Dizia Tom Jobim que “o Brasil não é para amadores”, e realmente isso aqui não é fácil. Preocupado, um amigo desembargador, atleticano, perguntou-me, hoje, se vejo risco do STJD retirar o mando de campo do Atlético para o jogo contra o Corinthians, no julgamento marcado para a próxima quinta-feira no Rio. Consequência dos arremessos de copos e um pé de tênis no gramado do Independência no jogo contra o Atlético-PR.
Vejam só: uma autoridade judiciária na dúvida, perguntando a um repórter especializado em futebol! A minha resposta não poderia ser outra: não duvido de nada no Brasil, e o futebol está repleto de aberrações para aliviar e ferrar clubes e jogadores dependendo dos interesses e cor de camisa de quem julga. Duas semanas atrás o Palmeiras conseguiu fazer um acordo inédito com o STJD para livrar a cara do Dudu que agrediu covardemente um árbitro, pelas costas, diante das câmeras das redes de TV. Acordo? Tinha que haver julgamento e não acordo coisa nenhuma.
Indiciado para tomar 180 dias de suspensão, pegou quatro jogos, cumpridos.
Já disse várias vezes: estes tribunais desportivos não deveriam existir. A exemplo das principais ligas da Europa, o futebol brasileiro deveria seguir um código de penalizações, pré-estabelecido e fim de papo.
Enquanto isso, o Galo que abra os olhos e faça uma defesa da melhor qualidade, como, aliás, tem feito nos últimos anos, seja na justiça desportiva, seja na comum.
A atuação do soprador de apito Marcelo de Lima Henrique provocou a ira da torcida do Galo no Independência que motivou a ida do clube para o tribunal.
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