Caros amigos e amigas do blog,
agradeço a todos pela companhia em mais um ano e desejo um ótimo Natal e boas festas.
Faço minhas as palavras do Márcio Amorim, que nos enviou esta bela mensagem, que vale para todas as gerações:
“Dezembro de 2014.”
Após os sessenta, temos a mania de olhar muito para trás e, infelizmente, olhamos pouco para a frente. Os novos horizontes ameaçam desaparecer, embora existam. Nesta época de muitas festas, vejo o Papai Noel através dos tempos.
Até os dez anos – para alguns, bem menos – ele é uma realidade gostosa. De várias formas, ele é esperado com uma ansiedade que pulsa os diminutos corações com as batidas da inocência.
De dez a vinte anos – para muitos – ele é uma realidade risível. Alguns procuram desfazer o mito, usando toda a sua crença adolescente de que somos a única realidade que se pode sentir.
Ressuscita entre vinte e trinta anos porque precisamos de repassar o mito às gerações vindouras . Faz parte do ciclo. Somos os maiores responsáveis pela sua manutenção.
De trinta a quarenta anos, somos os papais noéis. A meninada precisa acreditar na sua existência e nós, pais, somos os responsáveis pela sua eternização.
Entre quarenta e cinquenta, com os filhos entrando na segunda fase, voltamos os olhos para os pobres e oprimidos, ditos excluídos. Ajudamos creches e asilos, fazendo a alegria momentânea de crianças e velhinhos abandonados. É o momento mais sublime do ciclo. É o momento em que devemos nos orgulhar do nosso espírito de solidariedade. É o momento de sentir o Natal em toda sua plenitude e de entender o verdadeiro significado do Natal: o amor ao próximo.
Dos cinquenta aos sessenta, somos apenas os aparelhos. A cabeça já branca, os ânimos arrefecidos, vestimo-nos de papais noéis, alguns aproveitando a vasta cabeleira coberta de neve.
E agora, após os sessenta? Não somos mais as crianças que creem cegamente; não somos mais os adolescente que debocham; não somos os adultos úteis que se passam por papais noéis; não podemos nos limitar a olhar para trás. Temos de vislumbrar novos horizontes; temos de contribuir com os nossos filhos, no sentido de iludir docemente os netos. Precisamos disto para dar um sentido concreto à nossa existência.
Neste Natal, conclamo os meus amigos sessentões, ou próximos, a olhar para frente; conclamo os amigos a criar novos horizontes e a dar um sentido cristão à nossa existência.
Aos amigos, não sessentões, sugiro que reflitam sobre o seu momento atual. Sejam todos eternos papais noéis e eternas crianças que creem! Sejam adultos responsáveis pelo futuro na nação.
Grande abraço e Feliz Natal!
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