Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Aspirações alvinegras no Brasileiro e a vida pós-Ronaldinho Gaúcho

Com ou sem Ronaldinho o Galo vai mal no Brasileiro, empatando em casa e perdendo fora. A torcida ainda espera uma reação que vise a briga nas primeiras posições e não uma luta contra o rebaixamento. É preciso calma e paciência nessa hora pois Levir está arrumando a casa. Tem um time envelhecido, cansado e desarrumado, que não foi ele quem montou. A missão de Levir é fazer a melhor campanha possível e já pensar na renovação do elenco para 2015. Uma vaga na Libertadores será excelente, mais que isso, mil vivas ao        “Sobrenatural de Almeida” e ao Nelson Rodrigues, criador da frase!

A conquista da Recopa foi merecida mas é outra história. Nada a ver com o Brasileiro, competição completamente distinta. O Atlético precisa pensar a sua vida pós-Ronaldinho em curto prazo. É certo que ele não vinha jogando o que jogou no clube desde o fim da primeira fase da Libertadores do ano passado, mas seu nome e a sua presença se impunham e incomodavam os adversários que se precavinham e destinavam jogadores para cuidar especificamente dele em campo ou a companheiros de equipe que poderiam receber um passe mágico dele.

Com fim do gás e dessa magia ele se tornou um peso para o então treinador Cuca e o resto do time que tinha que correr mais para compensar as corridas de menos do craque em ocaso. No futebol competitivo em que vivemos um jogador que não consegue desempenhar as suas funções faz diferença gigante.

Levir Culpi manteve a personalidade que tem e fez o que sempre faz em qualquer clube que assume: joga que estiver bem técnica e fisicamente. Ronaldinho estava mal nas duas situações e sem perspectivas de melhorar. É hoje um show-man, um globe-trotter, merecedor de todo o respeito e todas as homenagens possíveis não só do Atlético, mas de todo os clubes que defendeu e do mundo do futebol. Sem retoques, sem observações sacanas, pois continua sendo fantástico. Não para alta competitividade, mas ainda em condições de ganhar mais dinheiro em mercados como os Estados Unidos, Ásia e as prateleiras do meio e de baixo da Europa!

R10Foto: Superesportes

Que a despedida do Atlético seja do jeito que foi a chegada: respeitosa, festiva e feliz. A gratidão é mútua nessa parceria que foi excelente para ambos. Maior contratação da história do futebol mineiro, repercussão mundial com ótimos resultados dentro e fora de campo. Como foi positiva para ambos, nenhuma das partes tem nada a reclamar e que o fim seja de agradecimentos e votos de felicidade eterna, com portas sempre abertas.