Módulo 1 e 2, os clubes teriam um campeonato para todo o ano, visto que a maioria dos clubes do interior jogam o campeonato mineiro e taça Minas Gerais e mais nada. O campeão mineiro ganha a vaga na Sul Minas.

    Copa do Brasil: Os três melhores, por estado na Sul-Minas ganham vaga na Copa do Brasil do ano seguinte, a outra vaga a FMF pode fazer no final do ano um confronto entre os campeões mineiro e da Taça Minas Gerais.

  • Luiz Renato Rocha disse:

    Eu adoro este blog do Chico Maia, especialmente quando ele traz as últimas do Presidente da FMF, Sr. Paulo Schettino, o vice do Élmer Guilherme e que nada sabia das denúncias que estouraram à época da CPI do Futebol. Tá bom…

    Enquanto a FMF não tiver um Presidente competente não esperem nada melhor do futebol mineiro. Falta de iniciativa, despreparo, politicagem, pensamento pequeno dá é nisso mesmo.

  • Fernando disse:

    Acaba logo com esse campeonato…

  • audisio disse:

    Correção: Tornozelo e não tornoselo

  • audisio disse:

    Fica aqui o meu protesto contra o comentarista Lélio Gustavo, da Rádio Itatiaia, por sua perseguição implacável contra o Danilinho. O comentarista está achincalhando o jogador por “não participar dos jogos, por seu custo benefício ser muito alto, por estar ‘enrolando’ e que já passou da hora do jogador mostrar serviço”.
    Gostaria de dizer que o Danilinho não participou do primeiro jogo por força de suspensão e no jogo em Teófilo Otoni, com apenas cinco segundos tomou uma entrada de um irresponsável brutamonte, que provavelmente ganha um salário minino. Jogou machucado por mais trinta minutos, não suportando, foi substituído e teve que ficar em recuperação até sua volta quando recebeu mais um pisão no mesmo local (tornoselo esquerdo), provavelmente de sacanagem, tendo que pedir substituição. Conclusão, num campeonato onde um clube do tamanho do Atlético tem que expor seus jogadores, que são profissionais de alto nível, contratados a peso de ouro, a estes campos de várzea, contra jogadores semi amadores querendo aparecer nos seus 15 minutos de glória, o resultado será estas contusões. Só uma pessoa muito despreparada para função de analista não conseguiria raciocinar e analisar friamente esta situação. Disparar na rádio uma campanha sem sentido, somente para angariar audiência e irritar a audiência que pensa é no mínino ser mal intencionado. Convido aos leitores a ouvirem o Lélio Desesperado, na 98, que é muito melhor do que sua fonte inspiradora, o Lélio Gustavo da Itatiaia. Alias, se fosse o Emmanuel Carneiro, começaria a me preocupar, pois a concorrência está chegando de onde menos se esperava.

  • Daniel Lanza disse:

    A FMF faz um péssimo trabalho! Se o campeonato não é atrativo é pq os níveis técnicos são baixos.

    Os clubes do interior sofrem para colocar os times em campo e pagam as maiores taxas quando deveriam receber incentivos.

    Falamos sobre isso no texto publicado no site da Ass. Amigos do Democrata. Dificuldades, falta de incentivos e comparativos das taxas pagas pelos clubes da capital e do interior de MG.

    http://www.amigosdodemocrata.com.br/shownotice.php?id=653

  • Lincoln Pinheiro Costa disse:

    Chico,

    Parabéns por trazer novamente este assunto ao seu blog. Um dia os dirigentes se convencerão da inviabilidade desse campeonato. Mas gostaria de trazer outros elementos para reflexão: não creio que o problema seja do regulamento. Observo um crescente desinteresse das novas gerações, especialmente do interior, pelo futebol. Veja o público dos times do interior paulista na última rodada do estadual: Guaratinguetá (1519); XV de Piracicaba (2484); Paulista (1075); Catanduvense (656). Todos realizados em cidades com ótimo padrão econômico. O público de lá é tão baixo quanto o daqui. É preciso acabar com esses estaduais. O Brasil é a única República Federativa que tem campeonato estadual. Não existe campeonato estadual na Alemanha, na Argentina, no México, na Venezuela.
    twitter.com/lincolnpinheiro

  • J.B.CRUZ disse:

    Em tempos de futebol mercenário onde o DINHEIRO é que dita normas e ainda a maioria dos profissionais do esporte são os primeiros a puxar “para baixo” o futebol mineiro, comparando-o com outras praças(Rio-São Paulo), fica difícil motivar os torcedôres..Só mesmo os fanáticos é que vão á campo..O que falta é criatividade, inovações, mesmo que antigas como a sugestão do Paulo Schetinno em voltar as rodadas duplas e jogos dos juniores nas preliminares o que animaria mais o torcedor..

  • Stefano Venuto Barbosa disse:

    audisio falou tudo.

  • audisio disse:

    Culpa do Zezé Perrela que furou o torneio Sul minas esvaziando-o a pedido do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sob o pretexto de que os torneios regionais esvaziavam o Brasileirão. Pura mentira, desculpas esfarrapadas. A realidade é que acabaram com os regionais para apaziguarem os presidentes das federações estaduais na época e voltaram com os estaduais.
    Portanto, os dirigentes cruzeirenses são responsável por tudo isso. Houve um imenso protesto do Kalil, que chiou muito, mas como o Cruzeiro era o todo poderoso da época. Outro dia vi uma entrevista do Waldir Barbosa reclamando da falta de profissionalismo do campeonato mineiro. Acho que está cuspindo no prato que ele mesmo comeu! Está reclamando dos frutos plantados por eles mesmos. Quem tem o direito moral de reclamar dessa situação é o Galo. O que ocorreu na época foi algo parecido com a assinatura dos direitos do brasileiro com a Rede Globo.

  • Paulo Henrique disse:

    Campeonato com times muito fracos, estádios sem nehuma condição para receber torcida, imprensa, gramados horríveis.

    Todos sabem que Galo, Cruzeiro ou América estarão na final.

    E para piorar ingresso minimo a 20,00.

    Jogos as 22:00 em 7Lagoas.

    Hoje para vc ir no estádio para ver um simples jogo gasta-se no minimo 100,00 (familia).

    Tem que repensar essa sitaução, campeonato estadual tem que ser para o povo, as familias irem com preços populares.

    Ontem no Farião o ingresso era 50,00 ;num estádio (Se é que pode chamar aquilo de estádio).

  • Rodrigo Assis disse:

    Bom, só posso falar que vou na arena ver Galo x América… dar mais uma cipoada no coelho