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Estatísticas são mais confiáveis que pesquisas, principalmente no futebol

Já que vários comentaristas e leitores do blog reclamaram que não escrevi nada sobre aquela pesquisa do Lance/Ibope (http://www.lancenet.com.br/futebol/Pesquisa-LANCE-Ibope-Flamengo-Brasil_0_1200480135.html

), que apresentou a torcida do Galo à frente da do Cruzeiro, entro no assunto lembrando o pensamento que sempre tive sobre estas pesquisas: não vejo credibilidade em nenhuma delas. Para mim são lançadas periodicamente para atender a interesses comerciais de algum setor, seja do futebol ou da mídia. Só se justificam por esses motivos. Vendem mais jornais, revistas; mais audiência para rádios, TVs e polêmicas entre torcedores que rendem semanas seguidas, gerando bons negócios. Tradicionalmente pelo que qualquer um de nós constata pessoalmente, a torcida do Flamengo é realmente a maior em todo o país, fruto da força da imprensa da cidade do Rio de Janeiro, desde os tempos de era a capital do país, e depois com o surgimento da Rede Globo, com suas novelas que sempre exaltavam e exaltam o rubro-negro.

Prefiro as estatísticas ao invés de pesquisas, já que elas aferem o público pagante presente nos estádios. Não há como contestar aqueles números, e na maioria dos casos vale o momento do time: se vai bem, casa cheia sempre; se vai mal, a torcida some.

NUMEROS

Pesquisa do Lance/Ibope do momento:

Veja o ranking com os 18 clubes com as maiores torcidas do país:

Clubes                           Participação    Em milhões de torcedores   
1º – Flamengo                    16,2%                         32,5                                            
2º – Corinthians                  13,6%                         27,3                      
3º – São Paulo                    6,8%                           13,6                      
4º – Palmeiras                    5,3%                           10,6                       
5º – Vasco                          3,6%                            7,2                      
6º – Atlético-MG                  3,5%                            7,0                      
7º – Cruzeiro                       3,1%                            6,2                       
8º – Grêmio                            3%                            6,0                       
9º – Internacional                 2,8%                            5,6                      
10º – Santos                         2,4%                           4,8                      
11º – Fluminense                 1,8%                           3,6                       
12º – Bahia                           1,7%                           3,4                      
12º – Botafogo                      1,7%                           3,4                     
14º – Vitória                          1,3%                          2,6                      
15º – Atlético-PR                  1,2%                          2,4                       
16º – Sport Recife                  1,2%                          2,4                       
17º – Santa Cruz                    1%                            2,0                      
18º – Ceará                           0,8%                          1,6      

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/minuto/Pesquisa-LANCE-Ibope-Flamengo-Brasil_0_1200480135.html#ixzz3qEXTAUU4


Fracasso de técnico argentino no Palmeiras foi ruim para o futebol brasileiro

O técnico argentino Ricardo Gareca caiu depois de oito derrotas, quatro vitórias e um empate no comando do Palmeiras. Uma pena, pois o futebol brasileiro precisava que um treinador estrangeiro tivesse sucesso por aqui para acabar com o rodízio viciado dos mesmos anacrônicos que pararam no tempo e ficam pulando de clube em clube.

Os integrantes desse grupo, muito forte, diga-se, estão felizes. Secaram bastante o argentino e contaram com representantes diretos deles na mídia, ex-treinadores, que podem voltar a dirigir um clube brasileiro a qualquer hora. 

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Gareca se despede na saída do Palmeiras


Racista gaúcha enfrenta as consequências dos ataques ao Aranha

A imprensa gaúcha conta que a mulher flagrada chamando o goleiro Aranha de macaco está passando horrores em Porto Alegre, junto com a família dela. Perdeu o emprego, teve a casa dos pais apedrejada e tem sido xingada por onde passa. 

RACISTA

Só lamento que os três ou quatro racistas que estavam ao lado dela gesticulando feito macacos não estejam enfrentando a mesma situação!

Essa notícia precisa chegar com intensidade a todo o país, especialmente àqueles que pensam em cometer atos de racismo. Infelizmente a única punição que este tipo de gente sofre no Brasil é a execração pública, já que a justiça é sempre branda e ineficaz nestes casos.

Punir o clube não resolve o problema e nem intimida futuros racistas, já que não estão nem aí se a agremiação for punida ou não. Punição que tem efeito é a que atinge diretamente o indivíduo, com restrição de liberdade, para que o exemplo intimide a outros.

O perigo é o Aranha ficar com pena da moça e dar uma entrevista coletiva dizendo que a perdoa. Coisa bem típica nestes casos em nosso país, principalmente se a moça der uma entrevista com lágrimas nos olhos, dizendo que está arrependida.


Mais uma crise política: a grave situação do Villa Nova

Recebi do jornalista Wagner Augusto Álvares de Freitas, grande villanovense, reflexões sobre o momento político do Villa, que em cinco anos teve o afastamento e renúncia de quatro presidentes:

Villa Nova

* “Prezado Chico,

com 106 anos de história, completados no dia 28 de junho, o Villa Nova Atlético Clube passa por um dos seus mais instáveis momentos administrativos. Nos últimos cinco anos, a agremiação assistiu à renúncia ou ao afastamento de quatro presidentes.

O primeiro a jogar a toalha foi o ex-zagueiro Luiz Carlos Ferreira, o Luizinho, titular absoluto da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1982, sob o comando de Telê Santana. Eleito com votação esmagadora, Luizinho ficou apenas cinco meses no cargo, renunciando em maio de 2009.

Aproveitando-se do vácuo político instalado no clube, um aventureiro chamado Adão Gomes Filho elegeu-se presidente. Pouco menos de um ano depois, Adão foi afastado do cargo pelo Conselho Deliberativo leonino. Ocorreu então o primeiro caso de impeachment na centenária trajetória do Villa Nova.

Após esse tumultuado biênio 2009/2010, Jairo Gomes voltou à Presidência do Leão do Bonfim. Registrou-se nessa época um hiato de tranquilidade e boa administração no Castor Cifuentes.

Reeleito para mais dois anos de mandato, Jairo Gomes, lamentavelmente, teve que se afastar do cargo em decorrência de orientação médica. Em outubro de 2013 sucedeu-lhe no cargo Anísio Clemente Filho, o Anisinho.

Este renunciou ao cargo nesta semana, menos de 10 meses depois de tomar posse. Assume o cargo agora o primeiro vice-presidente, Aécio Prates de Araújo. Homem de bem, empresário vitorioso, diretor-presidente da Superblocos, Aécio tem credenciais para assumir o leme e levar a nau villa-novense a um porto seguro.

A continuidade administrativa, e não o continuísmo, é fator essencial para o sucesso de qualquer empreendimento. O mandato de Aécio Prates terminará daqui a dois meses. No dia 30 de outubro os conselheiros do Villa Nova voltarão às urnas para escolher a Diretoria Executiva que comandará o clube até 2016. O momento, pois, é de reflexão e juízo para que o Leão tenha paz para voltar a rugir alto no cenário do nosso futebol.”

* Jornalista Wagner Augusto Álvares de Freitas