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Direção da Folha de S. Paulo diz que a crise econômica obrigou o jornal a demitir e extinguir caderno de esportes

A situação para os jornalões e revistas continua difícil. Demissões e outros cortes de despesas não param em todas as regiões do país. Informações dos sites Meio&Mensagem e Comunique-se:

* “Folha explica motivos de nova reestruturação”

Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal, afirma que o momento econômico motivou a extinção do caderno de Esportes e o enxugamento da sucursal do Rio de Janeiro

Luiz Gustavo Pacete

Na última semana, o jornal Folha de S.Paulo promoveu um corte que envolveu mais de dez jornalistas. Extinguiu o caderno de esportes que foi inserido em Cotidiano e reduziu o quadro de funcionários na sucursal do Rio de Janeiro.

A reação nas redes sociais de criticas à Folha, como é comum em caso de demissões, provocou o posicionamento oficial do jornal. Ao Meio & Mensagem, Sérgio Dávila, editor-executivo, explica que a nova reestruturação é fruto da crise econômica que afeta o Brasil.

“Ela (a crise) afeta setores importantes da publicidade de jornal, como o de imóveis, varejo e veículos, a Folha teve de realizar um corte de despesas que atingiu a Redação. O objetivo foi, sempre que possível, evitar a demissão de jornalistas”, diz Dávila.

Ao contrário do que chegou a ser publicado, Dávila explica que a operação do jornal no Rio de Janeiro foi redimensionada. “Assim como a cobertura esportiva, que será mais seletiva e baseada em reportagens investigativas e colunismo qualificado. ” O editor explica que o jornal procurou poupar áreas estratégicas, “como a cobertura de política, os repórteres especiais e seu elenco de colunistas, hoje em 120 nomes”.

* “Folha demite jornalistas, junta editorias e enxuga sucursal no Rio

Ao menos 10 jornalistas deixaram a redação da Folha de S. Paulo na tarde desta quinta-feira, 8. A direção do jornal iniciou a onda de cortes ao informar – internamente – que as equipes de duas editorias então distintas vão passar a trabalhar juntas: ‘Cotidiano’ e ‘Esportes’. Além disso, a sucursal no Rio de Janeiro passará por mudanças, com enxugamento do quadro de funcionários e mudança de escritório.

A junção das duas editorias será mais sentida no conteúdo desportivo. Então com “vida própria” no impresso, o caderno de ‘Esportes’ deixa de existir para ocupar algumas páginas do espaço dedicado a noticiar o que ocorre no dia a dia, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo. No online, devido ao período olímpico e paralímpico, a parte esportiva figura, por enquanto, como subcanal de ‘Rio 2016’.

Com a decisão da direção do veículo de comunicação, a equipe esportiva é, até agora, a mais afetada com o passaralho de agora. Seis dos jornalistas que se dedicavam a cobrir futebol e outras modalidades foram dispensados. As demissões acontecem exatamente no primeiro dia de competições dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro.

Além dos profissionais de ‘Esportes’, pelo menos seis jornalistas de outras editorias deixaram a redação da Folha de S. Paulo nesta quinta. Demissões devem ocorrer até o fim de semana na sucursal do Rio de Janeiro. De acordo com fontes contatadas pela reportagem do Portal Comunique-se, o escritório na capital fluminense – atualmente no centro – deverá mudar de local e a equipe de repórteres locais será reduzida.

http://portal.comunique-se.com.br/jo-com/82304-folha-demite-mais-de-10-jornalistas-junta-esportes-com-cotidiano-e-enxuga-sucursal-no-rio-de-janeiro-leia-mais


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Comentários:
10
  • Diogo Molina Gois disse:

    Entendo o momento e não fico feliz com as demissões, mas Folha demite, mas paga todos os direitos do jornalista desligado, seja CLT ou pessoa jurídica..Abs..

  • Fernando disse:

    Pede ao mordomo do tinhoso lá em Brasília,que ele dá uma forcinha

  • Alisson Sol disse:

    Estranho esta coisa de: “A reação nas redes sociais de criticas à Folha, como é comum em caso de demissões, provocou o posicionamento oficial do jornal.
    Se ao invés de reagir em redes sociais as pessoas comprassem jornal, a demissão não teria ocorrido… Ironicamente, outro dia mesmo havia um post sobre o fato de 32 mil acessos a uma música renderem 13 centavos (link).

    Tem gente querendo comprar computador do Paraguai, colocar software pirata, e sair “fazendo sua parte” reclamando as redes sociais enquanto procura Pokemon. Em breve, vai ter de comer arroz virtual…

  • Flávio Anselmo disse:

    Esta porra da Folha de São Paulo, direitista, que mantém coluna perseguidora como de Juca Kfouri tem mais é que acabar mesmo,. Achacou gente demais. Como o Estado de Minas aqui e o Tempo que vai pelo mesmo caminho. Flávio Anselmo

    • João Vitor disse:

      Que os jornais são parciais concordo, porque que escreve é um ser humano que obviamente tem suas convicções [mesmo tentando ser parcial], mas desculpa o Juca Kfouri não é direita. Alias esse termo direita e esquerda não existe mais em boa parte do mundo.

      • Alisson Sol disse:

        João Vitor,

        Acho até que é possível uma interpretação do texto como tendo duas afirmações na mesma sentença que não são relacionadas:
        1) A Folha de SP seria um jornal direitista.
        2) O Juca Kfouri teria uma coluna perseguidora.

        Não creio que o que foi escrito possa ser interpretado como uma afirmação de que o Juca Kfouri é de direita. Até porque, como você apontou, isto seria como Karl Max ser de direita…

        O problema era que antes os termos “direita” e “esquerda” correspondiam claramente a posições consistentes em termos sociais e econômicos. Hoje em dia, é uma confusão, pois temos os “socialistas de smartphone e primeira classe” e os “milonários filantropistas”. Os termos perderam seu significado.

  • João disse:

    Será que essa desculpa de “crise”, cola ?

    * Gazeta Mercantil, fundado em 1920 encerra as operações em 2009.
    * O Jornal do Brasil publica comunicado aos leitores anunciando o fim de sua edição impressa, a partir do dia 1º de setembro de 2010.
    * A Newsweek, revista norte-americana fundada em 1933, desistiu da versão impressa para concentrar-se na edição digital, 2011.
    * O Estado do Paraná deixa de ser impresso e fica apenas com a sua versão on-line, 2011.
    * O Grupo Estadão anunciou o fechamento do “Jornal da Tarde”, após 46 anos de sua fundação, 2012.

    E por aí vai…

    A velha mídia deveria assumir a incompetência em se adaptar aos novos tempos da Tecnologia da Informação e parar de culpar a tal “crise”.

    Parafraseando o golpista: Não fale em crise, adapte-se!!!

  • Julio Cesar disse:

    Por ai circula livros, colunas em jornais, cursos, palestras repetindo o clichê CRISE / CRIE (cortando o S). Mas nestas situações ciclicas o que rola mesmo é demissão em massa.
    Chico, a nova ministra do supremo, Carmen Lucia é ou não é a cara do “Bento Carneiro, vampiro brasileiro” (Chico Anisio) hehehehe…
    Em tempo, porque Caetano Veloso não aproveitou e cantou “Podres poderes” ? Pegaria bem pra caramba diante do que estamos vendo. Alias, caçaram o Eduardo Cunha pra dizerem pra patuleia: “viram, caçamos o corrupto” ! E os outros 200 ? E as citações nas delações sobre Aecio “Lacerda” Neves, Jose Sarnei, Renan Calheiros e curriola ?