O América será julgado segunda-feira à tarde, acusado de escalar o lateral Eduardo irregularmente. O Villa Nova passa por situação semelhante.

Com tanta dificuldades que todo time enfrenta dentro das quatro linhas, é desanimador para qualquer atleta ou comissão técnica saber que essa possibilidade ao menos exista. E isso pode ter influenciado no moral dos jogadores do América nos últimos jogos.

Para o torcedor é inaceitável, ver todo o trabalho jogado por terra por causa de um erro administrativo/jurídico. Coisa de amador e lugar de amadores não é em clube profissional.

O jornalista Wagner Augusto nos enviou e-mail contando alguns detalhes da situação do Villa, que repasso às senhoras e senhores:

“Prezado Chico:

Veja a que ponto chegou o descalabro administrativo no Villa Nova: o clube será apenado pelo STJD com e perda de 14 pontos pela escalação irregular do meia Tiago Azulão (Tiago Lima Leal) nos jogos da Série D. O atleta já havia atuado pelo Tombense na Copa do Brasil e pelo CRB na Série C. Como o regulamento da CBF veta a participação de um mesmo jogador em suas competições por mais de dois times, o Leão do Bonfim será severa e corretamente punido pela Justiça Desportiva. É um caso similar ao que envolve o América e o lateral Eduardo.

Demorei míseros três minutos para averiguar a trajetória de Tiago Azulão no Tombense e no CRB no decorrer do corrente ano. Basta uma simples consulta ao sítio da CBF para se constatar que o nome de Azulão consta nas súmulas das partidas de Tombense e CRB por competições nacionais. Então, evidentemente, o atleta não poderia atuar pelo Villa na Série D, fato que configuraria a terceira participação do mesmo num torneio organizado pela CBF na mesma temporada.

O Villa já agonizava na competição, porém, fica a pergunta: e se o Leão estivesse bem na classificação de seu grupo, com possibilidades reais de avançar para a etapa subsequente?

Outro questionamento básico: o que estava fazendo o gerente de futebol do Villa que não percebeu tamanho vacilo e permitiu a contratação de um jogador impedido legalmente de defender o time na Série D? Um profissional relapso e incompetente como esse deveria ser demitido por justa causa.

Uma instituição com 106 anos de história, que nunca havia sido alcançado por tamanho vexame, não pode permitir que profissionais amadores maculem sua trajetória no futebol brasileiro. Entre os 101 clubes que disputam as quatro divisões do Brasileirão em 2014, desde já o Villa Nova está condenado a ser o 101º colocado, o lanterna geral.

Basta! O Leão do Bonfim merece respeito.”

Jorn. Wagner Augusto Álvares de Freitas

Conselheiro e Historiador do Villa Nova A. C.

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Se a legislação do futebol brasileiro permite recurso que dê condição para qualquer jogador punido entrar em campo, fazer o quê?

Que se cumpra o que está escrito e vida que segue.

Porém, recebi um questionamento que não sei responder e repassei a pergunta para dois advogados feras no assunto que devem responder o mais rápido possível.

Enquanto isso, divido o assunto com os senhores e toda opinião é muitíssimo bem vinda.

Quem questiona é o Paulinho Pontello, um velho amigo da Cemig:

* “Consegue me tirar uma dúvida? No final do Brasileirão do ano passado, o jogador Everton da Portuguesa, entrou em campo e deu a bagunça conhecida, a queda do time de SP. Naquele caso, o lado da Portuguesa disse que o colocou em campo porque não havia sido notificada oficialmente da suspensão, embora já soubessem do resultado do julgamento. Ontem, o Petros, já sabia que estava condenado a cumprir 3 jogos de suspensão e o Corinthians alegou a mesma coisa, ou seja, não foi notificada ainda. Esses dois casos não são iguais? Consegue descobrir isso para mim, qual a diferença nas senteças ou interpretação? Não escutei nenhum comentarista esportivo comentar isso, e estou com dúvidas…

Cá entre nós: Um julgamento que pune em seis meses um jogador e depois muda para 3 partidas, é chamar os demais clubes e atletas do Brasil e o povo em geral, de “retardados”, não acha?

Grande abraço,

Paulo Pontello”