O Cruzeiro colhe a cada jogo o resultado do trabalho iniciado pelo Mano Menezes ano passado. Primeiro, arrumou o sistema defensivo, que era uma verdadeira peneira, com a chegada de jogadores de qualidade, armou o meio e amais recentemente o ataque, principalmente com a presença do Thiago Neves.
Mas, o que mais me impressionou nessa classificação do time o tratamento dado pelos companheiros da imprensa de São Paulo à situação: parecia que o classificado foi o time paulista, tamanha a força que eles deram e continuam dando ao Rogério Ceni, que tenta viabilizar a carreira dele de treinador. Falou aquela bobagem após a derrota de 2 a 0 no Morumbi (“… o que fez o Cruzeiro para merecer essa vitória?…”), se esquecendo que teria de jogar em Belo Horizonte e que teria a oportunidade de fazer o mesmo, se quisesse se classificar para a sequência da Copa do Brasil. E não conseguiu!
Jogo muito bom, porém conduzido pelo Cruzeiro, do jeito que precisava. Tomou a pressão que era prevista, sem se arriscar demais, já que não havia necessidade. Tomou gol logo de cara, empatou e ganhou mais gordura pra queimar. Tomou o segundo, segurou o placar que lhe interessava e segue na competição, enquanto o Rogério Ceni foi embora, preocupado em não ser eliminado do Campeonato Paulista também, já que precisará vencer o Corinthians. Deveria ligar para o Ney Franco, treinador que ele derrubou como jogador, e dizer que agora ele sabe o quanto é difícil ser um técnico de futebol em clube da prateleira de cima.
A propósito, o Corinthians foi eliminado pelo Inter, nos pênaltis, e um colega da imprensa paulista, muito bom por sinal, escreveu depois da rodada:
“Rogério Ceni se fortalece e Carille se enfraquece na queda de Corinthians e São Paulo…”
Aguardermos!
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