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Saída do Sérgio Barroso; Independência, Mineirão e o esporte sem dinheiro

Os amigos vão perdoar, mas hoje o dia está mais corrido que o normal por aqui e serei breve nesse primeiro contato.

A gente fica meio desligado do que se passa aí, e por incrível que pareça, só ontem tomei conhecimento da saída do Sérgio Barroso do comando da Secopa?

Interessante como este tipo de assunto é tratamento pela mídia política de Minas, não é!?

Ele ocupava um dos cargos mais importantes do governo, em função da Copa do Mundo, estava sob os holofotes diariamente e sai de repente, sem nenhuma repercussão, sem mais explicações, nem comentários!

Aí eu pergunto: saiu ou “foi saído”? Os problemas do Independência o derrubaram ou não tem nada a ver?

O Mineirão estará certinho depois de inaugurado ou terá problemas também?

Quando eu estiver aí, me informarei direito.

Enquanto isso, vejam o release que foi enviado à imprensa ontem, pela assessoria de imprensa da Secopa:

* “Secretário interino da Copa confirma Mineirão pronto em 21 de dezembro de 2012”

Belo Horizonte (07/08) – O secretário de estado Extraordinário da Copa do Mundo Fuad Noman visitou nesta terça-feira, pela primeira vez, as obras do estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. Com 70% da reforma concluída, a obra impressionou positivamente o secretário. “Fiquei emocionado e satisfeito de entrar aqui, me lembrei de quando assisti à partida de inauguração do Mineirão em 1965. O Mineirão vai ser um orgulho para todos nós mineiros. Temos que valorizar muito esse evento esportivo e, obviamente, o novo estádio que vamos entregar aos mineiros com muita satisfação”, declarou.

“Posso dizer aos torcedores mineiros que a obra estará pronta em 21 de dezembro de 2012. “Estamos convictos de que a data vai ser cumprida. Fiz essa visita justamente para conhecer o cronograma dos marcos da obra. Nossa convicção é de que a data fica mantida”, completou.

Acompanhado do diretor-presidente da Minas Arena, empresa responsável pela reforma e posteriormente pela administração do estádio, Noman se informou sobre cada detalhe da obra: da cobertura ao gramado. Interino no cargo de secretário da Copa, Noman explicou que “não existe política de secretário, existe a política do Governo Anastasia, e essa segue adiante independentemente de quem conduz a pasta. Nosso objetivo é fazer em Minas a melhor Copa do Mundo do mundo. Não temos nem um dia a perder”.

Noman assumiu a secretaria no dia 02 de agosto em substituição a Sergio Barroso. No momento Noman acumula o cargo de secretário de Estado Extraordinário para Coordenação de Investimentos.

Mineirão

O Mineirão está na reta final para entrega da obra. Atualmente são 2.700 operários. A nova cobertura já entra na etapa do prolongamento; banheiros, bares, vestiários e camarotes já ganham acabamentos; praticamente todos os pré-moldados já foram fabricados (99%) e instalados (95%), 80% da nova arquibancada inferior e 95% do fosso de segurança já estão prontos.Os trabalhos de nivelamento do gramado para a drenagem também avançam.

Após a reforma, o Novo Mineirão terá 64 mil lugares, esplanada com capacidade para 65 mil pessoas, 90 camarotes, 2.500 vagas para carros, tribuna para quase três mil jornalistas durante a Copa, sete mil m2 para comércio e cobertura que capta energia solar e transforma em elétrica capaz de abastecer 1.500 residências de médio porte. O custo total da obra do Mineirão é de R$ 666,3 milhões, sendo R$ 11,8 do Governo de Minas e o restante da iniciativa privada.

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Procurei mais informações sobre a saída do Sérgio Barroso e encontrei essa no Superesportes:

* “COPA EM MINAS”

Sérgio Barroso deixa Secopa e governo anuncia Fuad Noman como interino

Fuad Noman é o novo responsável pela Secopa em Minas

 O Diário Oficial Minas Gerais publicou na edição desta quinta-feira a exoneração do secretário de estado extraordinário para a Copa do Mundo, Sergio Barroso. O motivo da saída alegado por Barroso é “ de ordem pessoal”, de acordo com nota da assessoria de imprensa do Governo de Minas. Ele voltará a trabalhar na iniciativa privada.

No lugar de Barroso, assumiu o cargo interinamente Fuad Noman, secretário de estado extraordinário para coordenação de investimentos. Ele tomou posse dessa pasta na última quarta-feira. Tal secretaria foi criada recentemente por meio de proposta do governo mineiro e aprovada pela Assembleia Legislativa.

Fuad vai acumular os dois cargos até o governador Antonio Anastasia decidir pelas nomeações definitivas desses cargos de primeiro escalão de governo. Até a semana passada, Fuad respondia pela presidência da Gasmig.

* http://www.superesportes.com.br/app/1,307/2012/08/02/noticia_copa_do_mundo,224302/sergio-barroso-deixa-secopa-e-governo-anuncia-fuad-noman-como-interino.shtml

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O Carlos Nuzman disse outro dia que dinheiro não é fundamental para formar atletas.

Não é não, né?

Pois olhem só essa reportagem do “Estadão”

O que a Europa está vivendo agora no esporte, os atletas do Brasil sempre viveram, e em condições ainda piores.

* “Crise econômica afeta cenário e afasta europeus do pódio em Londres”

Países da periferia da Europa estão sentindo o peso dos corte nos investimento no esporte

Atletas sem médicos, obrigados a passar horas na internet comprando passagens aéreas em voos de baixo custo e até casos de despejo por falta de pagamento de aluguel. Atravessando a pior crise econômica de sua história recente, diversos países da periferia da Europa já estão sentindo o peso dos cortes de investimento nos esportes. A Espanha, tradicional potência esportiva, e a Grécia, berço olímpico, somam um número irrisório de pódios e caminham para deixar Londres com desempenhos pífios. A Irlanda só garantiu uma medalha e Portugal sequer ficou entre os três primeiros em algum esporte.

A crise se transferiu para o terreno esportivo. Apesar de ainda ser cedo para determinar a posição que cada país ficará no quadro de medalhas, os resultados mostram uma situação complicada para esses países. “O paralelo entre a economia e a performance dos países nessa Olimpíada é claro. Grécia e Espanha tiveram de fazer cortes drásticos nos investimentos e até nos salários de funcionários públicos. É claro que isso impactou também o esporte e já afeta a atuação de seus atletas”, disse ao Estado o economista italiano Marco Simoni, professor do Instituto Europeu, da London School of Economics.

Na Espanha, o desempenho da delegação virou uma polêmica nacional. A poderosa seleção de futebol, favorita até do presidente da Fifa, Joseph Blatter, para levar o ouro, não passou da primeira fase. O judô fracassou. No tênis, Feliciano López e David Ferrer caíram e as seleções de polo aquático e hóquei também não começaram bem.

Grécia. Os gregos também não disfarçam o mal estar com apenas duas medalhas. Em casa, em 2004, saíram com 16 delas. Vassiliki Vougiouka, quinta colocada na esgrima, admitiu que está viajando sem médicos e obrigada a estudar para encontrar um trabalho que a sustente. “Está muito difícil”, disse. “Nossa federação não tem dinheiro para quase nada.”

O problema grego piorou depois que jornais ingleses revelaram como os dirigentes esportivos do país se divertem nas noites londrinas e a fortuna que gastaram para alugar o luxuoso e elitista Carlton Club como sede – só no aluguel foram 230 mil. E a cada noite, políticos, dirigentes e amigos se reúnem para jantares e festas, todas regadas a vinhos caríssimos. Nem a Casa da Grécia sobreviveu. No último fim de semana, os organizadores tiveram de retirar seus móveis e material de promoção do local às pressas, porque não haviam pago a segunda semana de aluguel do local e acabaram sendo despejados.

Portugal continua sem medalhas. Em Pequim, foram duas no atletismo e a esperança é de que esse número seja repetido. Os irlandeses, que também foram resgatados financeiramente pela União Europeia, apenas garantiram por enquanto uma medalha no boxe. Em Pequim, foram três.

A Itália é o melhor entre os países europeus em crise, com 17 medalhas até agora. Mas, faltando cinco dias, teria de dobrar o número de conquistas para chegar ao mesmo patamar de medalhas de Atenas, em 2004, quando somou 32 medalhas. Na China, em 2008, ficaram com 27. Desta vez, dificilmente repetirão o mesmo número, depois que o Comitê Olímpico Italiano cortou 20% de seu orçamento.

“Um dos impactos mais evidentes é o fiasco da natação italiana por problemas na organização da equipe”, disse Simoni. “Temos excelentes atletas, mas não estão vencendo porque não se organizam. É um retrato da Itália: temos ótimos economistas, mas não conseguimos sair da crise porque a sociedade mergulhou em um caos.”

O tamanho das delegações também foi reduzido em comparação a 2008. A da Grécia encolheu 34%; a da Itália, 18%. A delegação dos Estados Unidos também sofreu uma redução de 11%, pequena se comparado a 13,7% na do Japão e 14% na da Alemanha.

No Reino Unido, a esperança é de que a enxurrada de medalhas e o evento sejam um incentivo à economia, em recessão, e à moral dos consumidores. Mas nem mesmo os medalhistas de ouro parecem ter ilusão sobre o impacto de suas conquistas. O tenista inglês Andy Murray minimiza o efeito dos Jogos na economia. “Eu não sei o impacto dessa participação popular para a economia e nem se isso vai ajudar uma recuperação (econômica)”, disse o vencedor do torneio de tênis. “Sinceramente, duvido que haja um impacto”, completou.

* http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,crise-economica-afeta-cenario-e-afasta-europeus-do-podio-em-londres,912395,0.htm


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Comentários:
4
  • Johnny disse:

    Enquanto isso, td mundo esqueceu do setor superior do Independencia. Vai ficar aquela mer** mesmo.

  • Chico, uma pista para você seguir em sua investigação:

    http://www.novojornal.com/minas/noticia/irregularidades-nas-obras-do-mineirao-derrubam-secretario-02-08-2012.html

    Sugiro também entrevistar o Dr Jarbas Lacerda, profundo conhecedor do assunto. No twitter @Jarbaslacerda

  • Frederico Dantas disse:

    De fato o desempenho europeu chama a atenção pela fraqueza. A Espanha então, nem se fala. Salva-se a Grã Bretanha por ter se preparado melhor para competir em casa. Usando, inclusive, de métodos pouco ortodoxos, como destacou o Alisson Sol em outro post falando dos Plastic Brits.

    Com relação ao texto, até o Estadão dá suas mancadas. O Andy Murray não é inglês, é escocês. Se dissessem britânico, tudo bem, mas inglês, de jeito nenhum.

  • Antonio Flavio Ferreira disse:

    Caro Chico,
    E com muita satisfação que escrevo para seu blog espero que essa não seja a única vez.Como meu finado pai(que também chamava Chico)e bom mineiro que somos torço para o Galo.Mas estou muito preocupado com um fato que o Jorge Kajuru disse em um video no domingo.Por toda a historia do Galo junto ao futebol brasileiro passo a acreditar na armação que possa vir acontecer.O Jorge pode ser polemico mas acredito no que ele disse.Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto.Estou enviando o link para sua analise.

    Peço saudações para o pessoal de Vespasiano e principalmente para minhas filhas Kezya e Emilly que desde pequenas torcem para o Galo.

    http://www.youtube.com/watch?v=d_5GgFdpNSU

    Um cordial abraço.

    Antônio Flávio.

    – Vespasianao