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América a caminho de voos mais altos e o Flamengo adotou a mesma fórmula

América 2 x 3 Flamengo pelo Brasileiro de 2011 na Arena do Jacaré e R10 marcou dois gols

Trechos das minhas colunas nos jornais O Tempo e Super Notícia:

Entre os principais temas atuais do futebol brasileiro estão o endividamento absurdo dos clubes e a necessidade urgente do saneamento das finanças de todos eles. No dia 13 de abril, li no Valor S/A: “Flamengo aumenta receita e reduz dívida. Até o ano passado, o clube carioca era o mais endividado do país. Segundo a agência BDO, a dívida líquida era de quase R$ 760 milhões, entre débitos trabalhistas e fiscais… o clube conseguiu reduzir o principal da dívida em R$ 138 milhões desde 2013. “Nós sabíamos que tínhamos que aumentar a receita, sem aumentar a despesa proporcionalmente, não cair no chavão do futebol, que é repassar todo ganho de receita unilateralmente para o futebol”, disse o vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes. Em 2014, o clube teve uma despesa de R$ 230 milhões, uma redução de 1% na comparação com 2013… “cortou custo e começou a trabalhar o relacionamento com as empresas, com uma imagem de clube mais transparente e com governança”, afirmou o analista…”
América começou antes

Pois saibam que trabalho semelhante, porém, mais árduo, está sendo feito no futebol mineiro, pelo América, que muito em breve certamente colherá dentro dos gramados os frutos dessa filosofia, iniciada há 11 anos, na transição do comando de Afonso Celso Raso para Antônio Baltazar e o conselho gestor.

Visita

A convite de um dos presidentes, Paulo Lasmar, fui conhecer a fundo o que está sendo feito pelo Coelho em visita à sede administrativa do clube, bem instalada em mil metros quadrados nas suntuosas instalações do Boulevard Shopping, na semana passada. Empreendimento esse que já é resultado da credibilidade adquirida pelo América em função do novo modelo de gestão.

Já rendendo

Onde hoje está instalado o Boulevard Shopping era um terreno do América, afetado, comprometido por dívidas fiscais, invasões e penhoras. O clube era alvo de 180 leilões de seu patrimônio para quitar dívidas trabalhistas, com fornecedores, atletas, funcionários e tributos municipais, estaduais e federais, além de INSS, FGTS e outros. E ali começava a salvação do América.

Obra de muitos

A história é longa e não cabe em apenas uma coluna, já que, como disse, o próprio Paulo Lasmar, respeitado especialista em direito empresarial, “a recuperação do América não é obra de uma pessoa só”. Começou com este terreno, adquirido por Afonso Celso Raso, até chegar aos dirigentes atuais.

Em capítulos

Nas próximas colunas, continuarei contando o que está sendo feito longe dos holofotes e do planejamento, que vai desembocar no futebol profissional de forma sustentável, passando pelas categorias de base. Em menos de três anos, a torcida deverá começar a ter mais alegrias com o time.

Diferenças

A diferença entre esse trabalho do América e o do Flamengo é que o clube carioca tem torcedores no país inteiro e capilaridade para arrecadar bilhões com bilheterias e patrocínios em um curto espaço de tempo, enquanto o Coelho tem que usar a criatividade, a competência, dedicação e credibilidade dos seus dirigentes. Essa luta vem desde 2004, mas está chegando a hora de colher o que foi plantado.

FLAFC

Amistoso em Londrina, 16 de janeiro de 2011. Egídio, ex-Cruzeiro, era lateral do Flamengo


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