Segundo cálculos do especialista em números Domingos Sávio Baião, 45 é o número de pontos para um clube não correr risco de rebaixamento no Brasileiro 2017. O comentarista deste blog, engenheiro Raul Otávio da Silva Pereira, cruzeirense, escreveu após a vitória da Raposa sobre o Sport: “15 pontos”. Só isso!
Desde a primeira rodada, a cada ponto conquistado pelo time, ele escreve com o número de pontos que ainda faltam para o time escapar do perigo.
Antes de falar em tentativa de classificação para a Libertadores 2018 os atleticanos deveriam fazer a mesma contagem, pois a situação é muito delicada.
Quando, aos 25 minutos do segundo tempo, vi o Fred entrando no lugar do Rafael Moura, constatei que o Micale tinha razão em deixá-lo no banco. Com uma barriga daquelas, não tem mesmo condição de atuar 90 minutos, nem começar jogando. Mas como pode um clube como o Atlético permitir que um de seus maiores investimentos nos últimos anos chegasse a esta situação? Profissional que ganha em torno de R$ 1 milhão é porque tem diferenciais em relação aos colegas. Deveria justificar o muito do dinheiro que ganha a mais. O mesmo pode se dizer do Robinho, que ficou no banco o tempo todo e nada acrescentou, quando foi utilizado nessa derrota para o Fluminense. Ganha quase igual ao Fred.
É claro que isso está errado e a culpa é de quem comanda todo o circo. Só o treinador não dá conta de cobrar dedicação dos jogadores. É desgastante demais. Daí a importância de um diretor de futebol, competente, voz forte e presente no dia a dia do clube. O Galo não teve esta figura nos últimos dois anos, com a enfermidade do Eduardo Maluf e enfrenta as consequências.
Estes 2 a 1 do Fluminense foram uma reprise de outras tantas partidas em que o time atua até bem, mas perde. Típico de situações em que a casa está desarrumada, proporcionando as mesmas desculpas e conversas fiadas de pós-jogo, como o dessa noite chuvosa do Maracanã. Com desculpas, tipo “placar injusto”, precisamos continuar trabalhando, “azar”, “Deus não quis dessa vez”, e por aí vai.
Valdívia melhorou muito o time, ao ser escalado no segundo tempo, no lugar do Roger Bernardo, que deveria ter ido embora junto com o mentor, Roger Machado. Aliás, nem deveria ter vindo.
Luan atuou os 90 minutos com a disposição de sempre. Victor fez quatro grandes defesas no primeiro tempo, mas falhou no primeiro gol tricolor. Bola em escanteio daquele jeito é do goleiro e fim de papo. Errou no posicionamento e facilitou para o Henrique Dourado cabecear.
Micale deveria falar menos, não tentar explicar tanto o inexplicável, porque está se desmoralizando com este discurso vazio. Com o jogo desta noite foram sete jogos, quatro derrotas, duas vitórias e um empate. Duas eliminações consecutivas: Copa do Brasil e Libertadores. Cinco gols marcados, nove sofridos.
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