Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

O clássico vem aí, mas os marginais estão em vantagem!

Esta semana o assunto predominante será o clássico entre Atlético e Cruzeiro e certamente a semana seguinte, em caso de vitória de um deles, com as explicações e reclamações de quem perder. Normalmente o culpado é o árbitro, apitando bem ou não. Menos mal que os dois treinadores são polidos. Cuca e Wagner Mancini medem as palavras em suas declarações, além de não terem o feio hábito de transferir responsabilidades.

Os dois clubes sobram no Campeonato Mineiro, já que a diferença de estruturas em relação aos adversários do interior é colossal.
O Atlético venceu 10 jogos consecutivos; nove pelo Mineiro e um pela Copa do Brasil. O Cruzeiro perdeu para o Guarani, na estreia, mas depois emendou oito vitórias consecutivas pelo estadual e uma pela Copa do Brasil.
Os dois são equilibrados tecnicamente e essa deverá ser a tônica do jogo, domingo, na Arena do Jacaré, com mando de campo alvinegro.

O lamentável é termos mais um clássico entre eles com uma torcida só, por puro medo e acomodação das autoridades responsáveis pela segurança do cidadão. A Polícia Militar já deu incontáveis provas que dá conta de garantir a tranquilidade de todos em jogos considerados de “alto risco”, mas infelizmente vivemos um período de omissão e acomodação geral, que envolve outras instâncias, como Ministério Público e Polícia Civil.

Obviamente um jogo com duas torcidas dá muito mais trabalho a todo mundo. Mais fácil determinar que uma só compareça. Menos trabalhoso, mais cômodo, e assim, a marginalidade vai ganhando espaço. Ao invés de combatê-los e puni-los com o máximo rigor, assume-se que eles estão ganhado essa batalha, acuando a sociedade, no futebol e no cotidiano. Uma vergonha!

Boa parte da imprensa brasileira conspira a favor dos marginais travestidos de torcedores “organizados”. Enquanto na Europa e demais países evoluídos socialmente a mídia se recusa a abrir espaços para os delituosos e seus atos, aqui eles ocupam as primeiras páginas dos jornais, e os horários mais valiosos das redes de rádio e TV.
É tudo o que querem. São glamourizados pela mídia e viram ídolos de jovens que vão sucedê-los nessas práticas absurdas.

Em sua edição de sábado, o jornal Folha de S. Paulo fez isso. Um desses líderes de uma das mais violentas “organizadas” do Palmeiras e do país, ganhou destaque na primeira página, foi capa do caderno de esportes e ainda ganhou duas páginas centrais, com direito a fotos com pose de artista. A chamada principal era “brigar faz parte”, e um largo sorriso do sujeito.
Quer incentivo maior para que milhares de trogloditas Brasil afora saiam agredindo e matando?
Se a imprensa desse ênfase às prisões e punições desses pseudos torcedores, é claro que potenciais seguidores iriam conter seus instintos bestiais.

* O Cruzeiro que tinha um meio campo muito forte com Henrique, Marquinhos Paraná e Fabrício, tem demonstrado que conseguiu pelo menos duas peças de reposição à altura: Leandro Guerreiro e Marcelo Oliveira.

* É incrível como o atacante André está perdendo gols, desses considerados fáceis de se fazer. Contra o Uberaba, dois, na cara do goleiro. Contra times mais fortes, as chances de gol costumam ser raras, por isso bons finalizadores são tão valorizados. André tem essa incumbência, e está em débito.

* Em débito também estão o América e o Villa Nova, que perderam jogos decisivos em casa nessa rodada. Ao perder para o Tupi, o Coelho, que antes brigava para ser o primeiro ou segundo da fase de classificação, agora luta para ser o terceiro com o próprio algoz de Juiz de Fora.
O Villa, que foi o clube do interior que mais investiu, de candidato a uma das quatro das vagas das finais, agora corre para não ficar com uma das duas do rebaixamento.