Obrigado ao cruzeirense Alex Souza, que analisa todo jogo do Cruzeiro aqui no blog. Ele resume assim a derrota de 2 a 1 no Itaquerão:
“Derrota no apito. Foi um jogo muito igual. O Cruzeiro pelos menos conseguiu um gol que lhe dá o alento de jogar menos pressionado em Belo Horizonte. Mas vai ser preciso corrigir as brechas pelo lado direito da defesa e a marcação frouxa dos volantes, que permitiram vários arremates de média e longa distância do Corinthians.”
O comentário completo do Alex:
* “Estádio Arena Corinthians – São Paulo/SP – 2821:45Setembro2016 – Quarta
Corinthians 2 x 1 Cruzeiro – Copa do Brasil 2016 – Quartas de Final
MODIFICADO: O Cruzeiro foi a campo com quatro alterações em relação ao time que jogou contra o Flamengo: Lucas no lugar de Ezequiel, Léo na vaga de Bruno Rodrigo, Rafinha na de De Arrascaeta e Willian Bigode na vaga de Ábila. Inalterada, no entanto, permaneceu a proposta de jogo; ou seja, Mano Menezes manteve o time na defesa e o Corinthians, semelhantemente ao Flamengo, foi ao jogo de forma cautelosa, com medo do contra-ataque.
MILHO AOS BODES: O Corinthians escolheu forçar o jogo pelo lado direito da defesa azul, sobre o fraco Lucas. No ataque do Cruzeiro, com Willian Bigode, a lentidão e a falta de força de sempre. Com 30’ de jogo já deu para se ter uma noção do equívoco com tais opções: Na única boa chance do Cruzeiro Willian Bigode deu aquele “traque” de sempre no gol adversário; na defesa Lucas perdeu duas jogadas pelo alto para Marlone e outras duas pelo chão, dando margem a finalizações perigosas de Romero e Rodriguinho.
MENOS MAL: Mesmo com dificuldades o Cruzeiro fez, no 1º tempo, um jogo parelho. A defesa conseguiu conter o jogo aéreo corintiano e o ataque deu bons chutes de média e longa distância. Willian Bigode conseguiu dar um bom chute da entrada da área, contudo, a bola foi no travessão e bateu nas pernas do goleiro, indo a escanteio,
SE FOSSE NA ÁREA AZUL: Sóbis tentou passar uma bola pelo chão a Willian, contudo, o defensor cortou mal com o pé e terminou se safando com um corte de mão (lance claro). A arbitragem interpretou como lance normal e, mais uma vez, não foi assinalada uma penalidade contra o Corinthians em Itaquera. No jogo passado o penal foi em Ábila e que brigou com o lance para justificar a não marcação foi o comentarista e ex-jogador corintiano Willian; desta feita o justificador de plantão foi o ex-árbitro Paulo Cesar de Oliveira.
VERGONHA NA CARA: O esquema é sempre o mesmo: 11 jogadores corintianos mais dois bandeiras abertos pelas pontas e um árbitro no meio-campo. O 2º tempo mal havia começado e repetiu o Corinthians o chute de longa distância, como fizera duas vezes na etapa inicial, se valendo dos espaços dados por Henrique e Ariel Cabral. Desta feita Rodriguinho chutou forte, no canto esquerdo; Rafael fez bela defesa, espalmando para o lado, contudo o atacante Marquinhos Gabriel, em impedimento, pegou a sobra e cruzou para a área. Léo marcou contra. Gol ilegal; e daí? Todo mundo sabe que é assim; é muita coincidência a favor do mesmo time num jogo só. É bom registrar que o mesmo bandeira, logo a 2’ de jogo, assinalou impedimento (correto) do ataque azul, quando uma bola foi chutada por Henrique e Walter defendeu como pé (ou seja, pró Corinthians ele viu e vê).
2 A 0: A 8’ minutos a marcação no meio voltou a dar espaço e Marlone deu novo chute forte. A defesa do Cruzeiro parou e Romero, em posição legal e nas costas de Léo, fez de cabeça para o Corinthians. O time do Cruzeiro paradão, parecendo não ter voltado do intervalo, apenas olhando o time paulista ampliando a vantagem obtida “na mão grande”. Só a 14 o time azul apareceu no ataque. Willian limpou o lance em jogada individual mas demorou a chutar; a defesa cortou para escanteio e Manoel cabeceou bem, para o chão. A bola ia entrando e Walter defendeu de forma espetacular.
CAMA DE GATO: Henrique quase de machucou com gravidade. Subiu numa disputa de cabeça e levou uma “cama-de-gato”. Caiu de mal jeito, sobre o pescoço. Todo mundo viu que foi falta, menos o árbitro. Em Itaquera eles morrem de medo de apitar. No finzinho da partida Ábila fez entrada parecida, sem derrubar o zagueiro paulista, e o árbitro marcou falta sem titubear. Pró Corinthians marcam tudo.
SUBSTITUIÇÕES: Mano colocou o time para frente depois de 2 a 0. Ábila entrou no lugar de Sóbis e Álisson na vaga de Willian Bigode. O Cruzeiro foi para cima, já que o Corinthians tentava administrar o resultado, e Ábila recebeu um lançamento Rafael. Desta vez dominou com calma e deu passe precisa a Robinho que marcou, chutando no canto esquerdo de Walter, diminuindo a vantagem. O time ficou mais perigos e veloz e o Corinthians acabou trocando Rodriguinho por Willans e depois Romero por Lucca. O time de paulista recolheu-se na defesa e passou a dar chutões. No final trocou Marlone por Rildo.
PILANTRAGEM E PERDA DE TEMPO: Grande prejuízo para o Cruzeiro. Poderia ter saído de Itaquera com o empate ou uma vitória por 2 a 1. As “éguas” de sempre vão alegar que “tava impedido só um pouquinho” ou que o penal não marcado era “lance interpretativo”. Um custo tremendo é investido a cada jogo para os caras apitarem e eles fazem uma lambança dessas. No fim da partida os comentaristas fazem aquela análise simplista de “méritos do time paulista”. Nem uma palavra sobre o corte de uma bola com a mão dentro da área pelo zagueiro corintiano; nem uma palavra sobre o gol ilegal.”
RESUMO DA PARTIDA
Derrota no apito. Foi um jogo muito igual. O Cruzeiro pelos menos conseguiu um gol que lhe dá o alento de jogar menos pressionado em Belo Horizonte. Mas vai ser preciso corrigir as brechas pelo lado direito da defesa e a marcação frouxa dos volantes, que permitiram vários arremates de média e longa distância do Corinthians.
Corinthians: Walter; Fagner, Yago, Balbuena e Guilherme Arana; Camacho; Marlone (Rildo 42′ 2ºT), Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto e Rodriguinho (Willians 32′ 2ºT); Romero (Lucca, 44’ 2ºT). Técnico : Fábio Carille
Cruzeiro: Rafael; Lucas, Manoel, Léo e Edimar; Henrique, Ariel Cabral (Arrascaeta 15′ 2ºT), Robinho e Rafinha; Rafael Sobis (Ábila 26′ 2ºT) e Willian (Alisson 28′ 2ºT). Técnico : Mano Menezes
Arbitragem: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO) auxiliado por Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Bruno Raphael Pires (GO)
Gols: Léo (contra) 1′ 2ºT (1-0); Romero 8′ 2ºT (2-0); Robinho 32′ 2ºT (2-1)
Público/Renda: 18.796 e R$ 961.342,00
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