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A fórmula do sucesso do Grêmio: Enderson Moreira, software alemão, competência na base, respeito ao trabalho alheio e Renato Gaúcho

Meus amigos e amigas do blog, o meu então chefe Flávio Anselmo (nos bons tempos do Minas Esporte, na Band), gostou tanto de uma frase que eu usava para definir os comentaristas esportivos que tinham a mania de bater no peito e dizer “eu disse que seria assim ou assado…”, que acabou transformado-a em título de um dos livros dele, “Os Profetas do Acontecido”. Tem gente que chama essa turma de “Engenheiro de obra pronta”, que dá no mesmo. Gente pretensiosa e sem bom senso.

Mas há muita fera no assunto, que, entretanto, nunca bate no peito e diz: “eu falei…”. O comentarista aqui do blog, Edson Dias, a quem agradeço, nos enviou artigo sensacional de um gaúcho que eu não conhecia, mas que passei a seguir no twitter a partir de hoje e certamente vou ler tudo que ele escrever sobre futebol. Trata-se de Gustavo Fogaça Guffo@pitacodoguffo -, dono do blog “Esquemão”, descrito por ele mesmo como “análise de desempenho… o esporte na essência, sem achismos… opinião baseada em fatos, scouts, táticas e estatísticas, mas acessível pra todos… conhecimento para alimentar ainda mais uma paixão: o futebol…”

Ele escreveu no dia três de julho o que era o Grêmio, como foi montado e aonde poderia chegar.

Vale muito a pena ler “O Grêmio e o Futebol Orgânico”, texto longo, mas uma aula completa. Imperdível para quem gosta de futebol e quer entender o porque das coisas e os caminhos futuros a serem seguidos por quem quiser ser vencedor.5

Depois de ler até o fim muita gente que não conhece o trabalho e o caráter do Endersom Moreira, vai entender porque ele recusou propostas altamente vantajosas para deixar o América e acabou levando o Coelho ao título da Série B, mesmo concorrendo com o Internacional, cuja folha salarial é 20 vezes maior.

Repetindo: escrito em 03 de julho de 2017. Confira: 

“Há um consenso nacional: o Grêmio está jogando o futebol mais bonito do Brasil. Há quem diga que seja o futebol mais bonito da história do tricolor. São opiniões, mas a verdade é que desde o Grêmio do Tite (2001/03) não se via um futebol tão vistoso do Rei de Copas. Eu gosto de usar um conceito que expressa muito bem quando um time joga dessa forma. Pra mim, ele pratica um “Futebol Orgânico”.

FUTEBOL ORGÂNICO

Cardume (1)

Existem diversos estudos sobre comportamentos coletivos na natureza. O movimento das formigas, o vôo das pombas, ou como os cardumes de sardinhas se defendem dos predadores. Tudo na natureza possui um padrão, que nasce de comportamentos individuais e se torna um coletivo único que reage de acordo ao ambiente e desafios do momento de forma organizada.

E com os humanos não é diferente. Existem empresas que estudam os padrões coletivos nos shoppings, nos supermercados e nos grandes eventos. Nós, como parte da natureza terminamos criando padrões, e todo padrão pode ser medido, condicionado e desafiado a evoluir.

Se nós pensarmos em um time de futebol como um organismo vivo, onde cada jogador é uma parte dentro de uma estrutura sistêmica, chegamos a um conjunto de comportamentos individuais que geram padrões coletivos, de defesa e de ataque. Assim como o cardume de sardinhas se expande para assustar aos predadores, um time de futebol se amplia para atacar o adversário.

Pense no processo da respiração humana. Quando inspiramos, enchemos o corpo de ar e o pulmão se expande. Quando expiramos, tiramos esse ar e o pulmão se retrai. Inspira e expira. Expande e retrai. Com a bola, o time inspira e expande. Sem ela, expira e retrai.

Amplitude, profundidade, recomposição e compactação do time. Comportamentos individuais e coletivos que encontramos na natureza. A grande diferença é que no futebol, esses comportamentos são trabalhados e inculcados em atletas para que realizem os mesmos em uma partida contra um adversário com quem não se combinou nada e que trará comportamentos inesperados.

Esse é o Futebol Orgânico: cada comportamento individual chega a um alto nível de qualidade em pro de um modelo de jogo e de forma tão natural, que o coletivo se torna um organismo vivo, completo e mutável.

TEMPO PARA CONSTRUIR

Para um time executar o “futebol orgânico”, demanda tempo de construção, repetição e realização das ideias e comportamentos. Exige um trabalho multidisciplinar alinhado e que envolva todos dentro do clube, da direção ao fisiologista, do treinador ao analista de desempenho, dos atletas aos preparadores físicos. Não é fácil fazer um time de individualidades se comportar como um organismo coletivo vivo.

O chamado “jogo de posição” só é executado com perfeição quando o time alcança o estágio de “futebol orgânico”. Quando cada jogador é uma parte de um organismo maior e sabe onde precisa estar para realizar suas funções e também para cobrir a um companheiro que vai realizar outra função. Assim todos mantêm ao organismo vivo. E respondem aos desafios do adversário e do ambiente de forma orgânica e coletiva. É natural!

CRUGUARDIOLA

Cruyff e Guardiola. Ambos criadores e criaturas do Futebol Orgânico.

Dois exemplos claros de “futebol orgânico” do passado são a Seleção da Holanda de 74 e o Barcelona de Guardiola. Se a Laranja Mecânica foi fruto de uma revolução cultural de toda uma geração (como bem conta o livro “Invertendo a Pirâmide”), o Barça de Guardiola foi fruto de um planejamento multidisciplinar que veio desde as categorias de base. Nos dois casos, em campo havia um time que jogava como se fosse um organismo vivo, coletivo, independente e complexo.

E por se apresentarem assim, encheram os olhos dos torcedores, encantaram com sua orquestração orgânica, como se fossem um cardume no oceano ou uma revoada de andorinhas no horizonte. Cada jogador individualmente se comportava de acordo ao o que o organismo coletivo exigia para sobreviver, inclusive depredar aos adversários.

TUDO LINDO, MAS E O GRÊMIO?

O Grêmio executa hoje um futebol orgânico. Se engana quem pensa que isso aconteceu do dia pra noite. E se engana mais ainda quem pensa que isso é fruto de uma pessoa só, de um jogador apenas ou de um treinador específico. O tricolor alcançou esse grau de organicidade graças a um trabalho multidisciplinar, sistêmico e de longo prazo.

Os presidentes Fábio Koff e Romildo Bolzan Jr são os responsáveis por parte da direção nesse processo. Pela forma como conduziram a estruturação do clube, da base ao profissional. Por terem acertado mais do que errado, até porque levaram sempre em consideração o fortalecimento sustentável do futebol, mesmo com o clube endividado.

Um destaque nesse sentido foi o trabalho de Júnior Chávare nas categorias de base a partir de 2013. O Grêmio mudou sua filosofia de captação e de metodologia: perfil do jogador formado pelo clube começou a ficar mais próximo ao que vinha sendo utilizado pelos grandes europeus.

Ou seja, formar jogadores que entendessem e praticassem um jeito de jogar: dominância pela posse de bola, jogo apoiado, triangulações, muita mobilidade entrelinhas, ocupação inteligente de espaços. Atleta seria condicionado nesses princípios, chegando ao profissional com esse perfil de jogo.

A lista de atletas que passaram por este forno (alguns formados no tricolor, outros captados) é grande: Arthur, Luan, Éverton, Pedro Rocha, Walace, Ramiro, Wendell, Alex Telles, Batista, Tontini, Araújo, Tilica, Marcelo Hermes, Jaílson, Lincoln, Kaio, Pepê e outros que ainda virão. Se o Grêmio quer manter este modelo de jogo ao longo dos anos, independente do seu treinador no profissional, esse trabalho na base precisa continuar. Sob o comando de Francesco Barletta atualmente, as perspectivas são promissoras.

TÉCNICO E COMISSÃO PERMANENTE

É bom lembrar que foi Enderson Moreira que começou a utilizar a plataforma 4-2-3-1 em 2014, mantida por Felipão, Roger e Renato até hoje. Com a saída de Luis Felipe Scolari e a chegada de Roger Machado em maio de 2015, houve uma ruptura na metodologia de treinamento do profissional.

Roger implantou rotinas dentro de uma metodologia integrada, que começou a preparar os atletas para reconhecerem comportamentos táticos individuais e coletivos de ataque e defesa, simulando situações de jogo. Incentivando soluções através da tomada de decisão.

Este método pode ser compreendido como aquele capaz de aproximar o treinamento a realidade do jogo por meio de rotinas educativas. Ele também é chamado de estruturalista, pois a principal característica reside em criar modificações na estrutura do jogo, onde se reduz sua complexidade (número de jogadores, regras, tamanho do campo), porém sem alterar os componentes essenciais do jogo.

Estas ideias de Roger encontraram eco nas ideias já trabalhadas nas categorias de base e principalmente, nas ideias da comissão permanente do Grêmio, formada antes da efetivação de Roger. O técnico auxiliar James Freitas, o preparador físico Rogério Dias e o preparador de goleiros Rogério Godoy entraram em total sintonia com Roger, e conseguiram muito rapidamente vender aos atletas as ideias. E o grupo abraçou a causa.

É importante destacar o papel de James Freitas na transição de Felipão para Roger e de Roger para Renato. Com suas ideias e sua capacidade, foi parte fundamental na construção do modelo de jogo gremista que levantou a Copa do Brasil e hoje encanta o país. Trabalho hoje muito bem continuado por Alexandre Mendes.

O trabalho físico, médico e fisiológico da comissão permanente também colhe seus frutos hoje. Com tempo e possibilidade de executar planejamentos, os profissionais colocam sua competência na construção de um modelo multidisciplinar e integrado de longo prazo, o que permite o surgimento de um futebol orgânico em uma equipe.

Quando Renato Portaluppi chegou ao Grêmio, encontrou um ambiente de trabalho funcional e com ideias e metodologias que vinham sendo planejadas e executadas desde a sua última passagem pelo clube em 2013.  E principalmente, encontrou uma coluna vertebral de time que tinha um modelo de jogo bem internalizado e que precisava de ajustes para se tornar um organismo vivo coletivo e mortífero.

SAP HANA E A ANÁLISE DE DESEMPENHO

Quando o Grêmio contratou o software alemão de gestão e análise SAP HANA, foi criticado por parte da imprensa e da torcida. Como quase sempre, na nossa província há uma enorme resistência `a inovações e novidades. Em 2014 começou a ser usado no futebol e em 2015 na gestão do clube.

O então vice-presidente Antônio Dutra Jr e o hoje vice Odorico Roman acreditaram no potencial da ferramenta, e mesmo que hoje ela ainda não esteja em 100% da sua utilidade, ela foi fundamental para a evolução do modelo de jogo tricolor e para a gestão do clube.

Com auxílio de um matemático equatoriano formado em Harvard da Kin Analytics, os analistas tricolores criaram índices de performance para avaliar atletas. A partir destes índices, treinador e comissão criavam rotinas de treinos para evolução do desempenho individual que somasse no desempenho coletivo (comportamentos individuais que levam a um padrão coletivo “orgânico”).

Por exemplo, a velocidade de circulação da bola. O tempo que cada jogador permanece com a bola no pé. O meia Walace tinha índice de 3,34 segundos e evoluiu para 2,5 segundos.Foram criadas rotinas de treino para que o atleta soltasse a bola mais rápido, e o time fosse mais intenso e eficiente.

O trabalho dos analistas de desempenho do CDD (hoje são Eduardo Cecconi, Antônio Cruz e Rafael Tavares), ganhou espaço e reconhecimento desde Enderson Moreira, e hoje é fundamental para a construção do belo futebol orgânico do time profissional. Não há evolução do jogo sem análise de desempenho!

RENATO E UM FUTURO PROMISSOR

Renato Portaluppi sabe muito bem gerenciar um vestiário, e isso é uma característica muito importante de um bom treinador. Mas ele também mostrou inteligência e humildade ao se adaptar a todos estes conceitos e ideias que já estavam sendo cultivadas no Grêmio há anos, em vez de querer impor as suas vontades simplesmente. E ao se adaptar, trouxe ajustes que fizeram o time evoluir naturalmente.

Ele encontrou um time com obsessão por reproduzir o jogo apoiado, que sabe preencher o campo do adversário, que coloca jogadores na frente da linha da bola, que sabe pressionar no último terço, que gosta de dominar o jogo com a posse de bola e que entende mobilidade e flutuação entrelinhas como uma vantagem tática.

Além disso, atletas que começam a se integrar da base já chegam com esses princípios internalizados. Por isso, jovens como Arthur, Pepê, Nicolas Careca ou Jaílson entendem com facilidade como o time joga.

Renato, que sempre teve boas soluções defensivas em seus times no passado, ajustou o encaixe na marcação. Valorizou mais a verticalização das jogadas, trouxe os extremos para jogarem por dentro, liberou a subida dos laterais ofensivamente. Adaptou novas contratações ao elenco e ao modelo de jogo. Com ajustes, foi dando a sua cara para um trabalho que tem muitas caras e nomes. Foi fazendo a sua parte para que este coletivo se torne um organismo vivo, que pratique um futebol orgânico.

Hoje o Grêmio é favorito nas três competições que disputa. Pode não ser campeão em nenhuma, mas a naturalidade e a beleza que o time desempenha o seu futebol já são memoráveis. O torcedor precisa saber que isto é fruto de um trabalho e um planejamento de longo prazo, que envolve dezenas de profissionais capacitados e alinhados em uma filosofia.

O dia que Renato Portaluppi deixar a casamata, o seu substituto encontrará toda essa imensa evolução a seu dispor. E mesmo assim, precisará fazer ajustes e aspectos para evoluir. O futebol, assim como a vida e a natureza, enfrenta constantes desafios. E um organismo para sobreviver precisa ter os recursos e saber se adaptar a estes desafios. Permanentemente.”

http://wp.clicrbs.com.br/esquemao/2017/07/03/o-gremio-e-o-futebol-organico/?topo=52,1


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Comentários:
42
  • Silvio T disse:

    Não, Barata, eu é que me rendo e peço desculpas. Afinal, o galo goleou fácil o Raja e foi para a final contra o Bayern. Só não ganhamos o mundial por sorte do time alemão, que era treinado por esse técnico enganador, formador de cardumes e fracassado chamado Pepe Guardiola. Mas não fizemos feio. Perdemos só de 2×0. Vamos continuar com nossos métodos vitoriosos. O ano de 2017 tá aí prá provar que estamos no caminho certo. Desculpas, mais uma vez.

    • José Eduardo Barata disse:

      Continuemos , meu caro SÍLVIO T .,
      pois gosto de um debate sadio e revelador .
      O ano de 2017 foi apenas mais um de tantos que
      já vivemos como viveremos outros .
      Em nenhum momento defendi os “métodos vitoriosos”
      dessa gente incompetente que está lá no Atlético .
      Pelo contrário , pois desde o ano passado estamos a
      cobrar comando e hierarquia no clube .
      Erraram , e erraram feio , quando apostaram na turma
      de Harvard , esta sim a minha obsessão .
      A derrota para o Raja não teve nada a ver com a falta
      de aplicabilidade dos conceitos da Nova Ordem Mundial
      do Futebol que , a meu ver , tem em você um ferrenho e
      disposto defensor .
      Foi falta de vergonha na cara mesmo .
      A mesma falta de vergonha que acompanhou o elenco ,
      com raríssimas exceções , neste ano de 2017 .
      E essa história de Guardiola … não inventou nada , não
      criou nada .
      A Europa tem trezentos times com destaque pra dois ou
      três , e esse cara tem uma baba de dinheiro pra gastar
      pra formar seus times .
      Ponha essa grana toda na mão do “Oxsvaldo” pra você
      ver o que acontece .
      Tirante o Joaquim Löw , que armou uma bela seleção ,
      cite aí algum outro que tenha aplicado os métodos de
      Harvard pra conseguirem alguma coisa ?
      E pra encerrar essa manifestação ,vá lá , eu não falei
      nada do time do Bayern
      Até porque o futebol alemão já me encanta desde os
      tempos do Kaiser , do Gerd Muller , do Overath , do
      Sepp Mayer , do Paul Breitner ….
      Posso garantir que naquela época as sardinhas ainda
      não tinham entrado em campo,mas os caras já batiam
      um bolão ….
      Um abraço !

  • José Eduardo Barata disse:

    Eu me rendo ao SÍLVIO T. :
    o Raja Casablanca nos ensinou o que é a
    Nova Ordem do Futebol .
    Um esquema fantástico , aglutinador , não
    UM cardume de sardinhas , mas VÁRIOS .
    Seguramente aplicaram ali tudo o que a
    Universidade de Harvard traçou como um
    modelo de futebol orgânico .
    Céus ! , como não enxerguei isso antes ?

  • Horacio V Duarte disse:

    Caro Chico, concordo com quase tudo, o problema sempre foi amarrar o gizo no pescoço do gato. Claro que mecanismos de avaliação individual são muito bons, mas não analisam o resultado disso no coletivo.
    Vamos a um exemplo, o Galo deve ter tido umas 200 variações na defesa e no meio campo, desculpe, voltantes. Grande parte disto foi o número de afastamentos por contusão. Muitos gols ridículos que o time tomou se devem a isto, defesa precisa precisa de entrosamento, um fora de forma atrapalha muito.
    O time é velho e jogou muito, mas os afastamentos são muitos, quase todos musculares, e muito longos. E isto já tem acontecido a um bom tempo, só perdeu aquele campeonato para o corinthians porque o time no terço final estava aos pedaços, contusões e mais contusões. E olha foi um campeonato de futebol incrivelmente medíocre. Não adianta ter jogadores de alto nível se eles ficam só no departamento médico.
    Resumindo sardinha contundida só alimenta os predadores.

  • José Eduardo Barata disse:

    Preparemo-nos :
    amanhã seremos um cardume de sardinhas se expandindo
    pra cima do Grêmio Predador .
    Vamos ampliar para atacar o Tricolor .

  • Lucas H. Nobre disse:

    Muita teoria, sendo que o futebol é jogado, e sempre lembrando, do outro lado tem um adversário que não é avisado.
    Claro, concordo com formação das categorias de base e contratações pontuais, mas imaginem o Nepomucenco contratando Cortês, Jael e Fernandinho; Vespasiano ia pelos ares.
    Engraçado, até bem pouco antes da copa do mundo no Brasil, o “queridinho” do sul era o Inter, Fábio Koff eterno desafeto da “cúpula”, largou “osso” e o Grêmio teve seu estádio escolhido, O Inter entrou em litígio e foi parar na Segundona, embora eu ache desde o ano passado, o Grêmio como o melhor time do Brasil, mas creio que comprou também o “entrosamento” as “otoridades”
    Mas quando o Grêmio perdeu a CB para o Crucru ninguém lembrou de tanta teoria. Renato Gaúcho que sempre viveu de “garganta” como técnico, hoje é herói. O time vence, o resto é com a imprensa… No texto foi citado Felipão , fracassado recentemente e Róger que não é lá essa Brastemp também citado na criação do grandioso Grêmio. No início do Brasileirão o Galo sempre foi citado como um time que gastou muito em oposição com o sucesso do time pobre do Curingão. Os mesmos que falaram isso, agora estão dizendo que Róger fará sucesso no Palmeiras, não fez no Galo porque não tinha material humano, pode? Percebo que nossa imprensa emite suas opiniões conforme o momento.
    Gente, entendo o seguinte, os times bons citados ai no texto fizeram sucesso por causa de craques feitos na base e contratação de melhores jogadores do mundo ai fica fácil. Em raríssimas oportunidades times ganham títulos com jogadores anônimos. O Sucesso vai de uma série de fatores dentro e fora do campo. O Flamengo foi à final da Sul americana com dois penais claríssimos em seu desfavor…
    Entendo também que este novo formato da Libertas fez muito mal ao Brasileirão e o Grêmio usou time alternativo o tempo todo, esperando por este título. E a “cúpula” brasileira conseguiu repartir o “bolo” conforme seus interesses: o Brasileirão ficou em Sampa, a CB em Minas, A Libertas no sul, a Sul americana pode ficar no Rio que ainda não faturou nada. No Brasileiro do ano que vem, podem obter sucesso, Flamengo, Santos, São Paulo (se melhorar suas relações), mas, me desculpem, sou um pouco cético diante de tanto jogo de interesse e para mim, o futebol não está sendo jogado. Vamos ver esse Grêmio contra o Real, lá é diferente sob todos aspectos, embora eu sempre torço para o futebol brasileiro. Muitas “firulas” ao vento!

  • Guilherme Gonçalves Costa disse:

    Chara camisa 8 do Junior Barranquila é um jogador interessante. O Galo bem que podia monitorar a situação do jogador para uma eventual contratação. Tudo caminhando para que o Brasileirão termine com 9 vagas para a Libertadores. Só falta agora o Galo fazer a parte dele, vencer o Grêmio,e a Ponte vencer o Vasco, e o Côxa vencer a Chape. O Botinha pode vencer o seu rival. O Galo pode terminar em oitavo o brasileirão. Eu não me importo.

  • Regi.Galo/BH disse:

    Mais um bom e interessante debate onde muitas coisas importantes foram muito bem ditas pelos companheiros. A concepção que este senhor Fogaça traz sobre a organicidade necessária ao meio futebolístico não nos remete exatamente à prática do futebol; e sim, aborda a crescente necessidade de um aperfeiçoamento gerencial, credenciamento e profissionalização pertinentes à qualquer área onde se queira um alto nível de engajamento e ‘gabaritação’. O que se discute é um padrão organizacional e não o time de futebol. Estamos falando de fundamentos administrativos, de valores, de eficiência e, consequentemente, de administração de recursos.

    No caso do futebol, ao desejar aplicar tal concepção ao Grêmio, o autor me pareceu querer dissertar mais sobre o caminho desejado do que sobre a realidade observada. O Grêmio foi eficiente ou eficaz na conquista da Libertadores? E o Corinthians? E o Galo? E o Cruzeiro?

    Para ser eficiente, certamente serão exigidas tais atribuições apregoadas pelo autor. Mas, para chegar lá, será necessário primeiramente ser eficaz. E para ser eficaz no futebol é inerente que o time saiba jogar bola. E apenas neste quesito, quanto a jogar bola, logicamente que existem inúmeras variantes que influenciam o todo, porém, você não consegue fazê-lo sem contar com bons ‘recursos humanos’ e com um ótimo treinador.

    Para não me alongar mais no assunto, não creio que está no nível do treinador aplicar estas dinâmicas as quais estamos discutindo. Para mim, tal atribuição é de um nível hierárquico distinto, acessório e ou adjunto, como uma coordenação específica, uma consultoria especializada, ou um setor de formação profissional individual e coletivo dos sujeitos envolvidos com o futebol. Deve passar também pela formação do treinador e dos atletas. Isto tudo, já contando com os objetivos, missão e valores da instituição muito bem definidos.

    Quanto aos ‘simples’ jogadores, por acaso, se quiséssemos ‘peças de reposição’ mais adequadas ao espírito desejado, não poderíamos estar melhor nos referindo se estivéssemos falando de um centro de formação e profissionalização como as CATEGORIA DE BASE, sendo estas de trato sério, comprometido e capacitado? Ou a solução realmente são os técnicos renegados, juntamente com jogadores também renegados e um drone? (calma! Eu sei que não é bem assim…)

  • Alisson Sol disse:

    É triste ainda ver gente aqui no blog (ou seja: usando o “equalizador da Internet”), e achando que o uso da tecnologia no esporte é bobeira…

    Talvez por isto o futebol brasileiro esteja perdendo não apenas dentro de campo mas, principalmente, fora de campo. A empatia entre clubes de futebol e seus torcedores a nível mundial é hoje toda baseada em estatísticas. O futebol no alto nível exige atletas, que exigem dinheiro, que tem de vir de algum lugar. O Real Madrid tem de escolher se vai ter, como os clubes brasileiros, “paitrocínio estatal” (a Caixa precisa mesmo de patrocinar futebol?) ou se vai tentar expandir a base de fãs, e se comunicar com eles em escala global (link). Óbvio que escolheu o modelo sustentável a longo prazo.

    E, dentro de campo, é preciso não confundir resultados individuais com aqueles a longo prazo. O Cruzeiro passou pelo Grêmio na Copa do Brasil este ano porque eles estavam concentrados na Libertadores. Simples assim. Ano passado, quando estavam concentrados na Copa do Brasil, não passou. Todo mundo sabe que, no Brasil, clube nenhum tem dinheiro para manter “dois times” em bom rendimento. Tem de escolher. O Grêmio fez as escolhas certas. E se o Cruzeiro for para a Libertadores do próximo ano pensando que tem alguma vantagem “porque passamos pelo Grêmio na Copa do Brasil ano passado”, vai se dar mal.

    Já preocupa demais no Cruzeiro a falta de continuidade que vai existir agora com troca de Diretoria de Futebol, Comunicação, e várias outras. Se entrar no clube um “jeca” achando que Informática é “aquilo que eu uso para espalhar bobeira no Twitter e WhatsApp”, o clube vai regredir muito.

    • Thiago disse:

      Eu acho que tem sim que montar dois times de bom nível, complementar com alguns da base pq ao final da temporada estará sobrando um time e meio no máximo. O prognóstico prognóstico de 70 jogos no ano, impossível não se perder um tom inteiro de jogadores por contusão.

  • Frederico disse:

    O texto é bem claro ao colocar toda uma política de trabalho do clube. Individualizamos demais na figura do treinador ou de um jogador específico.
    O trabalho em campo e fora de campo sempre será coletivo.
    Sem essa produção coletiva a vitória é provável mas nunca será a regra.
    Bom para confrontar o que no Galo foi feito pela diretoria.
    Individualizou na figura do técnico ( vários sem aquela estabilidade e o time em ordem) ou jogadores (mas pelo nome que impacta e menos no que o jogador poderia render na equipe).
    Vivemos uma nova era e informação é tudo. Aí vem o grêmio com jogadores “renegados” em outras equipes rendendo bem.
    O que tais renegados tinham a oferecer casou com a necessidade da equipe.
    A cada dia vemos que as direções devem ser mais profissionais e menos voluveis “à vontade da massa” . Impor um trabalho em todas as áreas do clube com convicção é o caminho.

  • Leandro Celeste disse:

    Como disse o Arrascaeta ” O Grêmio é muito bom, tem bons jogadores, Luan é acima da média, mas perderam pra gente”. Olha que na semifinal da CB o Grêmio tinha o ótimo Pedro Rocha e no jogo do mineirão o Cruzeiro venceu e empurrou o Grêmio no seu campo de defesa e eles não deram um ataque sequer! A eliminação deles na CB foi tão sentida que até no título da libertadores eles estão esbravejando contra o Cruzeiro! Por isso eu falo que esse time atual do Cruzeiro tem plenas condições de ganhar a Libertadores do ano que vem, já que o eliminou o atual campeão tão elogiado pela mídia!
    Obs: Parece que o jogo do Ronaldinho não vai acontecer mais, ele exigiu o pagamento de pelo menos metade da dívida que o atlético-mg tem com ele de cerca de 12 milhões! A situação do atlético-mg é digna de pena!

  • James disse:

    Sempre houve e haverá o inovador, me lembro da Itália ’82, futebol contrastado com a seleção brasileira, venceu a copa e o mundo do futebol passou de ofensivo para defensivo. A Alemanha em ’90 inovou e passou a ser a nova inspiração do futebol, tempos depois o Barcelona e consequentemente a Espanha devolveram o futebol arte, antes rechaçado. E todos foram campeões ! É o que vale na opinião dos especialistas. Se o Grêmio não fosse campeão da LA, não haveria essa coluna incentivada pelo Chico Maia.
    O futebol está entre as coisas mais complexas desse mundo, daqui há um tempo, haverão novas mudanças ” revolucionárias “, que poderia ser uma simples cópia do que já foi feito.
    A Holanda não ganhou em ’74 mas marcou, e o que ela fez se repetiu em grandes equipes até hoje, com as devidas adaptações. O Brasil em ’82 é exaltado até hoje, mas não virou referência de si mesmo, pois entrou no conceito da irresponsabilidade.
    Não estou reprovando nada, apenas dizendo que o futebol sempre será o mesmo..

  • Walter J Pereira disse:

    Chico,
    sei que o assunto não é esse. Mas aqui: https://blogdopaulinho.com.br/2017/12/01/jogador-que-negocia-com-o-cruzeiro-esta-penhorado-para-pagar-divida-de-itair-machado-que-e-seu-agente/ Mais uma peripécia da gente que está assumindo o Zerim. Vale Tudo?

  • Alexandre Magno disse:

    O curioso é ver jogadores como Léo Moura, Cortês, Jael e mais outros que foram dispensados por outros clubes se adaptando a esse sistema de trabalho. Enquanto que aqui no Galo muitos acham que é só colocar o time todo no ataque achando que vai ganhar de todo mundo, e quando a vitória não vem ficam crucificando um a cada rodada.

  • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

    Muito interessante tudo isso. Não questiono dados técnicos, até porque os caras devem ter estudado pra isso e eu não. Então, não tenho o direito de discordar sem um contra-argumento plausível. Penso que todo tipo de informação é válida. Mas ainda assim, por mais que hoje em dia existam estudos, estatísticas e tecnologia para se montar um time de futebol, eu ainda acho que o principal mesmo continua sendo o talento !! Se não tiver talento de verdade, cada dia mais veremos times “robotizados”, que parecem já entrar em campo com uma cartilha combinada com o adversário sobre o que vai acontecer. Mas só o novo, o diferente, o improviso, o inesperado, o espantoso, apenas os realmente talentosos são capazes de fazer. Que haja sim elementos, estudos, tecnologias, estatísticas, que possam aliar, vir pra somar. Mas jamais para tomar o lugar principal. E na falta de talento, quem continua nadando de braçada no futebol são os empresários. Que fazem por exemplo que jogadores com Lenon, Ezequiel e os Elber’s da vida se tornem “profissionais”…

    Quanto ao James Freitas, que foi citado, o Cruzeiro o perdeu semana passada para o Palmeiras, que por indicação do Roger Machado, fez uma proposta bem melhor ao mesmo, que não renovou com o Cruzeiro e já acertou com o Palmeiras. Se não me engano, ele fazia parte da comissão técnica permanente do Cruzeiro.

    • J.B.CRUZ disse:

      CARO CLAYTINHO:
      Permita-me Parabenizá-lo Por mais um Comentário Delicioso de Se Ler; e Pertinente Sobre a Matéria: FUTEBOL…Quando Você Diz ”’Entrar em Campo Com uma Cartilha Combinando com o adversário o que iria acontecer”, era o Folclore do Futebol do Passado…
      Por Ocasião da Copa do Mundo de 1.958: Contava-se Que VICENTE FEOLA (Técnico da Seleção) Dormia No Banco de Reserva e Deixava Seus Jogadores Ditarem o Decorrer da Partida….Mas, No Jogo Contra a RÚSSIA, FEOLA Já ”Sabendo” das Peripécias dos Soviéticos, Já Tachados de ”Muito Modernos Na Informática Para a Época””, Chamou GARRINCHA e NILTON SANTOS e Deu Uma Preleção Só Para os Dois;;;
      ”Aspas para FEOLA” – Quando os RUSSOS Atacarem; o NILTON (Que era Defensor), Deveria Desarmar o Atacante) ir até o Meio Campo e Entregar a Bola a GARRINCHA; e Este com Sua Genialidade,”passaria” Por um, dois,três Adversários e entregaria a Bola a PELÉ Que Faria o GOL.
      GARRINCHA Que Era um ”poço” De Ingenuidade Pergunta a FEOLA; o Senhor Já Combinou Com os RUSSOS??..
      É Isso Aí CLAYTINHO, Eu Gosto de Ler seus Comentários, Cujos os Conteúdos São Pertinentes ao Texto….PARABÉNS !!!..
      HOJE em Dia Há Muitos ”Especialista e Profetas do acontecido” Para o Meu Gosto..

      • José Eduardo Barata disse:

        J.B.CRUZ ,
        e dizem mais :
        a KGB levou um laboratório completo para a
        Suécia só pra estudar o drible do Garrincha .
        Hoje é a Universidade de Harvard que cuida
        de montar a estrutura científica necessária
        pra monitorar o cardume de sardinhas que
        tem o dever de atacar o predador .

      • Claytinho do Nova Vista - BH disse:

        Grande J.B. Cruz,

        Obrigado !
        Como sabes, eu não sou nenhum entendedor catedrático do futebol. Apenas emito a minha opinião, baseada naquele pouco que eu sei, ou pelo menos acho que sei do futebol… rs
        Esse episódio que vc relatou do Garrincha realmente ilustra muito bem o que eu tentei passar.

        Abraços

  • Carlos Almeida disse:

    Quando vejo um “catedrático” analisando algo que ele próprio denomina como “futebol orgânico” mas com “scouts e estatísticas”, que eu li, reli e não vi, vem na lembrança o grande Carlos Alberto Torres… “já chutou bola alguma vez na vida?”

    Se o Roger realmente entendesse o que estava fazendo, saberia que não haveria a mínima chance desse sistema vingar no Galo, principalmente nesse elenco.

    Certa vez Levir disse no Bem Amigos, que no começo da sua última passagem pelo Atlético, havia tentado implementar um sistema com maior cadência de posse de bola, a tal “dominância” dita pelo autor.

    Mas que logo constatou que no Atlético não funcionaria, que a vocação histórica dos times, talvez a sua gene, sempre foram as saídas e transições rápidas com pelo menos 4 jogadores chegando à área adversária, e com mta intensidade durante todo o jogo.

    Ou seja, não há semelhança tática dos times campeões de 2013/2014 com esse Grêmio.

    As semelhanças são o preparo físico a disposição de disputar a bola, e claro, um goleiro excepcional, frio e com defesas espetaculares, um craque e bons jogadores em todas as posições (apesar que em 2013 a lateral esquerda era um ponto fraco).

    • José Eduardo Barata disse:

      Prezado CARLOS ALMEIDA ,
      necessidade de se mostrar diferente , de ter uma
      método para chamar de seu .
      Não adianta : teses de mais , futebol de menos .
      Já observou como hoje se comenta um toque de
      mão , uma falta ?
      Nunca ouvi tanta asneira na minha vida .

  • Renato César disse:

    A leitura é bem interessante e desperta a seguinte curiosidade: qual futebol é melhor, o Nutella ou o Raiz?

    Na Copa do Mundo de 2014, os jogadores alemães foram submetidos a situações diferentes. Havia competições de xadrez e não de Totó, Sinuca ou FIFA Soccer. Os dias de folga tinham banho de mar, descanso e leitura, e não baladas, bebidas e mulheres. Os rachões eram disputados da seguinte maneira: equipes eram formadas aleatoriamente, havia um tempo para que conversassem e definissem esquema tático e estratégias de jogo, a partida curta era realizada e o resultado discutido por todos.

    A partir da Copa de 2006, as categorias de base de todos os clubes da Alemanha e da própria seleção, passaram a adotar um mesmo modelo para captação e formação de atletas. Os softwares de análise de desempenho e os profissionais da área também entraram em cena.

    O modelo de treinamento do Joachim Löw visava, na verdade, a preparar os atletas para tomarem decisões mais acertadas dentro de campo. O fortalecimento mental era o diferencial, pois as grandes equipes tinham semelhanças na preparação física, técnica e tática.

    Apesar do memorável 7×1, a seleção Alemã não chegou a encantar tanto, mas foi sem dúvida muito eficiente ficando com o caneco.

    Na contramão, temos exemplos de futebol menos pragmático, tecnológico, didático e verbalmente esmerado, como nos casos da Laranja Mecânica de Rinus Michels, da maioria dos times do Telê Santana ou da Dinamáquina de Sepp Piontek.

    Nos dois casos de futebol, Nutella ou Raiz, temos sucessos e fracassos. Então o que é melhor: futebol apoiado, pressão no último terço, mobilidade e flutuação entrelinhas, profundidade, verticalização das jogadas, extremos jogando por dentro, velocidade de circulação da bola ou (usando até algumas das definições do Barata) todo mundo ligado, participando do jogando e pedindo bola, apertar os zagueiros, movimentação para sair da marcação e receber bola, jogadas na linha de fundo, virada de jogo, ponta driblando para o meio além do dois toques e tabelinha “um-dois”?

    A resposta certa é que vai variar de pessoa para pessoa. Não sou contrário aos estudos, mas meu estilo é o futebol mais Raiz. Prefiro treinamento coletivo para dar conjunto, repetição para aprimorar fundamentos e cobrança de entrega total dentro de campo. Análise de números é boa para quem não tem a sensibilidade de perceber os defeitos da equipe. Mais uma vez, “cada um com seu cada um”.

    E, no final das contas, todo mundo discutindo de fato o acontecido, pois os dois estilos tanto vencem quanto perdem.

    • José Eduardo Barata disse:

      RENATO CÉSAR ,
      lendo com mais cuidado entendi a sua proposição ao
      definir interpretações “nutella e raiz” .
      Boa !

    • José Eduardo Barata disse:

      Boa RENATO CÉSAR ,
      apesar de eu ter me perdido um pouco no seu antepenúltimo
      parágrafo , gosto do seus escritos .
      E , para não deixar de ser “entrão” , diria eu “cada qual com
      se cada qual” .

      • Renato César disse:

        O antepenúltimo parágrafo é o futebol Nutella (futebol apoiado, pressão no último terço, mobilidade e flutuação entrelinhas, profundidade, verticalização das jogadas, extremos jogando por dentro, velocidade de circulação da bola) versus o futebol Raiz (todo mundo ligado, participando do jogando e pedindo bola, apertar os zagueiros, movimentação para sair da marcação e receber bola, jogadas na linha de fundo, virada de jogo, ponta driblando para o meio além do dois toques e tabelinha “um-dois”), sendo cada item de um traduzido na mesma sequência do outro.

        Sobre a correção, as expressões populares às vezes ganham versões regionalizadas. Conheço com as duas formas, apenas escrevi uma delas. Mas pode dar pitaco à vontade.

  • Julio Cesar disse:

    Me reporto a Telê Santana que sempre declarou em suas entrevistas (inclusive quando contratou Junior Baiano para jogar no São Paulo) que o importante era saber qual caracteristica principal o jogador tinha e trabalhar isso. Claro que um esquema pra funcionar requer entrega e dedicação de todos, sem excessão. Gosto de assistir ao Nat Geo e ja vi por la que os predadores tambem desenvolveram taticas pra desmanchar a tatica das sardinhas. Então sem desmerecer o trabalho do jornalista citado mas vou resumir: boa José Eduardo Barata. Gostei do contraponto.
    Renato ate outro dia criticava aqueles que iam pra Europa fazerem estagios. Questionou o que tinha pra se aprender por la. Lembram-se? E agora talvez reconheça o que seja evolução.
    Bombando nas redes a resposta do Luan ao Tiago Neves. Sou contra jogadores entrarem em provocações tipicas de torcedores. Isso so põe pilha naqueles mais exaltados, baderneiros. Eu não
    responderia daquela forma. Porque Tiago Neves com certeza se lembrou de suas declarações vendo Luan ser premiado.

  • Itamar Ferreira Mendes disse:

    Como o planejamento pode ser visto em toda história de campeão neh! A recente conquista de Enderson Moreira não tem uma, mas várias indagações acerca do retumbante sucesso em um clube com limitados recursos a disposição. Pontoemos algumas: Uma diretoria séria, onde cada centavo investido no futebol tem um por quê; Um modelo de gestão onde cada integrante “vigia o outro”. Uma comissão técnica comprometida com o resultado final. Jogadores que buscam a conquista, acreditando nela, como benefício para todos. Um Clube que se esforça para oferecer o melhor, dentro das suas condições, a todos e, por fim, uma torcida que embora não ser mensurada em números, é vibrante e apaixonada por seu clube. Tudo conspirou a favor. Ficar ou não na série “A” envolve ainda muito mais comprometimento pois estamos falando do brasileirão que os entendidos dizem ser o mais difícil do mundo. Por aqui, o campeonato já começa com 10 times candidatos a levar o título. Tomem como exemplo o campeonato espanhol onde 2 e as vezes 3 revezam na conquista do título nacional. Reconheçamos pois, o planejamento e as pessoas certas como uma largo passo para se atingir certos objetivos.

  • Silvio T disse:

    Coitado do Roger, imagino o que passou no Atlético tentando implantar esquemas táticos, filosofia de jogo e gestão e treinamentos intensivos! No galo, do presidente ao mais humilde torcedor, o que prevalece é o estilo medieval de pensar e agir. Exigir profissionalismo de alto nível dos jogadores e da estrutura do clube é uma ofensa que será castigada com corpo mole, fofoca, puxadas de tapete, boicotes e tudo mais que puder ser feito para afastar o corpo estranho. Afinal, o dinheiro entra fácil, garantido por uma torcida fanática e cega, que se deixa levar pelo discurso mentiroso dos aproveitadores de plantão.

    • José Eduardo Barata disse:

      Bom dia , SÍLVIO T. ,
      eu recorro a você para que pudesse me esclarecer
      qual era o esquema tático revolucionário que o Roger
      quis implantar no Atlético .
      Ah ! , seria bom também que pudesse me explicar a
      filosofia de jogo e gestão de treinamentos intensivos ,
      com aquela quantidade de cones espalhados pelos
      campos .
      Assim que o fizer , com meus parcos conhecimentos
      sobre o jogo de bola , eu tentarei mostrar a farsa que
      esses caras tentam vender como “profissionalismo de
      alto nível” , com um vocabulário tosco a emoldurar um
      pseudo-novo-modo de se jogar futebol .
      Tirante a preparação física-muscular , que leva grande
      parte dos atletas a um desgaste precoce , haja vista a
      enormidade de lesões que acontecem atualmente , e
      que não contribui em nada para o espetáculo em si , o
      que temos de novo em conduzir uma bola de um gol
      ao outro até colocá-la na casinha ?
      Marcação alta ? Pressionar saída de bola .
      Bola quebrada ? Essa não tem explicação .
      Lateralidade ? Djalma Santos , Nilton Santos , Leandro ,
      Marinho , Jorge Valença
      Diagonal ? Gil , Batata , Vaguinho , Paulo Borges
      Segunda bola ? Rebote . O Everton , no Atlético , tinha
      como uma arma
      Recomposição ? Quanta bobagem . Neném Prancha já
      dizia que ,sem a bola ,vamos defender
      Exigir profissionalismo dos jogadores ? Que tal Yustrich,
      Carlos Alberto Silva ,Rubens Minelli , Paulo Amaral ?
      Corpo mole com esses aí ? “Non ecxistia” .
      Agora , arte mesmo , deslumbre , fantasia , empolgação
      e medieval era ver jogar os times de Telê Santana , Tim ,
      Rinus Michels , Airton Moreira , Barbatana …
      Coitado do Roger !!!!!! Sem dúvida .
      p.s.
      Ah , já ouviu falar do tripé que o time azul dos anos 1960
      implantou em sua forma de jogar ?
      E o “ponto futuro” usado por Cerezo e Reinaldo ?
      Carrossel holandês , por certo , é de seu conhecimento.
      Um abraço .

      • Silvio T disse:

        Pois não. Eu estava no Indepa no dia 26 de maio do ano passado. Atlético 0x3 Grêmio. Um dos maiores passeios que já vi ao vivo. O mesmo passeio se repetiu seis meses depois no Mineirão: Grêmio 3×1. O Chico contou aí em cima que uma das virtudes do Renato foi não mexer no esquema que estava dando certo. Ou seja, o esquema do Roger massacrou o galo duas vezes no mesmo ano, roubando o nosso bi da Copa do Brasil como doce de criança. Tá bom ou quer que eu fique duas semanas dando exemplos práticos, verdadeiros, doloridos dos fracassos que o semi profissionalismo que impera no Atlético nos impõe? Ou você está gostando do nosso ano de 2018?

        • José Eduardo Barata disse:

          Meu caro SÍLVIO ,
          duas derrotas para o “esquema” do Roger ?
          Vale dizer que as nossas vitórias em cima dos azuis
          este ano deram visibilidade a um “esquema” por nós
          adotado ?
          Sabe o que é ? , meu caro , hoje em dia as coisas que
          acontecem são fugazes demais da conta .
          Você tem ideia do tanto que os verdadeiros treinadores
          labutaram até conseguirem um estilo de comando , até
          estarem maduros o suficiente para ter reconhecido seu
          trabalho frente a um grupo de jogadores ?
          Aí vem um cara cheio de vocabulário , consegue por
          circunstâncias meia dúzia de vitórias , conta a seu favor
          com jovens “talentos” formados na prancheta para sair
          gritando aos quatro ventos a modernidade do futebol ,
          enaltecem o “futebol europeu” , que não passa em todo
          o continente de uma dezena de times , todos eles bem
          irrigados com muita grana “petroleira”, e , pronto, temos
          a receita do bolo .
          O amadorismo que impera no Atlético , que nos levou a
          amargar dois péssimos anos , não se redimirá com os
          conceitos que essa Nova Ordem Mundial quer porque
          quer implantar no futebol .
          Passa , antes , por questões de arrogância e vaidade ,
          sentimentos bem próprios da fragilidade humana .
          “Tá bom ou quer que eu fique duas semanas …” : não,
          não perca seu valioso tempo comigo , com argumentos
          simplistas como os já apresentados .
          Pra terminar , deixo aqui duas sugestões :
          os textos do CLAYTINHO e do RENATO CÉSAR nesta
          postagem .
          Lá encontramos o suficiente para embasar uma análise
          de nosso futebol .
          Um abraço .

          • Silvio T disse:

            Você e seus argumentos são o mais perfeito exemplo de tudo que eu disse. São o exemplo da mentalidade que impera no Atlético e explicam nossas décadas de fracassos contínuos. Os anos 2012/2014 e seus títulos foram a excessão em nossa história, consequencia direta da presença de um fora de série como R10. E mesmo com ele, nosso amadorismo conseguiu produzir vexames como a derrota para o Raja no Mundial de Clubes, lembra? Um time modestíssimo mas com todos os ingredientes táticos que vc diz que não valem nada. Doeu em mim ver os árabes botando o bando do Cuca na roda.

  • José Eduardo Barata disse:

    Contraponto às loucuras teóricas do Fogaça
    ========≠===========================
    Quem pede recebe , quem desloca tem preferência.
    Futebol é simples : quem tem a bola , ataca ; quem
    não tem , defende .
    Bola é feita de couro ; couro vem da vaca ; vaca
    gosta de grama ; então , meu filho , joga rasteiro ,
    que é onde a bola gosta de estar .
    No sufoco , bola pro alto , que lá não tem perigo
    de gol .
    Jogador tem que ir na bola como se fosse um
    prato de comida .
    By Neném Prancha .
    Pois é .
    Resume tudo o que o gênio aí falou .

  • Tonho ( Mineiro ) disse:

    Ja falaram deste assunto no blog coisa de aprendiz de mafioso, fazem de tudo para tentar chegar perto do Galo KKKKKKKK http://www.otempo.com.br/superfc/recorde-de-público-do-américa-no-horto-é-questionável-1.1548005

  • José Eduardo Barata disse:

    Não sei se esse comentário entra antes ou depois do
    que fiz há poucos minutos .
    Mas é só pra dizer que esse tal de Fogaça não chega
    nem perto de vários comentaristas que temos aqui
    no blog .
    O post anterior nos traz inúmeras considerações que
    são verdadeiras aulas sobre como ver o futebol,tendo
    o Grêmio de ontem como modelo .

  • José Eduardo Barata disse:

    Meu Deus do Céu , quanta conversa !
    Não consegui mais que três parágrafos .
    Futebol orgânico ?
    Matemático de Harvard ?
    Eu nunca vida tanta bobagem por linha
    escrita .
    Agora eu sei de onde o Roger tirou todo
    aquele vocabulário .
    Nada de novo no front .
    Apenas um cara que rebusca a palavra
    para explicar um prosaico treinamento de
    dois toques , por exemplo .
    Tenha dó !!!

    • J.B.CRUZ disse:

      CARO: JOSÉ EDUARDO BARATA…
      Quando o Futebol era Entretenimento, Lazer e Relaxamento Pelas Tenções Durante a Semana no Trabalho: Éramos Realmente Felizes (e Sabíamos), Tranquilos e sem Preocupações..Sem os ”Profetas do Acontecido” e ”Especialistas” de Hoje, Tínhamos os ”Famosos Contadores de Causos”, as Lendas e Mitos do Futebol, que Nos embalava e, nos fazia ”Viajar”’ no Tempo em Recordações, e materializando em Nossos pensamentos; Jogadas Maravilhosas. Dribles Desconcertantes, Fabricando Heróis e Ídolos em Nosso Cotidiano….Era um tempo de Necessidades, Sofrimentos, Porém Decentes, Honrados e a Convivência Com Nossos Semelhantes, eram Amistosas e o Respeito à Família era Fundamental para o Bom Convívio…
      HOJE: ”’Temos Casas Maiores, Famílias Menores: Mais Facilidades, Menos Tempo; Mais Diplomas, Menos Senso, Mais Conhecimento, Menos Juízo: Mais ”ESPECIALISTAS”, MAIS PROBLEMAS; Mais Remédios, Menos Bem Estar”’ ….Especialistas e Aproveitadores de Plantão é que não Nos Faltam…

      Parabéns por relembrar NENÉM PRANCHA e Acrescento NELSON RODRIGUES,SANDRO MOREIRA,ARMANDO NOGUEIRA, Que nos Deliciava com Suas maravilhosas Crônicas de Futebol…..

      Uma Crônica de SANDRO MOREIRA…
      GENTIL CARDOSO Técnico do BOTAFOGO, Jogava Cartas na Concentração Com os Jogadores, Quando Chegaram alguns Dirigentes do Clube Numa Visita Surpresa..Imediatamente, GENTIL Começa a Rasgar o Baralho, Enquanto vai dando aos Berros Uma Tremenda Bronca: — ”Eu Já Disse Mil Vezes Que Não Quero Jogo Aqui !!.. — Assim Que os Dirigentes Saíram, Bem Impressionados com a ”Disciplina” Imposta Pelo Técnico; os Jogadores Partiram Para Cima de GENTIL.. — “”Está Certo Que Você desse Bronca, Mas Não Precisava Exagera Rasgando o Baralho; Agora Saia e Compre Outro””.. – Meia Hora Depois o Jogo Recomeçava Com Um Baralho Novinho….
      BONS TEMPOS!!!..

      • José Eduardo Barata disse:

        Boa , J.B.CRUZ ,
        e para lembrar que o Neném Prancha , com sua simplicidade ,
        “roupeiro e olheiro” , era ídolo desses caras todos que você
        citou .
        É pouco ?