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Conquista irretocável que premia mais uma vez a competência

A conquista do Cruzeiro premia a política do presidente Gilvan de Pinho Tavares de segurar os principais jogadores, comissão técnica e ainda reforçar o elenco pontualmente, para suprir as carências detectadas no elenco campeão do ano passado. Assim como em 2013 a campanha deste ano impressiona pela regularidade em toda a competição e a determinação dos jogadores em cada jogo, como exige um campeonato disputado em pontos corridos. Os tropeços no segundo turno não chegaram a abalar a corrida pelo título já que o crédito acumulado na primeira metade da competição foi muito grande, combinado com a dificuldade natural que os concorrentes tiveram, já que o Brasileiro é um dos torneios mais difíceis do mundo.

O feito cruzeirense se reveste de grandeza maior ainda porque se trata do único clube fora do eixo Rio/SP a quebrar a hegemonia de cariocas e paulistas, que se revezam nas conquistas dos títulos desde a adoção da fórmula por pontos corridos em 2003. Missão dificílima já que as cotas de patrocínio e direitos televisivos dos clubes de lá são muito maiores, o que possibilita a eles fazer maiores investimentos em jogadores, comissões técnicas e condições de trabalho. A competência da diretoria cruzeirense para montar este grupo é que tem feito diferença por dois anos consecutivos.

CRU

Foto: O Tempo

Tudo correu de acordo com os planos do técnico Marcelo Oliveira de garantir o título e não desgastar demais o time para o jogo decisivo da Copa do Brasil contra o Atlético na quarta-feira. A vitória sobre o Goiás foi tranqüila, em um bom jogo, onde a superioridade azul foi absoluta. O time goiano valorizou a vitória. Correu muito, não jogou retrancado e também não apelou para o anti-jogo.

Mais um reflexo do ótimo momento do futebol mineiro é a presença maciça da imprensa de todo o país em Belo Horizonte desde sexta-feira, até quinta. Companheiros da maioria dos estados vieram para cobrir o último treino do Cruzeiro antes da oficialização do título ontem e ficarão até a final da Copa do Brasil, na quarta, entre dois mineiros.

Além do campeão brasileiro e da Copa do Brasil, é também de Minas Gerais o campeão nacional da Série D, o Tombense. Boa e América estão na disputa da última vaga na Série A, e não foi o grave erro administrativo, que lhe tirou seis pontos, o Coelho já estaria garantido na elite em 2015.

gramadoFoto: Leo Gomide

O fato negativo de ontem foi a exposição, mais uma vez, da impotência da administração do Mineirão para resolver os problemas causados pelas chuvas, que vêm desde a reinauguração do estádio. O gramado alagado prejudicou a qualidade da partida e as goteiras sobre a tribuna de imprensa dificultaram o trabalho de muitos jornalistas, além de ter danificado equipamentos.

Importante na derrota do Atlético para o Internacional é que os jovens jogadores lançados pelo Levir Culpi corresponderam e deram conta do recado. O time mostrou personalidade contra um adversário poderoso que jogava em casa com necessidade de vitória para se inserir na zona da Libertadores. E que venceu com preciosa ajuda do árbitro carioca Pericles Bassols