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Com a saída de Everton Ribeiro, Cruzeiro acaba com um meio e ataque que fizeram história

Primeiro foi Nilton, depois Ricardo Goulart, Lucas Silva e agora o cérebro do time.

Marcelo Oliveira já pensa na remontagem do time e sabe que a cobrança da torcida será forte com mais essa saída.

Do site do ESPN

* “Cruzeiro acerta venda de Everton Ribeiro por R$ 26 milhões”

O Cruzeiro não segurou a pressão e fechou a venda dos 60% de direitos econômicos que detém de Everton Ribeiro ao Al Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, por 9 milhões de euros (R$ 26 milhões). O negócio deverá ser oficializado nesta segunda-feira e o meio-campista viaja em seguida a Dubai para assinar contrato. Mesmo em Brasília, ele não participa do amistoso contra o Shakhtar Donetsk, neste domingo.

Para concluir a transação, o jogador abriu mão de R$ 3 milhões que teria a receber no acordo com os árabes para repassá-los à diretoria celeste.

Essa foi a segunda oferta do Al Ahli.

ER

O camisa 10 cruzeirense deverá viajar a Dubai nesta segunda-feira para assinar contrato

A notícia completa no

http://espn.uol.com.br/noticia/478608_cruzeiro-acerta-venda-de-everton-ribeiro-por-r-26-milhoes


Enquetes e projeções: é bom acreditar desconfiando!

Enquete do programa Arena SporTV da semana passada apontou o Atlético como o time brasileiro com maiores chances de ser campeão da Taça Libertadores da América, com 30,2% dos votos, seguido pelo São Paulo, com 22,8%, Internacional, 19,3%, Cruzeiro, 16% e o Corinthians com 11,7%. Este tipo de assunto é muito bom como pauta jornalística, mas não acrescenta nada a nenhum time de futebol. Também não subtrai, mas costuma iludir e provocar grandes frustrações. Em 1984 a revista Placar avaliou as possibilidades de cada participante do Campeonato Brasileiro daquele ano e a manchete era: “Pintou o campeão”, com uma foto do grande time do Atlético daqueles tempos que tinha seis jogadores da seleção e comandado por Rubens Minelli, então o treinador mais vitorioso do país, tricampeão nacional com o Internacional e São Paulo.

Na prática foi uma enorme decepção, causada pela falta de habilidade do treinador que se achava mais estrela que os jogadores e se queimou com o grupo por causa das entrevistas que deu no dia de sua apresentação na sede de Lourdes. Perguntado sobre a quantidade de craques que o Galo tinha, disse Minelli: “Este time é como um ovo de páscoa: muito bonito por fora, mas oco; sem nada por dentro”.

O ambiente não podia ser pior, mas o time era bom demais. Deu goleadas nas três primeiras partidas e desandou a perder na sequência. Minelli não conseguia explicar as derrotas após cada jogo e jamais conseguiria, pois foi deliberadamente boicotado por falar demais. Os jogadores queriam vê-lo longe. Demitido, foi substituído pelo supervisor Mussula e o time voltou a ganhar.

MINELLI

O então presidente Elias Kalil resistia em demitir Minelli, mas quando foi convencido de que não haveria outro jeito, já era tarde, não dava tempo de brigar pelo título. Três anos antes, outro treinador tinha passado por isso no Atlético: Carlos Alberto Silva. Tempos depois dois jogadores daquele time me contaram detalhes dessas passagens.

Os tempos mudaram. Este tipo de situação não acabou, mas é mais rara no futebol atual. Porém, a imprevisibilidade de quando a bola rola continua a mesma. O que não muda nunca é o fator ambiente. Um grupo unido é capaz de conquistas inacreditáveis. Levir Culpi conhece bem; Marcelo Oliveira, idem!

O Cruzeiro está perdendo jogadores importantes, mas vem contratando tão bons quanto e até melhores, como o De Arrascaeta, para mim, melhor que Everton Ribeiro. Mas Marcelo terá que remontar um time. O Atlético perdeu Tardelli, mas a maioria ficou e a aposta em Dodô tem tudo para dar certo, retomando a tradição alvinegra de encontrar soluções em casa.