Aposentadoria de camisas: tomara que a moda não pegue
O ser humano é mortal, as instituições, em condições normais de temperatura e pressão são imortais, e mesmo quando fecham as portas, podem reabrir no futuro, diferentemente de nós, indivíduos. Por isso entendo que um clube de futebol está acima de quem os fundou e a quem os ajudou a sobreviver e se tornar grande. Em esportes coletivos ninguém faz nada sozinho. Nem Pelé, melhor do mundo em todos os tempos, é maior que o Santos Futebol Clube. Não jogava sozinho e além do mais, jogava profissionalmente e se não fosse um clube de futebol ele não seria “Pelé”, pois teria que adotar outra profissão para garantir o seu sustento.
Este discurso todo para dizer que considero ridícula e demagógica esta conversa de “aposentar” números de camisas que tornaram determinados jogadores famosos.
Há outras maneiras, melhores e mais educativas, de se eternizar benfeitores, sejam jogadores, treinadores e dirigentes. O Manchester United é um dos bons exemplos mundiais, como nesta estátua, onde homenageia ao mesmo tempo três grandes ídolos, eternos:
George Best (esq), Dennis Law e Bobby Charlton.
Gostaria da opinião das senhoras e senhores do blog porque alguém pode ter argumentos que me convençam que estou errado.
Vejam esta nota na coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo, de hoje:
“Dois números podem ser aposentados nos uniformes de São Paulo e Santos em 2015. Grupo de são-paulinos apresentou ao presidente Carlos Miguel Aidar a ideia de que ninguém mais use a camisa 1 depois que Rogério Ceni parar. Prometem fazer pressão no conselho deliberativo que a proposta seja aprovada. Uma das promessas de Nabil Khaznadar, candidato a presidente do Santos, é retirar a camisa 10, em homenagem a Pelé.”
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Aliás, sugiro um site muito interessante sobre estátuas, bustos e outras homenagens a grandes nomes da história do futebol:
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