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De molho há sete meses e aguardando uma boa proposta, Marcelo Oliveira conta como montou o time vitorioso do Cruzeiro e o que deu errado no Atlético

Foi numa longa entrevista em ótimo trabalho da turma do Superesportes. Através dela é possível entender várias situações tanto do Galo quanto do Cruzeiro, apesar de o Marcelo se utilizar de muitas mensagens cifradas e não descer do muro para responder de forma mais objetiva e corajosa a várias questões. Vale a pena conferir:

* “Marcelo Oliveira abre o jogo: Atlético, Cruzeiro, críticas, feitos, polêmicas e futuro”

Em conversa com o Estado de Minas/Superesportes, técnico fala sobre vários assuntos polêmicos e revela sua pretensão profissional para o futuro

Roger Dias /Estado de Minas Bruno Furtado /Superesportes Renan Damasceno /Estado de Minas

Com dois títulos brasileiros pelo Cruzeiro e uma Copa do Brasil pelo Palmeiras, o técnico Marcelo Oliveira entrou para a galeria dos técnicos mais vencedores do país recentemente. Apesar disso, o mineiro de 62 anos está longe do futebol há sete meses, desde que foi dispensado pelo Atlético antes da finalíssima da Copa do Brasil, contra o Grêmio. Nesse período, teve propostas de clubes, mas não aceitou. Ele não descarta investir no mercado alternativo (Oriente Médio, China ou Japão) ou mesmo voltar a trabalhar no país. “O técnico não se pode dar ao luxo de escolher mercados. Vou trabalhar em algo que me chame a atenção, desperte a chance de fazer algo produtivo”, afirma Marcelo, que revelou ter tido problemas com Dagoberto na Raposa, há três anos, e o afastou do grupo. O treinador também disse não ter mágoas pela demissão no Galo, clube do qual foi ídolo nos anos 1970 e 1980. Na entrevista ao Estado de Minas/Superesportes, o treinador fala sobre as ambições para a continuidade da carreira e conta sobre os bastidores do sucesso no Cruzeiro.

Como estão sendo estes sete meses acompanhando o futebol mais à distância? Como tem sido essa reciclagem e busca por novos conhecimentos?

Tudo o que você faz que pode agregar ao trabalho feito é importante. Uma das formas que penso de reciclar é avaliar o próprio trabalho. Fiz três reuniões com minha comissão técnica para discutir nossos últimos trabalhos, o que foi bom e deu muito certo e o que pode ser melhorado. Essa comissão trabalha comigo há seis anos, quando conquistamos muita coisa. É sempre possível agregar e melhorar o trabalho. Vejo e analiso muitos jogos, gosto também de ler. A princípio, tive o interesse de sair do país para fazer cursos. Mas, ou eu fazia um curso curto, que não aproveitasse tanto, seria mais para dizer que eu fiz, ou muito longo, que confrontaria com meus interesses no momento. Precisava de tempo com minha família, para ficar mais em casa e fazer coisas que não vinha fazendo. Esses seis anos foram intensos, com finais de Copa do Brasil, disputa de Brasileiro, campeonatos estaduais e Libertadores. Estava ausente de casa e precisava desse tempo. Mas não voltei por iniciativa própria, porque tive propostas que achei não ser interessantes no momento.

Qual será o Marcelo Oliveira que vai voltar ao mercado? Renovado, com novas visões, ideias, ou o mesmo que teve o auge?

Não terá diferenças substanciais, até porque esses seis últimos anos foram muito bons. Conquistamos seis títulos, fomos a seis finais de Copa do Brasil, sempre trabalhando na ponta com clubes diferentes, Coritiba, Cruzeiro, Palmeiras e finalmente o Atlético. Por tudo o que aconteceu, essa última passagem no Atlético criou uma expectativa imensa em todos para conquistar o título nacional, mas infelizmente não conseguimos por uma série de dificuldades. Mesmo assim, conseguimos o quarto lugar, que valia uma vaga na Libertadores, colocação que o Atlético não tem hoje. E também a decisão da Copa do Brasil. Claro que uma ou outra coisa a gente muda. A postura dos times que treinei sempre foi ofensiva, com times técnicos. Conseguimos isso bem no Coritiba, Cruzeiro e em algum momento no Palmeiras. O time jogava muito para a frente, sendo um dos melhores ataques do país. Em relação à postura profissional, vou seguir sendo honesto, correto, leal, intenso e tratando os jogadores com muito respeito e criando bons ambientes, porque isso é um fator básico para chegar às conquistas.

Depois do trabalho no Palmeiras, a mídia passou a criticá-lo duramente em relação ao esquema tático previsível, à proposta de jogo sempre igual, aos chutões e cruzamentos. Isso te atrapalhou no Atlético e na sua recolocação no mercado?

Seria pouco inteligente da minha parte se eu mudasse a postura em relação aos meus dois trabalhos anteriores. No Coritiba, foram dois anos com um dos melhores ataques do Brasil, jogando com toques, rapidez e envolvimento, sendo um time altamente ofensivo. Tanto é que goleamos todos os clubes que foram a Curitiba nos enfrentar. Posteriormente, no Cruzeiro, éramos considerados um time que atacava muito, que mais finalizava, conquistando título brasileiro de forma antecipada. Então, por que eu mudaria minha postura? Será que enjoei de ser um técnico que faz o time jogar e gosta do futebol bem jogado? Claro que não. Não foi possível fazer da mesma forma, pela característica dos jogadores e pelo número de contusões no Palmeiras e no Atlético. Isso atrapalha muito o trabalho. Nunca você tem a mesma escalação frequente, que gera um entrosamento maior. As críticas têm sido assim mesmo. Não tenho interesse e tempo para ver todas. Não sei se eu tenho debatido com um ou outro comentarista, falado de alguma coisa que não soou bem, que foi assumido ou absorvido por outros colegas. Os trabalhos foram normais. Ninguém consegue resultados em sete meses, num grupo que você não montou, o que é importante. Por isso, os técnicos europeus têm uma cota para investir e buscam os jogadores que querem para montar um grupo e um time. No Brasil, ficamos pouco tempo, rodamos em clubes sem montar elenco, sem escolher faixa etária, característica técnica e física. Tudo isso implica para se conseguir um bom trabalho. Tive quatro propostas de fato e uma especulação. Internacional, São Paulo e Santos especularam meu nome, o que não se concretizou. Também deixei de trabalhar por vontade própria. Não sei o que isso pode significar na avaliação dos dirigentes, que trabalham muito com opinião de imprensa e rede social. De repente, num projeto bom, vou ter condição de mostrar tudo o que fizemos.

Você não tem perfil autoritário. Ser um técnico educado, que conversa, é algo difícil de conciliar no futebol e gera perda de comando?

A característica do treinador é a maior qualidade quando os resultados aparecem. E é o maior defeito quando derrotas acontecem. É a cultura do Brasil. Então, o Marcelo Oliveira, com dois títulos nacionais, é equilibrado, respeita imprensa e torcedor. E o Marcelo, que não fez bom trabalho no Atlético, é muito equilibrado, mas deveria bater de frente e dar soco na mesa. O Felipão foi extraordinário na Copa do Mundo de 2002, criou a família Scolari, mas gritava e cobrava muito. Era incrível. Depois, com as derrotas, ele era estressado. Isso incomoda um pouco. Não sou ator. Poderia fazer diferente, mas sou como sou. Tive um técnico durante cinco anos que foi referência, o Telê Santana, que era correto, honesto e cobrava dos jogadores. Nunca tive problema com jogador, a não ser um ou outro problema de indisciplina que tive de afastar.

MAOS

Você é o único técnico mineiro a ser bicampeão brasileiro. Isso o coloca em outro patamar na história do Cruzeiro, mesmo sendo ligado ao rival Atlético?

Eu me senti privilegiado por ter chegado com certa resistência no início, pela minha história com o Atlético, e depois ter dado tão certo. E não deu tão certo apenas pela figura do técnico. Foi um conjunto que atuou junto, atletas, diretoria e comissão. É uma honra receber o carinho do torcedor, tanto do Cruzeiro, quanto do Atlético. Isso é difícil num estado com dois clubes de tanta rivalidade. No Brasil, se um clube disputa as primeiras colocações e depois fica fora da Libertadores acaba se transformando numa frustração. Se um técnico disputa as últimas colocações e consegue se livrar do rebaixamento, é um trabalho extraordinário. Os valores são distorcidos. Conquistar dois títulos nacionais e estar marcado na história do Cruzeiro é muito importante.

A dificuldade de gerir um grupo com 30 jogadores é maior que montar um bom time?

As duas situações são difíceis e cabe ao treinador administrá-las. Gestão de grupo é difícil, porque o jogador brasileiro tem dificuldade de lidar com titularidade e suplência. Quando ele vai para a Europa, e todos dizem que é um sonho, ele fica no banco, sai, eventualmente não é convocado ou joga várias partidas. Tudo isso é normal. No Brasil, por mais que a gente conscientize que é um grupo e precisará de todos, alguns ainda se rebelam e criam uma situação ou outra. O jogador hoje é muito protegido pela Lei Pelé, mas nunca tive a intenção de prejudicar ou afastar ninguém. É muito fácil para um técnico colocar um jogador para treinar separado. Mas poucas vezes tive essa atitude para não prejudicar ninguém, até porque fui jogador. Um jogador precisa de mobilização. Você ganha dois jogos e vai atuar contra uma terceira de menor expressão e ele, inconscientemente, se sente confortável, e as coisas não dão certo. Por isso as equipes às vezes atuam em grandes jogos e deixam de jogar em partidas de menor importância. Não é um trabalho só do técnico, é de toda a comissão. Quando há uma diretoria que participa desse processo, é melhor ainda.

Você sentiu a falta de um diretor presente no dia a dia no Atlético?

Em relação às decisões referentes ao time, não. Mas nas decisões gerais, acredito que fez falta. Não era um diretor comum. O Maluf era um profissional experiente, ativo, que estava no dia a dia. Ele fez falta, porque todas as questões ficam muito em cima do técnico. Quando há um diretor mais presente como o Maluf, certamente se filtra muita coisa e o treinador fica empenhado na qualidade do trabalho e na escalação do time.

Você teve duas saídas do Atlético que te magoaram muito. Uma com o Alexandre Kalil e outra com o Daniel Nepomuceno, em meio a uma decisão de Copa do Brasil. Qual o seu sentimento em relação ao clube?

Em relação à demissão, não me decepcionei. Isso é corriqueiro no Brasil e está banalizado. Tem colegas de imprensa que apostam quem vai cair primeiro, brincando com profissionais muito sérios. Recentemente, vimos o Ney Franco saindo do Sport com 13 jogos e apenas um mês de trabalho, e tivemos o Vagner Mancini sair depois de reconstruir um elenco e o time da Chapecoense. Então, está banalizado e faz parte da cultura do futebol brasileiro. No Atlético, não esperava sair da forma que saí, entre um jogo e outro de uma final que chegamos. Na véspera daquele jogo contra o Grêmio, conversando com o presidente, estávamos lembrando de nomes que poderiam reforçar o time em 2017. Mostrei para ele as carências em relação à idade média do time, à zaga. Foi uma surpresa desagradável. Mas não tem mágoa nenhuma, porque sou respeitado pelos torcedores de Atlético e Cruzeiro. E as instituições são muito mais grandiosas do que as pessoas que passam por lá.

Você quer retomar a carreira só em clubes grandes ou admite dar um passo atrás e recomeçar numa equipe de menor expressão?

Esse um passo atrás é muito relativo. Trabalhei num clube que não tinha estrutura que tem um Coritiba, um Goiás, um Sport, que são times de tradição, mas não considerados os primeiros clubes que ganharão o Brasileiro. Trabalharia num projeto de pessoas sérias, já organizado e determinado, independentemente de ser um time grande ou não. Não sei se aceitaria agora, muito próximo do fim do ano. O ideal para um técnico é começar a temporada, formando o seu novo grupo. É fundamental.

Em 2013, você começou um trabalho do zero apostando em jogadores que ainda estavam por estourar no Brasil, casos de Éverton Ribeiro, Nílton e Ricardo Goulart. Por que aquele time deu liga?

Minha contratação ocorreu no fim do ano anterior. A minha comissão técnica se reuniu com o Valdir Barbosa, o Alexandre Mattos, o presidente Gilvan de Pinho Tavares e o Benecy Queiroz e abrimos o elenco que tínhamos, aquele com os quais podíamos contar e de que forma poderíamos modificar. Dei a sugestão de criar um grupo com atletas da base. Os meus auxiliares haviam visto bons jogadores na Taça São Paulo e demos sorte nisso também. Pelo menos cinco deles excepcionais como pessoa e atleta subiram para o time de cima. Buscamos no mercado atletas que se destacaram em clubes de menor expressão e jogadores mais experientes. Alguns já estavam no clube. Foi fundamental começar o trabalho a partir do elenco que tínhamos. No Brasil, poucas vezes se faz isso: um elenco com boa qualidade, um número bom com repertórios diferentes, um lateral que apoia mais, um lateral mais marcador, volantes que saem mais, que marcam mais, jogadores mais técnicos e de velocidade. Felizmente, deu certo.

Como foi a montagem do grupo?

Cheguei com uma lista que havia trabalhado e outros jogadores por meio de observação dos jogos das Séries A e B, e um aspecto pontual foi a questão do Éverton Ribeiro. Iinsisti muito para que este jogador viesse. No dia que estavam reunidos, lembro que o Alexandre ligou para mim dizendo que o Cruzeiro estava pagando R$ 4,5 milhões e me perguntou: “Você acha que ele vai aguentar a camisa do Cruzeiro?”. Eu disse que poderia trazer e que tinha total confiança. Ele deu muito certo, foi um ídolo do clube. Recentemente, o Cruzeiro tentou trazê-lo de volta. Muitos nomes foram sugeridos pelo Alexandre Mattos, como o próprio Goulart, que estava nas duas listas. O Egídio também. Isso foi bom, porque mostra o sentido de observação para os dois lados.

Qual foi a importância e a sintonia com o Alexandre Mattos?

A relação foi extremante saudável e produtiva. A combinação foi boa. É ruim quando um trabalho vai bem e a vaidade aflora. Não aconteceu isso por parte dele ou da comissão técnica. Ele foi importante, porque em algum momento o técnico tem que sair um pouco de uma situação de grupo e entra a figura do dirigente, mostrando sua autoridade. Nesses dois anos e meio de Cruzeiro, tivemos pouquíssimas situações de indisciplinas e problemas mais sérios. O ambiente era bom e a possibilidade de vitórias e conquistas é maior.

Antes de ir para o Atlético, em meados de 2016, o Cruzeiro o procurou e fez uma proposta para retornar, um ano após sua demissão. Você disse que tinha uma proposta de fora e não aceitou. Dias depois, acertou com o Atlético, gerando uma suspeita de que havia um acordo. Você se arrepende de ter tomado essa decisão?

Se gerou alguma suspeita errada, não deveria ter gerado. Comecei há 15 anos e nunca tive nada que desabonasse minha carreira como atleta ou treinador. Nunca me envolvi em nada ilícito. Quando o Cruzeiro me chamou, eu tinha uma conversa bem adiantada para ir para a China, com situação financeira boa e experiência nova. E eu sustentei aquilo. Posteriormente, essas pessoas que estavam negociando me disseram que o negócio estava encaminhado, mas que eles demoram, que não resolvem rapidamente e que era para segurar. Depois veio a proposta do Atlético. Não tinha nada. Não teria problema para falar se tivesse algo.

No Cruzeiro, a diretoria chegou a dizer publicamente que você teve problema específico com dois jogadores. Um foi Dagoberto, que não quis enfrentar a Chapecoense?

Nem deveria entrar nisso, porque o jogador não está mais no Cruzeiro e eu falei para ele. Fomos campeões antecipados e, na semana do jogo contra a Chapecoense, defini que tiraríamos os jogadores mais desgastados e colocaria outros, caso do Dagoberto, que sempre entrava bem, mas não atuava constantemente. Ele disse no departamento médico que estava de férias e que não jogaria mais. Achei aquilo desrespeitoso com o clube e não o levei para jogar contra o Fluminense. Posteriormente, na renovação do contrato, achei que não deveria contar com o jogador. Nunca batemos boca, mas achei que não foi profissional da parte dele, principalmente por ter falado para outras pessoas. Se ele me procurasse, teríamos resolvido de outra forma. Foi uma pena, porque ele estava bem entrosado e todos gostavam dele. Esse foi o episódio que mais me deixou chateado. Não querer jogar, estando bem e alegar uma contusão inexistente foi algo que acabou rompendo a relação.

Na sua saída, o Rafael Carioca, do Atlético, deu uma entrevista dizendo que, a partir daquele momento, as coisas iam mudar no clube. Fez uma crítica dura ao seu trabalho. Como vê isso?

Eu o coloquei no banco, porque achei que deveria colocar dois jogadores com maior poder de marcação. O Atlético tinha Robinho, Fred e Cazares que não marcavam tanto. É natural que um jogador que está acostumado a atuar e não está jogando fale algo nesse sentido. Espero que este ano, organizado, o Atlético possa ter resultados melhores.

Qual é sua ambição na carreira? Toparia encarar outra função no futebol?

Nunca pensei em outra atividade, embora tenha acumulado experiência no futebol em 15 anos no campo, trabalhando com grandes técnicos e quase 15 anos também como técnico. A minha ambição é fazer do próximo trabalho o melhor possível, bem organizado, com ambiente saudável e que gere conquistas. Não traço planos muito longos, e torço para que eles vão bem e não possam ser interrompidos. Tive oportunidade de sair do Cruzeiro e do Coritiba de forma antecipada e o não fiz. Infelizmente, o técnico é demitido na maioria das vezes.

Você pensa em dar um tempo e não trabalhar no Cruzeiro ou no Atlético neste momento? Pensa em outros mercados, objetivos?

O técnico não se pode dar ao luxo de escolher mercados. Vou trabalhar em algo que me chame a atenção, desperte a chance de fazer algo produtivo. Fui sondado por alguns clubes e alguns eu não queria assumir no momento. Em outros, não daria para fazer bom trabalho. No Sport, fiquei revoltado, porque havia a questão da demissão do Ney Franco e não aceitei por causa disso. Estou aberto a ouvir, analisar e se achar que é bem legal, a gente vai aceitar.

Os técnicos brasileiros sempre tiveram mercado no Oriente Médio, no Japão e mais recentemente na China. São praças que te interessam?

Eu iria, porque seria uma experiência nova. Trabalhar em mercados mais desconhecidos, de que forma agiríamos para impor nosso trabalho e conquistar coisas importantes. No Brasil, dificilmente essa cultura de valorização dos profissionais mudará em tempo curto. A não ser que nós, a classe de treinadores, se una mais. Já existe uma mobilização para isso. A média é de troca a quatro meses e assim fica impossível fazer um trabalho. A não ser que o trabalho gere resultados para que o contrato seja cumprido.

Rogério Ceni, maior ídolo do São Paulo, deixou o clube depois de apenas seis meses. Que análise você faz dessa experiência e da atitude da diretoria do clube?

Lamentei, mas ao mesmo tempo acho que ele poderia ter feito estágios antes de comandar o São Paulo. Poderia dar certo? Poderia. Ele é respeitado, é inteligente e se expressa bem, além de ter respaldo da diretoria e da torcida. Mas infelizmente isso não aconteceu, porque não houve a paciência necessária. A partir do momento que se tomou a decisão de o Rogério Ceni iniciar o trabalho numa grande equipe como o São Paulo, era preciso sustentar o trabalho e o contrato, até porque não poderia ser uma coisa imediata. É lamentável, mas corriqueiro e é assim que funciona.

Vários técnicos da nova geração, que chegaram ao auge no cenário nacional ficaram esquecidos. Teme que isso aconteça com você pelas críticas recentes?

Fui auxiliar fixo do Atlético durante um tempo e trabalhei com o Tite, que foi dispensado quando o time não estava em boa situação. Mas o trabalho foi bom. A experiência foi importante. É uma coisa que acontece com todos. Alguns técnicos valorizados hoje, como o Fábio Carille e o Jair Ventura, passam pela base, fazem ótimos trabalhos e nenhum tem um grupo excepcional como talvez sejam os de Palmeiras e Flamengo. Ambos têm um time consistente, mas serão questionados quando suas equipes tiverem oscilações. E tomara que possam lidar bem com essas situações. Em algum momento, fui criticado no Cruzeiro porque o time ganhou por 1 a 0, empatou um jogo difícil por 1 a 1, porque se acostumou a goleadas. Não dá para temer nada. Não temo nada. Não temo trabalhar num grande clube ou trabalhar num clube de menor expressão. Temos não ter saúde para trabalhar.

Como tem sido a relação com os torcedores de Cruzeiro e Atlético nesse período fora do futebol?

Vou em todos os lugares. A minha vida é absolutamente normal. Faço compras, vou ao mercado, vou ao banco e me sinto orgulhoso de ser cumprimentado sempre e fazer fotos. Recebo muitas palavras de apoio do cruzeirense e do atleticano. Em nenhum momento, alguém veio com palavras agressivas. Isso já é uma recompensa, uma gratificação imensa para um profissional.

Hoje há uma valorização exagerada de jogadores jovens, que ainda não foram devidamente preparados, como o Vinícius Júnior (Flamengo) e o David Neres e o Luiz Araújo (São Paulo). É um risco para o futebol?

Eu vejo lamentando muito, com muita tristeza. É um dos problemas sérios do nosso futebol. Não formamos tantos excepcionais jogadores, como nos anos anteriores. Mas ainda se formam grandes jogadores na base. Infelizmente, quando eles se destacam, acabam saindo e desmancham os grandes times. Imagina o Cruzeiro mantendo o terceiro ano com o mesmo time de 2014? Certamente poderia ter um sucesso grande, porque o time já era entrosado e conhecido por todos. Os destaques são vendidos, mas talvez não seja culpa apenas de dirigentes ou treinadores. O jogador quer sair para ganhar mais, o empresário quer receber sua parte, o clube tem suas obrigações de ganhar dinheiro. Assim, o Brasil perde seus principais valores desde cedo. Em contrapartida, aqueles que não encontram mercado lá fora voltam para cá. Infelizmente, nosso campeonato não inclui os melhores jogadores.

Qual a crítica que mais te doeu?

Não tenho problemas com críticas. Não tenho que avaliar o que as pessoas falam. O que me incomoda são as inverdades. Alguém de São Paulo [o comentarista e ex-jogador Edmundo] falou que eu era preguiçoso. Não quis ficar debatendo. Como pode um técnico preguiçoso trabalhar no Coritiba e depois ter duas propostas para voltar? Um técnico que trabalhou no Cruzeiro e ter proposta no ano passado? Trabalhei no Atlético 10 anos e tive proposta para voltar, tanto é que trabalhei novamente. Tem a crítica construtiva, que é técnica e tem fundamento. Mas tem a crítica que é bairrismo, de aqueles que estão com a camisa por baixo, e tem a de interesse pessoal.

A rede social destrói um trabalho?

Com o advento da internet, qualquer pessoa pode postar o que quiser. Na verdade, pode. Mas depende da postura dos profissionais. Pode dizer que exista dirigentes que acompanham muito a rede social e ele encontrará de tudo ali. Cabe a cada um avaliar o que achar melhor.

http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/interior/2017/07/09/noticia_interior,413566/marcelo-oliveira-abre-o-jogo-atletico-cruzeiro-criticas-e-polemicas.shtml


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Comentários:
63
  • Paulo F disse:

    Eu fico abismado com o tanto de gente defendendo a formação com três volantes. Acho que eu não entendo nada de futebol. Essa formação só deveria ser utilizada fora de casa contra grandes times que não irão ficar se defendendo, só serve contra times ofensivos e jogos duríssimos…
    Perdemos MUITO na criação. Elias é volante SIM! Perguntem pra ele!!! Sempre foi volante!!! Papel de volante não é fazer gol, ele faz pois aparece as vezes como elemento surpresa, mas não é sua função no time. Agora, não dá pra jogar com dois volantes quando o outro é o Carioca, precisa de um companheiro pegador como Adilson.
    Contra o Santos provavelmente teremos bastante dificuldade na criação, caso entrem os três volantes…especialmente com Yago (como é ruim).

  • Osmar Viana Andrade disse:

    Esse Marcelo é um mau agradecido! Apesar de ter sido projetado para o futebol no Galo, só vivia falando mal do Atlético. Alexandre Lallil é que sempre esteve certo de não dar oportunidade para esse chato.

  • Silvio T disse:

    Santos 4×0 – Sport 4×2 – Corinthians 3×0 – Sao Paulo 4×2, tudo na reta decisiva do brasileiro 2016. Prá não falar no passeio do Grêmio na final da Copa do Brasil: 3×1. Deus me livre e guarde de Marcelo Oliveira!

  • Regi.Galo/BH disse:

    Meus caros,
    Fiquei meio atordoado lendo a entrevista do Mário Celso Petraglia, presidente do Furacão, concedida à coluna do Mauro Cezar da ESPN.
    Reparem neste trecho aqui:

    “E para a vaga do Autuori?
    – Se o Paulo não voltar vamos procurar outro, queremos um “Alex Ferguson”. Acho muito difícil o Paulo voltar, mas a esperança é a última que morre.
    Qual o perfil do novo técnico que procuram?
    – Moderno, adequado e com participação coletiva de todas as áreas que envolvem o futebol. Aqui no Atlético Paranaense, o modelo de jogo, o sistema tático e técnico são definidos pelo clube, não pelo treinador.
    É difícil?
    – Eles (técnicos) não aceitam, a atuação é personalista, pela sua forma de pensar. Não é institucional, mas pessoal. O Paulo viu a dificuldade de realizar a mudança que o CAP pretende fazer, ele acha muito radical.”

    Uai!!!? Até eu acho muito radical isso.
    Será que alguém acharia normal e aceitaria numa boa???

    Link da entrevista completa:
    http://espn.uol.com.br/post/709636_atletico-diz-que-nao-demitiu-eduardo-baptista-por-causa-de-resultados

  • Leandro Fábricio disse:

    Pra quem achou linda a declaração idiota do marcos rocha expondo companheiro de clube frente a imprensa… fred deu uma declaração jogando uma “indireta” pro marcos rocha viu…

    gente gente… aquele tipo de declaração tumultua ambiente… espero que não vá pra frente…mas se o atlético nessa quarta não conseguir vencer o santos ou perder a partida podem ter certeza que a imprensa vai levantar essa questão… marcos rocha jogou carniça pra abutre…

    • Pedro Vítor disse:

      É acho que tem os dois lados né Leandro, tem o lado que o time foi displicente, e foi mesmo, daí todo torcedor queria que o Rocha ou alguém soltasse isso em público, se fosse o técnico caíriam de pau nele, e tem o lado de que o time leva gol todo jogo, me lembro contra o Fluminense, o Rocha foi culpado pela derrota, então o que pega mesmo é a imprensa criando caso com isso, acho que tem que ser discutido mesmo.

      Eu também fiquei “p” da vida pela forma que o Galo cedeu o empate, era pra ter feito no mínimo tres gols ali, foram muitos erros!

      O que aliviou é que era jogo fora de casa, e que o time jogou bem lá no Rio, quando todo mundo dizia que o Bostafogo ia bater no Galo, aliás diziam isso de Cruzeiro, Botafogo e São Paulo, o que se viu foi outra coisa completamente diferente.

      Quanto ao Fred responder, isso é a pergunta da imprensa né, aí o cara responde também.

      Uma coisa ele disse: “Já engraxei a chuteira de todo mundo” ou seja, mais humildade de Casares, Robinho, nunca é demais, e vida que segue!

      • Leandro Fábricio disse:

        Pois é Pedro… é justamente a imprensa um dos maiores problemas nisso tudo junto com o ego dos jogadores que não aceitam esse tipo de “cornetagem” entre eles… por isso eu disse que marcos rocha jogou carniça pra abutre…

        esperamos que isso não vá pra frente para o bem do clube

    • Alex disse:

      …Leandro, a garapa já azedou…e tem gente que ainda apoia isso……..os caras não entendem que jogador de futebol são todos corporativistas…..não aceitam que alguém do grupo, os condene……

    • Igor Mendes disse:

      Eu sabia que a imprensa ia explorar a entrevista infantil do Rocha, que, aliás, a diretoria devia impedir o Rocha de dar entrevistas ao final das partidas. Ele também erra muito, só que nos microfones ele tira o dele da reta. Ele pode e deve sim expor seu pensamento, mas de preferência em âmbito interno.

      • Paulo Cesar disse:

        Prezado Igor Mendes, tenho a mesma percepção sua. Quantas vezes o Galo tomou gols nas costas do MR, por pura preguiça dele? Não se trata aqui de ataca-lo, mas refletir que seria mais um “sujo falando de um mal lavado…”.

        Entrevista infeliz, principalmente pelo beicinho que jogador já faz, mesmo que não se dê motivos. Dando motivos, então, o beicinho vai de BH a Belém do Pará…

        Odeio mi mi mi, e o combato desde sempre no blog. Mas roupa suja precisa ser lavada sempre. Mas dentro de casa. Tanto que Fred, outro malandro do futebol (no sentido de ser esperto), teoricamente beneficiado pela entrevista do Rocha, tratou de defender da boca para fora o mesmo Casares criticado veladamente por Rocha, e até Robinho. Mas, no privado, alguém duvida que Fred tenha detonado os dois?

  • Leandro Fábricio disse:

    Sem muitas delongas… pra mim marcelo oliveira foi sim injustiçado no atlético, foi boicotado também, como muitos aí disseram ele pegou o bonde andando, não pode fazer pré temporada, não pode escolher os jogadores com quem trabalhar lhe foi entregue a missão e falaram “cumpra-se” e na minha opinião ele cumpriu do jeito que podia e quase nos deu um titulo de relevancia…

    aí terminada a tempestade, eis que chega a hora de marcelo oliveira poder fazer um planejamento melhor para a temporada seguinte…. e o que lhe acontece??? O Daniel nepomuceno que não aguenta tapa na mesa puxa o tapete do marcelo oliveira o demitindo do cargo na minha opnião covardemente…

    só pelo fato de marcelo oliveira ter tido tato de enxergar que rafael carioca estava como sempre esteve enganando no atlético tendo o colocado no banco já merece toda a minha admiração e respeito

    • Carlos Almeida disse:

      Exato Leandro!

      Aquela declaração cínica do Carioca dps da demissão do Marcelo foi talvez a cena mais abjeta que eu me lembre ocorrida na Cidade do Galo.

  • Renato César disse:

    Victor; Marcos Rocha, Bremer, Gabriel, Fábio Santos; Roger Bernardo, Yago, Gustavo Blanco, Cazares, Valdívia; Rafael Moura. Time amanhã tem que ser este.

    • Alex disse:

      …ótimo time Renato….eu ó colocaria no lugar do Yago, o Adilson….o Yago tá muito bem , mas precisa de um descanso também….e por incrível que pareça, acho que o Marlone poderia entrar de titular também ……nos 2 últimos jogos de el, fez 2 gol….então, acho justo ele ter mais oportunidades…..não que eu ache que ele é bom, mas tá merecendo…..

      • Renato César disse:

        Yago está crescendo ofensivamente. Com uma sequência, ele vai marcar o gol dele e isto pode ser um divisor de águas na sua carreira. Adilson esteve bem, mas acho que fazendo a mesma função do Roger Bernardo. Jogo em casa, num primeiro momento, não carece de dois cabeças de área.

        Sobre o Marlone, sim ele entrou bem nas oportunidades que teve ambos são as opções para o descanso do Robinho. Mas eu acho o Valdívia mais próximo de um meia / ponta esquerda do que ele. Tem que colocar o cara para jogar e cobrar. Se não render, pode encostar.

      • Jorge moreira disse:

        Desculpe por discordar de voçê Alex mas dar descanço pra jogador de 20 anos pra mim é muito cedo nesta idade os jogadores devem estar voando e não descançando, ja que este jogador é muito novo

        • Alex disse:

          ….eu sei Jorge e vc term razão….mas é que todos precisam jogar e o Yago foi um dos que mais jogaram…..Renato, também quero ver o Valdívia jogar mais….e também vejo o ele mais com um ponta pela esquerda….no lugar do Robinho que já passou da hora de dar uma descansada….

    • Regi.Galo/BH disse:

      Caro Renato!
      Disse o Blanco que faria qualquer função jogando pelo meio.
      Se fizesse a armação pela meia direita seria ótimo.
      Estou muito curioso para vê-lo em campo.
      E deixar o Roger Bernardo no banco é covardia.
      Abraço!

      • Renato César disse:

        Acho que o Blanco pela direita, com Cazares mais centralizado e Valdívia pela esquerda, seria uma boa opção para este jogo.

        O Blanco começou na base como camisa 10. No início do profissional ele foi recuado para jogar como “um volante que arma” ou “um meia que marca”, sempre pelo lado direito. Assim ele inclusive foi um dos melhores em campo nos dois clássicos do campeonato Mineiro.

        Ele poderia ser usado no lugar do Elias. E o Valdívia na dele, no lugar do Robinho. Cazares mais solto no meio. Acho, inclusive, pelo nível de cobrança feito na última partida com a sua displicência, que a tendência é o Cazares ser disparado o melhor em campo. Se ele ficar de pirraça e resolver não jogar nada, vai ser encostado.

        • Regi.Galo/BH disse:

          Caro Renato,
          Estou nessa.
          Com a sua permissão… Não resisti!

          Alô Roger,
          Você entendeu ou precisa que desenhe???
          Vamo agitar, Galo!!!!!
          Abraço!

  • Carlos Henrique disse:

    Marcelo foi um grande jogador no atletico no Botafogo ecomo tecnico nao gosto
    fez um grande trabalho no Coritiba ate melhor que no cruzeiro.
    o queria no comando do Galo
    mas nao vingou, honesto bom carater, foi detonado em Sao paulo no Palmeiras
    o PROBLEMA DELE É QUE SEUS TIMES SAO MUITOS OFENSIVOS.
    E TIME HOJE TEM QUE SER EQUILIBRADO, OS TIMES DELE SAO EXCESSIVAMENTE OFENSIVOS
    CHUTAO PRA FRENTE,
    MAS TEM CURRICULO CHEGOU A FINAIS DE 4 COPAS DO Brasil
    2 campeonatos com o Cruzeiro, perdeu uma copa do Brasil para o Galo com o Cruzeiro
    precisa rever seus conceitos.
    Vejam o Corinthians, que so levou 5 gols no campeonato
    quero que alguem aqui do blog me informe por favor
    a altura do zagueiro Bremer
    Gabriel nao é tao alto, mas um ótimo zagueiro
    e queria saber a altura do Bremer
    nao que isso influa no futebol
    se fosse assim, Felipe Santana estaria na seleçao.

  • James Neres disse:

    Para mim um injustiçado no futebol, com ele o craque aparece, o time chega junto em todas as competições, foi 5 vezes consecutivas finalista da CB, até o Renan Oliveira jogou bem com ele. Em sua passagem pelo Atlético pecou pelo fraco sistema defensivo, porém o ataque funcionava, um dos mais efetivos do ano ! O time do Roger é fraco tanto na defesa quanto no ataque, e todos o elogiam assim mesmo, vai entender..

  • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

    Caro Chico Maia,

    Aproveitando a boa sequência de posts e por consequência de bons comentários da maioria dos participantes, aproveito para lembrá-lo que já passou da hora de outro “chá com torradas” com o pessoal do Blog hein ?? Lá se vão 05 anos desde o último encontro…. Depois disso o Blog teve a adesão de muita gente nova. Então, acho que poderíamos tentar organizar alguma coisa… Como eu trabalho com Turismo, posso até tentar conseguir alguma cortesia de Hotel pra sortearmos entre os presentes lá no dia do encontro.

    Agora, como sei que suas ocupações aumentaram muito também devido ao cargo na Prefeitura e fica difícil pra vc, tentar reunir a maioria de uma vez só num encontro geral do Blog, vou deixar aqui o meu nr. de celular / WhatsApp, para caso alguém aqui do Blog queira molhar a palavra e não se importe de ter um dedo de prosa com esse Cruzeirense chato aqui…. rsrs Meu contato é: (31) 99545-6070

    Abraços

  • José Eduardo Barata disse:

    CLAYTINHO , para atualizar
    =====================
    Houve uma referência sua em relação a mim e ao LEANDRO ,
    a quem muito prezo .
    Observou bem a tônica em nosso debate , divergimos muito ,
    é verdade , cada um defendendo o seu ponto de vista , mas
    sempre de maneira respeitosa , com sói acontecer com os
    comentaristas no blog do CHICO MAIA .
    Alguns arroubos juvenis, claro , dão as caras por aqui, mas
    tudo dentro da maior alegria e da liberdade de expressão .
    Nada que possa desviar o objetivo desta sala de bate papo .
    Ainda vamos ter um encontro do GRUPO DO CHICO , e vai
    ser muito bom conhecer a todos pessoalmente.
    Um abraço .
    p.s.
    Só para registrar que eu era muito fã do Evaldo , em alusão
    à brincadeira que fiz no fato de que , talvez , o LUAN esteja
    no rol de jogadores que você admire .

    • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

      Grande José Eduardo Barata,

      Isto aí meu nobre. Não esperaria postura diferente sua e nem do Leandro Fabrício. Vcs estão, como o Chico vez ou outra diz, na “prateleira de cima”… rsrs

      Quanto ao Luan, jogador do seu time, o respeito como pessoa, parece ser um cara bacana e do bem. Mas sinceramente, o acho no máximo um jogador normal e aguerrido. Longe de ser um craque. O vejo, como já vi muitos assim no Cruzeiro, como um jogador que sabe fazer muito mais um marketing pessoal, no popular, que sabe fazer média com a Torcida e assim vai se mantendo, renovando seu contrato ano após ano. Então, essa sua impressão de que eu possa admirar o futebol do Luan, realmente não procede. rs Já admirei o futebol de vários jogadores do seu time e não teria problema nenhum em reconhecer aqui, mas do Luan, sem chance… rs Como disse, ele tem meu respeito pelo que sei que representa pra vocês e pela pessoa que passa ser. Mas apreciar o futebol praticado por ele, não.

      Abraços

      • José Eduardo Barata disse:

        CLAYTINHO , só pra fechar sobre o LUAN , foi apenas uma
        brincadeira , para rebatê-lo quando num outro post você
        disse que eu seria bem recebido por aí .
        Segue o jogo .

    • Leandro Fábricio disse:

      Grande Barata… aproveitando a deixa tudo que vc falou aí a meu respeito é recíproco da minha parte…admiro seus conhecimentos sobre o futebol e tenho certeza que vc é um camarada que conhece e sabe do que está falando (no caso aqui futebol) e pelo jeito é um cara do bem que tem muito conhecimento e sabedoria sobre outras coisas da vida com quem sempre é bom ter como amigo pessoas assim… discordâncias sempre vão existir mas isso não pode fazer com que o respeito fique de lado entre ambas as partes e vc nunca me desrespeitou…. acho que os atleticanos que mais discutem aqui um com o outro são eu e vc o negócio as vezes fica um ranca toco danado kkkkk mas tenho certeza que tudo por causa de pontos de vistas diferentes e nada mais além disso, nunca vou levar nada pro coração só porque alguém discorda de minha opinião e o mais importante é o respeito mútuo…. e pode ficar tranquilo da minha parte em relação a isso…. tudo isso que falei também vale para o claytinho…

      abraços

  • Márcio Luiz disse:

    Esse cara é um prato cheio pra nós, caricaturistas, rs.

    Que fique bem longe do Galo, xô.

  • Pedro Vítor disse:

    Marcelo Oliveira, foi injustiçado no Galo, como diz o ditado, santo de casa não faz milagres.

    Eu esperava que ele ficasse, ate pra montar o elenco em 2017, acho que sairia na frente, mas a imprensa pegou o Marcelo pra cristo, a torcida do Galo vai na onda, hoje o Roger sofre das mesmas mazelas que o Marcelo e Levir sofria quando sairam do Galo, só espero que a diretoria e a torcida possam ser mais justos e menos arrogantes!

  • Vinicius Fraga disse:

    O Cruzeiro campeâo do Marcelo aconteceu pela experiência do Gilvan fora do campo e do Goulart em campo. E, que fique bem claro sob o comando do Marcelo.
    Jà o bom Atlético não aconteceu pela inexperiência do Daniel ou quem sabe ingerências na sua demissão. Perder do jovem time do Grêmio, do Renato, em casa, é tão normal quanto bate-los no Olímpico. Copa do Brasil s’o termina no final dos 180 minutos. Ganhando ou perdendo o time estaria muito melhor e mais cascudo para ganhar hoje em dia. Faltou ser visionário como o Gilvan de Pinho Tavares. Deveria ter ficado uns cinco anos do clube.

  • Paulo César disse:

    Marcelo Oliveira conseguiu um mérito em 2013 e 2014 que Tite e Cuca em 2015 e 2016, respectivamente, repetiram com sucesso: conseguiu botar na cabeça dos seus jogadores (mas não conseguiu repetir em 2016 no Galo, por “n” fatores – outro post) que um jogo no Brasileirão em Salvador contra o Vitória, em Goiânia contra o Atletico GO, em Floripa contra Avaí ou Figueirense vale tanto quanto enfrentar Flamengo no Maraca, o Corinthians em SP, o Inter ou Grêmio em POA.

    Num campeonato de regularidade, a regra básica é: fazer o máximo de pontos contra os chamados médios (ganhando todos em casa, e alguns fora), e ganhar em casa dos chamados grandes.

    Parece meio óbvio. Mas óbvio para nós, aqui do blog. Para o jogador atleticano, parece uma inequação do terceiro grau. Desde 2012, façam as contas de quantos pontos ficaram pelo caminho em confrontos do Galo no Brasileirão contra, com todo o respeito, Ponte, Vitória, Sport (4 a 2 vira 4 a 4), Atlético GO, Goiás, Náutico, Avaí, Figueirense (em casa), Coritiba (em casa), Atlético PR (em casa). Jogadores do Galo, teoricamente, gostam de “jogo grande”. Na prática, eu gosto de 3 pontos em qualquer situação, independentemente do adversário.

  • célio alvarenga disse:

    dos técnicos que eu vi dirigindo o galo,só nedo xavier e jair picerni foram piores do que ele!

  • Jorge moreira disse:

    Com estas publicações vão acabar conseguindo emprego pro Marcelo

  • Marcão de Varginha disse:

    Certa vez Marcelo Oliveira veio com a equipe júnior do Galo à esta cidade e após o jogo (não recordo adversário), consegui levar meus filhos à sua presença que nos tratou de maneira como se não estivéssemos conversando com o próprio, e apesar desse fato hoje nutro certa admiração pela sua pessoa, pois, demonstra ser equilibrado, ponderado, educado, simples e ainda campeão. Parabéns Marcelo, que vc possa continuar com sua vitoriosa carreira de técnico, e que no futuro possa dar maiores alegrias aos alvinegros do clube genuinamente mineiro.
    – Marcelo Oliveira, às vezes o dito (sic) “A primeira impressão é a que fica” pode ser perfeitamente modificada em prol de todos nós, e vc conseguiu fazer com que minha pessoa mudasse de opinião com relação à vc, graças à sua postura profissional e após assistir reportagens suas após os jogos e das vezes que seu time foi derrotado, e vc mesmo sendo questionado por jornalistas e repórteres esportivos, não perdeu a calma e educação em atendê-los.
    – #benecyeternomito

  • Carlos Almeida disse:

    Marcelo pegou o Atlético já conturbado e numa competição em andamento.

    Não teve tempo hábil de implementar seu sistema de trabalho e ao contrário da maioria, não trouxe nenhum jogador.

    Disputou o título do BR até as últimas rodadas e chegou à final da CB.

    Diante do que tinha, conseguiu explorar o que havia de positivo na equipe, e foi o time que mais marcou gols no Brasil e no mundo.
    Os clubes que marcaram mais de 100 gols em 2016. 5 clube brasileiros na lista
    http://www.90min.com/pt-BR/posts/4350634-os-clubes-que-marcaram-mais-de-100-gols-em-2016-5-clube-brasileiros-na-lista

    Mas infelizmente com um elenco desequilibrado e carente na parte defensiva, além de lesões que atormentaram o time durante toda a temporada, não conseguiu realizar o trabalho que poderia.

    Não teve nem de longe a msm condição e mto menos as mesmas chances que tiveram Aguirre e Roger.

    Lamentável.

    • Regi.Galo/BH disse:

      Boa. Sem contar a ‘fritada’ que o elenco deu nele, né!?

    • célio alvarenga disse:

      futebol é equilíbrio meu caro!o que adianta fazer 4 gols e tomar 4(vide aquela irritante partida contra o sport)?o time dele jogava na base do chutão e do cruzamento pra área!o desempenho contra o grêmio na primeira partida da final da copa do brasil foi emblemático:um time espaçado,com um bando na defesa e um monte no ataque e com um buraco no meio campo!o grêmio(organizado pelo roger,não se esqueça)deitou e rolou!fez 3 e poderia ter feito 4,5,6 não tivesse ficado com um à menos!espero que este senhor nunca mais chegue perto de dirigir o galo!o cuca com os mesmos jogadores que com ele não funcionavam no palmeiras,ganhou o brasileirão com o pé nas costas!

      • Carlos Almeida disse:

        O Cuca campeão com os msms jogadores que o Marcelo Oliveira?

        O Palmeiras trouxe 10 jogadores pro Cuca, incluindo aí Tche Tche, Mina, Roger Guedes, Moisés e Jean, formaram praticamente um novo time.

        E quem a diretoria trouxe pro Marcelo?

        O clube que já havia perdido o campeonato de 2015 pro Corinthians justamente por falta de equilíbrio, já era um time mto vulnerável defensivamente bem antes da sua chegada.

        A culpa daquele time apático, sem vontade, sem raça, sem o mínimo de comprometimento foi somente do treinador?
        Carioca, Robinho, Cazares gandaiando na época devem achar mto bom que alguns pensem assim.

        O Marcelo quase nunca pôde contar com um time titular, pois como constataram o próprio Carlinhos Neves e Nepomuceno, 2016 foi um ano fora da curva no que diz respeito às lesões no Galo.

        Não tenho dúvida que se tivesse, assim como o Roger Machado, indicado jogadores, e feito uma preparação no começo da temporada, teria feito um grande trabalho.

      • Regi.Galo/BH disse:

        Caro Célio Alvarenga,
        Só me permita discordar nesta sua citação do caso M.O./Cuca no Palmeiras.
        Tinha uma turminha difícil no Palmeiras, não sei se você se lembra.
        Que já tinha pegado o gosto de mandar e desmandar lá dentro e fazia o que queria no clube.
        E o principal mal caráter dessa turma era o Dudu, que junto com os seus asseclas só avacalhavam e batiam de frente com tudo. Eram chiliques um atrás do outro, dentro e fora de campo.
        Peitavam até os companheiros que eram escolhidos para capitão do time e dentro de campo era a má vontade em pessoa. Após a chegada do Cuca há de se lembrar em quantas polêmicas o próprio Cuca teve que ‘se explicar’ na mídia em pouco tempo. O Cuca penou um bocado pra botar as coisas na linha e só conseguiu quando pegou o chefe da gangue, o Dudu, e fez uma tacada de gênio: já que ele não se alinhava a nada do que era pedido e tentava sempre se impôr sobre os outros, provocou ele a assumir a função de capitão do time. Ou seja, pegou o mal caráter e deu a função da responsabilidade pra ele.
        Pegou o cara que ‘quebrava as fichas’ e deu para ele a responsabilidade de cuidar das fichas para que ninguém quebrasse. E, quem diria, como mágica, o Dudu deu paz para o Cuca e o resto do time trabalharem. Foi a partir daí que o Cuca conseguiu trabalhar e ser campeão.
        Por isso, me permita, mas não foi a simples troca de treinador não.
        Abraço!

    • José Eduardo Barata disse:

      Concordo muito com tudo o que disse .

  • Celso Gomes disse:

    Alguém, lá no Galo, deveria mandar o Cazares assistir o vídeo , do segundo gol do Avaí sobre o Grêmio umas 100 vezes, já ia ajudar muito!

  • Alex disse:

    …parece que a GARAPA já azedou….o Rocha jogou no ventilador e o Fred já retrucou…e o pior, na imprensa…..roupa suja se lava em casa já dizia o velho filósofo…..isso só atrapalha….

    • Leandro Fábricio disse:

      Pois é alex… e tem gente que gostou da pessima atitude do marcos rocha depois do jogo… eu falei que esse tipo de declaração não ajuda em nada o ambiente… aliás só atrapalha… o marcos rocha jogou uma direta pro robinho e cazares e agora o fred joga uma indireta pro proprio marcos rocha…

      • Alex disse:

        ….jogador de futebol é corporativista e dodói…..não que eu ache que ser sincero como o Rocha foi, está errado, mas não faz parte da cartilha do futebol……o Rocha tinha que ter chutado o balde dentro do vestiário….. agora fica esse disse não disse aí….

  • Regi.Galo/BH disse:

    Pôxa, bela sequência de posts sobre treinadores e opiniões.
    Tive que reler todos novamente após estas últimas.
    Só lamentei que, além de fugir das polêmicas, o M.O. também quis minimizar o protagonismo da função de treinador. Neste ponto, tanto o Mano, o Levir, quanto como era o perfil do Telê em sua época, são mais contundentes. Mas, nas matérias sobre ambos, fica evidente notar a preocupação de separar bem o papel social (do ser humano) da função de treinador. O Levir e o Mano usam-no como catalisador para o desempenho. O Papai M.O. é mais brando neste quesito.
    Dagoberto e Rafael Carioca, filhinhos rebeldes, que o digam
    Caro Chico, manda mais..

    • José Eduardo Barata disse:

      Muito boa mesmo as matérias .
      Do Marcelo, se me permitem , quero salientar a humildade
      da pessoa , a gentileza .
      Conhecemo-nos há anos , aqui no bairro , e caminhávamos
      juntos aos domingos , jogando conversa fora , antes de ele
      descer para o sul e alcançar o sucesso e o estrelato .
      E com toda essa fama , continua o mesmo .
      Atravessa a rua para cumprimentar as pessoas , não deixa
      de bater a mão quando passa de carro , uma pessoa super
      de bem com a vida .

  • lauro disse:

    Chico mas na época você mostrou alegria em sua entrevista no meio de campo quando você disse que foi certo a demissão dele no meio da final da copa do brasil; isto é, o que para Marcelo Oliveira foi uma injustiça a demissão como foi para você foi correto!

  • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

    Agora, o que eu gostaria mesmo é que o Super Esportes ou qualquer outro veículo da Imprensa, esmiuçasse o que vem acontecendo com o Depto. Médico do Cruzeiro. A situação beira o absurdo !! Agora é o Hudson, que divulgaram que ficará de 04 a 06 semanas fora de atividade, por lesão muscular. E quando esse Depto. Médico do Cruzeiro divulga 04 a 06 semanas, subentende-se: 08 à 15 semanas !!
    Chegou ao ponto de 02 médicos desse mesmo Depto. Médico entregarem seus cargos e ainda soltarem uma nota para a Imprensa, dizendo que estavam deixando o Cruzeiro, por não concordarem com os métodos do Clube e por se sentirem privados de poderem aplicar seus conhecimentos. Pasmem com uma coisa dessa !! Um absurdo !! Uma vergonha !! E o número de contusões musculares seguidas aí está para corroborar com o que estou cobrando e principalmente com a atitude desses 02 médicos, que preferiram abrir mão de um bom emprego, a compactuarem com tanta incompetência ou irresponsabilidades.
    Então, urge que alguém da Imprensa tenha peito e coragem para colocar o dedo nessa ferida aberta que é esse Depto. Médico do Cruzeiro. Será que é mais um cabide de empregos ?? Ou está ligado ao hall dos compadres do Clube ??
    Claro que eu não sou médico e não tenho o direito, muito menos competência pra apontar onde esse Depto. Médico do Cruzeiro está errando. Porém, como sócio do Clube e principalmente como Torcedor, eu tenho o direito de questionar e pelo menos tentar saber o que de fato vem acontecendo.

    • José Eduardo Barata disse:

      Não vamos saber nunca , caro CLAYTINHO !
      Nem vocês aí , nem nós aqui .
      Quando a coisa aperta , eles saem pela tangente ,
      alegando que a dor é subjetiva ….

      • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

        Caro José Eduardo Barata,

        É meu nobre… E o pior é que até o repertório das desculpas do DM e da Diretoria já ficou repetitivo… É um tal de falar do calendário desumano do futebol Brasileiro, do número de jogos, das viagens… Que vou te falar viu… Mas aí eu me pergunto… Eles começaram a disputar futebol profissional tem 02 anos ?? Pois, isso tudo que tentam salientar como desculpas, são coisas que acontecem sempre e com todos os times. A diferença é que uns se planejam melhor que outros e que uns têm Depto. Médico mais competente que outros.

        Abraços

  • J.B.CRUZ disse:

    Um dos MELHORES TÉCNICOS do FUTEBOL BRASILEIRO…….:
    SÉRIO, HONESTO e TRABALHADOR..
    Está na História do CRUZEIRO ESPORTE CLUBE, como um dos 05 melhores técnicos que passou pelo Clube..
    Estar entre os MELHORES TÉCNICOS do CRUZEIRO de TODOS OS TEMPOS; é um fato MERITÓRIO, reservado a poucas PESSOAS ao longo de 96 anos de GLÓRIAS…
    Valeu MARCELO; a sua Passagem por aqui….

  • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

    Eu ainda não tinha tido a oportunidade de ler essa entrevista do Marcelo Oliveira. Mas o que soa um tanto quanto suspeito, é o falo do Super Esportes publicá-la praticamente à véspera do jogo que o Cruzeiro teria contra o Palmeiras, quando todos sabíamos que aquele seria um jogo chave para o Mano Menezes. O Marcelo Oliveira está “encostado” há 07 meses, aí na semana ou um dia antes desse jogo do Cruzeiro, onde a cabeça do mano poderia rolar, caso o resultado fosse outro, o Super Esportes vem e “espontaneamente” publica essa reportagem ?? Sei não, no mínimo muito suspeito…

  • luiz ibirite disse:

    li a entrevista no domingo e o que me chamou a atenção foi o fato de ele ja ter tido a “coragem” de colocar o carioca no banco, coisa que muitos atleticanos vem pedindo faz tempo. o marcelo é otimo tecnico e só é mais uma vitima da cultura cega que envolve os dirigentes brasileiros.

    • Leandro Fábricio disse:

      Concordo plenamente com vc luiz… um cara que chega a 5 finais de copas do brasil e com 2 titulos brasileiros e 1 da copa do brasil não pode ser um mero “sortudo”…tem competencia por trás disso também e é isso que muitos que são criticos ferrenhos de marcelo oliveira não conseguem enxergar…

    • célio alvarenga disse:

      com ele no comando,o galo tomava sufoco até de juventude e santa cruz!o galo só chegou à final da copa do brasil por causa da qualidade individual de seus jogadores e apesar do seu treinador!