Foto: SuperFC/OTempo
O Alex Sousa escreveu uma ótima resenha sobre a derrota do Cruzeiro para o Avaí, considerado a derrota merecida. Já o Jorge Silva ficou revoltado com o resultado e com o futebol apresentado pelo time do Mano Menezes. Primeiro o Jorge e depois o Alex:
“… perder pro Avaí time do Z-4 é um vexame total. Sóbis tem cadeira cativa neste time, só joga com o nome. Que zaga horrível ninguem chegou no cara sendo que antes um deles já tinha furado na jogada. Me levam um gol de um time que só fez um ataque no primeiro temppo. Tou com saudade do tempo dos Perrelas, num importa de que jeito mas nos ganhava título. Es nun deixava ninguem achincalhar meu Cruzeiro.Fora Mano. Fora Gilvan.”
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* “Derrota merecida. Incompetência total do ataque estrelado (21 finalizações sem sucesso). Faltou aquela jogada decisiva para abrir defesa retrancada. O domínio e as chances do Cruzeiro acabaram sendo mais resultado do desespero e da tentativa de abafar o Avaí do que capacidade técnica e qualidade. Muitas bolas alçadas, pouca preparação das jogadas e vários passes equivocados no nascedouro de vários lances importantes.
1º TEMPO
BEM NA FOTO: A 6’ Henrique deu um bom chute de longa distância. O meia recebeu um passe de Élber e, marcado à distância, ajeitou e disparou forte; Douglas deu um belo salto e, de mão trocada, fez a defesa salvadora. Foi a famosa ponte para registro dos fotógrafos.
NÃO APROVEITOU: A 16’ o Cruzeiro construiu boa jogada na esquerda e Diogo Barbosa cruzou na medida para a cabeçada de Sassá; o atacante errou a conclusão e a sobra ainda ficou com Thiago Neves que tentou concluir sem sucesso.
BOM COMEÇO: Cruzeiro começou bem na partida, controlando o meio de campo e dominando as ações ofensivas, contudo, não aproveitava as chances. Com 20’ de partida finalizou várias vezes, tendo perdido oportunidades em chutes precipitados de Elber, a 11’, depois Sassá, a 14’, e boas chances a 17’, em chute de longe de Thiago Neves, e depois com Sassá, a 18’, quando a bola ficou limpa e o atacante se enrolou na conclusão.
EM DESVANTAGEM: Não foi preciso muito para o Avaí sair em vantagem no placar. Na única jogada que o time construiu e finalizou obteve a vantagem de 1 a 0. O time catarinense conseguiu um cruzamento rasteiro da direita, depois que a marcação de Diogo Barbosa foi superada. A defesa azul marcava de longe e a bola chegou a Pedro Castro. Não se sabe se foi “furada ou jogada ensaiada”, mas o certo é que o erro acabou ajeitando a jogada para Júnior Dutra, também livre, que fuzilou o gol de Fábio.
REDUZINDO O RITMO: Com o gol o Avaí se retraiu ainda mais e o Cruzeiro passou a ter mais dificuldade na preparação das jogadas. Tentou chutes com Thiago Neves e Sóbis, de longe, sem sucesso. Noutros momentos a bola passou com perigo na pequena área do Avaí, sem ninguém para finalizar.
CHANCE DERRADEIRA: Sassá, a 43’, depois de cruzamento de Thiago Neves, perdeu a última oportunidade de igualar o placar, furando na hora de concluir; era para aproveitar o cochilo da marcação.
RESUMO DO 1º TEMPO: Bom volume de jogo do Cruzeiro, com criação de diversas chances até o gol do Avaí; a partir daí o time começou a se perder e dava sinais, como diria o Albertinho Rodrigues, que seria uma jornada “terrível”.
2º TEMPO
VOLTA RUIM: O time do Cruzeiro demorou pelo menos 10 minutos para começar a jogar no tempo final. Ficou preso na marcação do Avaí no retorno do intervalo; faltava jogadas em velocidade e movimentação dos jogadores.
PENAL NÃO MARCADO: A 14’ Arrascaeta fez belo lançamento para Élber, que entrou na área em velocidade e ganhou do goleiro que, atrasado, atingiu o atacante; a sobra da jogada ficou com Sassá que tentou concluir e Alemão jogou o corpo na frente da bola, interceptando o chute e salvando o time. A jogada de Douglas contra Élber foi penal não assinalado. O goleiro saiu desesperado e atingiu somente o corpo do atacante com as mãos; o corte de Alemão foi com o braço, mas depende da interpretação do árbitro.
PRESSÃO DO CRUZEIRO: A 16’ o Cruzeiro apertou o Avaí e, no mesmo lance, Alemão conseguiu interceptar, com a barriga, um chute forte de Sóbis e o goleiro Douglas um chute cruzado de Thiago Neves.
IMPRODUTIVO: O Cruzeiro continuou rondando a área do Avaí sem obter sucesso. A defesa do adversário estava bem postada na marcação e cortava bem as investidas. O time mineiro insistiu em bolas altas para disputa dos atacantes ou em jogadas pelo chão; sem sucesso. Sassá foi surpreendido em impedimento claro numa boa joga e noutro lance ainda tentou cavar um penal.
RECUOU PARA O GOLEIRO: A 28’ a chance de empate apareceu diante de Arrascaeta. O Cruzeiro trabalhou bem a jogada pela direita e o cruzamento chegou perfeito ao uruguaio, na pequena área. Ele cabeceou fraco e facilitou as coisas para o bom goleiro Douglas.
NÃO TOCOU: A 33’ Raniel recebeu passe e, com companheiro em condições de receber, preferiu tentar resolver sozinho. O jovem atacante acabou chutando fraco e a bola saiu à direita do gol de Douglas.
COM OS OLHOS: A 36’ o Cruzeiro teve a oportunidade de cobrar falta perigosa sofrida por Raniel. Rafael Sóbis fez uma cobrança em curva, por fora da barreira, e o goleiro Douglas levou sorte. Ficou só olhando e a bola passou a poucos centímetros da trave esquerda do gol.
PERDEU DE NOVO: A 40’ Arrascaeta cobrou outra falta sofrida por Raniel, desta feita na esquerda do ataque. Desta feita o chute saiu cruzado e Douglas defendeu bem. A jogada sobrou na direita e depois do cruzamento Rafael Marques subiu livre e cabeceou à esquerda, com o goleiro vencido.
CORTOU RAFAEL MARQUES: A 45’ Arrascaeta preparou um lance com Raniel. O atacante dominou e finalizou bem. A bola ia na direção do gol e acabou batendo em Rafael Marques.
RESUMO DO 2º TEMPO: O Avaí se fechou na retranca e foi salvo pela boa atuação de Alemão, zagueiro, e o goleiro Douglas. No Cruzeiro os jogadores foram perdendo chances, uma atrás da outra, e o time caiu diante de um adversário fraquíssimo.
OBSERVAÇÕES PONTUAIS
NÃO JUSTIFICA: O Cruzeiro precisava e não fez o resultado, portando, falar em “se” em relação ao penal claro não marcado não pode ser admitido como justificativa da própria incompetência na hora de marcar. Foram raros os momentos em que a defesa do Avaí foi envolvida pelo Cruzeiro.
ENFEITIÇADA: A “bola não quis entrar”… Sei. Obedeceu só ao Avaí. Ah, mas o Avaí “segurou o Corinthians”… Sei. E perdeu para um monte de times. O Cruzeiro precisar parar de dar justificativas; inaceitável perder pontos com os desperdiçados diante de Flamengo, Fluminense e Avaí.
MAIS DO MESMO: Quando é que jogadores como Élber e Rafael Sóbis vão fazer a parte que lhes cabe para defender as cores do Cruzeiro. E seguem prestigiados pelo Mano Menezes, que preferiu sacar Lucas Silva, Sassá e Thiago Neves e manter em campo seus intocáveis. Quem faz “mais do mesmo” merece perder. Élber, no momento mais agudo do jogo, perdeu a bola e deu passes errados de forma bisonha; Sóbis não se movimenta e tem se tornado um dos jogadores mais fáceis de ser marcados. E o previsível Mano, eih? Mais uma vez sacou armadores, encheu a área de atacantes e ajudou o time a ser derrotado.
FICHA TÉCNICA
AVAÍ: Douglas, Leandro Silva, Alemão, Betão e João Paulo; Judson, Wellington Simeão (Lucas Otávio), Pedro Castro e Juan (Rômulo); Joel (Willians) e Júnior Dutra – Técnico: Claudinei Oliveira
CRUZEIRO: Fábio, Romero, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Lucas Silva (Arrascaeta), Elber e Thiago Neves (Rafael Marques); Sassá (Raniel) e Rafael Sóbis – Técnico: Mano Menezes
CARTÕES AMARELOS: Wellington Simeão, a 31’ do 1º T e Judson, a 30’ do 2ºT
CARTÕES VERMELHOS: Não houve
GOLS: Júnior Dutra, a 21’ do 1ºT
PÚBLICO E RENDA: Não dovulgados
ATUAÇÃO DA ARBITRAGEM: (SP) Flávio Rodrigues de Souza apita a partida, auxiliado por Daniel Paulo Ziolli e Daniel Luis Marques: Jogo tranquilo no aspecto disciplinar, tanto é que foram mostrados apenas dois cartões amarelos. Ainda assim o árbitro falhou e deixou de marcar um penal claro do goleiro Douglas e Élber. Como arbitragem é blindada e nunca dá satisfações de sua atuação eles continuarão tranquilos fazendo o que fazem bem: besteira. E ganhando bem.”
Por Alex Sousa
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