Li esta reportagem da Folha de S. Paulo no mês passado, muito oportuna.
Porém, não vi o nome de Belo Horizonte e até agora nenhum pronunciamento das autoridades mineiras sobre o assunto que nos interessa diretamente.
Afinal de contas a Argentina se hospedará em nossa capital antes e durante a Copa.
Certamente esses indesejáveis “barras-bravas” estão se programando para vir também.
Um importante alerta.
* “Policiais da Argentina atuarão em Porto Alegre, Brasília e na fronteira”
COPA
Além desses pontos, grupo do país vizinho acompanhará a seleção de Messi
O governo brasileiro prepara uma parceria com a Argentina para controlar os barras-bravas (torcedores organizados violentos do país vizinho) durante a Copa.
O plano de segurança prevê a presença de policiais argentinos em Porto Alegre, onde devem fazer a interlocução entre as forças de seguranças e os torcedores, e Brasília, onde ficarão no centro de comando nacional para a segurança da Copa.
Haverá ainda um grupo de policiais argentinos para acompanhar a seleção de Messi. Eles estarão uniformizados, mas sem armas, e atuarão sempre acompanhados de agentes brasileiros.
Outro ponto definido foi uma operação conjunta de controle na fronteira dos dois países para barrar os torcedores em situação irregular –com condenações na Justiça ou outro impedimento para sair da Argentina.
O governo brasileiro já pediu ao país vizinho uma lista de torcedores com antecedentes criminais e problemas em estádios. A polícia brasileira ainda vai monitorar a presença de grupos organizados nos estádios e arredores, para evitar aglomerações.
Chefe da secretaria de Grandes Eventos do Ministério da Justiça, o delegado Andrei Rodrigues destaca que o plano de segurança é feito em parceria entre diversas forças de segurança dos Estados, governo federal e demais países participantes do torneio.
Segundo Rodrigues, os barras-bravas não são o único foco da segurança. “Aqueles que não respeitarem a legislação brasileira sofrerão as consequências.”
O acordo entre Brasil e Argentina foi selado há duas semanas. Embora o governo planeje ações semelhantes para eventuais torcedores violentos de outros países, como da Inglaterra, a operação com os argentinos se tornou prioridade após o sorteio da Copa, em 6 de dezembro.
Porto Alegre receberá o principal jogo da Argentina na primeira fase de seu grupo, perante a Nigéria.
Para a Copa, são esperados 40 mil argentinos. Na partida contra a Nigéria, por exemplo, a taxa de estrangeiros com ingresso é de quase 30%, o dobro da média da Copa.
A ONG HUA (Hinchadas Unidas Argentinas), que reúne 38 torcidas organizadas do país, prepara-se para desembarcar com 650 torcedores no Brasil para o Mundial.
De acordo com jornais argentinos, nenhum desses torcedores tem ingressos para os jogos da seleção.
Por isso, um dos focos da segurança será a Fan Fest, festa promovida pela Fifa para reunir milhares de fãs que não têm entradas para os jogos da competição. O evento acontecerá a dois quilômetros do estádio Beira-Rio.
A HUA já acionou a Justiça argentina para que não enviem a ficha dos torcedores ao governo brasileiro.
Na Copa de 2010, na África do Sul, 18 membros da HUA foram presos –e deportados.
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