Blog do Chico Maia

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Farinha do mesmo saco que se reveza no poder; na terra do salve-se quem puder!

Obrigado ao Marcio Amorim, que enviou este ótimo texto ao blog. Tenho pela Alemanha o mesmo sentimento que ele: país sério, povo fantástico.

O resultado do jogo de ontem foi o retrato da organização do futebol deles e do nosso.

Só lamento que a esperança demonstrada pelo Marcio no texto não vai se concretizar. Porque o Brasil só se desorganiza com o passar do tempo; seja no futebol ou na política; entra governo, sai governo e a farinhada do mesmo saco se reveza nos poderes, onde todos ganham, levando o dinheiro que pagamos com os nossos impostos.

Dizem que o Tite será o sucessor do Felipão. Certamente um treinador muito melhor e mais sério, porém é da mesma ciranda, que se cercará do mesmo tipo de gente que cerca o Felipão, inclusive com grande parte da mídia, que sustenta a fachada deste circo todo, patrocinada pelos bancos estatais, Petrobras, Eletrobras, Correios e etecetera e tal.

E repito: entra governo, sai governo, tudo continua na mesma. Dinheiro público aqui é sinônimo de armação para os eventuais detentores do poder se locupletarem e arrumar o lado dos familiares, amigos e amigos dos amigos.

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* “Caro Chico!”

“Meninos, eu vi!”

Não estou plagiando o Gonçalves Dias. Quando o ocaso se manifesta – afinal já são 66 anos – temos o direito de procurar viver as poucas coisas boas que a vida nos oferece, porque a oportunidade era, seguramente, a última: assistir a uma semifinal de Copa do Mundo – entre Brasil e Alemanha, diga-se – e, ainda por cima, no Brasil? Claro que não se repetirá tão cedo! E fui. Paguei caríssimo pela besteira.

Sempre ouvi dos meus pais o clima de velório do Maracanaço de 50. Amanhã, vou reunir meus netos e lhes dizer que participei de uma tragédia. O Maracanaço de 50 foi uma simples brincadeira perto do que vimos ontem. O povo de Salvador (será por quê?) foi premiado com grandes jogos. O único grande jogo que veríamos, assim mesmo por causa do andar dos grupos, acabou em vergonha. Os brasileiros que têm vergonha na cara estão humilhados. Os atletas limitados que estavam lá, em menos de uma semana, estarão voltando e espalhando-se pelo mundo sério, rindo e contando piadas no avião, em busca de seus salários milionários.

A Alemanha é, decididamente, a minha segunda pátria. Povo educado, hospitaleiro, alegre e… sério. Sério no sentido de organização de respeito e na forma de administrar. Ainda que uma simples seleção de futebol. Existe uma praça em Frankfurt, (falta-me o nome no momento) que foi reerguida tal qual era poucos meses depois de finda a guerra. Sabem com que dinheiro? O público.

Pois bem! Caí no meio dos torcedores alemães. Conversamos de tudo antes, durante e depois do jogo. As quatro ou cinco pessoas com quem pude conversar deixaram as comemorações em sinal de respeito, pelo menos enquanto saíamos. E se desculpavam. Não senti naquilo nenhum tipo de gozação. Era de coração. Realmente, nós, torcedores, não merecíamos aquilo. O Brasil, que eles disseram amar, não merecia aquilo.

Aqui tudo é tratado com molecagem. A escolha de Felipão e Parreira não pode ter sido por competência. Há no ar um cheiro azedo de safadeza, no país da safadeza. A convocação de atletas que amargam banco na Espanha (?), na Itália e em lugares piores, no esporte, claro, como Rússia, Croácia não pode ser nada sério.

Muitas das convocações, desde o tempo do ridículo Mano Meneses, foram impostas por empresários ou pela CBF. Lembro-me rapidamente de um tal de Rômulo. O incrível Dunga levou o desequilibrado Felipe Melo. E havia um bando de jogadores comuns – a maioria absoluta – no atropelado time da ultrapassada dupla Felipão/Parreira. Falastrões pouco ou nada educados.

Aqui, tudo é tratado, de uns tempos para cá, tendo como princípio a Lei de Gérson. Em tudo se vê a chance de desviar algum para o próprio bolso ou para as campanhas de eternização no poder. Assim ocorreu com o porto de Cuba, com o programa Mais Médicos, que desvia milhões para o Governo de Cuba e não para quem “trabalha”, com a Petrobrás, com os mensaleiros. E por aí vai. E a turba ignara a bater palmas.

Muita gente ganhou com os estádios superfaturados; muita gente ganhou com a seleção; muita gente ganhou e roubou com a “Copa das Copas”, no dizer da dama de vermelho – mãe do PAC, o Plano de Ajuda a Cuba. E quem perdeu? O povo. Não o Zé Povinho, porque os pobres nem se aproximaram dos estádios elitizados, para que a FIFA a CBF tivessem um lucro astronômico.  Segundo dizem, isentaram-na de impostos, que deve ter tido uma porcentagem desviada para fins imundos.

Vou dizer aos meus netos, no futuro: “meninos, eu vi”. Porém, tentarei parecer um avô gagá que viu naquilo o MARCO ZERO. Que tenha sido o fim desta tropa que suga o futebol brasileiro; que tenha sido o fim dos ingressos caros; que tenha sido o fim dos empresários; que tenha sido o fim dos governantes ladrões; que tenha sido o fim de técnicos ultrapassados e que  não façamos disto o fim do mundo. Que sirva para sairmos da letargia. Que recomecem as cobranças e manifestações pacíficas pelo fim da roubalheira.

Com isto, o futebol brasileiro, que está sendo velado hoje, renascerá.

Márcio Amorim

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Comentários:
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  • Ruy disse:

    A goleada de 7×1 foi das melhores coisas que aconteceram para o nosso Pais. Que o furebol se reorganize, e que em 5 de outubro outras mudancas comecem a surgir.

  • Marcos 2014 disse:

    Não é só no futebol que a Alemanha dá de 7 a 1 no Brasil. Na Alemanha além do bom futebol há saúde e educação de qualidade, rodovias, aeroportos e ferrovias impecáveis, seriedade e organização. É um país de primeiro mundo, o terceiro mais rico do mundo, dono de várias multinacionais, dentre elas a Mercedes Benz e a Volkswagen. País onde nasceu gênios como Albert Einsten e Beethoven e país onde o cristianismo tomou outros rumos. País que só não tem uma história 100% digna graças ao nefasto Hitler.

  • Fred camisa 9 disse:

    Ídolos com pés de barro:

    Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, não para de surpreender: após adiar seu pedido de aposentadoria, para daqui a um mês, ele de forma bestial, entregou ao Supremo um novo requerimento…..desta vez, Barbosa comunicou que tirará férias entre os dias 14 e 31 de julho !!!

    O que quer Barbosa?

    E tem gente que acha o JB o máximo…

  • Eduardo disse:

    Thiago e Alisson, relaxem. Me atenho ao futebol, e não confundo o esporte com outras coisas. Vejam só, ganhamos da Alemanha em 2002, em termos políticos e econômicos (tão ao gosto do Alisson) isso adiantou o quê?

    Se a Argentina ganhar da Alemanha domingo significa que o povo argentino tem lição econômica e política a dar ao povo alemão? A Argentina vai se tornar uma potência econômica se for campeã? Temos 5 títulos mundiais, somos o país que mais ganhou copas e isso mudou alguma coisa na vida dos brasileiros?

    Acreditem, futebol é importante, mas não é tão importante como querem nos fazer crer, fiquem espertos.

  • Marcos 2014 disse:

    Rapaziada, em qualquer lugar do mundo derrotas iguais ou menores do que a sofrida pelo Brasil custaria o emprego de todos na entidade máxima do futebol local, da comissão técnica ao presidente, do faxineiro ao tesoureiro. Mas aqui no Brasil a princípio as coisas continuam do jeito que está.
    Fosse o nosso país mais sério a CBF já seria balançada por uma peneira a partir de hoje, e não seriam poucos os culpados por esse jogo que marcou negativamente o nosso Mineirão e o time anfitrião da Copa 2014.
    O estrago no futebol brasileiro será ainda maior se essa Copa for parar nas mãos dos argentinos… aí é a tampa do caixão do futebol do Brasil.
    Será que a CBF irá as trocar as cores do uniforme da seleção brasileira novamente, como foi em 1950?!

  • Thiago disse:

    Eduardo, nós brasileiros, em sua maioria, temos que largar o pachequismo de lado pois somos um pais muito mais atrasado do que pensamos. Temos sim que aprender com os alemães que se reconstruíram e se tornaram a das potências mundiais.

  • Olá, Chico!
    Brasileiro não nasceu para aprender com os erros. Como tantos outros acontecimentos, NUNCA servirá de lição!!! Nunca!

  • maurilio augusto de bastos disse:

    ja estou cançado de ouvir o senhor maluf falar que vai contratar 2ou 3 jogadores e nada ano passado ele falou a mesma coisa e não veio hoje toda atorcida sabe que o galo precisa de volante que saia pro jogo volante de marcaçaõ forte pois pierre e leandro não dá mais outra coisa eduardo maluf fala uma coisa e kalil fala outra o galo tem ou não dinheiro abraço
    – curitiba pr

  • Alisson Sol disse:

    Discordo do Anderson Palestra em relação à “solução ditatorial”. Vide Iraque, Líbia, Síria, etc.

    Discordo também do Eduardo em relação a não misturar futebol e política e nacionalidade. Isto é impossível. A Copa do Mundo é dividida por… nacionalidades. Como não misturar? E o futebol é utlizado para fins políticos. Duvido que a Angela Merkel não apareça no Rio de Janeiro para ver a final (ainda mais que ela, declaradamente, adora futebol).

    Como já foi muitas vezes repetido, o futebol é a “mais importante das coisas menos importantes”. Como se trata o futebol, dá uma enorme dica de como se trata as coisas mais importantes.

    Minha pergunta hoje seria: onde estava o prefeito de Belo Horizonte ontem na hora do jogo? Estava no Mineirão, acompanhando a partida, ou estava lá fiscalizando as obras do viaduto caído. E aí eu pergunto: onde você acha que estaria um prefeito de uma cidade na Alemanha?

    Coisas erradas acontecem em todo lugar. O problema é o que se aprende com elas. A Alemanha, que ontem nos deu uma lição de seriedade no futebol, também nos deu duas guerras mundiais no último século. Seu povo foi conivente com massacres de outras populações. Mas, por bem ou por mal, aprenderam que aquele não era o caminho, e hoje, economicamente falando, carregam a União Européia nas costas, com o resultado do trabalho sério da maioria do seu povo. Não é hora de simplesmente ver o que a Alemanha tem hoje, no futebol, na política e na economia. É preciso ver que houve muito sofrimento para chegar onde chegaram. E passar a levar as coisas a sério!

    É por isto que sou positivo em relação ao futuro do Brasil: o aprendizado está vindo. Mas será mais lento sem guerras e/ou catástrofes naturais. Mas é preciso aprender com os erros, e não perder a esperança e regredir para coisas como o regime ditatorial. Por favor. Prefiro o pior político eleito democraticamente do que um ditador.

  • Zé Carlos disse:

    Nenhuma firula, nenhuma pedalada, nenhuma embaixadinha…
    Jogo definido em 30 minutos, mais 15 descansando pra acabar o primeiro tempo. Segundo tempo = treino para a final. Acabado o jogo, comemoração discreta, contida, quase pediram desculpas pelo sapeca iaiá. dizem eles que foi mais um passo para o objetivo que é ser campeão do mundo. mesmo entendendo que a tal camisa é só jogada de marketing da adidas vou torcer e muito pela Holanda. hoje e domingo. Adoro Munique e Buenos Aires. Mas quero ver a Holanda campeã.

  • Maria Alice disse:

    Alguém ai me esclarece:
    O primeiro gol da Alemanha não foi igual aos que o Cruzeiro costuma marcar?

  • Roger disse:

    Agora é a hora dos 200 milhoes de profetas do acontecido se manisfestarem.

    A culpa da derrota de ontem foi de todos, TODOS! Do tecnico, dos jogadores, da soberba torcida brasileira que sempre acha que vai ganhar de tudo e de todos facilmente e nao respeita ninguem. Tivesse sido o Brasil a meter 7 nos alemaes iriamos ver inumeros brasileiros mostrando 7 dedos na cara dos alemaes pro resto da vida.

    Mas a maior parte da culpa eu quero (sozinho) dedicar a HIPOCRITA imprensa brasileira. A tal que nao aceita criticas, que acha que sabe tudo, que é super corporativista, e que invarialmente fala MERD* .

    Ser comentarista de futebol ou colunista, uau, que nome chique, é o emprego mais facil do mundo. O sujeito fala e escreve, enfim, vomita a asneira que quer e muda de opiniao num atimo a qualquer mudanca da situacao.

    TODOS da selecao merecem ser massacrados pelo vexame de ontem, sem duvida. Agora execrar o que ate 1 minuto antes da partida a maioria absoluta apoiava é hipocrisia demais. E isso é o que esta acontecendo nos comentarios da imprensa esportiva brasileira pelo Brasil afora apos o vexame.

    Vamos aos fatos.

    Quando a CBF sacou o pessimo Mano Menezes e convocou Felipao e Parreira, neste momento foi decretado o hexa do Brasil. Ou nao foi? Muito facil buscar na internet as colunas dos principais “genios que sabem tudo sobre futebol no Brasil” no dia do anuncio destes. Era um tal de “agora vai”, “com essa dupla campea nao vai ter pra ninguem” e por ai vai. O discurso de ultrapassado (que eu concordo) apareceu durante a Copa.

    Quando o Felipao definiu os convocados tambem o que se leu e ouviu foi “realmente nao haviam nomes melhores”, “ ele acabou convocando quem realmente merecia” “realmente tem que esperar o Fred”, “o Jo é no momento o reserva mais adequado” e bla, bla, bla. Houveram alguns poucos nomes discutiveis como Henrique e Julio Cesar. Este ultimo, depois do jogo contra o Chile, chegou ate a receber pedidos de desculpas e retificacoes pelo Brasil afora dos “sabios da bola” que o criticavam.

    E durante a Copa foi um tal de “porque convocou o Fred?” “ O Oscar nao joga nada” ” Paulinho ja era” “Jo nao serve pra reserva”. Sendo que esses todos sempre foram unanimidades entre os “genios da palavra”. PRINCIPALMENTE APOS A CONQUISTA DA COPA DAS CONFEDERACOES.

    Pra este jogo contra a Alemanha a imprensa toda discutia quem entraria na vaga do Neymar, William ou Bernard. Felipao optou por Bernard. Entao, qual foi a surpresa??? Perdeu o jogo por causa disso? Se tivesse entrado pra defender e perdesse iria ser acusado de medroso e retranqueiro. Foi pra frente e foi massacrado e agora falam que expos demais o time.

    Jornalistas como Juca Kfouri, o qual eu admiro, leio sempre suas cronicas e concordo com a maior parte de suas opinioes foi um desses hipocritas pos massacre. Ele que esta cada vez mais se tornando intocavel e ate esteve ha poucos dias em reuniao secreta com o ultrapassado de hoje.

    Para concluir e tentando fazer uma critica justa sem hipocrisia, faltou garra, raça, orgulho, vergonha na cara e respeito por todos que ao menos pagaram caro pra estar no estadio. Os jogadores simplesmente desistiram do jogo apos o segundo gol. O pensamento geral era de que com 2×0 nao iria dar, estavamos fora e se desconcentraram totalmente passando a entregar a bola nos pes dos alemaes de presente. O “santo” Julio Cesar nao conseguia nem fechar o angulo, o tal do Dante achou que estava no Bayern e foi ajudando os seus colegas. O antes “gigante” David Luiz, recebeu a bracadeira de capitao (como todos os sabios da imprensa gostariam) e nao sabia a quem marcar. A falta de vergonha desses jogadores foi descarada e visivel ao final da partida. Somente Oscar pareceu estar com vergonha do papelao que tinha feito. Nao porque chorou, mas porque demonstrou vergonha. Ao contrario dos demais que fizeram o protocolado cumprimento ao adversario como se tivesse sido uma partida da primeira rodada de um campeonato que tivesse terminada em 0x0. A cena foi DEPRIMENTE.

    No banco tinham 2 tecnicos campeoes mundiais que nao fizeram nada pra acordar o grupo, pra fechar a defesa. Depois do segundo gol era melhor ter fechado a porteira, parado o jogo, feito uma substituicao, pedido pra alguem cair, pra ver se esfriava o jogo.

    Concordo com as criticas feitas ao planejamento, ao treinamento da equipe, a maneira do time jogar e`a parte administrativa da selecao , mas falar que a convocacao foi equivocada é demais. Gostaria que todos que contestam o que antes NINGUEM contestava, informasse uma lista com 23 nomes diferentes dos que o Felipao convocou e que TODOS esses 23 nomes sejam melhores dos que os 23 nomes convocados pelo ultrapassado treinador. Sera que algum “sabe tudo” da imprensa brasileira conseguiria fazer esta lista?

  • Marcelo Ramos disse:

    Caro Venilson Fonseca, você está equivocado. A torcida do Atlético carrega o rótulo de ser a ralé de BH e não tem o poder aquisitivo de adquirir o caríssimo ingresso para jogos da Copa. Aquilo ali foi uma aclamação do povo Brasileiro, afinal de contas Fred não fez nada em nenhum jogo. Simplesmente apagado!
    Felipão experimentou um monte de jogadores como Lucas, Robinho, R10 Kaká e outros que não corresponderam. Futebol é momento. Acho que ali estavam os melhores jogadores do Brasil, o que faltou foi um armador e comandante dentro de campo. O que se questiona muito, são os métodos ultrapassados, a falta de planejamento e treinamento. Não se estuda o adversário. A preguiça de se treinar situações de jogo e a falta de visão na hora das substituições. Erros de posicionamento, como no 1º gol, falhas na saída de bola e não poderia jogar com dois pontas abertos. Poderia ter feito como os alemães, os pontas só abrem quando tem a posse de bola, quando não, jogam fechando o meio e dando combate.
    Outra coisa. a falta de disciplina e responsabilidade. Jogador brasileiro se preocupa muito com os holofotes, os cabelos, com piadinhas na Net e dancinhas.
    Faltou seriedade!!!!!

  • O Brasil perdeu, mas continua sendo o país do futebol….

    …. do futebol onde o time mais popular do país joga um jogo oficial de campeonato para 300 pessoas no estádio.
    ….. do futebol onde os resultados em campo não são respeitados lesando milhões de consumidores que pagaram para ver uma competição que foi modificada nos tribunais . Estelionato.
    …. do futebol onde os times profissionais se preparam por 1 semana na pré temporada.
    …. do futebol onde os times grandes são obrigados a disputar um torneio de várzea sem nenhuma importância, durante 5 meses.
    ….do futebol onde 90 % dos atletas profissionais só tem trabalho durante 4 meses no ano.
    …. do futebol que é dirigido por técnicos preguiçosos e com conceitos defasados.
    …… do futebol que é disputado somente na base da falta, trombada e chutão prá frente. E ainda pedem jogadores bons de meio campo na seleção? Ah, mas o futebol “tik taka” da Espanha era tão chato e burocrático, não é mesmo?
    …. do futebol onde o calendário é inverso ao calendário dos grandes centros do futebol. Afinal, os errados são eles.
    …. do futebol que manda um centroavante como FRED prá seleção e todos ainda o consideravam um craque.

  • thales rosa disse:

    Ja não chega de treinadores gauchos??? depois de quantos mil anos de carreira o Tite veio ganhar um titulo de expressao?? Quantos times ele rebaixou ate conseguir um misero titulo??

    Marcelo Oliveira poderia ser facilmente o tecnico da seleção, quando colocaram um time grande na mao dele foi la e ganhou o maior titulo do país.. e vem ai o segundo titulo!!!!

    Tite nao!!! chega de gauchos no comando.

  • Eduardo disse:

    Putz… misturar futebol com politica, com nacionalidade… foda! Ha 12 anos vencemos o time alemao na final da copa, isso quer dizer que na epoca eramos um povo ou estado melhor que o alemao? Pra ficar no chavao, futebol e bola no chao, e o time deles e melhor que o nosso, que ainda por cima estava em um dia desastroso, simples assim. O resto e frescura, vontade de aparecer ou hipocrisia.

  • Roberto Fonseca disse:

    Endorso as palavras do Marcio Amorim, e digo mais foi a vitoria do planejamento, seriedade, respeito e competencia contra, a improvisacao, arrogancia, falta de habilidade tecnica, e o “famoso jeitinho” brasileiro.
    Nao sei se apreenderemos ja que a estrutura do futebol brasileiro esta podre e na realidade e um reflexo da classe dominante politicos e empresarios que fazem o que querem com pais e o sofrido povo brasileiro.

  • Frederico Dantas disse:

    A frustração é compreensível.
    Mas não dá, por causa de um resultado de um jogo de futebol, para desencadear uma caça às bruxas generalizada como se tudo no país fosse o reflexo do que se viu em campo ontem. Nem o futebol do país, por mais viciado que esteja em seus mandos e desmandos, é o reflexo do jogo do ontem.
    Por mais que uns exaltados e engenheiros de obra pronta tentem apregoar, o futebol alemão não é tão mais organizado e melhor que o nosso a ponto de o que se viu ontem seja um retrato proporcional disso.

  • Venilson Fonseca disse:

    Chico, bom dia.

    Como profeta do acontecido que sou (como fiz quando da eliminação para o Raja), penso que posso dar uns palpites:

    É óbvio que agora se começa a procurar os culpados: o Bernard pode se tornar essa vítima, pois é o elo fraco nesta corrente espúria. O torcedor elegeu o Fred – a despeito dele achar que os gritos de “vai tomar no …” que ele ouviu no Mineirão foi coisa de atleticano – como o cone; a imprensa – e provavelmente a CBF – vão eleger o Felipinho;

    A seleção alemã não somente foi superior técnica, tática, física e psicologicamente no jogo: ela é superior ao Brasil, de um modo geral. Não vou repetir a imprensa – ainda que ontem, assisti até depois de meia noite o Sportv, ESPN e Fox – ao dizer que a Alemanha vem desde uma eliminação na Euro em 2000 tentando reformular seu futebol: mas isso é importante. Também não vou dizer que precisamos importar técnicos de fora, ainda que também pareça relevante. E por fim, não vou culpar o Frederico bigode pelo fiasco, porque, sabemos, o seu desempenho na Copa é condizente com aquilo que ele, no mais das vezes, produziu no Fluminense. A diferença são os adversários, o esquema tático (Abel fez milagres) e a falta da CBF para uma ajudinha: ainda que ele tenha muita culpa, como de resto, todos os jogadores. Não. Não repetirei o que já foi dito;

    Mas, a meu ver, comparar a estrutura do futebol alemão (que desconheço, mas imagino), sua cultura “futebolística”, o poderio financeiro atual de alguns de seus clubes (o superclube chamado Bayer Muniche) com os mesmos itens, aqui no Brasil, soa falso, equivocado e não produzirá frutos. Eu não acho que nossos técnicos estejam ultrapassados: há mentes excelentes trabalhando, como Ney Franco, o René Simões, o Levir e até o Tite e Muricy. O Falcão – que sou fã confesso – é um baita entendido de futebol, além de ter sido craque. Mas não se faz futebol apenas com motivação de grupo ou estudando estatísticas. É preciso mais do que isso: é preciso fazer tudo isso trabalhar junto e, além do mais, é preciso fazer com que o jogador renda em campo. É tudo muito difícil e em uma copa – do mundo ou não – os times mais antigos, as equipes que jogam junto há mais tempo, levam grande vantagem sobre as outras. Mas vantagem não significa, necessariamente, garantias, como todos nós sabemos.

    Neste caso específico, o título da copa das confederações sobre a Espanha – hoje, explicitamente decadente, mas na época, altamente gabaritada – ofuscou e escondeu os problemas de uma equipe (?) que não se acertava, nem mesmo antes, com o Mano e nem depois, com o Felipinho: tiro curto, é o que dizem. Mas os tiros-curtos produzem essas aberrações, tanto para quem ganha, quanto para quem perde: fala-se em tiro-curto, mas trata-se como se não o fosse. Tudo pode desandar por uma derrota ou cristalizar-se em caso de vitória. Como vencemos, acreditamos que o Felipinho + Murtosa + Parreira estavam certos e nossos olhos errados.

    A CBF: lugar da corrupção, dos conchavos, da picaretagem. Se o assunto é seleção estes adjetivos tornam-se unânimes. Mas se o assunto refere-se aos favorecimentos a determinados Clubes, bem, aí não é bem assim, é teoria da conspiração, coisa de gente atrapalhada. Lá, na CBF – sustentada pelos presidentes dos Clubes e das Federações – além dos desonestos, abundam os puxa-sacos, os papagaios de pirata, os imbecis e os néscios. Não haverá “solução” para a seleção brasileira enquanto não houver solução para os Clubes, para toda a organização ou falta dela, do futebol nacional. É uma pena.

    A Alemanha teve dó: se jogasse com vontade, sem se poupar pra final, enfiaria outros 5 no 2o tempo. Fiquei muito triste, apesar de tudo, porque não consigo torcer contra, mesmo sabendo de todas essas porcarias, desde quando era CBD. Mas levar de 7 é mais doloroso, porque se acreditou neste time, que cantava hino aos berros. Essa coisa de raça, patriotismo, amor à camisa, sacrifício, abnegação, superação não funciona se não houver futebol bem jogado, bem armado tática e tecnicamente. Os alemães – me refiro aos jogadores mesmo – aproveitam a copa, na praia, com os moradores de Cabrália, se divertem com o hino do Bahia, distribuem sorrisos e torceram para o Brasil. Não precisaram jogar emburrados, não precisaram esgoelar pra cantar hino, não precisaram chorar, não precisaram de explicações. Apenas jogaram futebol. Simples e direto ao ponto. Não venceram o time penta-campeão, porque ninguém foi penta-campeão: os que estavam em campo eram os representantes de uma seleção, que em outros momentos da história, outros representantes venceram a Copa. Estes jogadores, ou melhor, esta equipe (um time, como dizemos) nunca venceu uma Copa, nunca havia chegado as oitavas de nenhuma copa, porque esta equipe (time) disputava sua primeira: fomos mais longe do que a Costa Rica, que não levou goleada de ninguém. Agora já nos igualamos ao Zaire na velocidade com que se leva gols: digno de dó!

    Um abraço,

  • Anderson Palestra disse:

    O Brasil só tem uma solução e me dói dizê-la. Só por intermédio de um ditador que resolveríamos nossos problemas. Mas não um ditador que retirasse direitos como liberdade de expressão. Um ditador que extirpasse essa classe de políticos, que interessam à elite dominante.

    Sou totalmente contra ditaduras, mas acho que só tem essa solução. Claro que seria o primeiro passo, pois teria que haver investimentos em educação, saúde, etc…

  • Izabel Santos disse:

    Sensacionais o texto do Márcio e as suas considerações, Chico! Parabéns aos dois. Me pouparam algumas poucas palavras que escreveria sobre tudo isso que vem acontecendo no Brasil há séculos!

  • Thiago disse:

    Marcio vc disse tudo o que meus olhos viram, o que eu queria falar e sentiu até o que estou sentindo. Parabéns pela sua colocação, perfeita.