Blog do Chico Maia

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O descartável do Felipão e o acidente na Fernão Dias que matou a colega argentina

Nessa história do encontro com Felipão com a meia dúzia de jornalistas escolhidos pela turma dele, para mim, grave mesmo foi o papo sobre o jogador “descartável”, cujo nome não foi revelado mas gerou especulações que obviamente chegaram os ouvidos dos 23 que passaram a especular entre eles também, deixando o ambiente mais carregado ainda. Não é coisa de líder consciente do que faz. Antes, Felipão já havia dado entrevista cobrando mais agressividade dos brasileiros contra os adversários. Daí, aquela grosseria da torcida em vaiar o hino cantado pelos chilenos no Mineirão.

Há casos de seleções que viviam péssimo ambiente, mas que deram a volta por cima e foram campeãs. O maior exemplo é a Itália, de Enzo Bearzot, que ao eliminar de forma surpreendente a seleção de Telê Santana, administrou bem as brigas, uniu o grupo e conquistou a Copa da Espanha em 1982. Pode ser que a história se repita com o Brasil agora, que, entretanto, tem concorrentes muito fortes.

Lamentável

Infelizmente a irresponsabilidade e impunidade de maus motoristas que infernizam a vida de todos nós, no dia a dia, teria provocado o acidente da madrugada de terça para ontem, que matou a colega jornalista argentina, Soledad Fernandez, 26 anos. Justamente em uma das nossas melhores rodovias, a Fernão Dias, perto da cidade de Oliveira, vindo de São Paulo, na cobertura da seleção portenha.

CARRO

Detalhes do acidente e da jornalista no Globo.com:

http://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2014/07/jornalista-argentina-que-cobria-jogo-da-copa-morre-em-acidente-em-mg.html


A nova versão do "Samba do crioulo doido" criado por Felipão e cia.!

Lembra da música “Samba do crioulo doido”? Do Sérgio Porto, 1968, tornada famosa principalmente nas vozes do Quarteto em Cy e Demônios da Garoa.

Se não lembra vale a pena recorrer ao Google e conferir a letra.

Tudo a ver com o momento da seleção brasileira.

O Nelson Roberto B. Junior comentou no blog:

* “Acabei de ler no site do Estadão que Fred pode ser punido pela FIFA e ficar fora das quartas. O motivo foi o entrevero na saída do gramado, no túnel do estádio no jogo contra o Chile. Alguns chegaram as vias de fato e Fred foi o pivô da confusão. O Rodrigo Paiva, chefe da imprensa do BR (esse cara tá mamando até hoje na CBF? é um arquivo vivo… )deverá ficar afastado um jogo. Chico vc tem informações sobre isso?
Outro assunto foi a reunião do Felipão com 6 jornalistas escolhidos a dedo e que papo esquisito foi esse do nosso treinador? Li agora no site do Cosme Rimoli e fiquei assustado.

Abs”

O Felipão realmente virou um “maria vai com as outras” e está aceitando coisas que jamais aceitaria antes. O medo de perder a Copa e insegurança em relação a tudo que está fazendo e que deverá fazer estão mexendo com a cabeça dele.

Mas, é aquela história: o que não vale é perder! Ganhando a Copa, será tratado como herói, grande comandante, inspirado na leitura do clássico “A Arte da Guerra”, que soube dar a virada na hora certa e bla, bla, bla…

Perdendo, toda a realidade aparecerá, inclusive a lembrança de que ele estava em franca decadência como treinador, e que foi o principal responsável pelo mais recente rebaixamento do Palmeiras.

Confira o relato do Cosme Rímoli:

ZORRA

* “O fracasso da reunião entre Felipão e seus jornalistas de confiança – expôs ainda mais seus jogadores, mostrou sua falta de convicção tática, levantou suspeitas sobre a Fifa. Vários tiros no pé…

Teresópolis…

A conta é simples. Há mais de 700 jornalistas credenciados. Felipão resolveu falar com seis. Escolheu a dedo para quem se queixar. Mais que os ‘eleitos’, ele queria os veículos de comunicação.

Seu assessor pessoal de imprensa, que só está na Copa com o crachá da Sportv – empresa da Globo -, tratou de ir atrás desse seleto grupo que tem o coração de Felipão. E os pegou sem a menor discrição. Os arrancava de onde conversavam com outros jornalistas. Puxava pelo braço. Dizia: “Vem, vem”.

Quando em uma Copa do Mundo se é arrastado pelo assessor de imprensa do treinador da Seleção, não se recusa. Fernandinho Fernandes da TV Bandeirantes, Oswaldo Paschoal da Fox e Rádio Globo, Juca Kfouri do UOL, Folha, ESPN e CBN, Luis Antonio Prósperi, do jornal Estado e PVC da ESPN.

A situação foi surreal. A conversa poderia ter sido combinada de maneira discreta. Mas foi acintosa, querendo mostrar quem importava para Felipão entre as sete centenas de jornalistas na Granja Comary. Deu margem a se acreditar que o resto não conta.

Depois de 20 minutos de conversa, o assessor busca alguém do Rio de Janeiro, do jornal O Globo. Foi cômica a cena. Maurício Fonseca se recusou a ir. Disse que a reunião já havia começado há muito tempo. O repórter Carlos Eduardo Mansur aceitou pegar a conversa na metade.

A estratégia não foi inédita. Em 2006, encurralado pelas críticas para a Seleção Brasileira, Parreira convocou também seis jornalistas com quem tinha bom relacionamento, e seus veículos, influência. Há muita chance de a ideia ser de Parreira para este encontro.

Tudo a partir daí ficou confuso para os próprios jornalistas. Encontraram Felipão, Murtosa e Parreira tensos. Com o trio pedindo palpites sobre o que estava de errado na Seleção. E o porquê de tanta cobrança. Cada convidado deu a sua versão.

Os jornalistas insistiram sobre o nervosismo do time. A falta de variação tática do time. Avisaram que o Brasil não era mais surpresa para nenhum adversário. E que era preciso parar com o choro dos atletas, que passava a imagem de descontrole, fraqueza.

Depois ouviram várias revelações que deveriam ser íntimas. O treinador disse que suas duas pilastras do time estão abaladas demais emocionalmente: Neymar e Thiago Silva. O questionamento já começa aí: por que expor peças tão fundamentais?

Afinal, era para manter segredo ou não. Dez minutos após a reunião, já estava em site o eixo central da conversa. Foi o sinal para o sexteto começar a trazer tudo à tona.

O que ganhou Felipão dizer que Thiago Silva não quer ficar marcado como capitão derrotado? E que carrega essa pressão desde a derrota do Brasil na Olimpíada de Londres? Isso não vai motivar o jogador.

Só serviu para lembrar os 694 jornalistas excluídos que o capitão da Seleção é uma pessoa já traumatizada. E por isso rezou, chorou e pediu para ser o último a cobrar pênaltis, depois de Julio César. Por medo de errar.

Dizer que ele e Neymar ‘viraram o fio’ emocionalmente é também expor o melhor jogador brasileiro. Permite a leitura que o camisa 10 de 22 anos não tem maturidade suficiente para a responsabilidade que exerce no time. Ou seja, as duas colunas do time não são sólidas.

Mais, Felipão teria dito que se pudesse, faria uma troca no time. Chamaria outro jogador que deixou de fora na lista dos convocados. Lucas? Ganso? Pato? Kaká? Alan Kardec? Imaginar o arrependimento fica por conta de cada um.

Mas há o outro lado. Que jogador é um peso morto entre os atuais 23? Alguém deveria sair para Scolari fazer a tal troca que não pode fazer. E aí, quais são os candidatos? A revelação é uma insanidade. Só traz mais insegurança a um grupo tenso demais…

SAMBA


Leia o texto completo no blog do Cosme:

http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/