Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

A volta do futebol ofensivo e bonito da Argentina e as chances do Chile

Ações de marketing costumam surpreender quem anda pelas agitadas ruas do centro de Santiago, como da Mitsubishi que usou um guindaste de construção para içar essa camionete recém-lançada, em um dos cruzamentos mais movimentados da cidade.

* * *

A final da Copa América representa muito para Chile e Argentina e terá consequências nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 que começam em outubro. Atuais vice-campeões mundiais, os argentinos não conquistam nenhum título há 22 anos. Seu último triunfo de peso foi justamente a Copa América de 1993 no Equador quando venceu o México, 2 a 1, na final. A necessidade do Chile é mais urgente: nunca ganhou nem a Copa América, joga em casa e segundo a imprensa local tem a melhor geração da história do futebol do país, ou seja: é agora ou nunca, no embalo da ótima campanha feita no Mundial de 2014, quando foi eliminada pela seleção brasileira nos pênaltis, nas oitavas de final.

Pelo que tem jogado, pelos craques que tem e pelo que mostrou principalmente no massacre ao Paraguai, a Argentina é favorita, porém o Chile tem três fatores que contam muito a seu favor: o empurrão da fanática torcida; a determinação dos jogadores em ganhar este título inédito e a competência do técnico Jorge Sampaoli, um estrategista, que vai dormir muito pouco até a hora do jogo, já que está estudando detalhe por detalhe de como parar Messi e cia., além de conseguir o que apenas o Paraguai conseguiu nesta Copa América, que foi marcar gols na Argentina: dois no jogo da fase de grupos, 2 x 2, e o de honra na goleada de quarta-feira. Além do adversário cheio de talentos, o Chile terá que se preocupar também em conter a ansiedade do time, já que a carga de pressão é muito maior sobre os seus jogadores do que sobre os argentinos.

SABELLA

Sabella em visita à Cidade do Galo antes da Copa ano passado.

A Argentina voltou a mostrar um futebol empolgante a partir da chegada de Alessandro Sabella ao comando técnico. Foi ele quem montou este time, privilegiando os jogadores mais talentosos e dando liberdade a Lionel Messi para que ele escolhesse o melhor posicionamento em campo, já que nunca conseguia jogar nada pela seleção, perto do que sempre jogou no Barcelona. Com a saída dele, a AFA optou por um treinador de estilo semelhante, Tata Martino, também adepto do jogo bonito e ofensivo.

TATA

O “rosarino” Gerardo Tata Martino.

Inteligente e sem a vaidade exacerbada que caracteriza a maioria dos treinadores de futebol, Martino mexeu muito pouco no grupo e na forma de jogar. Mais amigo ainda de Messi e família, seu conterrâneo de Rosário, teve a aprovação dele para voltar a convocar Tévez, que agregou muito ao grupo. E descobriu o lugar certo em campo para o Pastore, excelente jogador, mas inconstante e que perdera a confiança do Sabella, que inclusive o deixou fora da lista da Copa do Mundo ano passado.

PASTORE

Pastore, 26 anos, jogador do Paris Saint Germain.


» Comentar

Comentários:
2