Blog do Chico Maia

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Galvão Bueno, quem diria, está pagando seus pecados em Londres.

Vida de “sem credencial” não é fácil.

Da coluna “Outro Canal”, da Folha de S. Paulo:

* “Vídeo mostra Galvão sendo barrado na Olimpíada de Londres”

Um vídeo postado na manhã de quinta-feira (9), no portal YouTube mostra o clima nada amistoso entre Record e Sportv na transmissão dos Jogos Olímpicos de Londres.

O vídeo, batizado de “Galvão”, traz o narrador Galvão Bueno sendo barrado na passagem dos profissionais credenciados para acompanharem a final da competição de tênis, no domingo (5).

O vídeo é curto, gravado provavelmente via telefone celular, mas exibe com precisão Galvão argumentando com os seguranças e organizadores do evento enquanto uma fila de pessoas credenciadas passa em sua frente.

O narrador da Globo foi aos Jogos Olímpicos como estrela da cobertura da Sportv, mas só como convidado. Não foi credenciado para as transmissões. O canal pago recebeu apenas 36 credenciais para o evento.

Dona dos direitos de transmissão, a Record não anda facilitando as coisas para o Sportv, que comprou dela o evento. Não é difícil um profissional da Record ter feito o tal vídeo de Galvão barrado.

Acostumado a ter tapete vermelho nas principais transmissões esportivas na Globo, Galvão não anda nada feliz com essa situação de “primo pobre” do canal pago na Olimpíada de Londres.

Procurado, o Sportv diz que Galvão acabou assistindo ao jogo, mas como espectador, com ingresso. Sem credencial. E que ele foi barrado na saída, quando tentava pegar o seu carro. Não foi na entrada do jogo.

Confira o vídeo de Galvão na espera:

* http://outrocanal.blogfolha.uol.com.br/2012/08/09/video-mostra-galvao-sendo-barrado-na-olimpiada/


Exageros da mídia inglesa e as tragédias não ocorridas

O tempo passa depressa e a Olimpíada de Londres já termina depois de amanhã. Sem se cumprir as previsões dramáticas da imprensa inglesa, que anunciava ao mundo todo tipo de problema de “seguramente” ocorreria aqui. Trânsito, segurança, vagas em hotéis, greves de incontáveis categorias e por aí vai. Nada faltou em matéria de destaque negativo para espantar os londrinos da cidade e evitar que muita gente viesse. Até a previsão do tempo foi equivocada. Agências de notícias e jornais ingleses espalharam que só teríamos um dia de sol, o da abertura, e que a temperatura seria baixa durante a maior parte dos Jogos. Pois, foi exatamente o contrário. A maioria dos dias têm sido de muito sol, calor e nenhum problema para incomodar a quem é daqui, mora aqui ou veio para curtir Londres’2012.

Muito se falou também que a cidade ficaria descaracterizada por causa do aparato de segurança, que incluiria até misseis nos terraços de prédios públicos e residenciais.

Mães Dinah

Não vi nenhum até agora e nem tive notícia de alguém que tenha visto ou sido incomodado por alguma coisa relativa ao trabalho da segurança. Das instalações esportivas para as competições, condições de trabalho para a imprensa, acessibilidade para o público, principalmente para os portadores de necessidades especiais, nada deixou a desejar. A única reclamação foi em relação a um problema que parece ser eterno e mundial: a aquisição de ingressos. Muitos estádios e ginásios vazios e milhares de pessoas querendo e não conseguido comprar. Muitas explicações são dadas, mas nenhuma convincente até agora.

Vivência na pele 

A melhor explicação que tive até agora foi de alguém que viveu o problema: comprou pela internet o ingresso para alguns eventos com muita antecedência. Mas em função de seu país ter sido eliminado antes, ou nem se classificado naquela modalidade para vir a Londres, tentou vender aqui, mas quase foi preso. Para tentar coibir a ação de cambistas a Inglaterra criou leis apertando a repressão à venda de ingressos fora das entidades e agências autorizadas para tal. E a polícia aqui age forte para cumprir com as suas obrigações.

Onde a lei vale

Muita gente, de boa fé, tentou revender o seu ingresso, que não lhe interessava mais, pelo mesmo preço que adquiriu e quase foi presa.

Um exemplo que me foi dado pelo Bruno Ferreira, de Belo Horizonte, que estuda e mora aqui a alguns meses: comprou pela internet, por R$ 800,00 o ingresso numa boa posição para a final do futebol masculino, onde ele previa que o Brasil estaria. Caso o Brasil não se classificasse ele não iria assistir Coreia do Sul x México.

Nem pensar

E nem tentaria vender o seu ingresso, pelo mesmo valor que pagou, porque correria o risco de ser preso, como muitos, que ele viu sendo detidos, quando enfrentou duas horas de fila para retirar o seu ticket num posto oficial de entrega a quem comprou pela internet, meses antes.

E assim, milhares de pessoas, do mundo, que estão aqui, agiram em relação aos seus casos específicos.

É comum vermos policiais lavrando ocorrências com pessoas que agem na ilegalidade nas ruas de Londres. Tenho visto ambulantes, pedintes e tanta gente que tenta desrespeitar as leis por aqui.

Sem refresco 

São tantos esportes e tantas modalidades, que o volume faz de diferença quando a TV mostra as cadeiras vazias em ginásios e estádios de competições envolvendo masculino e feminino da natação, vôlei, basquete, judô, futebol, basquete, badminton e etecetera, etecetera e tal.

No mais, tudo transcorre bem, inclusive algumas modalidades que os brasileiros esperavam medalhas na reta final, como o vôlei masculino, feminino e até o futebol, que possivelmente vai chegar lá, pela primeira vez na história, amanhã, contra o México.