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Galo em noite de muitos gols perdidos, castigo no fim e mais desfalques para o próximo jogo

Mais cedo o América fez bonito e venceu bem o Oeste, na casa do adversário. Não fosse a incompetência burocrática na utilização ilegal do lateral Eduardo, estaria bem na fita para voltar à Série A. E a diretoria ainda não demitiu ninguém e nenhum diretor pediu demissão!

CAMBAFoto: SuperFC

Bahia e Atlético entraram em campo na base do tudo ou nada, pensando mais em fazer gols sem se preocupar em tomar. E ambos se expuseram aos contra ataques que quase resultaram em gols, com lances de perigo que tornaram a partida boa de se ver. As duas defesas tiveram dificuldades para evitar gols no primeiro tempo e obrigaram os goleiros Victor e Marcelo Lomba a fazer grandes defesas.

Lamentável, mais uma vez, foi a saída do Guilherme, de novo machucado, aos 10 minutos de jogo. Fazia muito boa atuação com lançamentos milimétricos. Maicosuel entrou bem na vaga, mas quem jogou mais foram Luan, Dátolo, Tardelli e Douglas Santos.

O gol atleticano, marcado por Luan, de cabeça, no início do segundo tempo, mudou a cara do jogo. O Bahia se assustou e o Galo teve oportunidades de ampliar, mas perdeu chances absurdas com o Carlos, Tardelli e Maicosuel.

E foi castigado aos 40 minutos, quando a vitória parecia garantida. Um chutão da defesa baiana pegou a zaga atleticana desarrumada e Guilherme Santos se aproveitou para chegar na cara do Victor e empatar.

Aos 45 Tardelli fez o segundo gol mas antes empurrou o zagueiro do Bahia. Xingou o árbitro e foi expulso. Além dele, Edcarlos e Luan, que levaram o terceiro cartão amarelo, desfalcarão o time contra o Sport Recife, sábado, no Independência.


O América em campo e o meu pensamento ainda no Estádio Olímpico de Roma

O twitter informa:

América e Oeste tem arbitragem de Pathrice Wallace Correa Maia, auxiliado por Jackson L Massarra dos Santos e… http://fb.me/1sscTXJ55

Tchô acabava de fazer 1 a 0, aos 26 minutos do primeiro tempo, mas o que ainda estava na minha cabeça era a goleada do Bayern de Munique no Roma, 7 a 1, na capital italiana e com cinco campeões mundiais em campo: Neuer, Lahm, Boateng, Müller e Götze.

Essa turma que ajudou a massacrar a seleção do Felipão no Mineirão na semifinal da Copa, dia 8 de julho. Também havia um massacrado em campo hoje novamente, Maicon, lateral do Roma e do time do Felipão.

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O holandês Robbem marcou dois gols no 7 a 1 de hoje.

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Violência no futebol: para o que não tem remédio, remediado está!

Com frequência cada vez maior, após cada rodada do campeonato brasileiro, guerras entre gangs organizadas dividem o noticiário esportivo com destaque até maior nas manchetes, principalmente quando há mortes, também nada incomuns em todos os confrontos desse tipo. Esta semana, marginais travestidos de santistas e palmeirenses. Menos mal que foi longe do Pacaembu, local do jogo, mas na rodovia que liga a capital paulista a Santos, levando risco à integridade física de cidadãos que nada tinham a ver com essa selvageria que insiste em envolver a maior paixão popular brasileira.

Quando presos, estes marginais se fazem de bons samaritanos, juram inocência, alegam que foram perseguidos, acusam a polícia de ter sido truculenta com eles e que são vítimas de injustiças. A maioria tenta esconder o rosto das câmeras, mas não por vergonha do que fizeram, mas para não mostrar que são contumazes neste tipo de crime.

CORPO

O emaranhado das milhares de leis do país, envolvendo códigos penais, civis e a Constituição Federal, facilita a defesa deles, que muitas vezes contam com o apoio camuflado ou explícito de dirigentes de clubes, autoridades policiais, judiciárias – com fins políticos -, já que no frigir dos ovos tudo deságua no interesse político-partidário, que resulta na impunidade e na desesperança de alguma solução definitiva para o problema. Na mesma proporção que promotores de justiça, delegados de polícia, policiais militares de todas as patentes se candidatam a cargos eletivos ou comissionados, usando a notoriedade que a cobertura hollywoodiana da imprensa gera com essas imagens e textos rodrigueanos.

E antes que a senhora e o senhor digam que estou sendo corporativista, deixando de citar meus colegas da imprensa, emendo que este circo tenebroso atende à ganância pela audiência e pela venda de exemplares, que resultam em mais publicidade, razão de ser das empresas de comunicação como negócio que são, e não instituições filantrópicas. Tudo isso porque o perfil da sociedade que gera audiência é assim como um todo. Notícia ruim vende mais; tragédias rendem audiência. Quando há choro então, uma maravilha! Contido, compulsivo ou desesperado, tanto faz. Claro que você percebe quando a câmera da TV de plantão começa a se aproximar dos olhos da vítima, de um parente ou mesmo do vilão: é porque uma lágrima está para cair a qualquer momento. Imagens como essas “bombam”, comovem e dão sequência ao circo.

Com as redes sociais, anônimos se tornam celebridades da noite para o dia, ao postar, muitas vezes, pancadarias, sangue e mortes. O caso das vítimas fatais da queda do viaduto da Avenida Pedro I, às vésperas da semifinal da Copa entre Brasil 1 x 7 Alemanha, é um bom e lamentável exemplo, não é!?

Imagens de corpos sob escombros ou despedaçados por bombas, degolas e qualquer que seja o meio, são pratos cheios para telespectadores e consumidores de tragédias no mundo todo. Neste aspecto, não dá para dizer que isso é característica de público de países atrasados cultural ou economicamente, já que no chamado “primeiro mundo” é do mesmo jeito.

E assim, essa violência no futebol vai continuar, principalmente em países como o nosso, onde o mundo da bola faz parte do cotidiano da maioria absoluta e as leis se contradizem para beneficiar a impunidade.