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Dia de aniversário do Bebeto de Freitas, que concedeu ótima entrevista ao Thiago Nogueira, no O Tempo

Parabéns e muita saúde a esta grande figura e profissional exemplar. Vale a pena ler a entrevista de página inteira feita com ele pelo Thiago Nogueira:

* ‘Kalil foi claro sobre a minha função: ‘É o social, Bebeto’

Bebeto de Freitas, secretário municipal de Esporte e lazer

Em 1967, aos 17 anos, ele conquistava, no ginásio do Minas, em BH, o título brasileiro juvenil de vôlei pelo Estado da Guanabara, o primeiro da carreira. Cinquenta anos depois, Bebeto de Freitas, 66, técnico da Geração de Prata (1984), ex-presidente do Botafogo (2003-2008) e ex-diretor do Atlético (1999, 2001 e 2009), volta à capital mineira para assumir, pela primeira vez, um cargo público. A convite do amigo e prefeito Alexandre Kalil, o sobrinho de João Saldanha, primo de Heleno de Freitas e pai de Rico de Freitas – técnico de Ágatha e Bárbara, medalhistas de prata na Rio 2016 – comandará a pasta de Esporte e Lazer do município sob um norte: “Cuidar do social”, aponta.

Como surgiu o convite e como deve ser o trabalho à frente da Secretaria de Esporte e Lazer?

O convite surgiu de um telefonema. Quem conhece o prefeito sabe que ele não é prolixo. A conversa deve ter demorado um minuto. Ele falou: “Preciso que você venha”. Perguntei: “Posso te ajudar?”. Nunca tive envolvimento com o poder público. Trabalhei 20 anos no Estado do Rio de Janeiro (como professor de educação física) e não quis mais. Se tinha uma pessoa para me trazer para isso, a única era o Alexandre Kalil. E ele foi bem claro sobre qual seria minha função aqui. “É o social, Bebeto”. Essa é a grande preocupação da prefeitura. É um conceito dele, ver o que tem, melhorar o que tem e, se tiver possibilidade, crescer. O esporte e o lazer fazem parte de um desenvolvimento econômico-social importante. Entendemos que a atividade esportiva, desde maternidade até a minha idade, é a poupança que fazemos para nossas vidas. Uma cidade que tenha a atividade física como um das prioridades, sem dúvida, vai auxiliar a saúde.

E de que forma pretende desenvolver esse trabalho?

Penso como o prefeito: oferecer oportunidades a todos e, principalmente, àqueles mais necessitados, com projetos que possam ajudar efetivamente a atividade física.

E que tipos de projetos pensa?

Na secretaria, trabalhamos com idosos e crianças. Existe o projeto Segundo Tempo, que é referencial do governo federal. Pela primeira vez, o esporte foi para dentro das escolas, atendendo mais de 24 mil crianças. Pretendemos renová-lo. Temos algumas ideias e objetivos para desenvolver o esporte de uma maneira geral.

De que forma a secretaria pode apoiar os clubes na promoção do esporte?

A prefeitura já faz algumas coisas, como a questão do IPTU (os clubes recebem descontos), temos convênios, olhamos o esporte paralímpico, mas o que queremos é melhorar. Alguns clubes estão com problemas, e temos que ajudá-los. Mas a prioridade hoje são os esportes sociais. Esse será o empenho em um primeiro momento, por causa da situação em que vivemos. De toda forma, não faltará apoio da prefeitura para os clubes.

Está claro que o social será a prioridade. Mas já foi possível identificar outros problemas?

A questão social é a prioridade, mas existem outros problemas. Por exemplo, desde que a reforma do estádio Independência começou (2010), as equipes de base de Cruzeiro e Atlético jogam fora de Belo Horizonte (muitas vezes, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas). Talvez, juntamente com a federação e os clubes, possamos encontrar uma solução. Para clubes da tradição do Mackenzie, referência no vôlei, principalmente, o feminino, do Ginástico, referência no basquete, o Olympico, temos que encontrar formas conjuntas de crescer e melhorar o esporte. E tem outros clubes, como o Barroca, que frequentei. Minas Gerais sempre foi um importante reduto de esporte, e Belo Horizonte sempre esteve à frente de esportes olímpicos. Não está fácil, mas temos que encontrar soluções, não só do ponto de vista financeiro. Se tivéssemos um orçamento para investir em tudo, mas não podemos pensar em construir uma cobertura maravilhosa sem ter uma garagem.
Já foi possível avaliar as condições das centenas de equipamentos esportivos – quadras, salas, praças – da prefeitura?

Não consegui ainda ver todos, mas tenho deixado sábado e domingo para isso. A ideia de reformar essas quadras é uma coisa, melhorar é outra. Queremos melhorar o que tem, não necessariamente reformar. O interessante é que se utilizem os recursos dentro de um custo-benefício. Os recursos não podem ser desviados das prioridades do município, que são saúde, assistência social, segurança e defesa civil. Já fizemos muitas asneiras, construindo estádio país afora, cometemos muitos erros que, em Belo Horizonte, não vamos cometer. Um grande projeto pode ser realizado por meio de iniciativas incentivadas. Estivemos com o governador (Fernando Pimentel), e já fui pedindo um projeto para a Lei de Incentivo ao Esporte do Estado. Ele disse: “Projeto?”. Respondi: “Projetão”! Se me perguntar qual, ainda não sei. Mas é aí que vem o apoio dos clubes, da sociedade e de quem quer o bem social desta cidade. Não é só da prefeitura, mas tem que partir do comércio e da indústria.

A prefeitura não tem atribuições diretas para formar atletas de alto rendimento. Mas como pode contribuir?

Existe uma máxima que é “da quantidade que se tira a qualidade”. Não adianta a gente juntar aqui que não vamos ganhar. Mas, treinando, vamos melhorar o peso, diminuir a obesidade. Temos uma epidemia de obesidade na adolescência. Isso é falta de atividade física. A atividade física não é o esporte. Você pode não saber nenhum esporte, mas pode se beneficiar tanto quanto o outro que está fazendo esporte. E não podemos esquecer que o corpo humano não foi preparado para o esporte de alto rendimento. Fomos preparados para uma atividade física que nos permita desenvolver.

Como um profissional do esporte, você acredita que o Brasil perdeu uma oportunidade de crescer com os grandes eventos esportivos que recebeu?

Com o que se despendeu no Panamericano (2007) e nas Olimpíadas (2016), o Brasil se tornaria uma potência mundial do esporte. Algumas coisas começam a surgir agora, mas quem convive já sabe há 40 anos: nos preocupamos com a cobertura belíssima, só que, embaixo, não tem nada. Agora, as coisas começam a estourar. As confederações estão sem recursos, e aparecem todas essas irregularidades. Como atleta, briguei para mudar. Mudamos e pioramos. A partir de uma determinada época, nunca faltou recurso para o esporte no Brasil.

Por que foi mal gerido?

Foi colocado não para o desenvolvimento do esporte, mas para a cobertura. Não podemos admitir que o vôlei, em um país de 200 milhões habitantes, tenha apenas 12 equipes masculinas e 12 femininas. Existe o voleibol “no” Brasil e “do” Brasil. O voleibol do Brasil, desde os anos 80, está entre os melhores do mundo. O voleibol no Brasil, absolutamente, não está entre os melhores.

E o que é preciso fazer?

Temos que prestar atenção no desenvolvimento do esporte de maneira geral, com a seleção de alguns e o desenvolvimento de alguns poucos.

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

http://www.otempo.com.br/superfc/kalil-foi-claro-sobre-a-minha-fun%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-o-social-bebeto-1.1423450


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Comentários:
28
  • Carlos Almeida disse:

    Na sua 1ª passagem pelo Atlético fez um excelente trabalho com o Kalil, então presidente do Conselho, mas que tbm atuava diretamente no futebol.

    Se a parceria tivesse continuado, o Atlético teria “vingado” literalmente, já naquela época.

    Sem dúvida um grande profissional, sério e competentíssimo!

  • Renato César disse:

    Finalmente uma especulação de camisa 10 no Galo. Jádson atenderia às nossas necessidades. Sendo o único comentado até agora, vou considerá-lo, mas poderia ser outro deste nível ou superior.

    Também estão falando em 03 volantes “na pauta”: Elias, Lucas Leiva e um argentino. Elias para mim seria a última opção. Principalmente se o argentino for Fernando Gago. O gringo e o Lucas jogam de primeiro volante e carregam enorme bagagem.

    O time principal, com estes opções, então ficaria: Victor; Marcos Rocha, Felipe Santana, Erazo, Fábio Santos; Lucas Leiva (Fernando Gago), Rafael Carioca; Luan, Jádson, Pratto; Fred. Time alternativo: Giovanni; Carlos César (Patric), Gabriel, Leo Silva, Danilo (Leonan); Roger Bernardo, Lucas Cândido; Maicosuel (Hyuri), Otero, Cazares (Clayton); Rafael Moura.

    Fechando as duas contratações neste nível, acho que o time ficaria forte demais e muito consistente.

    • Renato César disse:

      Veja só, até esqueci de colocar o Robinho neste time!

      Para mim, entraria como opção do time principal, na vaga do Pratto. Seria bom também fazer alguns jogos pelo Mineiro, para manter a média alta de gols e assistências.

      O time principal, com estes opções, então ficaria: Victor; Marcos Rocha, Felipe Santana, Erazo, Fábio Santos; Lucas Leiva (Fernando Gago), Rafael Carioca; Luan, Jadson, Pratto (Robinho); Fred.

      Time alternativo: Giovanni; Carlos César (Patric), Gabriel, Leo Silva, Danilo (Leonan); Roger Bernardo, Lucas Cândido; Maicosuel (Hyuri), Otero, Cazares (Clayton); Rafael Moura.

  • Renato César disse:

    Daqui a pouco alguém questiona se o seu IPTU está bancando lanche de mais uma entrevista de Secretário da PBH.

    Parabéns, Bebeto de Freitas! Que esta equipe montada pelo Kalil desenvolva um excelente trabalho à frente da PBH porque tem potencial para isto.

    • Alex disse:

      …Renato, essa foi boa………kkkk…..acho que o nosso amigo se assustou com a repercussão da asneiras que ele escreveu sobre o IPTU e deu uma sumida….kkkkk….acho que ele vai pensar 2 vezes antes de reclamar do cafezinho….kkkkkkkkkkkkk

  • Jorge moreira disse:

    Começo a me arrepender de ter votado no Kalil, ca..lho, ele esta
    fazendo a sua antiga panela lá do Galo ,futebol é futebol, politica
    é outra coisa,ja não chega os seus amigos lá do Galo e agora ele
    chama o Bebeto, porque o que este sr, conhece de BH a não ser
    ter sempre morado na zona sul aqui da capital, desculpem mas ele
    tem que rever os seus conceitos, a prefeitura é lugar de gente que conheça a cidade e seus
    problemas

  • J.B.CRUZ disse:

    Bebeto de Freitas é daquelas pessoas que nascem com a estrela de liderança..Sua figura passa confiança no que ele faz…Boa Sorte em sua nova função..

  • Tonho ( Mineiro ) disse:

    Mudando de assunto , acho que nao, falar de BH hoje e falar do Galo e a mesma coisa fica a dica, vi hoje um video ( 2 videos videos ) de um documentário 1980 da BBC de Londres sobre o Rei, muito bom tem ate jogo do título do Galo contra aquele time de mierda. Ta no Youtube dividido em 2

  • Marcão de Varginha disse:

    Feliz aniversário, Bebeto!
    – #benecyeternomito

  • Raul Otávio da Silva Pereira disse:

    É uma boa aposta. Pode dar certo.

  • José Eduardo Barata disse:

    Prezado Secretário Bebeto de Feitas , muito prazer .
    Você falou em visitar os equipamentos da prefeitura
    aos sábados e domingos .
    Pois bem .
    Saiba que a Escola Municipal Padre Massote , antigo
    Colégio das Palmeiras , fundado em 1964 , divide o
    muro com uma área de 15.000 metros quadrados que
    foi desapropriada pela prefeitura para abrigar um centro
    de convivência para a comunidade .
    Arborizada ( inclusive com vários pés de pequi ,iguaria
    mineira ) , com quatro casas plenamente habitáveis, um
    campo de futebol society , uma piscina semi-olímpica com
    totais condições de uso , vestiários , churrasqueira e toda
    estrutura mínima de lazer , enfim , lugar perfeito para que
    se pudesse estender as atividades escolares e propiciar
    aos alunos e à comunidade a prática de esportes e de um
    saudável convívio social .
    Quando da entrega “das chaves” ao então prefeito Lacerda,
    duas ou três entidades sociais sediadas na região que lá
    estiveram se posicionaram favoráveis à “adoção” da área ,
    comprometendo-se a mantê-la e criando um ambiente que
    fosse um reduto de paz e tranquilidade para os moradores
    locais , SEM CUSTO PARA O MUNICÍPIO .
    NINGUÉM FOI OUVIDO . NINGUÉM FOI CHAMADO para
    que se estudasse uma proposta .
    Hoje , senhor secretário , se você quiser visitar o local ,
    esteja preparado para encontrar uma área degradada ,
    com tudo saqueado , depredado , um LIXO .
    Esse é o modelo de política que temos em nosso país .
    Quando da entrega do imóvel pelos antigos donos o
    que mais se viu por lá foram políticos sorrindo , abraços
    e promessas .
    Hoje ….
    Fica a minha contribuição .

  • thiago disse:

    E difícil fazer política pública sem recursos. Por mais que a criatividade seja uma válvula de escape o repasse ainda e insuficiente. A saída e chamar a iniciativa privada pra parceria como está fazendo o prefeito de São Paulo. João Doria pode e deve ser um fonte de consulta de qualquer prefeito, aproveitar desse os bons modelos que está sendo criado.
    E para aqueles que só enxergam ideologias políticas, ontem ouvi na jovem pan que ele vai se reunir uma vez por mês com os ex prefeitos outros projetos pra integrar vários modelos de gestão aplicados a áreas específicas, ou seja, ele vai diminuir a politicagem os departamentos e secretarias.

    • ita disse:

      Parceria público-privada como no mineirão? Onde a população perdeu uma importante praça pública de lazer?

      Como é bom ser tucano nesse país, a mídia já te alça a grande estadista sem nem mesmo governar.

      • Carlos Almeida disse:

        Parcerias boas pro sr deve ser as do pt… dinheiro público com empreiteiras, ditaduras e republiquetas.
        Tudo mto lícito e rentável para os cofres públicos, não é?

        A propósito, o que o sr tem a dizer dos 300 milhões que o “mineiros” Dilma e Pimentel tiraram do nosso Estado? Tá fazendo alguma falta?
        http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2012/09/19/interna_politica,318300/dilma-veta-r-300-milhoes-em-royalties-para-minas.shtml

      • Carlos Almeida disse:

        O que tem a ver a ppp com a tal área de lazer no Mineirão?

        O dinheiro público pagou 97% dos estádios da Copa e o sr queria ainda mais?

        Um prejuízo que será pago por gerações.

        Se estádios como o Mineirão e o Maracanã são deficitários, o que dizer então dos elefantes brancos de Brasília e Manaus?

        • ita disse:

          Estou falando do entorno do Mineirão q era usado por inúmeras pessoas para os mais variados fins, até a cerca privatizadora acabar com a brincadeira.

          • ita disse:

            Perdemos a área de lazer e o Estado ainda é obrigado a pagar o lucro garantido em contrato para o consórcio, colocando-o na cômoda situação de não precisar fazer nada para garantir o seu.

            E tem gente q ainda defende isso.

          • Carlos Almeida disse:

            Vc garante que estádios inteiramente feitos com verbas públicas como o Mané Garrincha, Arena Amazônia, Arena Pantanal e etc. tem a tal área de lazer aberta ao público?

            E essa área de lazer por si só justificaria a gastança de recursos unicamente oriundos dos cofres públicos?

            Vc sabia que qdo um governo PEDE pra sediar a Copa ele se compromete a entregar estádios com o formato da entidade organizadora, onde é exigido em estádios para 60 mil torcedores ao menos 10 mil vagas para carros e 500 para ônibus?

      • Alex disse:

        …Ita, vc é gente boa….pena que essa sua mágoa com a Tucanalha te atrapalha….vc perde a isenção por causa da idolatria …uma pena!!!…sei que vc poderia contribuir muito para a melhoria do nosso país, tem boas ideias mas acabou refém de um partido, de um sistema arcaico, autoritário e corrupto de se fazer política….por isso eu gostaria de ver o fim de PT, PSDB , PMDB e outras mercadorias…..sonho em um tempo em que o voto passe a ser entregue a pessoas de bem , não as siglas partidárias….enquanto existir essa “GUERRA DE VAIDADES” e essa sede de poder que move esses partidos, ficaremos a mercê de grupinhos , pra não dizer quadrilhas disfarçadas de partido….um abraço amigo….

        • ita disse:

          Vc é tão refém do fascismo anti petista da grande mídia corporativistas q nem consegue ver a contradição da sua fala. Não é a primeira vez q falo exclusivamente do PSDB e a relação com a mídia e vc fica incomodado.

          • Carlos Almeida disse:

            Histeria é quem a cada 3 comentários sobre futebol aparece no mínimo em 2 choramingando “golpe e fascismo”.

            É uma piada sem graça… mas não deixa de ser piada…

          • Carlos Almeida disse:

            O sr. chama participantes que não rezam a cartilha petralha de “fascistas” sem fazer a mínima ideia do real significado da palavra e vem dizer está sendo agredido qdo lhe aconselham ir se tratar?

            Isso só reforça ainda mais essa percepção…

            É tanta alienação, que nada do que fala passa perto da realidade.

            As notícias estão aí todos os dias pra quem quer ouvir, as delações com envolvimento de políticos de vários partidos, mas a grande maioria petistas ou partidos que sustentavam o governo mais infame da história do Brasil.

            A grande diferença é que não se vê manifestações e defesas de corrupto do PSDB e do PMDB.

          • ita disse:

            Aprenda a debater sem partir pra agressão, se a idade e a humildade permitir.

            Piada é a histeria golpista, caladinha agora em meio a tantas pedaladas, prevaricacões, delatados, etc

          • Carlos Almeida disse:

            Velho, se trata…

            De cada 3 comentários seus sobre FUTEBOL, em pelo menos um vc fala golpe e fascismo…

            Já virou piada…

        • José Eduardo Barata disse:

          Alex , você brilhou neste comentário .