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O dia em que Di Stéfano fez questão de conhecer um craque de Minas

Na Copa de 1994, durante um treino da seleção brasileira em Detroit, antes do jogo contra a Suécia, estávamos eu e o Tostão na lanchonete do estádio quando um senhor bem desgastado pelo tempo, mancando, abordou o nosso já colega de imprensa. Olhou a credencial pendurada no pescoço e disse: “Eduardo Andrade, ‘Tostao’; dê-me a honra de apertar a mão do maior jogador que vi jogar na Copa de 1970”.

Com a timidez que sempre o caracterizou, Tostão agradeceu e quando o senhor começou a se afastar tive a curiosidade de perguntar de onde ele era: “Sou argentino, mas vivo há muitos anos na Espanha”. Tostão agradeceu de novo e perguntou o nome dele: “Alfredo; Alfredo Di Stéfano!”

Aí foi a vez do Tostão, emocionado, manifestar a honra de estar conhecendo um dos maiores mitos da história do futebol.

Di Stéfano morreu aos 88 anos. Tinha fama de “ranzinza”, mas além dessa passagem com o Tostão, a história registra outro gesto de humildade dele que só grandes seres humanos são capazes.

Grato ao que o futebol lhe deu na vida, mandou erguer um momento à bola no jardim da sua casa em Madri, com a inscrição “Gracias, vieja”.

DI

Eterna gratidão à bola!


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