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Parreira muda foco profissional: futebol agora é prateleira do meio

Carlos Alberto Parreira sempre foi, intelectualmente, uma figura acima da média no futebol. Desde que surgiu como preparador físico e tornou-se famoso ao integrar a comissão técnica da seleção brasileira em 1970.

Sem a vaidade exacerbada que caracteriza a maioria de quem milita no futebol, é dessas pessoas que “não gastam vela com mau defunto”, como diria o Dr. Dênio Pires Silva, lá de Conceição do Mato Dentro.

Soube sair de cena na hora certa do futebol, como treinador, depois de uma carreira brilhante, no país e no exterior.

Fez fortuna, mas não pára de ganhar dinheiro e foi destaque no caderno de economia da Folha de S. Paulo, pela mudança de foco na principal atividade profissional.

Não larga o futebol totalmente, pois este continua rendendo –lhe uns “trocados”, como atuar de “Consultor” do governo de Minas para tentar atrair mais seleções para treinar no Estado nos preparativos para a Copa de 2014. Segundo consta, por valores em torno de R$ 2 milhões.

Também continua organizando congressos e cursos voltados para o futebol. Mas agora seu negócio principal é Comércio Exterior, no mundo das importações e exportações.

Veja a reportagem:

* “Muito Além das 4 linhas”

O ex-técnico Carlos Alberto Parreira vira sócio de empresa de comércio exterior no Rio e planeja faturar R$ 1 milhão no 1º ano

Um ano e meio após se aposentar do futebol, o técnico tetracampeão mundial com a seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, 69, entrou novamente em campo, mas em outra área -como sócio numa empresa de comércio exterior no Rio de Janeiro.

De olho no potencial de consumo das classes C e D e no setor imobiliário do país, a Next Global, empresa do ex-técnico, tem como objetivo tornar-se grande importadora voltada para os setores de varejo de confecções, de alimentos e para a indústria da construção civil.

A expectativa é que, em seu primeiro ano de funcionamento, a empresa feche 24 negócios e fature, ao menos, R$ 1 milhão.

Uma das operações mais importantes será a importação, para uma construtora, de seis guindastes usados em obras prediais. “Também temos um cliente que tem uma rede de 30 lojas espalhadas no país e que nos pediu 5 milhões de peças de calcinhas e cuecas”, diz Parreira.

O futebol continua por perto. ” Também já temos amostras de brindes para a Copa do Mundo do Brasil de 2014, como bolas e outros produtos”, afirma.

Entre os 40 maiores importadores brasileiros, 3 prestam serviços semelhantes à empresa do ex-técnico, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Uma delas, a Cisa Trading, é a terceira maior entre todas as importadoras, atrás somente de gigantes como a Petrobras e a Samsung. Sua atuação abrange áreas que vão da importação de aeronaves executivas à logística de distribuição de cosméticos e produtos farmacêuticos.

“As importações são fundamentais para o país, principalmente de máquinas para as indústrias produzirem”, afirma Parreira.

Com esse argumento, o ex-treinador se refere ao setor de bens de capital, como define o jargão econômico, e se antecipa a possíveis críticas por uma suposta contribuição para o processo de desindustrialização do país.

A China destaca-se nas importações de Parreira. É o principal mercado fornecedor e onde estão 20 dos 80 agentes da empresa espalhados pelo mundo. Em seguida, estão outros asiáticos -como Índia, Coreia do Sul e Vietnã.

DESCOBERTA

Parreira contou que, após deixar o futebol, muitos convites surgiram, inclusive, ligados à área esportiva. “Só que é muito arriscado investir em futebol. Na minha idade não se pode mais correr riscos”, diz o ex-técnico, que fará 70 anos em fevereiro.

“O ‘case’ Neymar é um no meio de cem, de mil. Então entrei para a Next Global e estou fascinado. Tinha histórico zero na área e agora estou empolgado com as possibilidades de negócio na construção e no varejo”, afirmou.

Parreira somente não esperava o grande volume de impostos nas operações. “A carga tributária brasileira é estúpida e não há retorno para a população. O Brasil precisa urgentemente de uma reforma tributária”, disse.

Como empresário, um dos próximos passos de Parreira será lançar um curso de futebol e marketing em parceria com a família do empresário de TV José Bonifácio de Oliveira, o Boni, e o publicitário Washington Olivetto.


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Comentários:
2
  • Alisson Sol disse:

    Sabe por que a carga de impostos no Brasil é absurda? Porque há “pessoas especiais” que não pagam, e sobram para poucos pagar por todos. Lembra do “vôo da Muamba”, onde os integrantes da seleção brasileira colocaram 17 toneladas de “importados” no avião que trouxe o time de volta depos do tetra?

    Na certa, o motivo da entrada dele neste negócio de “comércio exterior” são os “contatos”. É muita hipocrisia…

  • Sérgio disse:

    Serviço de utilidade pública.
    Prezado Chico, gostaria que o senhor publicasse essa matéria importante para deixar a todos bem informado.
    Segue a matéria:

    Enfim, uma corrente de e-mail que não é boato
    http://www.terra.com.br/informatica/2001/09/17/009.htm

    Segunda, 17 de setembro de 2001, 14h39
    Já há algum tempo circula pela Internet uma mensagem informando sobre uma resolução do Ministério da Saúde que suspendeu o uso e distribuição de um medicamento — a Fenilpropalamina. O e-mail também cita o nome de um médico. InfoGuerra investigou as informações e chegou a uma conclusão surpreendente, em se tratando de uma corrente: todas as informações são verdadeiras.

    A resolução a que a mensagem se refere é a de número 96, de 8 de novembro de 2000, que trata de características prejudiciais da Fenilpropalamina, uma substância que era comum em medicamentos antigripais. A resolução existe. Está publicada no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pode ser encontrada aqui.

    A pessoa que assina o e-mail, Maurici Aragão Tavares, citado como médico do trabalho, realmente exerce esta profissão e escreveu a mensagem. Ele só não tem certeza de como ela foi parar na Internet. Tavares disse que o texto foi escrito há cerca de seis meses, enquanto trabalhava numa multinacional em Cubatão, São Paulo. Até seu registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) foi mantido. A única informação que não corresponde mais à realidade é o número de telefone da empresa, que provavelmente mudou.

    “Na época, produzíamos cerca de uma mensagem por semana, com assuntos de interesse médico. Os textos eram distribuídos na Intranet da empresa e, como havia um estudo nos EUA e essa resolução do Ministério da Saúde sobre a Fenilpropalamina, resolvemos transmitir a informação. Provavelmente alguém que recebeu o texto pela Intranet enviou-o por e-mail para algum conhecido e a mensagem acabou circulando na Internet”, esclarece o médico.

    Ele também informa que vários dos medicamentos citados na mensagem já não estão mais utilizando a Fenilpropalamina em suas fórmulas. Tavares, que mora em Santos, disse ainda que já recebeu telefonemas de outros estados perguntando sobre o e-mail.

    Abaixo você pode ver a mensagem como foi recebida por InfoGuerra. O número de telefone e o CRM de Tavares foram suprimidos.

    O Ministério da Saúde através da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, suspendeu em 08/11/00, por meio da Resolução 96, a fabricação, distribuição, manipulação, comercialização e dispensação de medicamentos com o principio ativo denominado FENILPROPALAMINA. A medida foi tomada depois que a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos constatou que a substancia vinha provocando efeitos adversos FATAIS em usuários americanos (hemorragia cerebral). No Brasil a suspensão é preventiva, uma vez que não existem casos relatados.

    A fenilpropalamina está presente em 21 medicamentos, especialmente anti-gripais. Os medicamentos suspensos são os seguintes:

    1) Bernadryl dia e noite.
    2) Contac
    3) Naldecon Bristol
    4) Acolde
    5) Rinarin Expectorante
    6) Deltap
    7) Desfenil
    8) HCL de fenilpropalamina
    9) Naldex
    10) Nasaliv
    11) Decongex Plus
    12) Sanagripe
    13) Descon
    14) Descon AP
    15) Descon Expectorante
    16) Dimetapp
    17) Dimetapp Expectorante
    18) Ceracol Plus
    19) Ornatrol
    20) Rhinex AP
    21) Contilen

    Solicito pois a todos os colaboradores e familiares, que estejam utilizando qualquer medicamento da lista acima, que suspendam a medicação e procurem o seu medico para maiores detalhes.

    Atenciosamente,
    MAURICI ARAGÃO TAVARES
    MEDICO DO TRABALHO

    Giordani Rodrigues