Muita gente costuma se assustar quando um jogador de futebol se envolve em crimes ou é acusado de algum ilícito. É o caso desse Luiz Antônio, do Flamengo, que está se tornando uma sub-celebridade por ser acusado de fazer parte de uma das milícias mais violentas do Rio, com a cumplicidade do pai dele. Como jogador, possivelmente não ficaria tão conhecido, mas só o fato de jogar no Flamengo já vale manchetes.
Essa notícia vai render mais que uma outra, que para o interesse nacional é muito mais importante. Saiu nos jornais de sexta-feira e não provocou nenhuma reação pública ou de qualquer autoridade: o frigorífico JBS (Friboi) doou R$ 12 milhões para os três principais candidatos à presidência da república, sendo R$ 5 milhões para Dilma; R$ 5 para o Aécio (os dois com maiores chances de eleição) e R$ milhões para Eduardo Campos.
E vai doar mais R$ 46,7 milhões para partidos e candidatos a vários cargos em muitos estados do país.
Que interesse é este do maior produtor de carnes do Brasil nos futuros donos do poder em Brasília e nos estados?
E sabemos que são os políticos quem nomeiam ministros do judiciário, procuradores chefes dos ministérios públicos, membros dos tribunais de contas e coisas tais, né?
Fala-se muito mal das empreiteiras, também grandes doadoras, mas raramente alguém cita a Ambev, que direta e indiretamente (através das subsidiárias CRBS e Arosuco) já doou R$ 21,4 milhões.
A diferença fundamental é que além de irrigar políticos e suas campanhas, empresas como essas também estão entre os maiores anunciantes da grande mídia nacional. Só perdem para as estatais, federais e estaduais.
Brasiiiiiiiiiiiiiilllllllllllllllllll!!!!!!!!