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Cruzeiro e Caldense decidiram o Supercampeonato de 2002

* “Duelo entre Cruzeiro e Caldense relembra 10 anos do Supercampeonato Mineiro”

Equipes protagonizaram a decisão em 2002, em torneio que só foi disputado naquele ano

Henrique Ribeiro

Há quase 10 anos o confronto entre Cruzeiro e Caldense, que se repete neste domingo (18), pela 7ª rodada do Estadual, decidiu o inédito Supercampeonato Mineiro. O torneio foi disputado uma única vez em 2002 e o time de Poços de Caldas foi a grande surpresa, quando chegou a sentir o gosto do título até os últimos minutos da rodada final, quando foi goleado pelo Cruzeiro por 4 a 0 e perdeu o caneco no saldo de gols.
O Supercampeonato Mineiro reuniu cinco clubes e foi disputado em turno único, seguindo a fórmula dos pontos corridos. Apesar de curto, o torneio foi o mais empolgante dos últimos tempos e chegou a sua última rodada com três candidatos ao título.

Apesar do nome pomposo, o Supercampeonato teve uma baixa presença de público. Um dos motivos foram os desfalques de Atlético e Cruzeiro. Pelo lado azul, o lateral esquerdo Sorín foi negociado ao Lazio, da Itália, e o atacante Edilson Capetinha, que era o artilheiro do time, foi convocado para a Seleção Brasileira para a disputa da Copa do Mundo.
O Galo, que também teve que ceder o volante Gilberto Silva para a disputa da Copa, ainda teve a baixa do volante Bruno, do zagueiro Marcelo Djian e do atacante Wellington Amorim, que não concordaram com a proposta de redução de salários oferecida pela diretoria do clube.
O América começou a disputa como líder, após golear o Mamoré por 4 a 1, mas o destaque da primeira rodada foi a goleada surpreendente da Caldense sobre o Atlético, por 4 a 2. Os resultados provocaram as quedas dos treinadores Jair Bala, no time de Patos, e Levir Culpi, no Galo.
Na segunda rodada, o América venceu o Cruzeiro por 1 a 0 e surgiu como candidato ao título. Como previa o seu presidente Wagner Pereira, o Mamoré poderia dar trabalho se a competição também tivesse as partidas disputadas em Patos de Minas. Com isso, o “Sapo” foi o primeiro a se despedir do torneio, após a derrota por 2 a 0 para o Galo.
A Caldense, que não se queixou de nada e se reforçou com cinco contratações para a disputa, pregou outra peça e derrotou o América por 1 a 0. Ambos passaram então a dividir a liderança, com seis pontos cada. A terceira rodada encerrou com a vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o Mamoré.
Na penúltima rodada, a Caldense goleou o time de Patos por 3 a 0 e se isolou na liderança. Já o Cruzeiro entrou na briga pelo título ao eliminar o Atlético, com uma vitória por 1 a 0, com um gol do atacante Alessandro no último minuto do clássico.
A rodada final chegou com três candidatos diretos ao título. A Caldense, líder com nove pontos, superava os vice-líderes, América e Cruzeiro, com seis cada, também nos critérios de desempate que eram, pela ordem, o número de vitórias e o saldo de gols. O América desfalcado do goleiro Fabiano, machucado, e do zagueiro Max e do meia Tucho, suspensos, empatou em 2 a 2 com o desfigurado Atlético, que não teve Rodrigo, Djair, Erlon, Rubens Júnior e Marques, todos contundidos.
Assim, o jogo de fundo da rodada dupla, que teve o maior público do torneio, com 10 mil presentes, se transformou na decisão do título. A Caldense poderia até perder por uma diferença de dois gols para o Cruzeiro que ainda assim levaria o Supercampeonato para o Sul de Minas. O Cruzeiro procurou o gol desde o início da partida, enquanto a Veterana jogou pelo regulamento para ficar com o título. E aos 30 minutos, o atacante Lúcio, que não vinha justificando a sua contratação, abriu o placar.
No segundo tempo, o drama do Cruzeiro aumentou quando o volante Augusto Recife levou o cartão vermelho, mas mesmo com um jogador a menos, o time estrelado chegou ao segundo gol, aos 20 minutos, com um gol do meia Wendel. Três minutos depois, quando o treinador Valter Ferreira trocou o atacante Carioca pelo volante Mancuso para segurar o resultado, que ainda dava o título à Veterana, o Cruzeiro marcou o terceiro gol, que seria o do título, com Joãozinho.
Aí o desespero mudou de lado e a Caldense buscou o gol que lhe daria o título, mas o Cruzeiro, impulsionado pela sua torcida, ainda chegou ao quarto gol com Alessandro, no último minuto, que confirmou a conquista. Apesar de rejeitado pela torcida que não o prestigiou, o Supercampeonato Mineiro acabou reconhecido pelo seu desfecho histórico e dramático, digno das competições mais atrativas.

CRU

* http://www.hojeemdia.com.br/esportes/cruzeiro/duelo-entre-cruzeiro-e-caldense-relembra-10-anos-do-supercampeonato-mineiro-1.420126


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Comentários:
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  • Vinícius disse:

    Comparar a Copa Centenário(que contou com Milan, Benfica, Olimpia…) com Supercampeonato Mineiro é sacanagem…Só a Copa do Centenário supera todos os títulos do Cruzeiro juntos. Qual campeonato, que contou com grandes times da Europa, o Cruzeiro ganhou??? Nenhum!!! O GALO tem tradição:1º Campeão Mineiro 1ºCampeão Nacional-1937 1ºCampeão Mundial-1950 1ºCampeão Brasileiro 1971… Quase 70 anos de hegemonia em Minas… E o rei dos clássicos…. No terreiro quem manda é o GALO.

  • Antônio CATÃO Jr. disse:

    Bom se a linha de pensamento é essa, vou contar a Copa Centenário. Essa só o Galo ganhou e ninguém nunca mais terá esse título!

  • J.B.CRUZ disse:

    Pelo ineditismo da conquista, OCRUZEIRO conta com mais este título a abrilhantar a nossa HISTÓRIA…….CRUZEIRO SEMPRE !!!