Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Dr. Gilvan não vende porque quer: quando as contas batem às portas é hora de vender

Agora a expectativa é geral em torno do desempenho do Cruzeiro neste primeiro semestre do ano. De candidato ao título da Libertadores a uma incógnita a transformação foi rápida demais. A torcida está na dela, aguardando os acontecimentos, por enquanto quieta, porque vem de dois títulos nacionais consecutivos e crê que Marcelo Oliveira poderá repetir o que fez em 2013 e 2014. O presidente Gilvan de Pinho Tavares também. Jogou todas as fichas nessa hipótese. Se não der certo, a cobrança em cima dele será gigante. O presidente do Cruzeiro não está vendendo os principais jogadores porque quer e sim porque precisa. Conseguiu administrar as contas do clube por dois anos consecutivos, mas os gastos são sempre a mais ou igual ao faturamento. Teve que fazer parcerias com empresários de jogadores, investidores avulsos e até com os próprios jogadores, cedendo a eles percentuais dos próprios direitos econômicos.

Com isso ficou dois anos sem cair naquela máxima do Zezé Perrella que dizia: “Para equilibrar as contas o clube é obrigado a vender pelo menos um ou dois jogadores por ano”.

Demorou, mas o Dr. Gilvan foi obrigado a cair no “perrelismo”. Mas não porque quis e sim porque pegou o clube com os cofres vazios e muitas contas para pagar. Os credores, parceiros e investidores chegaram com as duplicatas. Era hora de receber o dinheiro investido de volta e obviamente com os dividendos de quem investe e quer lucro. Como é homem de palavra, o presidente cruzeirense está entregando os anéis para não perder os dedos. Deveria abrir logo este jogo para a torcida pois teria a compreensão dela em qualquer circunstância, mesmo se o time demorar a engrenar.

E reza para que as boas peças de reposição contratadas se encaixem bem e rápido, sob a batuta do maestro Marcelo, que não tem que provar mais nada para ninguém. Porém, também não faz milagres e terá de contar com a paciência geral do mundo azul.

CONTAS


E lá se foi o Neneca, um dos grandes goleiros da história do América

O original, que ajudou o América a fazer a sua melhor campanha na série A do Brasileiro, em 1973, sétimo lugar, entre 40 participantes. Morreu ontem, de câncer na medula, aos 66 anos, em Londrina, sua cidade, onde será enterrado hoje.

neneca5

Foi campeão brasileiro com o Guarani de Campinas em 1978, comandado por Carlos Alberto Silva.

neneca8Excelente time do Guarani que tinha Zé Carlos, ex-Cruzeiro (de pé à esquerda), Miranda (quarto da esquerda para a direita, lateral que depois jogou no Atlético); Renato Morungaba, Careca e Zenon (trio central, agachado). Renato e Zenon também jogaram no Galo nos anos 1980.

neneca55

Em 2011 Neneca foi homenageado pelo América antes de um amistoso contra o Flamengo, em Londrina. O assessor de imprensa do Coelho, Carlos Cruz, foi quem lhe entregou a placa.

Obrigado a ele que engrandeceu o futebol e gravou positivamente o nome na história.

A história do Neneca pode ser lida em detalhes no blog do  Marcelo de Paula Dieguez: http://www.marcelodieguez.com.br/?secao=neneca