Em foto do Dudu Macedo/Lancepress!, Ramon Ábila lamenta pênalti desperdiçado.
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O comentário é do Alex Souza, a quem agradeço pelas resenhas (sempre ótimas, aliás), que envia após todo jogo do Cruzeiro:
“Até quem não é técnico percebe que a bola deveria ser enviada ao atacante pelo chão, para em girar e ganhar na força dos defensores (sua especialidade); só o time do Cruzeiro não conseguiu enxergar isto.
* “A Chapecoense veio ao Mineirão para não deixar o jogo rolar. Retardou o quanto pode a cobrança de tiros de meta, laterais, escanteios e faltas em seu favor. Chamavam faltas a todo instante e o time azul, de forma infantil, fazia faltas desnecessárias a todo momento; quanto teve a bola e precisava propor o jogo, sobretudo no 2º tempo, o Cruzeiro caiu muito de produção. A turma que entrou durante a partida não deu conta do recado e perdeu ótima chance de fazer um resultado positivo.
“Tabadaberada”: Resta torcer para que o grupo faça o mínimo e não permita a queda do time para a Série B. O torcedor fez, faz e fará sua parte, mesmo com ingresso caro e com suspensão de benefício ao sócio na compra dos bilhetes.
CRAVO E FERRADURA: A inconstância é a palavra que melhor define o atual time do Cruzeiro. É capaz de jogos empolgantes diante dos times que lideram a tabela de pontuação e de partidas terríveis, como a disputada diante da Chapecoense, quando faltou competência par fazer um golzinho.
LIMITAÇÕES: Não faltou raça nem vontade ao time azul; faltou qualidade em alguns momentos e sobrou nervosismo. Durante toda a partida contra o time catarinense, que se resumiu ofensivamente a um mísero chute despretensioso no 1º tempo e um contra-ataque perigoso nos acréscimos do 2º tempo; já o Cruzeiro errou demais: ligações diretas, chutões, atacante Ábila isolado entre os zagueiros, passes errados (Edimar se destacou neste quesito) e muita lentidão e dificuldade para preparar as jogadas ofensivas.
PRESSÃO NA ETAPA INICIAL: Ainda assim o time teve boas chances na etapa inicial e perdeu boas chances de marcar com Henrique (chute de fora da área), Robinho (bola na trave), Rafinha (chute livre do meio da grande área, defendido pelo goleiro), Sobis (falta cobrada com perigo), Sobis (sobra de bola e chute para fora do gol), Robinho (chutou fraco de fora da área).
PÉ NO FREIO NO FIM: Na volta do 2º tempo de cara perdeu um penal com Ábila, que havia sofrido falta do goleiro depois que Robinho e Sobis apertaram a marcação e o goleiro derrubou o próprio Ábila (inexplicável Ábila assumir a responsabilidade de bater com Sobis em campo; ademais, o goleiro saiu muito antes para o canto esquerdo e era só rolar para o outro lado, contudo, chutou forte contra as pernas de Danilo). Depois do penal continuou a pressão e as chances perdidas se repetiram: Ábila, depois de jogada bem trabalhada em triangulação pela esquerda, com Ariel Cabral, Rafinha e Edimar, chutou forte contra a trave esquerda do gol de Danilo; em seguida o lateral Lucas recebeu passe perfeito de Robinho e, ao invés de dominar no peito retardou a bola ao goleiro de cabeça; por fim, Alisson, nos acréscimos, chutou para fora a última chance, em chute cruzado à esquerda do gol.
JOGADORES: Partida “terrível” de Edimar, que errou passes demais. Exibição fraca dos jogadores que entraram com a partida em andamento (Ariel Cabral, Bigode e Alison) e pouco produziram. Vacilo de Ábila, que ficou em impedimento alguma vezes e perdeu gols incríveis. Bom jogo de Rafinha, Sobis e Robinho, contudo, se cansaram. Romero precisa dosar a força nas disputas para não fazer tantas faltas. Uma pena a contusão de Henrique, que vinha bem na partida. Zaga e lateral direito pouco trabalho tiveram.
MANO MENEZES: O treinador, com Denilson à disposição e conhecendo o jogo cadenciado de Ariel Cabral, mandou o argentino a campo no lugar do contundido Henrique (saiu lesionado no intervalo) e deixou o time lento nas transições de bola do meio ao ataque. Para a conta do treinador também devem ir as entradas de Alison e Willian Bigode, que pouquíssimo acrescentaram time quando era necessário pressionar e vencer “na marra”. Lucas, mesmo sendo reserva imediato, não deveria ter mais oportunidades com a camisa do Cruzeiro; é fraco demais. Ao fim do jogo Mano Menezes deu entrevista criticando negócio de horas a mais de descanso do adversário em relação ao Cruzeiro, ou seja, embromação.
líderes de média de público. Não falta apoio. Os jogadores estão na dívida com a China Azul.
TERAPEUTA: Quando o gol não sai é sempre a mesma fala: “A bola não quis entrar”. Sei. Preciso ir ao terapeuta; tô ficando doido…
RESUMO DA PARTIDA
Repetiram-se velhos erros cometidos durante este campeonato; mais uma vez ficou exposta a dificuldade de certos jogadores com a bola nos pés e a incapacidade de vários de suportarem a intensidade necessária quando o resultado precisa aparecer. Jogando no Mineirão o Cruzeiro fez exibições fracas na maioria dos jogos; esta partida diante da Chapecoense foi mais uma delas.
CRUZEIRO 0 x 0 CHAPECOENSE – 31ª Rodada do Campeonato Brasileiro 2016
Estádio Mineirão – Belo Horizonte/MG – 1617:00Outubro2016 – Domingo
CRUZEIRO: Rafael, Lucas, Léo, Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique (Ariel Cabral), Lucas Romero, Robinho, Rafinha (Alison), Rafael Sobis (Willian Bigode); Ábila – Técnico: Mano Menezes
CHAPECOENSE: Danilo, Gimenez, Thiego, Neto, Dener Assunção (Gil); Mateus Biteco, Sérgio Manoel, Cleber Santana e Alan Ruschel (Hyoran); Ananias e Kempes (Bruno Rangel) – Técnico: Caio Júnior.
Arbitragem: Luiz Flavio de Oliveira (SP) auxiliado por Miguel C. Ribeiro da Costa (SP) e Herman Brumel Vani (SP)
Público/Renda: 17.226 pagantes/R$ 381.073,00
Cartões amarelos: (Cru) Lucas Romero; (Cha) Danilo e Cleber Santana
Cartões vermelhos: Não houve.
* Alex Souza
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