Os clubes estão se mexendo para a próxima temporada e algumas saídas e chegadas já foram anunciadas. De modo geral, Atlético, Cruzeiro e América estão se montando agora de forma mais positiva do que iniciaram esses preparativos em fins de 2015. Ano passado o Atlético patinava em torno do nome do treinador. Aguardou até a última hora respostas do argentino Alejandro Sabella e Muricy Ramalho e buscou o uruguaio Diego Aguirre, uma aposta que deu errado. Formou um time forte do meio de campo para frente e a defesa fraca. Perdeu o Campeonato Mineiro e a Libertadores, caiu o treinador e Marcelo Oliveira foi contratado.
Outro equívoco. O novo comandante chegou com um grupo que não fora formado por ele, não conseguiu dar liga a um ótimo grupo de jogadores e perdeu o Brasileiro e Copa do Brasil, caindo antes do jogo final. Triste passagem de um bom treinador de belo passado como um dos grandes jogadores da história do Galo.
O Cruzeiro tinha uma dupla de comandantes do futebol muito jovem e inexperiente que quis “fazer história”, lançando um novo treinador no mercado. A aposta de Bruno Vincintim e Thiago Scuro foi mais do que arriscada no aspirante Deivid e em jogadores de qualidade duvidosa.
Na sequência, todos se mostraram ineficientes para o tamanho do Cruzeiro. O time não chegou nem à final do Mineiro, Deivid foi o primeiro a cair. Novamente a dupla comandante do futebol quis “fazer história” trazendo um treinador português, Paulo Bento, mais perdido que cedo em tiroteio em Belo Horizonte. A segunda divisão nacional virou assombro e a “providência divina” cuidou de salvar a pátria.
Salvação da China
Com a queda do Mano Menezes na China, o excelente treinador retornou, arrumou a casa e está aí, já trabalhando na montagem do grupo para 2017. Thiago Scuro caiu e foi substituído pelo ex-jogador Tinga, aspirante a dirigente, que entra respaldado por um dos melhores treinadores do país, que não o deixará cometer erros comprometedores.
Show de erros
O América foi o caos total. Uma diretoria competente na administração do clube, mas totalmente cambaleante e dividida em relação ao futebol. Deu no que deu! Trouxe um diretor de futebol de São Paulo incompetente, não segurou os jogadores que deveria ter segurado, contratou pessimamente, demitiu o técnico Givanildo em momento errado, também apostou em um português.
Outro portuga
Sérgio Vieira pegou um grupo dividido, inclusive a comissão técnica. Caiu logo. O único acerto americano foi tardio para salvar o time no Brasileiro, mas que dá esperanças de dias melhores na próxima temporada. Enderson Moreira é muito bom treinador e junto com o diretor de futebol contratado, Ricardo Drubsky, também já monta o grupo de 2017.
O emergente
O Galo buscou um treinador “emergente” de prestígio, com o país inteiro de olho, na expectativa: como será o Roger Machado em sua primeira experiência fora do Grêmio, depois de ter sido alçado à condição de técnico de ponta?
Quanto aos jogadores que estão saindo e chegando, é assunto para a próxima coluna. Essa é uma tarefa dos dirigentes tão difícil quanto à escolha do treinador.
* Estas e outras notas estarão em minhas colunas de amanhã nos jornais O Tempo e Super Notícia
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