Blog do Chico Maia

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Mesmice, obviedades e burrices que não se acabam

É um tédio ouvir entrevistas coletivas de treinadores e principalmente jogadores depois de toda rodada de campeonato, seja Brasileiro e pior ainda estadual. Noventa por cento de perguntas óbvias, para 90% de respostas ridículas. Quando eu era repórter, da TV Bandeirantes Minas, perguntei ao então capitão do Atlético, Paulo Roberto Prestes:

__ Por que vocês respondem sempre as mesmas coisas para todas as perguntas?

Ele não titubeou para responder:

__ Porque vocês sempre perguntam as mesmas coisas.

Engoli, dei razão e passei a prestar mais atenção às perguntas e respostas de todos. Este diálogo foi há quase 20 anos, mas quase nada mudou. Raros perguntadores questionam alguma coisa diferente para raras respostas que causam alguma surpresa em algum leitor, ouvinte ou telespectador.

Guilherme respondeu obviedades sobre a responsabilidade de substituir Ronaldinho. O futebol jogado por ele foi o mesmo, fraco, nesta apertada vitória sobre o Atlético-PR, por 3 a 1, no Independência. Jogo onde prevaleceu a vontade alvinegra e o fator casa, já que o futebol foi equilibrado.

Levir Culpi não quer saber de concentrar os jogadores do Atlético na véspera dos jogos em Belo Horizonte e a medida surpreendeu a muita gente. Para mim surpresa é alguém se surpreender com uma situação dessas, em um mundo onde se paga salários milionários e o profissionalismo é quase que ignorado pelo público e imprensa. Um jogador de futebol deveria agir da mesma forma que qualquer trabalhador, mas é tratado de forma paternalista, como nos tempos românticos do futebol.

A paixão do torcedor é cega e basta um jogo bom ou um belo gol para anistiar o “ídolo”.

LEVIR

O Cruzeiro finalizou bem 18 vezes contra oito do Botafogo no empate de 1 a 1 no Maracanã. Este dado mostra a superioridade azul na partida e que a resistência alvinegra foi na pura raça. O clube carioca paga os “pecados” do falastrão presidente, Maurício Assumpção, que detonou injustamente o antecessor Bebeto de Freitas, logo que assumiu e agora vê que presidir um clube desses não é para qualquer um.

José Maria Marin foi esperto para abafar os 7 a 1 que a seleção brasileira tomou da Alemanha. Quase ninguém fala mais desse vexame, de um mês atrás. O sucessor de Felipão era o inimigo número um da Rede Globo, mas fez acordo, pediu bênçãos e desculpas e desde que assumiu, as únicas entrevistas exclusivas dele até agora foram para o “Fantástico”, da Rede Globo, e à revista “Veja”.

Burrice

A voz das arquibancadas pensa muito pouco. Boa parte da torcida entoou o coro de “burro, burro…” para o técnico Levir Culpi durante o jogo contra o Atlético-PR. Uma injustiça colossal. Tivesse chegado tão logo a diretoria ficou sabendo que Cuca iria para a China o Atlético não teria dado o vexame que deu no mundial do Marrocos ano passado e nem estaria indo aos trancos e barrancos este ano.