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A beleza e os novos e velhos problemas do Independência

O americano Marcio Amorim esteve ontem na festa de reinauguração do Independência e nos enviou algumas observações:

* “Caro Chico!
Ficou vendo o jogo do Galo? “Bem feito!” como diria a minha avó.

Todos os caminhos levavam ontem ao Independência.

Bonita festa. Belíssimo alçapão.

Os meus conceitos de Matemática pedem uma explicação: cinco mil e poucos pagantes, quatro mil e poucos “não-pagantes”; passam a capacidade do estádio para vinte e três mil, na véspera; dez mil ingressos colocados à venda, um não-sei-quantos voltando para casa por falta de ingressos.

Antes do jogo, “a rádia” de Minas convocava os torcedores e… não havia bilheterias funcionando.

A pergunta não é “por que os torcedores não sabiam que não haveria venda de ingressos no estádio/arena?”. A pergunta é: “POR QUE NÃO VENDER INGRESSOS NO ESTÁDIO?”

Ninguém pode decidir na última hora? Até isto querem controlar?

“Eita” BRASILzinho!

Marcio Amorim

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Pelo que ouvi e vi nas emissoras de rádio e TV, e li nos jornais de hoje, algumas reclamações que não se justificam mais:

– Dificuldade para estacionar:

Ora, ora! Sempre foi assim, a não ser em 1950, quando o estádio foi inaugurado; a região era desabitada e havia poucos automóveis em Belo Horizonte.

É bom evitar ir de carro.

– Ter que caminhar 1 Km da estação do Metrô até lá:

Para se acessar alguns dos melhores e mais confortáveis estádios do mundo, as pessoas andam até bem mais que 1 Km do Metrô aos portões.

Em Copa do Mundo então, 1, 2 e até mais Km é “fichinha”.

No Mineirão vai ser pior em 2013 e 2014.

– Problemas para a vizinhança

Não tem outro jeito e em dia de jogos ou outros eventos que reúnam milhares de pessoas, sempre haverá algum tipo de incômodo.

Moradores de Paris, a cidade que recebe mais de 60 milhões de turistas por ano, sofrem com isso também, mas se adaptaram, acostumaram e muitos até dão um jeito de ganhar dinheiro, aproveitando o movimento de tantas “visitas”.

CAP_7757A festa americana em foto do Carlos Alberto da Assessoria de Imprensa do Governador Anastasia


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Comentários:
18
  • J.B.CRUZ disse:

    Mais uma vez ALISSON SOL desmascara uma faceta do comportamento humano que é universal, mas parece que só acontece no BRASIL.É a eterna luta do BEM contra o MAL..O ser humano tem o mesmo comportamento em todos os lugares, só que no BRASIL não há punições; e em outros lugares há!…EMÍLIO FIGUEIREDO também foi feliz em seu comentário ao lembrar épocas antigas…Só EMÍLIO que áquela época (regime militar) havia Hierarquia,disciplina e respeito ao direito dos outros…Hoje, qualquer um Zé-bufão que tem um carguinho público, se acha no direito de intrometer no direito dos outros por pura vaidade pessoal….Direitos constitucionais,livre Árbitreo e direitos individuais,são solapados a toda hora com proibições tipicamente inconstitucionais…Mas, com essa ideologia canhestra que ora nos governa, fica difícil ser alegre nos dias de hoje,feliz, nem pensar!!

  • Angelo Paulo disse:

    Alisson Sol, sinceramente, não tive esses problemas em Paris, mas acredito em você.
    Mas não fui em que fez a comparação, foi o post no blog. Eu mais uma vez concordo contigo, não precisamos nos comparar a nada, temos que focar nos nossos problemas.
    Ocorre que, do jeito que vi na quarta-feira, as pessoas que vivem no entorno do Estádio ficarão abandonadas, exatamente porque é lugar comum, entre todos, que esses incômodos são naturais e devem ser tolerados pelas pessoas, que devem apenas relaxar e se conformar com sua (má) sorte.
    E isso eu acho um absurdo: o Estádio está lá e deve ser usado, mas é dever dos responsáveis pela utilização garantir que as pessoas que vivem no bairro tenham o mínimo possível de atribulação, muito em especial no que se refere à segurança e ao acesso às suas residências.
    Em suma: não quero tornar o assunto uma polêmica, mas acho importante que todos vejam o “outro lado da moeda”.

  • Emilio Figueiredo disse:

    haaa.. obvio.. à pessoas postadora de condições especiais.. se nao estiverem tendo todo o conforto, ai sim.. a situação deve ser olhada com carinho e respeito..

  • Emilio Figueiredo disse:

    o unico problema, para a torcida do interio é o estacionamento… como vamos sair daqui… a maioria de carro… sem ter a certeza de onde deixar o carro???

    no mais.. imagino que deva ter nada a reclamar… sou da epoca (bem rescente or sinal) que o Mineirao e Independencia tinham arquibancadas de cimento..cerveja..”bagunça” nas torcidas, farras… o tempo bom.. o probelma é que o pessoal acha que estadio de futebol é teatro…

    fica em casa..

    hj tem-se varias opçoes: sky tv, claro tv, vivo tv, oi tv, tv a cabo.. etc…

  • Falando em campeonatos, tivemos vários “Mineiraço”, como por exemplo: a perda do título brasileiro (e invicto) do maior de MG para o São Paulo nos anos 70; também na mesma década, o cruzeiro perdeu o título mundial para o Bayern, e mais recentemente essa mesma equipe perdeu a Libertadores pro colecionador de títulos Estudiantes, do campeoníssimo Verón… Isso tudo sem contar a perda da Libertadores nos penaltis para o grande Boca Juniors em 1977, na Argentina, onde tivemos o “Bomboneraço”, um vexame internacional.
    – É… realmente tivemos muitos “Mineiraço”, e o recordista é … o cruzeiro! DE NOVO! Quáquáquáquáquáquá…

  • Wellington Cunha disse:

    Cada um com seus problemas : Perto da minha casa existe a “tal” Invasão Dandara e convivemos aqui com um monte de incômodos.
    Então amigos do Sagrada Família e Horto, o negócio e relaxar.

    Abraços,

  • Dudu GALOMAIO BH disse:

    Clayton, vc ainda tem dúvidas???
    Neste caso meui amigo, pode cantar vitória antes da hora, sem receio.

    Abraço!

  • Derico disse:

    E quem for obeso, cardíaco, idoso, cadeirante ou deficiente que se exploda!! Quase 1km de caminhada morro acima para chegar ao Independência.

  • Luciano Nogueira disse:

    Reclamações de pontos cegos, falta de luminosidade, falta de estacionamento, placar, etc. Estão falando da Arena ou do Independência?
    Viram agora que as reclamações quando da reabertura da Arena eram exageradas? E um estádio custou dez por cento do preço do outro.
    Ainda não vi ninguém manifestar se “muito obrigado” a Sete Lagoas e ao Democrata pelo período em que a Arena albergou o futebol em Minas Gerais. Seria mais que merecido.

  • Márcio Luiz disse:

    Daniela,
    há muitos, muitos anos mesmo que a FIFA proibiu colocar tempo de jogo no placar eletrônico dos estádios.

  • Alisson Sol disse:

    Angelo Paulo: você escreve que “mas quem mora em Paris não convive com flanelinhas com postura ameaçadora, com furtos de automóveis a cada esquina, com automóveis impedindo entradas em garagem, dentre outros problemas próprios à estranha convivência do brasileiro com espaços públicos“.

    Talvez você não tenha notado, mas Paris é uma bela cidade, com problemas sérios, como:
    – Flanelinhas é pouco. Vá à Torre Eiffel para você ver. De vez em quando há uma autêntica correria dos ambulantes africanos que vêem a polícia vindo, aquilo gera uma autêntico “arrastão”, e a multidão já até esmagou pessoas devido a isto.
    – O pessoal pedindo esmola na rua chega a ser interessante. Há mulheres que se ajoelham à frente de lojas de bolsas caríssimas, e lá ficam, ajoelhadas com a mão estendida pedindo esmola.
    – Agora, o pior problema que já tive em Paris chega a ser interessante: eu estava saindo de um hotel, e vi um pessoal rebocando um carro de luxo, que não me parecia parado irregularmente. Como eu sempre viajo ou com uma máquina fotográfica ou com o telefone, eu achei curioso e tirei uma foto daquilo. Pois o pessoal veio correndo na minha direção, reclamando que eu não tinha direito de fazer aquilo, etc. Como é um pouco difícil me intimidar, eu disse a eles que estavam em espaço público, e podiam ir reclamar de mim na prefeitura. Depois, um amigo contou-me que, provavelmente, eu tinha tirado a foto de um roubo de carro. Para evitar quebrar vidro, danificar o carro, e nem correr o risco de serem parado em uma blitz (que sim, ocorre em outros países!), os ladrões de carro simplesmente se disfarçam de rebocadores de carros, e saem de locais com carros de luxo que depois são desviados para outros países… (nada diferente de carros brasileiros trafegando no Paraguai).

    Enfim: é preciso corrigir os problemas locais porque estão errados. Não porque outros países ou cidades não tem tais problemas. Porque se você ficar querendo comparar, fica mais fácil para os políticos trazerem os problemas de outros locais para Belo Horizonte do que resolver os que já existem…

  • Jean disse:

    Aqui em BH tudo é difícil, tudo atrapalha, tudo é proibido, tudo é mal feito, nada é planejado, tudo incomoda. Até parece que nunca teve jogo no independência, que nunca teve mais de 20 mil pessoas no estádio, que o estadio surgiu alí agora. Ahh tá tendo que ter muita paciência aqui em BH viu? Vai virar uma cidade fantasma. Imagina quando tiver então show em que a bebida e a droga rola solta, sim, porque bebida só é proibido em jogo de futebol. Antes tinha jogo, podia estacionar onde quizesse, o metrô nunca foi ventilado de ser usado, não tinha linha de onibus extra. Parece que quanto mais se tenta organizar mais desorganizado fica ou então estão na onda de reclamação que invadiu BH. Se não quer perturbação muda pra outro lugar.

  • Waltencir Nascimento disse:

    Daniela, até aonde eu sei, é proibido a marcação de tempo nos placares, por determinação da fifa.

  • Clayton Batista Coelho ( "Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH" ) disse:

    Será que na próxima quinta-feira, teremos um “independênciaço” ?? Ou um “Arenaço” ?? rsrs

    Já “batizar” a nova casa com lágrimas ?? Será ?? rsrs

    Aguardemos… rsrs

  • audisio disse:

    Chico,
    Fiquei com a impressão que a luminosidade do Independência está um pouquinho deficiente. Quando colocava no jogo do Galo, mesmo no ESPN, que não é HD, o blilho e a luminosodade do gramado era bem melhor do que a do Independência. Não se trata de regulagem de TV e se da luminosidade do gramado. Gosto de fotografia e sei que a abertura da câmera também afeta, mas ainda acho que não se trata somente disso.
    É como se a luz do Serra Dourada estivesse com 100W e a do Independência 60W. Você teria a informação de quantos Lux estão disponíveis no Independência?

  • daniela disse:

    Caro Chico,

    Vi alguns no novo Independência outros problemas mas que são, na minha opinião, de fácil solução.

    O sistema de som estava horrível, não se ouviu absolutamente nada!

    Um placar que não marca tempo de jogo pra mim não serve!

    Os bares com pouquíssimas opções. Sumiram com o tropeiro e com o tradicional bolinho de feijão, patrimônio do Independência!!

    No mais, um belo estádio, uma bela festa e um show da torcida americana.

  • Angelo Paulo disse:

    Me desculpe, mas quem mora em Paris não convive com flanelinhas com postura ameaçadora, com furtos de automóveis a cada esquina, com automóveis impedindo entradas em garagem, dentre outros problemas próprios à estranha convivência do brasileiro com espaços públicos.
    Quem mora próximo ao estádio não tem a pretensão de que ele fique sem utilização (ainda que isso, de fato, fosse a melhor situação para nós poucos). Quer apenas que o Poder Público seja mais responsável (isto é, protegendo quem não quer participar da confusão) e democrático (ou seja, ouvindo a comunidade anteriormente à tomada de decisões).