Parecia que o Atlético é que precisava fazer três gols no Cruzeiro. Tomou as iniciativas ofensivas desde o início, marcou de forma implacável, principalmente as laterais cruzeirenses, desperdiçou oportunidades incríveis e mesmo depois de fazer 1 a 0 não procurou segurar o resultado porque sabia que se fizesse isso entraria no jogo que o Cruzeiro mais gosta.
Foi o sétimo confronto entre eles este ano, a quarta vitória alvinegra e três empates.
Foto: SuperFC/OTempo
Nesta conquista da Copa do Brasil é preciso reverenciar os jogadores, mas o chapéu precisa ser tirado em homenagem ao Levir Culpi. Do que ficou do Cuca, apenas o Victor não precisou sofrer melhoras; os demais jogadores, todos trocados ou melhor aproveitados e mais motivados. Começando pelo principal ídolo da massa, Diego Tardelli, que é outro jogador, muito mais produtivo. Mesma situação do Marcos Rocha. Leo Silva virou capitão; o jogador certo na função certa. Sério dentro e principalmente fora de campo. Jemerson, um achado na base, assim como o Carlos e apostas que deram certo como o Douglas Santos e Rafael Carioca.
Dátolo foi outra conquista. Passou por uma metamorfose através do Levir que superou Ronaldinho em assistências e fez com que o R10 se tornasse uma saudosa lembrança, mas sem fazer falta, já que não vinha jogando muita coisa. Lançou jogadores da base como Dodô; Eduardo, posicionou melhor o Marion e soube revezar Leandro Donizete, Josué e Pierre nos jogos e momentos certos; deu moral para o Luan e conseguiu montar um elenco durante a temporada, conquistando títulos, coisa quase impossível, em função do calendário.
Uma despedida com chave de ouro do presidente Alexandre Kalil do seu vitorioso mandato. Ele acertou ao levar o primeiro jogo para o Independência, onde o time fez 2 a 0, uma vantagem ótima nesta disputa, contra um adversário também da prateleira de cima, como foram Flamengo, Corinthians e Palmeiras.
Kalil merece. Ele faz questão de dizer que gostaria de entrar para a história como o segundo melhor presidente da vida mais que centenária do Galo, mas superou o até então melhor, Elias, o pai dele. Diferentemente daqueles tempos ele assumiu o Galo quebrado, desmoralizado, sem time e devendo quase três meses de salários. Organizou o clube, o tornou novamente respeitado, conquistou títulos inéditos como a Libertadores, Recopa e Copa do Brasil. Títulos conquistados e comemorados dentro do Mineirão, além de dos campeonatos estaduais.
E acabou com a “Faixa de Gaza”, como era chamada a política interna do Atlético. Elegerá seu sucessor, Daniel Nepomuceno, como candidato único no próximo dia dois.
A torcida, que nunca falhou, fez de novo o papel dela, no Mineirão, no Independência e nas ruas!
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