Depois de quatro derrotas e um empate seguidos, a batata do Argel passou a assar mais intensamente após a derrota para o Grêmio, no Beira Rio, no mesmo horário em que o Cruzeiro empatava com o Vitória no Mineirão e a torcida chamava o técnico Paulo Bento de “burro”. Outro dia mesmo o Argel estava sendo endeusado porque, de forma inesperada, o Internacional brigava pela liderança do Brasileiro. Paulo Bento também vinha sendo muito elogiado por vitórias importantes contra a o Atlético, a Ponte Preta fora de casa e principalmente o Palmeiras, líder. A vida de treinador não é fácil. Mantenho os elogios que tenho feito ao comandante do Cruzeiro, que chegou com o campeonato em andamento, em um mundo desconhecido para ele e o pior: um elenco muito limitado. A frase “tirar água em pedra” se aplica à situação dele. Neste 2 x 2 com o Vitória, os baianos mandaram no jogo até os 23 minutos, quando o Cruzeiro saiu na frente e equilibrou o jogo. Fez o segundo aos oito do segundo tempo e o Vitória teve o Ramon expulso. Era de se esperar mais gols cruzeirenses, mas os baianos, que têm um bom time, foram pra cima, correram mais e empataram.
A maioria dos 43.821 pagantes vaiou e xingou o Paulo Bento, possivelmente por ter deixado o Willian no banco. Também por ter colocado o Alano no lugar do Bryan, que foi muito mal na disputa com Marinho, o grande nome da partida. É o que o treinador tem para escalar.
Com Rafael Sobis e o argentino Abila, o ataque deverá melhorar, mas a defesa é o maior problema atualmente.
Para entender
Ainda sobre treinadores, fica a pergunta a ser feita ao uruguaio Diego Aguirre: porque ele não escalava o Cazares no Atlético? Ele mesmo dizia que era questão técnica, que não havia nenhum problema extra-campo. Diante de boatos de que equatoriano estava abusando da noite de Belo Horizonte, o próprio Cazares negou, publicamente.
Joga muito
Interessante é que o Atlético perdeu jogos da Libertadores e do Mineiro sentindo falta, justamente, de um jogador com as características do Cazares, que só não tem feito chover nos últimos jogos, com a força que recebeu do Marcelo Oliveira.
O moço joga pelos lados e pelo meio, ataca, defende e corre mais que todo mundo. Mas o Aguirre não via?
* Fred fazia 1 a 0 pro Galo quando tive que me preparar para subir para a Rede Minas, onde participarei do Meio de Campo, comandado pelo Orlando Augusto. Mais tarde falo sobre este jogo contra o Figueirense!
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