Blog do Chico Maia

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Mais um zero a zero e a merecida conquista do Cruzeiro

A expectativa é que seria um jogo de muitos gols, mas os sistemas defensivos prevaleceram. Sem falhas comprometedoras de nenhum lado, que rendesse gol, mais um zero a zero no clássico, que valeu o título invicto ao Cruzeiro que fez uma campanha irretocável: defesa menos vazada, ataque mais positivo e a melhor campanha na primeira fase da disputa.

Aos 42 do segundo, o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden apitou pênalti de Dedé em Jô, mas o bandeira Fábio Pereira, do Tocantins, marcou impedimento, erradamente, mas que fez Vuaden voltar atrás.

– Mesmo erro que qualquer árbitro do mundo poderia cometer, inclusive um mineiro. Entretanto os clubes e a FMF preferem desprezar nossos apitadores. A diferença entre árbitros de outros estados para os nossos é que os de fora pegam o avião de volta para casa logo depois do jogo.

No primeiro tempo parecia que o Cruzeiro era quem precisava vencer, já que manteve o seu estilo ofensivo. Partiu para o ataque usando principalmente os laterais, além de se aproveitar da quantidade absurda de passes errados dos jogadores do Atlético, notadamente Guilherme, Donizete e Pierre.

– Aos 23 Everton Ribeiro perdeu a melhor oportunidade ao ficar cara a cara com Victor e chutar para fora.

Um minuto depois Julio Baptista também desperdiçou chance, obrigado Victor a fazer bela defesa.

Os poucos lances de perigo do Atlético foram através de enfiadas de bola de Ronaldinho, mas sem incomodar ao goleiro Fábio, já que a marcação cruzeirense foi impecável, tanto da defesa quanto do meio campo.

– O segundo tempo começou do mesmo jeito. O Atlético não conseguia sair da marcação azul e os seus principais jogadores, Ronaldinho e Tardelli, não davam nem lampejos das jogadas desconcertantes que costumam fazer.

Paulo Autuori apostou na velocidade de Fernandinho que entrou no lugar de Guilherme, mas também anulado pela marcação cruzeirense. Lucas Silva e Henrique destruíam as iniciativas atleticanas com muita eficiência.

–  A partir dos 28 minutos é que o Atlético conseguiu chegar com mais constância à área cruzeirense, com as mexidas na base do tudo ou nada do técnico Paulo Autuori: pôs Neto Berola no lugar do lateral Michel e o volante Claudinei no lugar do Pierre, que tinha tomado cartão amarelo.

Marcelo Oliveira reforçou a marcação com Souza no lugar de Dagoberto, mas injetou gás no ataque, com William no lugar de Ricardo Goulart.

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Final

Foto: SuperFC

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Para refletir

Quando um humilde Ituano desbanca os maiores clubes do estado mais forte financeiramente do país, o contexto precisa ser avaliado com muita atenção. Incompetência dos grandes na formação dos seus times ou competência do estilo gerencial do clube de Itu e do jovem treinador do time, o ex-volante Doriva?

O comandante do futebol é outro ex-jogador, Juninho Paulista.