A importância de um bom começo em campeonato por pontos corridos ficou bem caracterizada na rodada passada. O Atlético, que nem tão bem foi no primeiro turno, se manteve entre os quatro primeiros, mesmo perdendo de 3 a 1 para um dos piores da disputa, o Criciúma. O número de vitórias é o mesmo do Grêmio, o 5º, mas o Galo tem um gol a mais de saldo. Imagine o Cruzeiro com nove pontos de frente, depois da ótima atuação contra o Internacional, o segundo colocado. E nada justifica a idéia de alguns de alterar a fórmula de disputa, voltando aos injustos “mata-mata”.

A imprensa nacional anda assustada com o poderio de mineiros e gaúchos por dois anos consecutivos, mesmo com as fortunas a mais arrecadadas em publicidade e direitos de TV por cariocas e paulistas. A explicação é simples e foi dada numa frase do Alexandre Kalil, quando assumiu o Atlético, quebrado, em fins de 2008: “em qualquer clube grande, se o presidente não roubar e não deixar roubar, o dinheiro sobra”.

Também vale lembrar outra explicação do Kalil, quando todos da imprensa falávamos que o futebol brasileiro estava prestes a repetir uma “espanholização” com o predomínio dos clubes mais endinheirados como Barcelona e Real Madri, depois da nova divisão de cotas dos direitos de transmissão pela TV em nosso país.

Dizia Kalil: “Essa turma do Rio e de São Paulo é tão complicada que não saberá utilizar a fortuna a mais que recebe em relação a nós”. Importante lembrar que nessa mesma toada, Gilvan de Pinho Tavares acabou com a conversa fiada de que o Cruzeiro tinha que vender um jogador por ano para sobreviver. Papo do Zezé Perrela.