O ex-camisa 10 da Colômbia, Carlos Valderrama, torcedor ilustre do time nesta Copa América. Capitão da Seleção da Colômbia nas copas de 1990, 1994 e 1998. Sempre gentil no trato com a imprensa e torcedores, e sempre acompanhado da patroa.
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Colômbia e Chile decidem quem enfrentará Argentina, domingo, 21 horas, em Nova Jersey. Reta final da Copa América Centenário e, de um a dez, a nota é oito. Só não ganha a máxima por causa dos problemas estruturais e de comunicação antes e até a primeira rodada da competição. Faltou água nos vestiários de alguns campos de treinamentos, alguns gramados de treinos não estavam em boas condições, a quantidade de funcionários para atender à demanda dos nem tantos jornalistas credenciados foi pequena e o centros de imprensa montados foram fraquinhos. Este último item nem faz mais tanta falta em um evento como este, já que a tecnologia transforma cada profissional em uma redação ambulante. Houve várias falhas de arbitragem, porém o nível do trabalho de apitadores e auxiliares foi até bem melhor do que se esperava. O público pagante foi fantástico e bateu todos os recordes, apesar da frieza nas ruas e nem parecer que o ano do centenário da Copa América estava sendo comemorado nos Estados Unidos.
O movimento nas ruas é um detalhe que também não pesa tanto porque o que importa é o calor humano dos estádios e a quantidade de gente lá dentro; isso funcionou muito bem.
Contra a Argentina, em Houston, a seleção dos Estados Unidos teve o melhor público da história dela dentro do país: 70.858. A média de público dos jogos da seleção mexicana foi de incríveis 70.235. Segundo o censo do Centro de Estudos de Imigração, de 2012, 42,1 milhões de mexicanos vivem nos Estados Unidos atualmente, e eles continuam apaixonados por futebol.
Muitos presidentes de federações não gostaram da realização do evento no país, como o uruguaio Wilmar Valdez e o boliviano Romero Lopes. O motivo é simples: nenhum deles teve voz decisiva ou levou nenhuma vantagem em nenhum tipo de situação, coisa rara quando se fala da cartolagem sul-americana. Nem os suntuosos camarotes nos estádios, com todas as mordomias possíveis, houve dessa vez. Tudo muito mais modesto e nada de gastança à toa, como deveria ser sempre.
País pobre e países ricos
As recentes delações dos ex-presidentes e diretores de construtoras como Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS, responsáveis pela maioria dos estádios da Copa de 2014, explicam o motivo de tanto luxo e suntuosidade nos nossos reformados ou novos palcos. Um contraste com o que se vê nos estádios dos Estados Unidos, usados na Copa América ou não. O maior deles, Rose Bowl, em Pasadena, ganhou muitas melhorias em relação à final da Copa de 1994, principalmente nas instalações de imprensa. Mas nada se compara ao luxo de obras supérfluas, como as de um Mineirão, por exemplo.
Parece que país rico é o Brasil!
Sem ostentação
Neste mesmo Rose Bowl grande parte das arquibancadas ganhou cadeiras, mas de um material parecido com madeira. Dá mais conforto que o antigo cimento, mas é material barato. Quem viu a entrada dos Estados Unidos e Argentina no gramado em Seatle, deve ter observado que as paredes do enorme túnel por onde passam os jogadores não tinham revestimento. São naturais, do próprio cimento dos blocos da construção. Mármore ou granito só em algumas áreas Vips e alguns banheiros.
Estádios de hoje que fazem lembrar o saudoso Mineirão, pré-Copa, que nada tem a ver com este luxuoso e de cara manutenção depois da reconstrução.
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