Blog do Chico Maia

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O ambiente e o futebol fora do normal

Confesso que não escrevi esta coluna em estado normal. Retornando de Conceição do Mato Dentro fiquei traumatizado com a intensidade e extensão do fogo na Serra do Cipó em todo o percurso da rodovia MG-010. Na ida, sexta-feira, já me assustei com o que vi dessa devastação. E o pior: os nativos e os bravos brigadistas anti-fogo garantem que a maioria dos focos não se trata de crime e sim da natureza, tão provocada e machucada pela ação humana. A atuação do Cruzeiro contra o Flamengo também foi assustadora, assim como o placar, absolutamente justo. O returno do campeonato tem sido dos piores, mas a diferença conquistada na primeira fase dá à Raposa este crédito extraordinário, que faz com que o sentimento de pânico não tome conta da cabeça dos cruzeirenses.

Todo resultado negativo suscita ondas, críticas e análises na maioria das vezes desvairadas. O técnico e a qualidade dos jogadores passam a ser questionados e ninguém do grupo “vale nada”. Este momento de pressão inusitada é mais um teste para a comissão técnica e elenco, como tantos momentos delicados pelos quais o Cruzeiro passou sob o comando Marcelo.

Até aqui Marcelo Oliveira foi muito bem na administração dos problemas e acredito que superará a mais esta fase, onde as coisas não têm acontecido da forma desejada. Nada de anormal. É raro um time, de qualquer parte do mundo, manter tanta regularidade no topo como o Cruzeiro tem conseguido. Ainda mais numa competição tão equilibrada como o Campeonato Brasileiro.

O desequilíbrio provocado pelo Cruzeiro na primeira fase lhe dá esta condição de tranqüilidade na tabela. Seus principais perseguidores patinam. O Inter conseguiu ser goleado no meio da semana pela Chapecoense, o Atlético segurou o Fluminense e o São Paulo, com um empate no Maracanã e a vitória de ontem no Independência. O normal é isso no Brasileiro, mas o Cruzeiro fez diferença no primeiro turno e isso faz parte do pacote de competências do Marcelo.

Quem também precisa ser mais valorizado pela torcida é o Levir Culpi, que mesmo com tantos desfalques, por contusão, suspensões ou convocações para a seleção brasileira, conduz o Atlético a ótima campanha no segundo turno. Aproveita e lança jogadores da base que têm mostrado serviço.

LUAN

Diego Tardelli resolveu o problema da seleção contra a Argentina em Pequim, e Luan, Carlos, Dátolo e Cia. despacharam o São Paulo no Independência, em atuação convincente do Atlético. Foi a volta do time ao grupo das vagas na Libertadores, mesmo com tantos desfalques no decorrer do campeonato. Tivesse chegado antes do Paulo Autuori, Levir estaria em posição melhor com o Galo na tabela.


Vivo na série B, Coelho bate lanterna Portuguesa; os jogos desse sábado pelo Brasil

EM/D.A. Press

Foto: EM/D.A. Press

Por Emanoel Ferreira

Se a perda dos 21 pontos decretaria a ‘morte’ do América na Série B do Campeonato Brasileiro, nenhum de nós poderá dizer com certeza. Coincidência ou não, a notícia de que o jurídico do clube (com participação especial do advogado milagreiro do Fluminense) havia recuperado 15 desses pontos para o Coelho foi um divisor de águas para o espírito dos atletas de verde e preto dentro de campo. Após golear o Náutico na Arena Pernambuco, o time do técnico Givanildo superou a lanterna Portuguesa no Independência.

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