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Técnico do Corinthians diz que o atual time ainda tem características implantadas por Mano Menezes

Carille admite que pressão por resultados fez Corinthians jogar ‘como equipe pequena’ no início da temporada – Edilson Dantas/Agência O Globo

Em agosto o Fábio Carille concedeu muito boa entrevista ao Alessandro Giannini e Carlos Eduardo Mansur, para O Globo, contando um pouco da história do sucesso desse time que faz campanha surpreendente, sem estrelas e sem investimentos para esta temporada. Confessa que começou preocupado em não perder e que este sistema defensivo eficiente, com a aposta nas poucas oportunidades de fazer gols, tem ainda o dedo de dois gaúchos: Tite e Mano Menezes.

Confira: * “Fábio Carille, sobre estilo do Corinthians: ‘Fico tranquilo sem a bola'”

Técnico vê seu time à frente de Flamengo e Palmeiras graças ao jogo coletivo

O Corinthians não é uma surpresa apenas para o público. De certa forma, também o é para seu técnico, Fábio Carille. Ele garante que nunca concordou com as piores previsões sobre o elenco, mas não imaginava um ano tão bom. Aos 43 anos, membro da nova geração de treinadores, admite que formar o time a partir da defesa mistura convicções próprias e um caminho seguro num país tão instável para técnicos. Hoje, vê o Corinthians tão ajustado na defesa que não fica inquieto ao ver rivais controlarem a posse de bola.

Diante das dúvidas sobre você, há um sentimento de resposta?

Não. Pelo ano ruim que foi 2016, criou-se a expectativa de chegada de muitos jogadores e de um técnico experiente. Eu tinha certeza de que não seria tão ruim como imaginavam, mas não que correria tão bem quanto até agora. Sabia que seria uma equipe organizada, mas não imaginava ser campeão no primeiro trabalho, iniciar o Brasileiro tão bem assim.

Não ter mudanças de elenco ao longo do ano, como Palmeiras e Flamengo, por exemplo, foi um trunfo?

Nisso, eu acho que o Corinthians está à frente sim, principalmente de Palmeiras e Flamengo, que você citou. O único jogador que chegou no meio da campanha foi o Clayson. Você vê Palmeiras e Flamengo contratando direto, ótimos jogadores, mas a parte coletiva requer tempo. São elencos qualificados, que agora precisam fazer a engrenagem funcionar. Nessa janela eu deixei bem claro que nossa principal contratação era não perder ninguém. Após o Paulista falei para os dirigentes: “Se não perder ninguém, temos grande chance de vaga na Libertadores.” Vivi experiências aqui. Em 2011, era fácil demitir o Tite após o Tolima. Depois vieram os títulos. Terminamos 2015 com expectativa de brigar por Libertadores em 2016, mas na janela perdemos seis: Jadson, Renato, Ralf, Gil, Malcom, Love. Aí tem que montar tudo outra vez.

Você motivou o time com os comentários de que era “quarta força” de São Paulo?

Não. Eu não sabia como lidariam com isso. Na Flórida (pré-temporada), olhava meu elenco e não considerava menos do que os outros. Cássio é menos goleiro do que outros? Não. Balbuena, Jadson, Jô chegou a uma Copa do Mundo.
Começar pela defesa é um método seu? Ou pesa a pressão sobre técnicos jovens?

Quando você chega, não tem como abraçar tudo. Tem que fazer funcionar por partes. E dependemos de resultados. Não dá para sair de peito aberto com o time se formando. E é característica do Corinthians, desde Tite e Mano Menezes, tomar poucos gols. Diferente de São Paulo e Flamengo, que por vezes se expõem. O Corinthians ganhou uma Libertadores tomando um gol em 14 jogos. No início do trabalho, vejo que o melhor modo é começar pela defesa, com consistência, jogando por poucas bolas, mas jogando por resultado. Dá tranquilidade.

O cenário de insegurança atrai estilos conservadores?

Com certeza. E há um risco. Você prepara sua equipe só para ser atacada, leva um gol e não está tão trabalhado para buscar resultado. Mas é um caminho mais curto, de segurança. Todos entenderem a linha defensiva e terem o compromisso de ajudar. Nosso início de Paulista foi de futebol muito feio mesmo, jogando como equipe pequena, mas sabíamos da necessidade do resultado naquele momento.
Controlar jogos mais longe da própria área é o próximo passo da evolução do time?

É o que todo treinador busca, equilíbrio. A busca por mais posse de bola é constante e temos melhorado. O Botafogo veio todo atrás, tivemos 73% de posse e 29 finalizações. Mas cada jogo é uma história. Muitas vezes, você deixa a bola com o adversário. Tem horas que a gente vê falha na marcação, uns espaços no adversário. Então, jogamos no campo deles. Não mudo a minha ideia de jogar, mas ajusto de acordo com o jogo.

Você se sente tranquilo quando o rival tem a bola?

Eu me sinto muito tranquilo, mas eu estou marcando e já pensando no ataque. Se você observar bem nos últimos jogos, vai ver bem isso. Veja a movimentação do Jô, são detalhes que a gente combina com os jogadores e eles exercem muito bem. É claro que o meu time precisaria estar muito mais solto, mas pegou de um jeito que eles estão muito bem. Tem espaço para melhorar muito mais.

Construir é mais difícil mesmo que destruir?

Além de muito trabalho, requer tempo. O nosso time, praticamente novo do começo do ano, com Gabriel, Maicon, Jadson, que não tinha jogado com o Rodriguinho ainda, com o Romero, o Jô. Além dos trabalhos, é importante o atleta saber como o Jô quer receber uma bola, como o Jadson quer receber uma bola. Então, isso requer tempo. E destruir é muito mais ligado a coberturas, a fechar espaços, a comprometimento dos atletas. A minha equipe titular quando está em campo está muito mais solta essa questão dos passes, das infiltrações, das triangulações. Os jogadores vão empenhados para dentro de campo, mas na questão do conjunto e do entrosamento a gente sofre um pouco. Então, é mais fácil sim ajustar o sistema defensivo do que o ofensivo, pela questão de tempo e de entrosamento, porque é muito importante cada atleta saber quem são seus companheiros.

O time tomou gols em jogadas aéreas…

Por isso que eu sou um técnico que não se apega muito a números. O cara diz que sue time tomou seis gols pelo alto. Mas cruzaram 300 bolas, então eu tirei 294. Não gosto muito disso. Minha equipe sabe se posicionar bem na área. Então, tô muito tranquilo.

Então, qual a fragilidade deste time?

Se for jogar contra, eu sei, pode ter certeza disso. Se eu te falar isso, os outros profissionais vão escutar e vão se aproveitar disso.

Quem quiser ganhar do Corinthians, te contrata…

Um contrato longo, a gente conversa (risos).

Mas que valor você dá a estatísticas?

O que eu peço muito é olhar os últimos quatro jogos. Se aconteceu há mais de um mês não me interessa, por causa da mudança tática, da mudança de jogadores e da mudança de técnicos. A gente busca o individual, de bola parada. Mas as questões táticas é sempre em cima dos últimos quatro jogos.

O rendimento do Jô surpreendeu?

O Jô tá sendo importantíssimo. Muito se falou dele, até por tudo que aprontou, ele é muito ciente de tudo isso, porque ele deixou de ser um atleta um tempo atrás. Desde que ele começou a trabalhar aqui, como ele tem me ajudado, como ele é positivo. Não é só dentro de campo, é também fora dele, é um cara que vem, tem abertura para falar e tá me ajudando muito com esses jovens. É um exemplo de atleta, com 30 anos. Graças a Deus, ele teve tempo de se recuperar e tem tempo de jogar, porque às vezes o cara cai nessa vida e não volta mais. Tô satisfeito e muito grato de estar trabalhando com ele.

Cássio também subiu.

Entre 2012 e 2015, jogou muito bem. No ano passado, foi muito mal, não treinou direito, não se preparou bem. Este ano, chegou magro, treinou nas férias. Eu pensei: vai ser diferente. A gente tem uma estrutura aqui para eles, é só saber aproveitar bem.

Agora, a expectativa em torno deste Corinthians subiu. Você teme frustrá-la?

Claro que está tudo acontecendo de uma forma que a gente não imaginava. No início do campeonato Brasileiro, eu sempre disse que a gente teria que chegar a oito rodadas do final entre os primeiros para ver se a gente tentava medir forças. Foi o que eu passei pros atletas: “Vamos planejar jogo a jogo, mas a gente tem que chegar na reta final entre os primeiros para ver a partir dali o que vamos fazer”. De repente, a gente conseguiu uma gordura. Tem muita coisa para acontecer, times que vão crescer. É claro que tem a possibilidade de que isso aconteça, mas temos de ter a consciência que estamos fazendo o nosso melhor. É esse o caminho. Claro que vamos ficar tristes se perdermos um jogo, claro que ficamos tristes quando perdemos a classificação na Copa do Brasil. Mas no próximo dia você tem que levantar, trabalhar porque dali a três dias tem outro jogo para enfrentar.

https://oglobo.globo.com/esportes/fabio-carille-sobre-estilo-do-corinthians-fico-tranquilo-sem-bola-21699728#ixzz4rk47AgRE

***

* Com a saída do Adílson Batista, ex-técnico do Paraná, do Corinthians, o ex-jogador Paranista, Fábio, comandou o time paulista na derrota frente ao Vasco da Gama.

Fábio ou Fábio Luiz como ficou conhecido, jogou no Paraná em 96, 97 e 2002, inclusive foi tetracampeão como titular.

Ele atuou como lateral, primeiramente, e depois como zagueiro.

Confira a ficha dele:

CARILLEPARANA

Nome: Fábio Luiz Carille de Araújo

Nascimento: 26/9/1973 (37 anos), em São Paulo/SP

Clubes que defendeu como jogador: XV de Jau (94/95); Corinthians (95); Paraná Clube (96/97/02); Coritiba (96); Servetti da Suiça (96); XV de Piracicaba (98); Iraty (98); Santo André (99); Santa Cruz (99); Juventus (00/01/02/04); Botafogo-SP (01); Guanzo, da China (02); Gama (03); Ulbra-RS (05) e Grêmio Barueri (06/07)

Principais feitos como jogador: Acesso à Série A-1 do Campeonato Paulista (1995); Campeão Paranaense (1996); Campeão do interior paranaense (1998); Acesso à Série A-1 do Campeonato Paulista (2001); Campeão paulista da Série A2 (2006) e Acesso à Série B do Brasileiro (2006)

Clubes como treinador: Grêmio Barueri (interino e juniores)

Clubes como auxiliar técnico: Grêmio Barueri

Do blog “Torcedor Paranista”.


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Comentários:
8
  • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

    Não sei ainda se o Carille é tudo isso que pelo menos até agora está demonstrando ser. Talvez até com a política do “menos é mais”, ele e o Corinthians se despontaram e continuam aí firmes rumo ao Título. Mas uma coisa que eu tenho observado nele, é a sua humildade. Já vi muitos técnicos se sentirem semi-deuses por muito menos. E ele, mesmo fazendo esse belo trabalho que vem fazendo, parece que não deixou a fama subir pra cabeça. Passa uma imagem de boa pessoa e que parece falar a linguagem dos boleiros, o que facilita para ter o grupo na mão como dizem.

  • J.B.CRUZ disse:

    No começo do ano de 2.017, Diversas Listas de Favoritos ao Título de Brasileiro, o Corinthians não era Lembrado nem entre os primeiros 6 Clubes do Ranking nacional..Mas, como o Futebol entre todos os outros Esportes é o Mais imprevisível; eis que o ”Timão”, mesmo começando o campeonato com um sofrível Empate diante da Chapecoense no seu próprio Estádio; o “Itaquerão”; deslanchou no Primeiro
    turno, onde chegou com Folga como ”Campeão”..Mesmo com a caída de Produção no Início do Segundo Turno, ainda assim conserva uma boa Diferença de Pontos (7) sobre o Segundo Colocado; Grêmio…Como Disse Fábio Carille seu Técnico, nem ele se sentia seguro em apontar o Corinthians entre os Favoritos..Ao Longo do Tempo, vem se Confirmar que para um Time se Conservar no topo de um Campeonato por Determinado tempo, tem que se ater a 3 Fundamentos: ENTROSAMENTO; MOTIVAÇÃO E AMOR A CAMISA (no Passado); e Atualmente; ENTROSAMENTO, MOTIVAÇÃO E PAGAMENTO EM DIA…
    Ontem no Programa Os DONOS DA BOLA; o Ex-bom Jogador NETTO, irreverente como é; ‘dedurou’ seu próprio time de estar em Débito com alguns Jogadores (Salários Atrasados); e isso nos dias de Hoje , em um futebol mercantilista; é mortal para Qualquer Clube..Afinal como qualquer ”mortal”, os Jogadores Também tem Família para Criar e Pagar as suas Contas… Futebol ‘virou’ uma Profissão como outra qualquer….

    • José Eduardo Barata disse:

      Caro CRUZ,
      os seus três fundamentos foram certeiros .
      Tanto os do passado como os do presente .

    • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

      Caro J.B. Cruz,

      Já são mais de 07 anos te acompanhado neste espaço. Vendo vc emitir suas opiniões, seu apoio incondicional ao nosso Cruzeiro, vendo vc ser as vezes “atacado” por aqui com zoações que extrapolam o limite do respeito, mas vc sempre como um cavalheiro. Sem retrucar. Sem descer ao mesmo nível. E sempre com colocações pertinentes à história do futebol. Então meu nobre, receba meu reconhecimento e meu parabéns !!! Vc realmente está num estágio de experiência de vida, que com a Graça de Deus eu ainda espero chegar.

      Abraços

      • J.B.CRUZ disse:

        CARO CLAYTINHO DO NOVO VISTA:
        Obrigado Pela Deferência..Somos únicos: Cada um Com seu DESTINO: Seu CARMA; Seu SORTE !!..
        Sempre tivemos Dificuldades de manejar O BEM e o MAL que nos Habita..Estes ”dois Senhores Inquietos” que quer por quer, nos Dominar; Devemos sempre Acalmá-los com outro SENTIMENTO NOBRE: A SERENIDADE !!.
        Todos os Dias pela Manhã, ao Abrir os Olhos: Agradeço ao SENHOR JESUS: O REI DOS REIS por mais um dia..Graças a ”ELE”, Peço que Tudo dê Certo, Para MIM, MINHA FAMÍLIA, PARENTES, AMIGOS E VIZINHOS.. E aonde UM de NÓS Estivermos, Estaremos Sempre Protegidos Pelas Nossas Orações..Ajudar-nos a não Prejudicar Ninguém, mas Também não sermos Prejudicados…Ir e Voltar Normalmente…
        Ter SERENIDADE para Aceitar Tudo Aquilo que NÃO Pode e NÃO deve Ser Mudado..Dando-nos FORÇAS para Mudar Tudo o que pode e deve SER mudado;;Mas, Acima de tudo, Dai-nos SABEDORIA para DISTINGUIR uma coisa da OUTRA..
        Procuro Seguir esses DOGMAS, mesmo com a Intolerância dos Dias Atuais..
        CARO CLAYTINHO: sempre percebo em seus Comentários Uma Atitude rara nos dias de Hoje: A FRANQUEZA….

        • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

          Grande J.B. Cruz,

          Como bem disse o Tonho ( Mineiro ): “Bravo !!! Bravíssimo !!!”
          A única coisa que eu posso dizer é: “Amém !!!”
          Que Deus me dê sabedoria para absorver esses ensinamentos que vez ou outra vc nos brinda.

          Forte abraço e que Deus continue te abençoando !!!

        • Tonho ( Mineiro ) disse:

          BRAVO
          J.B Cruz, muito bonito o que voce escreveu, eu particularmente falo aos 2 moleques que tenho aqui em casa todas as manhas “Ajudar-nos a não Prejudicar Ninguém, mas Também não sermos Prejudicados…” Sempre admirei sua coragem , mesmo nos momentos de dificuldade do seu time sempre esteve confiante ja cheguei ate a comentar que voce e o unico torcedor que ja vi ( li ) do cruzeiro os outros sao os simpatizantes ! rsrsrrs Valeu

          • J.B.CRUZ disse:

            CARO TONHO (MINEIRO)..É ISSO AÍ:
            Nos podemos EDUCAR nossos Filhos( dos 3 aos 10 anos), sempre procurando ensinar-lhes o CAMINHO DA VERDADE: SEMPRE PARA O BEM; PARA O BOM E PARA O JUSTO..(sei que Nos dias de hoje é bem mais difícil), mas, orientá-los, mostrando a diferença entre o BEM e o MAL, DESDE PEQUENOS, é meio caminho andado na caminhada da vida na sociedade..
            Desde os 07 Anos de Idade, (hoje, beirando os 70), Aprendi com Meus Pais que a EDUCAÇÃO vem de casa e a ESCOLA é para adquirirmos conhecimentos para se Viver ( BEM) e conviver com o nosso Próximo..Sou de um Tempo em que a gente ia de Uniforme Azul e Branco com o nome do Grupo Escolar (G.E. Silviano Brandão), pregado no bolso da camisa passava na frente das casas sem muros, e ás vezes cercadas de Arame Farpado; e víamos as garrafas de vidro de leite,com a estampa da vaquinha, no rotulo (Itambé); e o Pão deixado nas varandas ou na soleira das janelas e nunca ocorria de algum de nós roubar aquilo..Não havia guardas nas portas dos bancos, nem dentro, você entrava e saia livremente..Assaltos a bancos era coisa de Filmes Americanos..Não havia carro blindado,aqueles seguranças armados ”até os dentes”, para recolher dinheiros das empresas e grandes lojas; e nem se anunciava aos ladrões no para-choque traseiro que a chave do cofre NÃO estava com o motorista ou que o carro estava sendo monitorado por satélite..Era um tempo em que você saia a noite para namorar e voltava para a casa, altas horas da noite, andando pelas ruas da cidade, caminhando displicentemente,sentindo o cheiro de jasmim e alecrim , sem olhar para trás e sem temer as sombras..
            Um tempo em que as pessoas se visitavam esporadicamente; chegavam no meio da tarde ou á noite, contavam casos, tomavam café, falavam de saúde, ‘tricotavam” sobre a vida alheia e voltavam de bonde para suas casas..Tempo que o homem de BEM, não assinava promissórias, bastava o fio do bigode; e aquilo ERA como promessa de pagamento no prazo ajustado…Um tempo em que os Jovens, menores de dezoito anos,tinham que que estar em casa ás Dez da noite..
            Tempo em que o namorado primeiro ficava andando com a moça numa rua perto da casa dela, depois passava a namorar no portão, depois t ingressava na sala da família..Era sinal que estava praticamente noivo e seguro..Tempo em que os Filhos chamavam os Pais de senhor e senhora, pediam a benção e até beijava-lhes as mãos..
            Tempo em que o Professor ou Professora quando entravam na sala de aula, os alunos levantavam e ficavam ao lado das carteiras para recepcioná-lo(a)..Tempo que nos colégios mistos, as moças sentavam-se nas carteiras da frente; e o recreio feminino era separado do recreio masculino; e os adolescentes ficavam se olhando á distancia..
            Hoje você teria coragem de fazer uma caminhada até a pracinha do seu bairro depois das 22 horas, com tranqüilidade?/..
            Depois que me aposentei (há 11 anos), nunca mais sai de casa depois das 18:00..
            A grande vantagem dos tempos de hoje; é o conforto que a tecnologia moderna nos proporciona; e nos da a tranqüilidade de não precisar sair de casa…T.V. A CABO, APARELHOS DE 30,40 50 Polegadas..Computador e Smartfone para comunicar com os parentes amigos e vizinhos..Sistema de som, com caixas pequenas espalhadas nos quatro cantos da casa(apartamento dupléx), rede na varanda para o descanso depois do almoço, ouvindo musicas clássicas ou um Rock dos tempos de Elvis Presley Bill Halley e seus cometas, passando por Musicas românticas Italianas, e Valsas Vienenses de Sebastian Bach..
            Depois dos 50 Anos, já sem os arroubos da Juventude, privado da presença de meus País(falecidos), companheira de 40 anos(falecida); sem uma discussão ou briga.. Irmãos, filhos e netos, todos bem encaminhados na vida: Casados e cada um em suas casas…Moro sozinho, mas não me me sinto só, pois com as facilidades da vida moderna, sinto o mundo a meu redor…
            Não tenho medo do meu passado.. sempre pratiquei a política da boa vizinhança…Durmo tranqüilo!!