Blog do Chico Maia

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Um mês do maior vexame da história do futebol brasileiro, mas a seleção continua uma máquina de fazer dinheiro

Esta sexta-feira marca o primeiro mês da goleada difícil de acreditar que a seleção brasileira tomou da Alemanha: 7 a 1 no Mineirão!

Felipão e Parreira foram demitidos, mas continuam rindo de orelha a orelha, pois cada um embolsou R$ 4,1 milhões de acertos trabalhistas!

FELIPAO2

Dia 19 sairá a primeira convocação da seleção brasileira da nova era Dunga. Inimaginável que não haja nome ou nomes do Cruzeiro nesta lista, já que na defesa, meio e ataque há jogadores que merecem ser chamados e especificamente dois têm estilo que agradam ao treinador: o zagueiro Bruno Rodrigo (que se recupera de contusão) e o atacante Ricardo Goulart. Everton Ribeiro também tem cotação alta. Expectativa em relação a Fábio, preterido pelos antecessores de Dunga, que até agora não deu nenhuma pista sobre o que pensa sobre o goleiro cruzeirense.

ALEMANHA2

Mesmo com o vexame dos 7 a 1 a seleção continua sendo uma máquina de fazer dinheiro para a CBF, cada dia mais rica e os seus filiados mais endividados e pires na mão permanente. Nada justifica convocações agora a não ser para faturar cotas altíssimas nos amistosos contra a Colômbia e Equador, nos Estados Unidos, em setembro; Argentina, em Pequim, outubro, e encerramento do ano em Istambul contra a Turquia, em dezembro. Prejudica os clubes na disputa do Campeonato Brasileiro, mas aquece o mercado ao colocar jogadores dos empresários que mandam em nosso futebol na vitrine mundial.

A diretoria da CBF reuniu os clubes das séries A, B, C e D para tratar do êxodo dos jogadores das categorias de base para o exterior e do assédio de clubes sobre atletas em formação nos co-irmãos brasileiros. Propõe um “código de ética” entre eles. Só pode ser piada. Uma diretoria dessas falando em “ética” num assunto onde o dinheiro fala mais alto e em primeiro lugar.

SOCCER-WORLD/M61-BRA-GER


Kafunga, 100 anos! Tive a honra de participar um pouco dessa história

O programa Bastidores, da Rádio Itatiaia, será um especial sobre Olavo Leite Kafunga Bastos, que faria 100 anos na data de hoje. Um dos grandes goleiros da história do nosso futebol e posteriormente comentarista que marcou gerações, inventando bordões que são usados até hoje e frases geniais, como “no Brasil o errado é que está certo”.

KAFUNGATIME

Vou participar do Bastidores desta noite, a partir das 20 horas, num bate-papo com o apresentador Bruno Azevedo, para contar algumas histórias do “Mestre Kafunga”, acima de tudo uma grande figura humana. Tive a honra de trabalhar com ele na Rádio Inconfidência, quando ele estava iniciando o fim da brilhante carreira.

Hoje, com o “politicamente correto”, tanta hipocrisia, demagogia, tantas leis exageradas,  “bullying” e outras coisas mais, Kafunga seria proibido de falar a maioria das coisas que falava, pois poderia sair preso de uma cabine ou estúdio de rádio por chamar alguém de “cabeça de bagre”, “filet de borboleta”, “frango de macumba”, “braquicéfalo” e por aí vai.

Um dia chegou atrasado ao programa “Papo de Bola” da TV Alterosa, que ele e o Fernando Sasso apresentavam diariamente no horário do almoço. Sentou na cadeira dele e não sabia que o programa já estava no ar, quando o Sasso o perguntou:

__ Ora, ora “Mestre”, você não é de se atrasar; o que houve?

__ Poxa gordo! Hoje está foda; o trânsito está todo “embucetado” aqui na Assis Chateumbriand!

__ Calma “Mestre”, nós estamos no ar!!!

__ No ar? Bem, é o seguinte ô da poltrona: eu falei “embucetado”, mas no bom sentido, ta?

E dá-lhe gargalhadas!

KAFUNGATV

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De um dos meus últimos contatos com ele guardei uma frase que costumo usar até hoje. O “Mestre” já não trabalhava mais. Cheguei atrasado para um Atlético x Náutico no Mineirão. Eram 10 minutos do primeiro tempo e me encontrei com o ele, saindo do elevador, junto com o neto que sempre o levava ao estádio:

__ Uai Mestre, onde você está indo?

__ Estou indo embora Maia.

__ Já? Mas o jogo mal começou?

__ Ô Maia, eu agora vejo futebol com visão dinâmica. Começa e eu logo sei se vai prestar ou se será mais uma pelada. É o caso desse aí! Não vai dar nada; dois times ruins, pelada, que vai terminar empatada!

Foi 1 a 1; jogo da pior qualidade! E hoje, também vejo muitas partidas com “visão dinâmica”.

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Vilibaldo Alves era o locutor mais ouvido da época e vereador em Belo Horizonte. Durante a transmissão de um Atlético x Flamengo, Reinaldo errou um gol na cara do Raul e o “Vili” fez um escândalo pelo microfone:

__ Meu Deus do céu, o Reinaldo errou o gol; eu não acredito; o Raul já estava batido, mas o Reinaaaaaaaaaaalllllldddddoooooooo errou! Eu não acredito! Eu não agüento! Logo o Reinaaaaaaaaaallllllllddddoooooo!

Kafunga, Kafunga, desse jeito eu vou morreeeeeeerrrrrrr Kafunga!!!!

E o velho “Kafa”, na maior calma, voz pausada:

__ Num morre não Vilibaldo! Num morre não porque está “assim” de gente de olho gordo no seu lugar na Câmara!

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De um dos meus últimos contatos com ele guardei uma frase que costumo usar até hoje. O “Mestre” já não trabalhava mais. Cheguei atrasado para um Atlético x Náutico no Mineirão. Eram 10 minutos do primeiro tempo e me encontrei com o ele, saindo do elevador, junto com o neto que sempre o levava ao estádio:

__ Uai Mestre, onde você está indo?

__ Estou indo embora Maia.

__ Já? Mas o jogo mal começou?

__ Ô Maia, eu agora vejo futebol com visão dinâmica. Começa e eu logo sei se vai prestar ou se será mais uma pelada. É o caso desse aí! Não vai dar nada; dois times ruins, pelada, que vai terminar empatada!

Foi 1 a 1; jogo da pior qualidade! E hoje, também vejo muitas partidas com “visão dinâmica”.

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Histórias como essas e outras de vários companheiros serão lembradas esta noite no Bastidores.

No site da Itatiaia, Emanuel Carneiro escreveu um belo artigo sobre o Kafunga e o jornal O Tempo também contou um pouco da vida dele.

Vale a pena ler:

http://www.itatiaia.com.br/blog/emanuel-carneiro/kafunga-100-anos

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http://www.otempo.com.br/blogs/esportes-19.235882/o-centen%C3%A1rio-de-kafunga-o-primeiro-goleiro-a-passar-de-100-jogos-pelo-galo-19.302746


San Lorenzo decide em casa o título que ainda não tem

Em jogo de muitos lances de gol e raça de sobra dos dois lados, o San Lorenzo saiu na frente e jogou melhor, mas no tempo extra o Nacional empatou, em casa.

NACSAN

Na próxima quarta-feira, o jogo final em Buenos Aires.