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Decisão será boa, mas precisamos mudar tudo!

Seria muito bom que houvesse surpresas na decisão do título mineiro, mas é difícil imaginar que não tenhamos mais uma final entre Atlético x Cruzeiro, pelo que ambos mostraram na fase de classificação.

O América foi o adversário mais duro da dupla, começou inclusive vencendo, mas não teve forças para segurar a vitória. Culpar a arbitragem é um exagero, mas, para os jogos decisivos, pedir apitadores de outros Estados é válido pelo aspecto psicológico, pois na dúvida, os do quadro da FMF, normalmente apitam a favor de Galo e Raposa, cuja pressão é maior. 

O ideal mesmo seria que a Federação e os clubes das três divisões jogassem essa fórmula de disputa no lixo e anunciassem já para 2013, mudanças radicais, para motivar a todos e revelar jogadores. Deveriam manter Uberaba e Democrata-GV na primeira divisão, mais os quatro que vão decidir a segundona (Ipatinga, Mamoré, Araxá e Tombense), e incluir até mais sete ou oito, tirando Atlético, Cruzeiro, América e talvez o Boa, que estão nas Séries A e B do Brasileiro. 

Teríamos também 20 clubes na segunda divisão e campeonatos regionalizados, ocupando a maior parte do calendário anual, com acesso e descenso de quatro.

Os quatro primeiros da elite disputariam um “Super-Campeonato” contra os três da capital, mais o Boa ou quem estiver no Brasileiro da A ou B.

Poderíamos continuar tendo a terceira divisão, porém, disputada por jogadores até 23 anos de idade ou menos, forçando os clubes a lançar jogadores formados em casa. 

Mas, é sonhar demais. Essa ou outras tantas boas ideias de fórmulas que chegam dos leitores, não será adotada porque a Federação e quem manda no futebol mineiro não pensam nisso. Enquanto a Globo encher os cofres deles de grana, ficarão na zona de conforto, resistentes a mudanças.

E continuaremos nessa agonia de todos os anos, numa pobreza técnica de dar dó e médias de públicos decrescentes. A primeira e segunda divisões acabam agora e no segundo semestre começa a terceira, onde os veteranos e demais jogadores que estão em atividade no momento, farão uns “bicos” de mais três meses, “reforçando” os concorrentes a duas vagas na segundona do ano que vem.

Nada mais sofrível!

Enquanto isso eu e alguns colegas ficamos repetindo a mesma choradeira, suplicando mudanças, e a maior parte da imprensa, gastando enormes e valiosos espaços com os campeonatos europeus, além do paulista e carioca, ao invés de entrar na briga e mostrar para a população que estamos indo para o buraco.

Na sequência, péssimo para todos nós, porque estamos regredindo. Só uma enorme pressão popular, que enchesse a paciência dos dirigentes, os faria mudar e sair do seu conformismo.


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Comentários:
7
  • Marcelo disse:

    Atleticanos,

    Estamos vivendo um momento histórico, ao qual eu com meus 32 anos não havia presenciado ainda. Vamos aos fatos:

    Galo:

    A imprensa internacional especula o melhor jogador da copa no galo, que tem dinheiro para investir.

    http://www.ole.com.ar/futbol-internacional/america/anos-despues_0_684531809.html

    Cruzeiro:

    Após a reforçar o time com “promessas” da série B, anuncia seu maior reforço, um zagueiro que já foi até convocado para a seleção. O Cruzeiro foi lá e comprou ele? Não. Veio de graça com o outro time ajudando a pagar o salários…

    Após a morosidade da imprensa que não especula nada do Cruzeiro (porque ninguém iria acreditar), para voltar as manchetes, dirigentes azuis elogiam (fingem interesse) em alguns jogadores:

    http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/2012/04/15/noticia_cruzeiro,214564/dirigente-do-cruzeiro-faz-elogios-a-jonas-do-coritiba-e-lorenzetti-da-la-u.shtml

    Detalhe para a afirmação do diretor, para deixar bem claro a intenção dos “elogios” : ” Acabou a conversa que o Cruzeiro não tem dinheiro. Mas vocês sabem como eu trabalho, em silencio. Estamos trabalhando”

    Agora eu vou mostrar que não sou pobre: Eu tenho interesse em uma BMW zero. Acabou a conversa que o Marcelo (eu) não tem dinheiro. Se não ouvirem nada a respeito de mim é porque eu trabalho em silêncio a aquisição do carro que acabei sem querer admitir o interesse.

    O primo pobre atravessou a lagoa.

    Saudações

  • mauricio Serrano disse:

    Você é bom juiz, mas não serve para apitar o “clássico”. Isto é uma clara manifestação de quanto os juizes mineiros são desonestos. Pois na hora da verdade eles não servem. O QUE QUER DIZER A EXPRESSÃO: NÃO SERVE PARA APITAR O CLÁSSICO. Na hora da fase classificatória, todos servem, pois sabem que vai dar os 3 da capital, e se não der, arranjam um jeito. Mas quando o negocio é com os grandes aí eles não servem. Em outras palavras, ELES SÃO É DESONESTOS MESMOS.

  • O tal do “Efeito suspensivo” poderá, literalmente, “beneficiar” o Roger, o covarde! Quem viver, verá!

  • cassiano disse:

    Até o advogado do Roger tá correndo do tribunal ………. o surfistinha vai ser julgado à revelia……………………. Será que já sabem que não tem jeito………… ou será o contrario………….. aguardemos

  • Guilherme Antonio de Paiva Cunha disse:

    Chico,

    depois dessa notícia do público reduzido no Independência dá vergonha de ser mineiro.

    Depois de um atraso de quase 2 anos na entrega do estádio, vem o Ministério Público e veta a capacidade máxima, limitando a 10 mil pessoas, sendo que a final no estádio está vetado e será com torcida única.

    Sério, porque disputar campeonato estadual ainda?

    Os times do interior estão cada dia mais despreparados para enfrentar os times da capital e a arbitragem sempre gera motivo de discussões.

    É por isso que os estádios estão cada dia mais vazios e vão continuar ficando porque além dos times não ajudarem, o cidadão não pode tomar cerveja no estádio e no único jogo que vale a pena ir, o jogo é de torcida única, pois a polícia militar é incapaz de prestar segurança aos torcedores.

    Podem criar o melhor regulamento pra disputa que não vai adiantar nada… A verdade é que o futebol está ficando cada dia mais chato e a vontade de ir pro estádio diminui cada dia mais.

    Parabéns autoridades mineiras.

  • Tomás disse:

    Chico, em todo o país, os clubes do interior estão se enfraquecendo de uma forma assustadora. E o enfraquecimento deles é o enfraquecimento dos grandes clubes, pois a revelação de jogadores fica limitada nos grandes sem a participação dos pequenos. Por mais que se organize, um clube grande não consegue revelar um grande time sem recorrer a jogadores de times pequenos. Antes, finais do brasileiro eram disputadas por clubes cheios de craques, um ou outro jogador era “pereba”. E só pegar a escalação da final de 80 entre Flamengo e Atlético. Hoje, os grandes clubes têm times de “perebas”, e se você tiver sorte, aponta um craque em algum deles. A coisa toda tem que ser racionalizada, as federações e a CBF têm que olhar o futebol como um todo.

  • Wellington Cunha disse:

    Não sou a favor da extinção dos campeonatos estaduais, mas que o campeonato mineiro precisa ser mais enxuto , isso precisa.