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Não há como comparar

Monumento em homenagem ao fim da Segunda Guerra, na marina de San Diego, em frente ao porta aviões que foi transformado em museu. Foi nesta cidade que, na madrugada de sexta-feira, ocorreu um terremoto de 5,2 graus (que não é pouca coisa) aqui na Califórnia. Só fiquei sabendo através de amigos do Brasil que enviaram mensagens perguntando. San Diego fica a 195 Km de Los Angeles, onde eu estava e onde não ouvi nenhum comentário a respeito.

Na próxima terça-feira acaba a primeira fase da Copa América e na quinta, dia 16 ocorre o primeiro jogo das quartas de final. Os jogos de amanhã pelo grupo C (México x Venezuela, Uruguai x Jamaica) são para cumprir tabela, porque mexicanos e venezuelanos já estão classificados. Na terça o Chile deve passar por cima do Panamá e se juntar à Argentina, classificada por antecipação. Hoje tem Brasil x Peru, Equador x Haiti, com quase certeza da classificação de brasileiros e equatorianos. A Eurocopa começou sexta-feira com a vitória da anfitriã França sobre a Romênia. Ontem teve Suiça 1 x 0 Albânia, País de Gales 2 x 1 Eslováquia, e Inglaterra e Rússia entrariam em campo depois do envio desta coluna. Mesmo com a Copa América sendo realizada aqui, os jornais dos Estados Unidos dão mais destaque à competição europeia do que para a das américas. Pelo menos duas redes de televisão estão transmitindo todos os jogos da Euro, ao vivo. Tamanha atenção para a Copa América só no canal latino Univision, que não transmite todas as partidas.

Tentar comparar é covardia. Só no item público pagante a Copa América é páreo para a Eurocopa, pois os latinos que moram aqui garantem 39.462 por partida. Os “nativos” só falam em Warriors e Cavaliers que brigam pelo título do basquete.
Estrelas de primeira grandeza em campo, eles têm aos montes, nós, apenas Messi, já que Luis Soares nem chegou a entrar em campo pelo Uruguai e Neymar está fora porque a CBF optou em tê-lo na Olimpíada, cuja medalha de ouro no futebol o Brasil ainda não tem.
Quando se fala em dinheiro a covardia aumenta: enquanto a UEFA reparte R$ 1,15 bilhão às 24 seleções participantes da Euro, Conmebol e CONCACAF repartem R$ 72,7 milhões às 16 dos três continentes e Caribe. A campeã europeia receberá R$ 103,4 milhões, e a americana R$ 72,7 milhões.

Só ele mesmo
Em 30 minutos contra o Panamá Lionel Messi acabou com o marasmo e sonolência reinantes na Copa América até agora entre os torcedores. Até então, apenas México 3 x 1 Uruguai tinha provocado discussões e comentários acalorados nas rodas de imprensa e aficionados do futebol por aqui. Segundo os colegas jornalistas argentinos Messi não é de dar a menor bola para qualquer crítica que lhe façam, positiva ou negativa, mas neste jogo ele teria entrado em campo incomodado com o falastrão Maradona, que o havia chamado de “frouxo” num papo com o Pelé mais cedo. Aliás, as falas do Maradona atraem cada vez menos atenção.

Quando o álcool sobe
Nada de violência em nenhum jogo ou cidade sede até agora em função da Copa América. Na Eurocopa a polícia francesa está tendo muito trabalho para apartar hoolighans ingleses e russos que estão se espancando em Marselha. Aqui nos Estados Unidos o coro come solto é depois dos jogos decisivos do basquete, mas não em função de rivalidade entre os finalistas. As estatísticas oficiais mostram que o problema é o consumo excessivo de álcool, o que provoca violência entre brigões que torcem pelos mesmos times. E normalmente fora dos estádios. Virou tradição. Os sopapos que o cantor Justin Biber tomou no saguão de um hotel em Cleveland foi numa dessas situações.


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